segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Introdução a 1João

Estudo sobre 1 João

A vida de João

INTRODUÇÃO
A Vida de João. A vida do apóstolo divide-se em dois períodos. O primeiro conclui com a sua partida de Jerusalém algum tempo depois da ascensão de Cristo, e o segundo prossegue desde então até a sua morte. João era evidentemente muito mais jovem do que Jesus. Ele deve ter nascido em Betsaida (Jo. 1:44). Filho de Zebedeu e Salomé, vinha, ao que parece, de uma família abastada; pois trilha servos (Mc. 1:20), sua mãe ajudou no sustento financeiro de Cristo (Mc. 15:40,41), e João conhecia o sumo-sacerdote, que era escolhido entre a elite (Jo. 18:15). Seu irmão mais moço era Tiago. Embora João não tenha provavelmente freqüentado as escolas rabínicas (Atos 4:13), sua educação religiosa em seu lar judeu deve ter sido completa.
Os galileus eram homens de ação, duros e trabalhadores, e João não era uma exceção. Embora os artistas o tenham pintado como pessoa efeminada, a Bíblia o descreve de maneira muito diferente. Era conhecido como um dos "filhos do trovão" (Mc. 3:17), que em diversas ocasiões agira com intolerância (Mc. 9:38; Lc. 9:49), caráter vingativo (Lc. 9:54), e espírito de intrigas (Mt. 20:20, 21; cons. Mc. 10:35). Foi o poder de Cristo que transformou este galileu típico em "o apóstolo do amor".
Quanto tempo João ficou em Jerusalém depois do Pentecostes não é certo. Evidentemente não estava lá quando Paulo visitou a cidade pela primeira vez (Gl. 1:18,19), embora possa ter estado mais tarde como um dos membros do concílio (Atos 15:6). A evidência de que passou a última parte de sua vida na Ásia Menor; e principalmente em Éfeso,
João é mais conhecido como "o apóstolo do amor", mas ele foi também um homem severo que até os seus últimos anos de vida foi intolerante com a heresia. Ambos estes aspectos do seu caráter, a severidade e o amor, estão destacadamente exibidos em sua Primeira Epístola. Intenso é a simples palavra que melhor descreve este homem. Nos atos, no amor aos irmãos, na condenação da heresia, João foi um apóstolo intenso.
A Cidade de Éfeso. Éfeso, o lar de João durante a última parte de sua vida, está localizada em uma planície fértil peno da desembocadura do Rio Caister. No tempo de Paulo era ocentro comercial, da região oriental do Egeu e daqueles que passavam por Éfeso vindos do Oriente. Sendo a cidade a capital da província da Ásia Menor, o procônsul romano residia ali. Assembléias democráticas eram permitidas aos habitantes de Éfeso (Atos 19:39). O Cristianismo entrou na cidade em cerca de 55 através do ministério de Paulo, e ele escreveu uma carta circular a Éfeso e outras igrejas cerca de oito anos mais tarde. Antes de João chegar à cidade, muitos trabalharam ali pela causa de Cristo (Áqüila e Priscila, Atos 18:19; Paulo, Atos 19:3-10; Trófimo, Atos 21:29; a família de Onesíforo, II Tm. 1:16-18; 4:19; e Timóteo, I Tm. 1:3).
A moralidade em Éfeso era baixa. O magnificente templo de Diana, com suas 127 colunas de 19,80ms. de altura à volta de uma área de 140 por 72ms., era como um ímã que atraía o povo à pocilga de Éfeso. Era uma casa de prostituição em nome da religião. E apesar da idolatria
iníqua que havia nesse lugar, era a Meca ou a Roma dos religiosos, e o seu povo deliciava-se em intitular-se de "guardadores do templo" da grande Diana (Atos 19:35).
Gnosticismo. O Gnosticismo, a filosofia da essência, em sua forma primitiva fez incursões na igreja da Ásia Menor nos dias de João. Ele envolvia especulações relativas à origem da matéria e sobre como os seres humanos podem ficar livres da matéria. O nome é grego, mas seus elementos principais eram gregos e orientais; aspectos judeus e cristãos foram acrescentados à mistura. O Gnosticismo defendia, particularmente, que o conhecimento é superior à virtude, que o verdadeiro significado das Escrituras está no sentido não literal e que só podem ser compreendidas por alguns poucos seletos, que o mal no mundo impossibilita que Deus seja o criador, que a Encarnação é coisa incrível porque a divindade não pode se ligar a nada que seja material - tal como o corpo, e que não existe a ressurreição da carne. Esta doutrina resultou no Docetismo, ascetismo e antinominianismo. O Docetismo extremo defendia que Jesus não era humano sob qualquer aspecto, mas uma teofania meramente estendida, enquanto o Docetismo moderado considerava Jesus o filho natural de José e Maria, sobre o qual Cristo veio no momento do batismo. Ambas as formas da heresia foram atacadas por João na Primeira Epístola (2:22; 4:2, 3; 5:5, 6). Alguns gnósticos praticavam o ascetismo porque criam que toda a matéria era má. O antinominianismo, ou a anarquia religiosa, era a conduta dos outros, uma vez que consideravam o conhecimento superior à virtude (cons. 1:8; 4:20). A principal resposta de João a estes erros gnósticos foi enfatizar a Encarnação e o poder ético do exemplo da vida de Cristo.
A Autoria das Epístolas. A questão levantada quanto à autoria de Primeira João é se o João que escreveu o Evangelho e a Epístola foi realmente João, o filho de Zebedeu, ou João, o ancião. A literatura menciona um presbítero João em Éfeso, e alguns têm sido levados a concluir que João, o filho de Zebedeu, foi uma outra pessoa, e não o João de Éfeso, e que foi este último que escreveu estes livros (Irineu em Eusébio, op. cit., V. viu e xx; Papias em Ibid., III, xxxix; Polícrates em Ibid., V. xxiv; O Cânon de Muratori).
O argumento padrão para a autoria joanina do Evangelho baseia-se em evidências internas. Este argumento se encontra na natureza de três círculos concêntricos. l) O círculo maior prova que o autor era um judeu da Palestina. Isto está comprovado pelo uso que faz do Velho Testamento (cons. 6:45; 13:18; 19:37), e por seu conhecimento do pensamento judeu, tradições, expectativas (cons. Jo. 1:19-49; 2:6, 13; 3:25; 4:25; 5:1; 6:14, 15; 7:26 e segs.; 10:22; 11:55; 12:13; 13:1; 18:28; 19:31, 42), e por seu conhecimento da Palestina (Jo. 1:44, 46; 2:1; 4:47; 5:2; 9:7; 10:23; 11:54). 2) O círculo médio prova que o autor foi testemunha ocular. Isto está comprovado pela exatidão dos detalhes de tempo, espaço e incidentes dados no Evangelho (cons. Jo. 1:29, 35, 43; 2:6; 4:40, 43; 5:5; 12:1 , 6, 12; 13:26; 19:14, 20, 23, 34, 39; 20:7; 21:6), e pelo esboço dos caracteres (por exemplo, André, Filipe, Tomé, Natanael, a mulher de Samaria, Nicodemos) peculiaridade deste Evangelho. 3) O terceiro círculo conclui que o autor foi João. O método seguido é, em primeiro lugar, eliminar todos os outros que pertençam ao círculo íntimo dos discípulos e então citar evidências confirmantes que provam que só João poderia ter sido o autor.
Os argumentos para a autoria comum do Evangelho e da Epístola são conclusivos. Esta evidência firma-se sobre passagens paralelas (por exemplo, Jo. 1:1 e I Jo. 1:1), frases comuns (por exemplo, "filho unigênito", "nascido de Deus"), construções comuns (o uso de conjunções em lugar de cláusulas subordinadas) e temas comuns (ágape, "amor"; phos, "luz"; zoe, "vida"; meno, "habitar"). Assim permanece a questão básica: O autor de ambas as obras foi João, o apóstolo, ou João, o presbítero?
Alguns dos motivos para se fazer uma distinção entre João, o apóstolo e João, o presbítero, favorecendo assim a autoria destes livros pelo último, são: 1) um homem inculto (Atos 4:13) não poderia ter
Introdução


As similaridades entre esta epistola  e o evangelho de João fornecem evidências conclusivas de que o autor desta epistola foi João,o apóstolo.O uso das palavras como verdade,luz nascidos de Deus muito parecido com as expressões que o evangelho de João declara.O começo da epistola é igual ao início do evangelho de João.
Ele escreveu essa carta para crentes tratando de assuntos morais tão amplos fica claro o objetivo de orientar sobre os desafios da fé.Nessa época surgiram várias seitas que negavam a divindade e a ressurreição de Cristo acredita-se que foi escrito no ano 90 D.C.De um ponto de vista estritamente literário, a Primeira Epístola de João (= 1Jo) poderia ser classificada como um sermão ou um discurso teológico. A razão é que não se encontra na carta qualquer menção de autor, destinatário, introdução, saudações e despedida. No entanto, desde os primeiros tempos do Cristianismo se tem reconhecido que este documento é, se não uma missiva pessoal propriamente dita, uma espécie de carta pastoral dirigida ao conjunto dos membros de algumas igrejas residentes em lugares próximos uns dos outros: pequenas congregações da Ásia Menor, necessitadas de instrução e conselhos que as ajudassem a viver em plenitude o testemunho da sua fé em Jesus Cristo que “veio em carne” (4.2-3)Sendo assim, a falta desses dados pessoais que são característicos do gênero epistolar (ver a Introdução às Epístolas), o presente escrito tem sido atribuído, desde o princípio, assim como também 2 e 3João (ver as respectivas introduções), ao apóstolo João. Tradicionalmente, se admite que foi escrita em Éfeso, por volta dos anos 90.
Mesmo que se entenda como sermão ou como carta, o certo é que 1João está muito próximo do Evangelho Segundo João, tanto por razões de redação como pela ternura com que também ela chega ao leitor, por essa entonação cálida tão claramente perceptível em expressões como “filhinhos” ou “filhinhos meus” (2.1,12,14,18,28; cf. Jo 13.33; 21.5) e nas frequentes notas como “vos escrevo” (2.7-26; 5.13).


Propósito

O estilo literário de 1João é repetitivo. Os diversos temas, logo após uma exposição inicial (1.5—2.29), reaparecem pela segunda (3.1—4.6) e ainda pela terceira vez (4.7—5.12), mesmo separadamente ou entrelaçados. Essa insistência nos elementos temáticos vem lançar luz sobre algo que pertence aos próprios motivos básicos do escrito, que não são outros senão a inquietude do autor ante a presença de certos elementos estranhos que, em diferentes lugares, estavam perturbando a fé e a comunhão dos crentes.
O autor não diz quais eram as doutrinas e nem quem eram os causadores da sua preocupação, mas, provavelmente, tratasse de alguns ensinamentos que, sob o nome genérico de “gnosticismo”, começavam desde então a infiltrar-se nos círculos cristãos da Ásia Menor.
Assim como no quarto Evangelho, também 1João manifesta o propósito perseguido pelo seu autor. A epístola inteira é um testemunho “com respeito ao Verbo da vida” (1.1; cf. Jo 1.1), uma confissão de fé escrita “para que a nossa alegria seja completa” (1.4), “a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (5.13. Cf. Jo 20.31).

Conteúdo e estrutura

Expressões como estas dão característica à carta, que afirma a divindade de Jesus Cristo (1.2-7; 2.22-23; 4.2,8,14; etc.), expressa a filiação divina do crente (3.1-2,9-10; etc.), reprova a conduta dos “anticristos” (2.18-19,22; 4.3) e revela que a justiça de Deus se cumpre no fato essencial do seu amor, demonstrado ao entregar o seu Filho em “propiciação pelos nossos pecados” (2.1-2; 3.5; 4.8-10,16-17).

Contra os “anticristos”, esses falsos profetas que negam a divindade de Jesus e a sua missão redentora, João exorta os cristãos a que permaneçam no relacionamento de amor e vida, que é a comunhão com Deus, concretizada na realidade imediata do amor fraternal (2.9-11; 3.9-12,14-18,23; 4.7-8,11-12,16-21).
O vocabulário e as locuções desta epístola evocam ao leitor a linguagem do quarto Evangelho: ser chamados de filhos de Deus (3.1-2,10), ser nascidos de Deus (3.9), permanecer em Deus (2.24,27-28; 3.24; 4.7,16; etc.), ter o Pai (ou ter o Filho) é possuir a vida eterna (2.23; 5.12-13).
A carta e o Evangelho também se aproximam no uso de determinados conceitos e imagens, apresentados muitas vezes em forma de antítese: luz-trevas (1.5-7; 2.8-11, cf. Jo 1.5; 8.12; etc.), verdade-mentira (1.6,8; 2.21, cf. Jo 8.44), vida-morte (3.14; 5.12, cf. Jo 5.24-25), filhos de Deus-filhos do diabo (3.10, cf. Jo 8.44). Igualmente é característico da epístola e do Evangelho o uso da palavra “Verbo” para referir-se ao Filho de Deus feito homem (1.1, cf. Jo 1.1-5,14).
Com essas e outras figuras literárias, o autor explica em que consiste o conhecimento que o cristão tem de Deus: Deus é amor, e amar é conhecer a Deus (4.7-12,16,21) com um conhecimento que tem sido revelado em “Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida.


Capitulo 1

Diferindo da maior parte das epístolas do N.T., esta não tem saudação no começo e nem bênção no final. Estes quatro versículos da introdução correspondem aos dezoito versículos introdutórios do Evangelho e três versículos do Apocalipse. Falam-nos do assunto do escritor, isto é, a Palavra, que é vida.
1. Era. Não "veio a existir" mas era, já existia (en). Desde o princípio. A ausência do artigo é idiomática. O significado sempre é determinado pelo contexto. Neste exemplo a frase significa um princípio anterior à criação, e o significado é determinado por estava com o Pai no versículo 2. Esta é uma declaração impetuosa da eternidade de Cristo. O que temos ouvido. Tempo perfeito, indicando resultado permanente de uma ação passada. Temos visto com os nossos próprios olhos. João queda que soubéssemos que o ver não foi figura de linguagem, mas fato literal. Contemplamos e ... apalparam. O tempo foi mudado para o aoristo e indica uma manifestação especial de Cristo. Apalparam é a mesma palavra usada por Cristo em uma de Suas aparições depois da ressurreição (Lc. 24:39). Evidentemente João se refere a esse incidente. Verbo da vida. Verbo é um nome e não simplesmente a idéia da revelação, e vida indica operação e não um nome para Cristo (embora no v. 2 seja praticamente um nome).

2.A vida que Cristo manifestou foi a vida eterna porque Cristo estava com o Pai. A frase mostra a personalidade independente de Cristo, que é a vida; e a preposição com mostra a igualdade de Cristo com o Pai, como em Jo. 1:2 a manifestação de Cristo era aguardado por todos os Judeus porem quando ele veio eles não o reconheceram porque ele não era religioso o bastante segundo eles.

3.Para que vós igualmente mantenhais. Aqueles que não viram nem ouviram. Comunhão. Este é o propósito (hirta, "4 fim de que") da mensagem de João e é o tema da epístola. A palavra é principalmente usada por Paulo no N.T., exceto neste capítulo. Ela é divina – com Deus, e humana – conosco. Ela se comprova pela demonstração da alegria (v. 4) e pela generosidade (Atos 2:45 ; Rm. 15:26; II Co. 8:4; 9:13; I Tm. 6:18). A comunhão melhor se descreve com a Ceia do Senhor (I Co. 10:16). Com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. "Assim, duas verdades fundamentais, as quais as heresias filosóficas da época queriam obscurecer e negar, foram claramente estabelecidas desde o começo: 1)a independência da personalidade e á igualdade de dignidade entre o Pai e o Filho; 2) a identidade do eterno Filho de Deus com a pessoa histórica Jesus Cristo"

4.A comunhão é a base da alegria. A alegria dos leitores dependia dela e também o apóstolo. (É difícil estabelecer uma opinião positiva quanto a tradução, entre nossa alegria e vossa alegria.)João 15:11,16:24,17:13.

5.Ele é luz (I Jo. 1:5); e Ele é amor (I Jo. 4:8). Estas declarações se referem ao que Deus é, não ao que Ele faz. Assim, a luz é a Sua natureza. Santidade é a idéia principal, e o seu uso aqui no começo da epístola estabelece a base para a ética cristã da carta.Lembrando também que luz é símbolo de santidade e trevas símbolo do pecado.

6. Condicional grego de terceira categoria, mas incluindo o escritor – um modo muito delicado de declarar a possibilidade. Andarmos nas trevas. Fora da vontade de Deus, que é luz. Não praticamos a verdade. A verdade não é apenas o que se diz mas também o que se faz.

7.Deus é luz; nós andamos nela. A exigência para a comunhão é deixar a luz revelar o certo e o errado e então viver sob a sua orientação continuamente. O cristão jamais se transformará em luz até que o seu corpo seja mudado, mas ele deve andar em resposta à luz enquanto está aqui na terra. Duas conseqüências seguem-se – primeiro, comunhão; depois, purificação. Comunhão uns com os outros. A referência é aos nossos irmãos e não a Deus, como em 3:11, 23; 4:7, 12; II Jo. 5. A purificação do cristão é uma conseqüência do andar na luz; a cláusula é coordenada e indica um segundo resultado do andar na luz. Sangue de Jesus. Tanto no V.T. como no N.T. o sangue significa morte – geralmente violenta. Nos purifica. Andar na luz expõe nossos pecados e fraquezas; assim precisamos de constante purificação e isto se obtém com base na morre de Cristo. O verbo está no tempo presente e se refere à purificação em santificação. De todo o pecado. Pecado está no singular, indicando o princípio do pecado, mas a adição de todo (ou cada) mostra que ele tem muitas formas.

8.A segunda das três profissões falsas neste capítulo (cons. vs. 6, 10). Não temos pecado. A frase ter pecado é peculiar a João no N.T. (cons. Jo. 9:41; 15:22, 24; 19:11). Refere-se à natureza, princípio, ou raiz de pecado, e não ao ato. As conseqüências de não confessar que temos pecado são duas: 1) a nós mesmos nos enganamos, literalmente, desviamo-nos do caminho, fazendo conosco o que Satanás se esforça em fazer; 2) a verdade não está em nós; apagamos a luz e
passamos a morar em uma atmosfera de trevas criadas por nós mesmos.2) Confissão de Pecados Particulares. 1:9.

9. Para admitir a verdade do versículo 8 pode não ser difícil, mas fazer o que se exige no versículo  é difícil. Confessarmos. Literalmente, dizer a mesma coisa. "Ter a mesma visão que Deus tem". Mas não é uma simples concordância externa; antes, inclui o abandono, pois essa é a atitude que Deus quer que tomemos em relação ao pecado. A confissão é a Deus. Fiel e justo. Deus cumpre a Sua palavra e é justo em todos os Seus atos, incluindo a maneira dEle perdoar os pecados, que é com base na morte do Seu Filho. Perdoar . . . purificar. O perdão é a absolvição do castigo merecido pelo pecado, e a purificação é a remissão da poluição do pecado.
A palavra confessarmos no grego quer dizer assentir,fazer concerto,reconhecer, professar dar graças prometer.

10.Pode-se admitir as verdades dos versículos 8 e 9 abstratamente mas nunca admitir que se está pessoalmente envolvido no pecado. Se dissermos. Esta é a terceira falsa profissão. Não temos cometido pecado refere-se ao ato do pecado, não ao estado, como em 1:8. Fazemo-lo mentiroso. Porque Deus diz que o homem pecou. A sua palavra não está em nós. A palavra de Deus, tanto no V.T. como no N.T. Então, a comunhão depende em responder ao padrão de luz e reconhecer nosso estado pecaminoso. A vida vitoriosa cristã é uma vida de pecados confessados; a confissão genuína inclui abandonar o pecado, e somente assim se produz o crescimento espiritual.








Capitulo 2

Versos 1-2: Agora o meigo apóstolo João vai declarar uma palavra de vitória sobre o pecado Jesus Cristo o justo a expressão meus filhinhos no grego TEKNOTROPHEÕ criar filhos desempenhar os deveres de uma mãe.Lucas 13:34 e expressão advogado no grego quer dizer intercessor e consolador.

Versos 3-5:João agora começa a soltar seu lado pastor seu lado pai e aplica conselhos de grande valia para os leitores  Opondo-se ao gnosticismo, que se preocupava com os predicados intelectuais, o Cristianismo exige conduta moral.É mentiroso. Todo o seu caráter é falso. A verdade como um princípio não se encontra nesse homem e por isso não pode regular o todo de sua vida.Este versículo é oposto a 2: 4 como 2:4 é oposto a 2:3. Palavra. Mais amplo do que mandamentos, incluindo toda a revelação da vontade de Deus. Amor de Deus. Provavelmente o amor do homem para com Deus (genitivo objetivo), como em 2:15; 4:12; 5:3. O oposto (o amor de Deus para com o homem, genitivo subjetivo) vê-se em 4:9.

Versos 6-10: aqui ele começa a dizer que devemos andar nas pisadas do mestre,palavra nesta epístola. Mandamento. Andar como Ele andou (v. 6) e amar os irmãos (vs. 9-11). São coisas essencialmente iguais. Desde o princípio. Esta frase pode significar o início da raça ou o começo da Lei (Lv. 19:18) ou melhor, o início da vida cristã.Aquilo que é verdadeiro. A tradução melhor parece ser esta, Um novo mandamento eu lhes escrevo, isto é, aquele que é verdadeiro. Antigo. Antes, que se extingue (tempo presente). Porque as trevas estão se extinguindo e a verdadeira luz está brilhando, João aconselha seus leitores a andarem como filhos da luz. A verdadeira luz. A revelação de Deus em Cristo.Aquele que diz. Esta é a quinta vez que João destaca a possibilidade de inconsistência entre profissão e conduta (1:6, 8, 10; 2:4; cons. 4:20). Irmão. Companheiro cristão, não próximo (embora algumas vezes no N.T. "irmão" significa próximo, como em Mt. 5:22; Lc. 6:41). Está nas trevas. Esta falsa profissão envolve a existência do estado exatamente oposto ao que está sendo declarado. Aquele que ama. Isto não é simples profissão, como no versículo 9, mas a verdade real. Nele não há nenhum tropeço. Nele não há nada que possa levar os outros a tropeçarem. Isto segue o significado geral de skandalon no N.T., ocasião de tropeço, pois se usa em relação à ofensa causada a outros. "Falta dê amor é a fonte mais prolífica de ofensas".

Versos 11-17:O apóstolo vai mostrar sua preocupação com a família e libera vários conselhos para todas as idades.Agora ele se dirige aos mau velhos da congregação e aqueles que se distinguem por sua posição. Conheceis (conhecêsseis). Vocês ficaram conhecendo através da permanência nos mandamentos da vida cristã. Aquele que existe desde o princípio, isto é, Cristo (cons. Jo. 1:1-14). Jovens. Os mais jovens do grupo. Tendes vencido. Tempo perfeito, expressando o resultado permanente da ação passada. Força, que é a característica da juventude, é essencial à vitória nas batalhas espirituais. O maligno. A forma pode ser masculina (o maligno, isto é, o diabo) ou neutro (o mal). Uma vez que o tratamento dado aos jovens é pessoal, é muito provável que a referência aqui também é ao diabo pessoalmente. "A rudeza com a qual 'o maligno' é apresentado mostra que era assunto familiar" (Westcott, pág. 60). Filhos (E.R.C.). O mesmo grupo de 2:12, embora a palavra aqui seja paidia e a ênfase esteja sobre a subordinação mais do que sobre o relacionamento, como em teknia do versículo 12. A distinção de idades não está aparente nestas palavras como em "pais" e "mancebos"; portanto a referência é a todo o grupo. A ordem é para todos (não a um grupo em particular) e aparece abruptamente no texto. O mundo (kosmos, o oposto a kaos). O mundo é este sistema organizado que age como rival de Deus. É aquilo "que encontra sua esfera e realização próprias em uma ordem finita e sem Deus" (Westcott, pág. 63). Embora Deus ame o mundo dos homens (Jo. 3:16), não devemos amar aquilo que os organiza contra Deus. Um homem verdadeiramente religioso mantém-se afastado do mundo (Tg. 1:27), uma vez que a amizade com ele é inimizade com Deus (Tg. 4:4). O mundo está no colo do maligno (I Jo. 5:19), e João usa o mundo como símbolo das trevas (Jo. 3: (9). O mandamento não é, "não o amem demasiadamente", mas "não o amem de modo nenhum". Nem as coisas que há no mundo. Não amem nada que esteja na esfera do kosmos. Temos de usar as coisas que estão no mundo, mas quando as amamos em lugar de Deus, estamos abusando (I Co. 7:31).O segundo motivo para não se amar O mundo é que as coisas do mundo não são do Pai. Porque. O versículo 16 dá razões detalhadas para a declaração de 2:15b.
A concupiscência da carne. O genitivo, carne, é subjetivo aqui, conforme normalmente acontece quando usado com concupiscência. Assim o significado não é a concupiscência pelas coisas da carne, mas a concupiscência que é proveniente da carne, ou aquela concupiscência que se baseia na carne. Carne está sendo usada no sentido ético (opondo- se ao sentido material, que significa corpo), é a velha natureza do homem, ou sua capacidade de fazer aquilo que desagrada a Deus.Concupiscência dos olhos. Os olhos são a porta do mundo para a carne. Na frase, concupiscência da carne, o pensamento é o do prazer físico; enquanto na concupiscência dos olhos, a idéia é prazer mental, físico ou estético.Soberba da vida. A palavra soberba só ocorre também em Tg. 4:16, onde foi traduzida para "presunções". A idéia implícita na palavra é a ostentação pretensa que resulta de não se ver o vazio real que há nas coisas do mundo. Vida. Bios, não zoe. Este último significa o principio vital de vida, enquanto o primeiro significa posses. Assim a "soberba da vida" é o orgulho ostensivo da posse dos bens materiais. Não procede do Pai. Do, ek, "origem". Nenhuma dessas coisas se origina no Pai, mas antes no mundo.



Versos 18-29:Um alerta sobre anticristo se ele disse que era ultima hora a dois mil anos o que dirá hoje,Só João usa o termo (aqui; 2: 22; 4:3; II Jo. 7). Só neste versículo João afirma a existência de muitos anticristos no seu tempo e antecipa a vinda do Anticristo no futuro (conforme descrito por ele em Ap. 13:1-10). Anti significa "oposto" a Cristo. Assim, um anticristo é aquele que se opõe a Cristo sob o disfarce de Cristo. Esses tais recebem o poder das forças satânicas sobrenaturais; aparentemente podem fazer parte da assembléia dos cristãos; e ensinam doutrinas falsas (2:19; II Jo. 7). A presença de anticristos no mundo são a prova de que a última hora já chegou. Embora estivessem presentes no tempo de João e durante toda a história da igreja, a "última hora" deve ser todo o período compreendido entre o primeiro e segundo adventos de Cristo.O que nega o Pai e o Filho. O Gnosticismo considerava Cristo e Jesus como duas entidades distintas. Assim, negar que Jesus é o Cristo, é negar o Filho, o Deus-homem. E negar o Filho é negar o Pai, porque o Filho é a revelação do Pai sem o qual o Pai não pode ser conhecido (Mt. 11:27). Agora se enfatiza a declaração anterior. Não tem o Pai. No versículo 22 João diz que negar o Filho é negar o Pai. Aqui ele diz que negar o Filho é não ter o Pai; negar o Filho é ficar privado de se tomar filho de Deus (Jo. 1:12) e de ter no Pai um amigo vivo. Aqui está em vista um relacionamento vivo, não simplesmente um consentimento de profissão de fé. Aquele que confessa. A declaração positiva da mesma verdade. Permaneça em vós o que. No grego a sentença começa com ênfase no vós – "Quanto a vós ... ", e contrasta os verdadeiros crentes com os falsos mestres. O que ouvistes desde o princípio. Isto é, as verdades fundamentais do Evangelho. Permanecer nelas produz a permanência no Filho e no Pai. Esta refere-se à vida eterna, que é a promessa. Mas é o mesmo que o permanecer nEle do versículo precedente.Todo aquele que pratica a justiça. O verbo está no presente – pratica habitualmente. É nascido dele. Será que isto significa nascido de Cristo, como seria o caso, se as referências feitas nos versículos 28 e 29 são a Cristo? Neste caso, esta é a única referência à obra da geração de Cristo (embora gerado. de Deus e do Espírito são idéias bíblicas; cons. Jo. 1:13; 3:6, 8). "A verdadeira solução da dificuldade parece ser que, quando S. João pensa em Deus em relação aos homens, nunca pensa nele separadamente de Cristo (comp. v. 20). E ainda mais, ele nunca pensa de Cristo em Sua natureza humana sem acrescentar a idéia de Sua natureza divina. Assim uma rápida transição é possível de um aspecto da Pessoa divino-humana do Senhor para o outro"



Capitulo 3


Versos 1-2: Chamar Deus de pai começou com Jesus na oração do pai nosso, um grande ensinamento mostrando um relacionamento com um Deus próximo que ajuda quer auxilia que aconselha e que presenteia.

Versos 3-6:Porem ser filho de Deus nos trás grandes responsabilidades como purificar-se porque ele é puro Permanece ... não vive pecando. Ambas as palavras estão no tempo presente e indicam o caráter habitual da pessoa. A pessoa que permanece em Cristo não é capaz de pecar habitualmente. O pecado pode fazer parte de sua experiência, mas é a exceção e não a regra. Se o pecado é o princípio regente de uma vida, esta pessoa não foi redimida (Rm. 6); assim a pessoa salva não pode pecar como hábito em sua vida. Quando um cristão peca, ele confessa (I Jo. 1:9) e persevera em sua purificação (3:3). O pecador contínuo não conhece a Deus e portanto é uma pessoa não regenerada.



Versos 7-12:A ternura do chamamento destaca-se pelo perigo da situação" (Westcott, pág. 105). Enganar. Literalmente, desvie do caminho. Pratica. Tempo presente; "pratica habitualmente". É justo. Atos de justiça brotam de um caráter justo e são a prova da regeneração. Assim como. Cristo, como sempre, é o exemplo.Pratica. Tempo presente; "aquele que está continuamente cometendo pecado". É o seu hábito de vida, não simplesmente um ato. Procede do diabo. Satanás é a fonte desses desejos de pecado. "Ações habituais são novamente o índice do caráter, e aqui, da fonte" (Wuest, pág. 148,149). Filho de Deus. Esta é a primeira vez que João usa este título na epístola, e ele expressa particularmente dignidade e autoridade. Destruir. Literalmente, desamarrar. Cristo na Sua morte desfez os laços com os quais as obras do diabo se mantinham unidas. Satanás já não pode apresentar uma fronteira sólida em seus ataques contra os cristãos. É nascido. Particípio perfeito – ação passada que resulta em continuidade no presente – "foi nascido e continua nascido" (cons. 2:29; 4:7; 5:1, 4,18). Não vive na prática de pecado ... não pode viver pecando. Tempos presentes, indicando novamente pecado habitual. Semente. O princípio da vida divina concedida ao que é nascido de Deus (Jo. 1:13; II Pe. 1:4). Isto impossibilita o cristão de viver habitualmente no pecado. Nisto volta-se para os versículos precedentes, embora o mesmo ensino seja reiterado na última parte do versículo 10; isto é, "nesta vida de vitória sobre o pecado . . . " Os filhos de Deus ... os filhos do diabo. Este é o único lugar no N.T. onde estas duas frases estão lado a lado (cons. Atos 13:10; Ef. 2:3). Toda a humanidade pertence, ao que parece,a uma destas duas famílias; e até que alguém aceite Cristo, ele é filho do diabo (Ef. 2:3 e aqui). Não ama a seu irmão. "Esta cláusula não é uma simples explicação do que a precede, mas a expressão dela na mais alta forma cristã" (Westcott, pág. 109).
12. Amor pelo irmão sugere o ódio de um irmão e por isso o exemplo de Caim foi citado. Diz-se que ele pertencia à família do maligno. Assassinou. Originalmente a palavra grega (usada aqui e em Ap. 5:6, 9, 1; 6:4, 9; 13:3, 8; 18:24 apenas) significava "cortar a garganta" e depois, "matar
violentamente ".


Versos 13-16: Não vos maravilheis. Literalmente, parem de se maravilhar. Os leitores de João evidentemente não podiam entender por que o mundo os odiaria. Amor significa vida, e ódio significa morte. O teste de ter nascido de novo não é o ódio do mundo contra nós, mas porque amamos os irmãos. Assassino. Isto não deve ser entendido figurativamente, como se fosse um homicida da alma ou do caráter, mas literalmente, por causa do versículo 12. Deus olha para o coração, e o coração que está cheio de ódio é potencialmente capaz de homicídio. Compare com os ensinamentos do Senhor em Mt. 5:21, 22. "Aquele que cai em estado lamentável, cai sob os resultados normais desse estado posto em prática até as conseqüências" (Alford, The Greek Testament, IV, 474). Surgindo a ocasião, a pessoa que habitualmente odeia seu próximo agirá exatamente como Caim. Tal pessoa não está salva.Cons. 2:6. Amor auto-sacrificante é uma exigência para o crente.


Versos 17-19: a biblia sempre ensinou sobre o repartir a verdadeira prosperidade está na generosidade e não na fartura.E o verdadeiro amor é provado com atitudes e não com palavras
E nisto, isto é, no amor aos irmãos. Asseguraremos (E.R.C.). Literalmente, persuadiremos ou tranqüilizaremos (E.R.A.). Persuadir nossos corações do quê? Que ele não precisa nos condenar. Assim o assegurar é uma tradução interpretativa correta. Perante ele. É na presença de Deus que vem a segurança.


Versos 20-24: 20. Se, isto é, "seja como for", equilibrando todas as coisas da última parte do versículo. Nas coisas em que nossos corações nos condenam, Deus é maior ... Ao examinarmos nossa vida de amor fraternal, nossos corações podem ser muito rigorosos ou demasiado lenientes. Mas Deus é maior e conhece todas as coisas; portanto, apelamos a Ele quanto à verdade a nosso respeito, e nos lembramos que Ele é todo compaixão. Isto resulta em julgamento correto e confiança para nossos corações."Se diante de Deus podemos persuadir a consciência a nos absolver, quando ela nos censura, muito mais segurança temos diante dEle, quando isto
Não nos acusar. Não há hoje perfeição sem pecado, mas  pecado não confessado em nossa vida não nos trará nunca a  Confiança. Literalmente, ousadia ou liberdade para falar.
Oração respondida está agora condicionada na habitual guarda dos mandamentos e na prática das coisas que lhe agradam. Guardamos e fazemos estão ambos no tempo presente. O mandamento é crer e amar (creiamos ... amemos). A fé é uma obra, como em Jo. 6:29. Creiamos em o nome. Literalmente, creiamos o nome. Significa crer em tudo o que Cristo é, conforme representado por Seu nome. Uma vez que o escritor se dirige a cristãos, é uma exortação a que creiamos nEle com referência a tudo quanto Ele nos dá na vida cristã.A obediência também resulta em permanência. Permanece (habita). Esta palavra foi traduzida para "permanece" em Jo. 15. Assim, a sentença é uma definição de permanência. Permanecer é guardar os seus mandamentos. E o Espírito Santo dá o testemunho do fato de que Cristo habita em nós.



Capitulo 4

Versos 1-6: Aqui vai falar dos falsos profetas agora o que é um profeta
Pessoa que profetiza, isto é, que anuncia a mensagem de Deus(v.PROFECIA). No AT, os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina (Jr 27.4). No NT, o profeta falava baseado na revelação do AT e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã (At 13.1; 1Co 12.28-29; 14.3; Ef 4.11). A mensagem anunciada pelo profeta hoje deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. João Batista (Mt 14.5; Lc 1.76) e Jesus (Mt 21.11,46; Lc 7.16; 24.19; Jo 9.17) também foram chamados de profetas. Havia falsos profetas que mentiam, afirmando que as mensagens deles vinham de Deus (Dt 18.20-22; At 13.6-12; 1Jo 4.1).Não deis crédito. Literalmente, deixem de crer. Evidentemente alguns dos seus leitores estavam sendo levados pelos ensinamentos gnósticos. Provai. Dokimazo, que significa fazer passar por um teste com o propósito de se aprovar. Esta palavra geralmente implica em fazer o teste na esperança de que a coisa Bíblico Moody) 29 experimentada seja aprovada, enquanto peirazo ("provar" ou "tentar")
geralmente significa fazer o teste com o propósito de que a coisa experimentada seja achada em falta. O motivo do teste é simples – muitos falsos profetas já se encontram no mundo. Falsos profetas são falsos mestres (II Pe. 2:1) e operadores de milagres (Mt. 24:24; Atos 13:6; Ap. 19:20). A prova se refere à origem, se procedem de Deus.


Versos 7-8: Esta é a terceira seção sobre o amor (cons. 2:7-11; 3:10-18). O amor procede de Deus. A origem. Nascido. Tempo perfeito – "nasceu e continua sendo seu filho".Não ama. Particípio presente – "não ama habitualmente". Deus é amor. A terceira das três grandes declarações de João quanto à natureza de Deus (Jo. 4:24; I Jo. 1:5). A ausência do artigo (Deus é o amor) indica que o amor não é simplesmente uma qualidade que Deus possui, mas o amor é aquilo que Ele é por Sua própria natureza. Mais ainda, sendo Deus amor, o amor que Ele demonstra brota dEle mesmo e não externamente. A palavra Deus está precedida por um artigo, que significa que a declaração não é reversível; não se pode ler, "O amor é Deus".

Versos 9-10: A manifestação do amor de Deus em nosso caso (em nós) está na oferta do Seu Filho. Filho unigênito. Deus, além de enviar o Seu Filho, enviou o Seu Filho unigênito. Cristo é o único Filho nascido no sentido de que não tem irmãos (cons. Hb. 11:17). Para vivermos. O propósito da vinda de Cristo.Nisto consiste o amor. Literalmente, o amor; isto é, o amor que é a natureza de Deus. E tal amor não se relaciona a qualquer coisa que os seres humanos possam fazer, mas expressa-se no dom de Cristo. Propiciação no grego é HILASMOS Aquilo que aplaca a ira e traz a reconciliação com alguém que tem razão para estar irado com a outra pessoa.

Versos 11-21: Segue-se o assunto sobre o verdadeiro amor De tal maneira. Se Deus nos amou até o ponto de dar o Seu único Filho, devemos (obrigação moral) amar uns aos outros. Os falsos mestres não estavam preocupados em ensinar qualquer obrigação moral.
12. Deus está em posição enfática. Tradução: Deus ninguém jamais viu. A conexão entre este pensamento e o contexto parece ser este: Uma vez que nunca ninguém viu a Deus, a única maneira de se ver Aquele que é amor, é através do amor de Seus filhos entre si, comprovando assim a semelhança familiar. Seu amor poderia se referir ao Seu amor por nós ou ao nosso amor por Ele. Dizer a mesma coisa; isto é, concordar com alguma autoridade fora de si mesmo. Filho de Deus. "Esta confissão da divindade de Jesus Cristo implica em submissão e também obediência, não mero serviço de lábios" .O amor que Deus nos tem (literalmente, em nós). O amor se torna uma força trabalhando em nós. O amor para conosco, literalmente. É o amor que Deus, que é amor, produziu em nós, gerando-nos e colocando o Seu Espírito em nós. No dia do juízo mantenhamos confiança. O crente que tem o perfeito amor de Deus em sua vida terrena pode enfrentar o tribunal de Cristo sem vexame. Tal segurança não é presunção, porque, segundo ele é, também nós somos neste mundo. A base para a ousadia é a nossa atual semelhança com Cristo nesta vida, e particularmente, de acordo com este contexto, nossa semelhança em amor.Lança fora o medo. 4:18. A idéia da ousadia traz à mente o seu antônimo, o medo. Uma vez que o amor busca o mais alto bem para o outro, o medo, que é esquivar-se do outro, não pode ser uma parte do amor.Comprova a realidade de nossa profissão. 4:19-21. Nós o amamos (E.R.C.). A palavra o não se encontra nos melhores textos, e o verbo está no subjuntivo. Portanto, a tradução é: Vamos amar, porque ele nos amou primeiro. Nosso amor aos irmãos, uma coisa visível, comprova o nosso amor a Deus, uma entidade invisível. É fácil dizer piedosamente, "eu amo a Deus"; João diz que a verdadeira piedade se comprova no amor fraternal. Mais ainda, ele insiste na idéia declarando no versículo 21 que este é um mandamento de Cristo (Jo. 13:34).



Capitulo 5

Versos 1-4:Agora João vai tratar de falar sobre a fé e o quanto ela é proveitosa para vida do cristão.Crer em Cristo é a base de nossa comunhão. A palavra crê só apareceu três vezes até este ponto da epístola, mas aparece seis vezes em 5:1-13. "Agora S. João traça as bases para o parentesco espiritual"O fato do cristão ter exercitado a fé em Cristo comprova-se de três maneiras, de acordo com o ensinamento deste capítulo.
 Os gnósticos negavam que Jesus de Nazaré fosse o Cristo. João toma a fé nesta verdade em teste essencial do nascido de Deus. Que o gerou é Deus. Que dele é nascido é o crente.Aqui se declara o inverso de 4:20,21. Também se pode dizer que aquele que ama a Deus ama os Seus filhos, e que aquele que ama os filhos de Deus ama a Deus. Quando. Literalmente, sempre quando.Penosos, um fardo opressivo e exaustivo. Amor transforma os mandamentos de Deus em luz.Na qualidade de crentes vivemos vitoriosamente. 5:4, 5.Guardar o mandamento de amar os irmãos é possível por causa da vitória que o cristão tem sobre o mundo. Vence. Tempo presente, implica em batalha contínua. Vitória que vence. Aqui o verbo está no aoristo, indicando a certeza da vitória. A vitória que venceu o mundo é a nossa fé.

Versos 5: A verdadeira vitória vem do Senhor Jesus como dizia paulo mais damos graças a Deus que nos da a vitória por nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.

Versos 6-8: Nesse texto está a base para a teoria da trindade A Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professa a Deus único preconizado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério. Tais denominações consideram-se monoteístas.A doutrina trinitária professa que o conceito da existência de um só Deus, onipotente, onisciente e onipresente, revelado em três pessoas distintas, pode-se depreender de muitos trechos da Bíblia. Um dos exemplos mais referidos é o relato sobre o batismo de Jesus, em que as chamadas "três pessoas da Trindade" se fazem presentes, com a descida do Espírito Santo sobre Jesus, sob a forma de uma pomba, e com a voz do Pai Celeste dizendo:«Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo»1
E na fórmula tardia de Mateus:2 «Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo».
No relato em que a Trindade se revelaria por três anjos que apareceram a Abraão próximo ao Carvalho de Mambré (Gn 18,ss)Na criação do homem se apresenta um criador plural": «Façamos o homem a nossa imagem e semelhança»"(Gn 1,26)No episódio da torre de Babel o Senhor Deus fala no plural: "«Vamos: Desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.»”(Gn 11,7).Ja  Unicidade é a crença de que o Pai(Deus) se tornou filho e que se tornou o Espírito santo.Na Fé unicista Deus é pai, filho e espirito santo ao mesmo tempo. eles negam a trindade de Deus e dizem que tudo é uma manifestação da divindade. Para eles a divindade se manifestou como pai,no antigo testamento, se manifestou como filho no novo testamento e se manifesta como o espírito santo para estar com a igreja.

Versos 9-14: Um testemunho triplo é tudo o que os homens precisam (cons. Dt. 19:15; Mt. 18:16; Jo. 8:17). Deus nos deu três testemunhos no Espírito, na água e no sangue, os quais devemos receber.Em si. O testemunho não é só externo mas também interno. "Aquilo que para os outros é externo, para o crente é experimental" (Westcott, pág. 186). O faz mentiroso. O incrédulo faz de Deus um mentiroso no que se refere a todo o Seu plano da redenção.Testemunho. O conteúdo do testemunho externo e interno é que Deus deu o Seu divino Filho para que os homens pudessem ter vida eterna.
 Uma dedução do versículo 11. Se o Filho tem vida, então aquele que tem o Filho também tem vida. Vida. Literalmente, a vida.A fim de saberdes. O conhecimento consciente da posse da vida eterna é a base para a alegria da comunhão, a qual é o tema da epístola (1:4). Confiança. Esta é a quarta vez que é mencionada (cons. 2:28; 4:17 em conexão com o juízo; e 3:21, 22 e aqui em conexão com a oração). Segundo a sua vontade. A limitação é benévola porque a Sua vontade sempre constitui o melhor para os Seus filhos. A promessa é que Deus nos ouve e isto inclui a idéia de que Ele também garante a resposta.


Versos 15-21:A oração está limitada não somente pela vontade de Deus mas
também pelas ações dos outros."A vontade do homem foi dotada por Deus com tal e tão régia liberdade, que nem mesmo a Sua vontade a coage. Muito menos, portanto, pode a oração de um irmão coagi-la. Se a vontade humana deliberada e obstinadamente resistiu a Deus, e persiste em fazê-lo, somos privados de nossa garantia usual. Contra a vontade rebelde até mesmo a oração da fé de acordo com a vontade de Deus (pois é claro que Deus deseja a submissão do rebelde) será feita em vão"Há pecado para morte, o qual implica não em um simples ato, mas atos que têm o caráter do pecado para a morte. Talvez nem sempre sejam exteriores para poderem ser reconhecidos e sabidos, uma vez que João diz que não sabemos como orar. O pecado para morte também não é a rejeição de Cristo, pois o contexto está lidando com cristãos. Deve ser semelhante aos casos citados em I Co. 5 e 11:30. Quanto à oração por tal irmão, João é muito reservado nas suas recomendações. Ele não proíbe a intercessão nem a desencoraja. Comunhão individual determinará o devido curso de ação.
Na Bíblia são mencionados os pecados que são para morte e os que não são para morte. Todo pecado é transgressão diante de Deus, mas nem todo pecado é igual aos olhos de Deus. O pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas: “grande pecado” (Êx 32.30,31; 1 Sm 2.17; Sl 25.11; Am 5.12); “maior pecado” (Jo 19.11); “muito grande pecado” (1 Sm 2.17; 2 Sm 24.10 com 1 Cr 21.8,17); “muitos pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e “multiplicar pecados” (Ez 16.51; Os 13.2; Tg 5.20).
O pecado para morte (1 Jo 5.16), dependendo de sua gradação, traz como conseqüências: sofrimentos, morte espiritual, morte física e até perdição eterna. São, na verdade, tipos de pecado que levam o seu praticante à morte física prematura, como: desobediência deliberada (1 Rs 13.26); incesto (1 Co 5.5); murmuração (1 Co 10.5); profanação (1 Co 11.29-32); desvio (Jr 16.5,6); tentar a Deus (Nm 14.29,32,35; 18.22; 27.12-14); falsidade (At 5.10); rebeldia, não a momentânea, mas como estado (Ef 6.3), etc.Quando ao que diz a Palavra de Deus sobre não orar pelos que pecam para a morte (1 Jo 5.17), isso não quer dizer que não devamos interceder por essas pessoas — pois o crente deve orar até pelos seus inimigos (Mt 5.44; Sl 109.4) —, mas somente que não haverá certeza de uma resposta. Isso porque o Senhor respeita o livre-arbítrio (2 Cr 15.2; 26.5; 1 Sm 2.30).
E ele termina com um conselho muito importante que é guardai-vos Uma palavra diferente (fylasso) da que foi usada em 5:18 (tereo). Significa guardar como o faz uma guarnição militar. Ídolos. "Um 'ídolo' é qualquer coisa que ocupa o lugar que é de Deus". Éfeso abundava com ídolos e práticas idólatras; por isso a advertência era muito apropriada.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Esboço sobre 1 Corintios 15

Tema: A ressurreição
Texto base: 1CO 15:12-14

Introdução

O ano é 57 D.C Corinto já era uma importante cidade cosmopolita,localizada na província romana da Acaia que hoje é a parte sul da atual Grécia sendo uma das principais cidades do império Romano.Todo mundo devido a economia passava por corinto e de forma estratégica Paulo estabelece ali uma igreja.
Uma igreja que no primeiro olhar perfeita afinal tinha todos os dons, tinham todos os ministérios porem quando adentramos capitulo a capitulo vamos perceber que era uma igreja carnal e dividida a onde uns diziam eu sou de Paulo outro de Apolo outros de Pedro e um grupo que dizia quer era de Cristo que segundo os comentaristas eram que dava mais trabalho.Não o bastante tinha nessa cidade uma forte adoração a deusa Afrodite considerada deusa do amor e da beleza, deusa da sexualidade haja visto que no templo dessa deusa ficavam cerca de 1000 prostitutas.


Explicação

Nesse contexto o apóstolo Paulo vai ter que lutar contra a idolatria,contra a desunião batalhar com muito afinco contra os falsos mestres e ainda passar o tempo todo defendendo seu apostolado visto que muitos ali não o considerava apóstolo.
Não o bastante Paulo ainda vai ter que explicar para muitos da igreja sobre um assunto que eles deveriam saber sobre a ressurreição dos mortos ele que já tinha tido um grande debate nesse assunto com os Epicureus e os Estóicos em  Atos 17:18 E alguns dos filósofos epicureus e estoicos contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que quer dizer esse tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição.
Agora uma coisa é pregar para filósofos outra é para crentes que deveriam saber e viver o assunto mais eram mais incrédulos do que os próprios filósofos.
Então Paulo vai dizer a eles que a ressurreição é real,  que ela está próxima e  que sem ela não creríamos em Cristo pois a escritura diz que ele ressuscitou.

1- Lugar para haver ressurreição necessita haver morte e Jesus morreu veja Capitulo 15:3
Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,

2- Lugar ele ressuscitou 15:4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

3- Lugar se ressuscitou tem que ter testemunhas 15: 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.




Aplicação

Mais você deve estar se perguntando tudo bem mais o que eu tenho a ver com isso, e a resposta é clara tudo.Porque estamos vivendo dias que a igreja está cheia de dons a igreja está dividida, a igreja está carnal e a igreja não crê mais na ressurreição afinal pra que morrer e ressuscitar se eu tenho prosperidade e não necessito de mais nada.
E sobre isso eu quero com a ajuda do Espírito Santo de Deus aplicar 5 lições deste texto aos nossos corações.

1- Lugar Cristo morreu 15:3 Mais qual foi a causa da morte de Jesus...E o texto mesmo diz que foi pelos nossos pecados não fora porque Judas o traiu nem porque os Judeus o condenaram nem tampouco porque Pilatos lavou suas mãos mais sim pelos nossos pecados para que através do sangue dele pudéssemos alcançar perdão eterno.

2- Ele morreu porém ressuscitou dentre os mortos a causa de estarmos vivos é porque ele ressuscitou ele é a causa da nossa existência como diz João 1:3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.Se ele não estivesse ressuscitado não teríamos esperança de vida eterna.Pois a respeito disso Oseias já tinha profetizado no capitulo 6:1 Vinde, e tornemos para oSenhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. 2 Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele.


3- Lugar  temos uma causa para viver 15:17-19.Jesus é essa causa se estivermos pensando só nas coisas deste mundo em ficar ricos e ter um bom status social em ter uma bela casa em ter o melhor currículo ou a melhor roupa e termos corpos perfeitos ou sermos rodeados de pessoas nós seremos os mais miseráveis dos homens.A palavra miseráveis no grego é ELLEINOS( lastimável miserável e uma palavra adjetiva de eleos digno de pena cheio de miséria ruim em caráter mau corrupto estragado fraco débil trivial.
Mais Jesus não veio para termos uma vida assim ele veio para termos uma vida abundante uma vida feliz não segundo o molde do mundo mais feliz no molde dos céus porque a verdadeira felicidade não é made-in terra e sim Made-in céus.


4- Lugar ele nos ressuscitará 15:20-22.Glorias a Deus por isso vamos ser transformados e Paulo vai usar a lei da semeadura para explicar isso 15:35-50.Hoje olhamos para nos e vemos um corpo abatido cheio de dores alguns com muitas limitações que chamamos de forma ignorante de deficiência como se Deus fizesse alguma coisa imperfeita,mais teremos um corpo perfeito em um momento e a Palavra momento no  grego é átomos palavra para descrever o faiscar de uma estrela ou Dardejar da calda de um peixe, ou o piscar do seus olhos.E para entendermos melhor isso temos que por em paralelo com 1 Tessalonicenses 4:13-18  13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. 14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. 15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. 16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. 18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.


5- Para finalizar  a grande vitória 15:24-28 ele mesmo explica a grande vitória 15:54-57
Eu quero te dizer que  Seu último endereço não é o caixão de madeira e nem o cemitério da vila alpina aquele lugar horrível seu último endereço é o céu porque Jesus venceu a morte foram atrás dele no túmulo mais já estava vazio e o anjo declarou ele não está mais aqui porque já ressuscitou você e eu moraremos em novos céus e nova terra...


O que levamos para casa 15:58 E o que é essa obra, será que é ministérios, será que é só dizer que é crente Jesus ensina o que é essa obra que Paulo aqui cita em João 6: 29 Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.

sábado, 26 de outubro de 2013

Estudo sobre a segunda epistola de Pedro

Introdução

A segunda epistola de Pedro, é similar,em ordem e conteúdo, a epistola de Judas(2Pedro 2.1-3,3.3 cf Jd 3-18).Contudo Pedro emite um aviso a respeito dos falsos ensinadores que
Acabariam vindo, passo que Judas afirma que eles já estavam presentes.Esta segunda epistola foi escrita particularmente contra as filosofias gnósticas e antinomiana.Os gnósticos Gnosticismo de (gnosis): 'conhecimento', (gnostikos): aquele que tem o conhecimento) é um conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas que chegaram a mimetizar-se com o cristianismo nos primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um pensamento herético após uma etapa em que conheceu prestígio entre os intelectuais cristãos.1 De fato, pode falar-se em um gnosticismo pagão e em um gnosticismo cristão, ainda que o pensamento gnóstico mais significativo tenha sido alcançado como uma vertente heterodoxa do cristianismo primitivo.ensinavam que alem de crer em Cristo era preciso também receber o gnosis ou conhecimento esotérico porem Pedro refutou esta ideia enfatizando o fato de que eles já haviam recebido o verdadeiro conhecimento.
Os antinomianos crêem que, uma vez que a salvação se da somente pela graça os requisitos da lei moral são irrelevantes.Pedro escreve o segundo capitulo para atacar o modo de vida libertino que naturalmente resultava daqueles que criam dessa forma.No terceiro capitulo ele reprova ceticismo a respeito da volta de Cristo.Nesta discussão ele trata de forma muito clara dos eventos vindouros.Ele cita também os desastres do universo físico.
Em um âmbito teológico    Jerônimo, o tradutor da Vulgata, embora aceitasse II Pedro ao lado das outras seis epístolas "católicas" ou gerais (Epistle to Paulinius), reconhecia ao mesmo tempo que alguns mestres tinham duvidado de sua autenticidade por causa variação de estilo. Em outro ele explica esta diferença como o resultado natural do uso que Pedro fez de intérpretes diferentes para as duas epístolas.
No mesmo contexto ele menciona Tito como intérprete de Paulo e que Pedro tenha ditado a Marcos o material do Evangelho que leva o nome deste último. Para alguns que têm um conceito muito literalístico da inspiração, a idéia de tal função editorial de Silas (I Pe. 5:12) prejudica a inspiração e autoridade da carta, apesar de que seja notório que escribas estavam geralmente à disposição dos escritores inspirados (Jr. 36:2, 4; Rm. 16:22; e as observações tradicionais que se seguem a I e II Co., Ef., Fp., Cl. e Fm.). Outros acham que não há aqui nenhuma dificuldade; o Espírito Santo ajudou Silas a escrever como Ele ajudou Pedro a ditar. A grande maioria da igreja histórica assumiu esta última atitude.
Outra questão interna que tem sido premida contra a autoridade petrina desta epístola é a declarada familiaridade do seu escritor com as epístolas paulinas, a qual ao lado da referência à autoridade das cartas de Paulo (II Pe. 3:15,16), é considerada como indicação de que o cânon do N.T, já estava bastante estabelecido por ocasião da composição de II Pedro, parecendo assim aos que defendem este ponto de vista que esta epístola foi muito tardia para ter sido obra do apóstolo.
Tal linha de raciocínio parece realmente gratuito, pois se Pedro chegou a Roma exatamente dois ou três anos depois da chegada de Paulo como prisioneiro, certamente teria uma oportunidade natural de ficar conhecendo as epístolas de Paulo e poderia concebivelmente ter comungado com o próprio Paulo. De qualquer maneira, parece que as evidências de que as cartas de Paulo foram copiadas e circularam deu igreja em igreja imediatamente após serem recebidas, são razoáveis (veja Cl. 4:16).
Mais uma questão interna deveria ser considerada, isto é, a semelhança de certas declarações de lI Pedro com declarações de Judas. Três dos paralelos mais importantes são os que se seguem: 1) II Pedro 2:4 e Judas 6 referem-se ao castigo dos anjos decaídos, uma alusão à uma declaração feita no livro apócrifo de Enoque. 2) II Pedro 2:11 e Judas 9 falam da relutância dos anjos em fazer acusações contra Satanás, acrescentando a declaração de Judas, ao que parece, uma alusão à obra apócrifa Assunção de Moisés, onde Satanás é representado reclamando o corpo de Moisés. 3) II Pedro 3:3,4 e Judas 17, 18 fala da vinda de escarnecedores nos últimos tempos. II Pedro se refere a eles no futuro. Judas se lhes refere como uma realidade presente, já profetizada pelos apóstolos, de quem Pedro era um, é claro.
O Dr. Charles Bigg (St. Peter e St. Jude, págs. 216, 217), que aceita a autoria petrina desta epístola, argumenta convincentemente pela prioridade de II Pedro. É bom ter em mente também que há considerações plausíveis que apóiam uma data precoce da própria epístola de Judas. Confere-se-lhe uma data precoce tal como 65 AD., e aqueles que a colocam em 80 ou 90 A.D. devem contar com a narrativa de Hegesippus (contada por Eusébio) de que dois netos de Judas foram levados diante de Domiciano, que reinou entre 81 e 96 A.D., sendo descritos como homens adultos, lavradores de mãos calejadas, naquela ocasião. Lembre-se de que Judas foi irmão de nosso Senhor. As semelhanças entre li Pedro e Judas não parecem exigir uma data pós- petrina para a primeira.
Na bíblia de estudo de aplicação pessoal diz que o propósito da carta era advertir os cristãos quanto aos falsos ensinadores e exorta-los a crescer na Fé e no conhecimento d cristo.Nela também data no ano 67 D.C três anos após a primeira.

 Capitulo 1

Versos 1-2: Pedro começa a sua epistola de forma tradicional com uma breve saudação mostrando que antes de ser pastor,antes de ser apostolo ele era Servo.Simão (Symeon) Pedro, servo (escravo) e apóstolo de Jesus Cristo. Esta epístola apresenta claramente que foi escrita pelo apóstolo Pedro. O título, servo e apóstolo, ilustra bem a regra de Cristo: "O maior de entre vós será vosso servo " (Mt. 23:11) o verso dois nos mostra que o desejo dele era ver o conhecimento de Deus sendo multiplicados neles ou seja já ataca a questão dos falsos mestres que traziam falsos ensinos.

Versos 3-7:Interessante notarmos a palavra Piedade tão falada em nossos dias porem poucos sabem o que de fato significa Piedade no grego (eusebia)é substantivo de eusebes devoto piedoso no NT é dirigida somente a Deus indicando o sentimento espontâneo do coração.Pelas quais (através das quais, isto é, através da glória e virtude). A glória e excelência de Cristo, reproduzidas no caráter dos santos, e assim oferecidas Àquele de quem são, constituem o alvo todo inclusivo da vida cristã. Nosso alvo se refere ao caráter: "Seremos semelhantes a ele" (I Jo. 3:2). E neste alvo estão incluídas todas as coisas dignas (cons. Mt. 6:33). Nos têm sido doadas. Não a palavra costumeira para "dar", mas uma palavra mais rica e munificente, "dotar", "suprir com uma herança". Preciosas e mui grandes. Literalmente, as preciosas e maiores. Observe novamente a palavra "precioso", tão proeminente em I Pedro. Promessas. Não o termo usual indicando uma sossegada aquiescência particular, mas uma palavra heráldica implicando em uma proclamação enfática e pública - uma palavra muito confortadora para aqueles a quem se refere. Co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção, das paixões que há no mundo. Com base nestes publicamente declarados compromissos divinos, o crente se toma um participante do mais rico de todos os tesouros, a natureza e vida de Deus. "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Rm. 8:9). Esta nova vida do Espírito não é nada além de "Cristo em ti". Exige submissão, obediência, vida (Gl. 5:25). Esta nova vida liberta-nos da morte-vida da escravidão aos desejos carnais (Rm. 8:11-13).Em vossa fé adquiram um amplo suprimento de excelência (cristã) básica". Esta excelência é a qualidade de alguém que diligentemente pratica os rudimentos básicos e as implicações de sua chamada. Ele insiste com os cristãos a que
acrescentem conhecimento à virtude. Aqui está o crescimento em conhecimento através do estudo e da experiência. A seguir vem o domínio próprio (autocontrole). Esta é a disciplina do soldado cristão com a ajuda do Espírito. Então vem a perseverança, a capacidade de um veterano de ver através das pressões atuais à vista dos recursos conhecidos. À perseverança o cristão acrescenta piedade (gr., eusebeia), um espírito de reverência e deferência para com Deus em todos os assuntos. À reverência ele acrescenta a fraternidade (gr., philadelphia). Deferência para com Deus e revestimento do Seu amor é a única base para a genuína bondade altruísta com referência ao próximo. Após a fraternidade o amor (gr., agape, "amor divino", como em I Co. 13) é a busca do cristão. Seria incorreto colocar essas lindas graças em compartimentos que só pudessem ser atingidos nesta ordem. Não, sua apresentação aqui parece observar uma ordem do mais elementar para o mais avançado, mas todas elas são facetas da operação do Espírito na vida de um crente, aspectos da glória do Cristo que habita no crente, Seu caráter exibido no caráter do cristão.

Versos 8-9: A palavra traduzida para existindo significa "ficar debaixo como fundamento ou base". Isto está implícito na regeneração, na presença do Espírito no coração. Mas a questão do "abundar" implica em crescimento cristão e plenitude do Espírito ou controle completo conforme experimentado pelos crentes no Pentecostes e desde então.


Versos 10-11: Procurai (ocupem-se em) com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição. Eis aqui uma responsabilidade pessoal com referência à vocação e escolha que Deus fez deles. Procedendo assim (continuadamente), não tropeçareis em tempo algum. A obediência não é opcional sob qualquer aspecto ligado à segurança do cristão. Pois, desta maneira é que vos será amplamente (ricamente) suprida a entrada. Aqui está uma insinuação de que a sociedade celestial não será desprovida de classes. A boa mordomia das riquezas de Cristo produzirá juros eternos. O cristão, recebendo riquezas através da provisão de Cristo, investe e acumula riquezas futuras (cons. I Tm. 6:19).


Versos 12-15:  Sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados... embora estejais certos da verdade ... e nela confirmados. O sentido no grego é o seguinte, "Eu tenciono relembrá-los sempre". Mesmo onde existem o conhecimento e a determinação, há necessidade de motivação e exortação.Enquanto estou neste tabernáculo. Cristo, na incumbência que deu a Pedro depois da ressurreição, deu a entender que o apóstolo morreria como mártir (Jo. 21:18). Provavelmente é a isto que Pedro se refere no versículo.Um senso da brevidade do seu mandato aumenta o peso do seu senso de responsabilidade diante de seus leitores. Depois da minha partida. As epístolas de Pedro serviriam para alongar seu cuidado e seus conselhos em benefício dos seus irmãos.


Versos 16-19: Veja como é importante ter experiências com Deus enquanto alguns falavam do que não viram nem ouviram nem se sentiu Pedro fala do que viu ouviu e sentiu temos que por essa passagem em paralelo com 1Ts2.19. Interessante notar que ele destaca a palavra dos profetas ou seja o antigo testamento. Este é o meu Filho amado. Esta referência à cena da Transfiguração pode muito bem significar uma reprimenda aos falsos mestres que, se Colossenses descreve uma situação paralela, inclinavam- se à adoração dos anjos, reduzindo assim a preeminência de Cristo. Uma vez que só Pedro, Tiago e João estavam presentes com Cristo no monte, isto também constitui um reforço da reivindicação à autoria petrina para a epístola.


Versos 20-21: É um espantoso tributo à validade das Escrituras Sagradas, que Pedro declare, que sejam mais dignas de crédito do que uma voz do céu ouvida com os ouvidos naturais. Por implicação, aqui está uma censura àqueles mestres que indo além das Escrituras criam artificialmente teorias místicas. Homens (santos) falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo, ou falaram da parte de Deus, sendo sustentados pelo Espírito Santo. Esta passagem lembra muito o comentário sobre inspiração profética registrado em I Pe. 1:10-12, outro laço entre as duas epístolas.



Capitulo 2

Versos 1-3:Um dos assuntos mais falados do novo testamento é sem duvida sobre os falsos profetas quem são e que querem essa deve ser nossas perguntas sobre esse assunto e Pedro vai nos responder essas perguntas de forma clara e objetiva.1-3a. Assim também haverá entre vós falsos mestres. Tendo acabado de mencionar os profetas que falaram da parte de Deus, Pedro se refere ao fato de que estes enfrentaram a oposição dos falsos profetas. Ele adverte os crentes (mais ou menos como em Atos 20:29, 10; I Tm4:1-6; II Tm. 3:1-5 – ainda que o erro aqui parece que era no setor da vida e não de doutrina – I Jo. 2:18-20; e Judas 3 e segs.) contra os falsos mestres que talvez o apóstolo já soubesse operando em certos setores da igreja. Estes negariam o soberano Senhor que os resgatou; alcançariam seguidores e lançariam uma sombra sobre o caminho da verdade. Seu propósito seria mercenário; seriam motivados por avareza.

Versos 4-8: Deus ama perdoar dizem alguns porem Rm 6:1-3,10-13.No comentário de R.C spurgeron ele diz:-Ainda outra ilustração da judicatura de Deus sobre a Sua criação. Esta referência à infelicidade de Ló com os acontecimentos relacionados com a sua escolha de Sodoma por residência, por causa de sua lealdade básica a Deus, quer seja considerada como um reflexo da tradição antiga, quer seja revelatória, é um interessante suplemento ao quadro que o V.T. dá desse patriarca.

Versos 9-13: Aqui Pedro garante que Deus vai livrar porem somente os que forem piedosos Enquanto nos exemplos usados, Pedro demonstra mais interesse pela condenação divina dos maus do que pela sua vindicação dos justos (isto por causa de sua preocupação com os falsos mestres), nesta recapitulação final ele acrescenta em primeiro lugar a misericórdia divina para com os seus, para conforto dos leitores. A epístola de Judas é um paralelo muito achegado à presente discussão dos falsos mestres e seu castigo. Pedra fala de suas atividades como coisa iminente ("haverá também falsos doutores", 2:1); Judas trata do assunto como coisa presente ("porque se introduziram alguns", Judas 4).
Aqueles que seguindo a carne, andam ... menosprezam qualquer governo. O quadro é de auto-indulgência e impudência carnais. Não temendo difamar autoridades superiores, ao passo que ... anjos ... não proferem contra elas juízo. Pedro adverte contra palavras precipitadas e autoconfiantes, mesmo quando relacionadas com os poderes do mal. Sua referência aos anjos é paralela a de Judas 9, que parece refletir uma luta entre Miguel e o diabo, narrada na Assunção de Moisés, uma obra apócrifa conhecida entre os judeus. A referência de Pedro é discreta, levando alguns mestres da crítica a pensarem que II Pedro seguiu-se à referência mais específica em Judas. Bigg acha o contrário, sentindo que a declaração de Pedro foi suficiente para o seu propósito, e que a de Judas veio um pouco depois, particularizando-a. Falando mal daquilo em que são ignorantes. Sua auto-suficiência emparelhava com a sua ignorância. Isto faz lembrar a referência de Cl. 2:18. A característica dos mestres da crítica liberal moderna, que mis espanto causa, é a confiança absoluta que têm em suas próprias conclusões, com base em evidências triviais e envolvendo desvios tremendamente importantes dos princípios mantidos durante séculos pela igreja histórica.Eles se regalam nas suas próprias mistificações. Pedro fala de um abuso da sociabilidade cristã. Sempre ávidos de um bom jantar, eles transformam essas ocasiões em oportunidade para uma alegria imprópria e persistentes ensinamentos falsos. A referência que Judas faz às refeições em comum que os cristãos realizavam nas "festas de amor" (lit., "vosso amor" ou "ocasiões de amor", Judas 12) apresenta um padrão completamente diferente.

Versos 14-19:Pedro continua o assunto com severidade os chamando de adúlteros alguém que traiu Deus por dinheiro agora pensando nisso (nos vem a mente um discípulo chamado Judas Iscariotes, veja que ele ficou   Indemoniado porem não manifestou uma força fora do comum, não saiu gritando ele simplesmente traiu o mestre por dinheiro) agora quantos não estão fazendo o mesmo nos nossos dias.
Balaão é um exemplo daqueles que fazem mal para ganhar dinheiro NM 22.4-35.  
 E mesmo nos círculos evangélicos, uma preocupação excessiva pelo lucro financeiro, ou falta de cuidado no uso dos fundos, tem invalidado a obra de alguns príncipes do púlpito cujas palavras eram irresistivelmente poderosas.
Um mudo animal de carga . . . refreou a insensatez. À luz dos resultados eternos, o triste desatino de tal perversão de propósito provoca o desprezo até dos mais simples. Lembre-se de que o jumento teve a permissão de ver aquilo que fugia à visão míope de Balaão, "o vidente" (Nm. 22:25).
17-19. Fonte sem água. A condenação básica da falsa doutrina é sua completa esterilidade espiritual. É este aspecto do movimento conhecido por "liberalismo religioso" que tem levado grande número de pessoas espiritualmente famintas a abandonarem igrejas friamente formais. Finalmente também deu lugar à deserção do "liberalismo" até pelos intelectuais e eruditos. Esta deserção, conhecida como a "neo-ortodoxia", é um movimento reacionário que, triste é dizer, continua negando a plena autoridade das Escrituras.

Versos 20-22: Pv 26:11.Este é um solene tributo da terrível responsabilidade da apostasia, e constitui uma advertência implícita aos crentes para permanecerem firmes.O cão e a porca simbolizam mudanças externas temporárias resultantes de uma falsa fé cristã como contraste a ovelha é designada como crente fiel.



Capitulo 3

Versos 1-4: Destaca-se do verso um a palavra ânimo muito usada no novo testamento porém o que poucos sabem é que no original muda todo o sentido, no português,é estado de espírito; humor,força moral; coragem; valor,vontade; intenção[pouco usado] espírito; alma.No grego é dianoia pensamento profundo,imaginação,mente ou entendimento.
Pedro declara uma continuidade e congruência com o testemunho das Escrituras do V.T., a principal autenticação para a genuína pregação cristã na era apostólica, e também com o testemunho de seus companheiros, os apóstolos. Esta declaração natural e incidental – como se o escritor já soubesse que é do conhecimento de todos os seus leitores – é uma forte confirmação da autoria petrina desta carta. A Segunda Vinda era um assunto grandemente apreciado pelo apóstolo. Ele sublinha a exortação e o encorajamento de sua primeira carta (por exemplo, I Pe. 1:5, 7, 10-13; 4:7, 13; 5:1, 4). Ele sabia que os seus leitores estavam familiarizados com esta verdade.


Versos 5-6: Pode-se debater sobre se esta é mais uma referência aos falsos mestres do capítulo 2, ou simplesmente uma declaração de que a demora da volta de Cristo levaria muitos a se afastarem e até mesmo a zombarem da gloriosa esperança da Igreja.
5,6. Deliberadamente esquecem. Literalmente, isto deixou de ser percebido deliberadamente. Um caso de cegueira judicial. Eles não queriam que a coisa fosse verdade. Pela palavra de Deus. Pedro retorna à segurança e estabilidade da palavra de Deus conforme comprovada na criação. Literalmente, ela consistia na (ou pela) palavra de Deus. Pelas quais (gr., coisas através das quais, isto é, através da palavra de Deus e do dilúvio) veio a perecer o mundo daquele tempo. A palavra do juízo divino, como a Sua palavra criativa, foi final.

Versos 7-9:O fogo de Deus se refere ao juízo que desde os profetas vem sendo pregado o próprio Joao batista disse que Jesus, batizaria com a água e fogo (
Agora Pedro chega ao ponto que tinha em mente, isto é, que a demora da volta de Cristo, mencionada pelos céticos, não é base adequada para se duvidar da Sua vinda. Isto já foi insinuado quando se referiu ao dilúvio do tempo de Noé. O dilúvio também levou muito tempo para chegar, e sua plausibilidade foi subestimada pelo povo daquele tempo; mas ele veio, exatamente como Deus disse que viria. Esta é a terceira referência que Pedro faz a Noé (I Pe. 3:20; II Pe. 2:5), outra indicação excelente da unidade entre I e II Pedro. Os comentários de Pedro sobre a equivalência de um dia e mil anos para Deus, é uma linda declaração da eternidade de Deus, Sua superioridade às limitações do tempo e espaço (cons. Sl. 90:4). E é excitante pensar em como esse conceito reduz o período da espera de Sua volta. Os anos de nossa peregrinação aqui passam rapidamente. Mas, então, quando "estamos com o Senhor" e livres das limitações de tempo e espaço, não passa de um ou dois dias - mesmo calculados a partir dos tempos apostólicos – até que o Seu reino venha com todas as suas alegrias. Que todos cheguem ao arrependimento. A delonga de Deus tem um propósito redentor; Sua vontade básica é que todos abandonem os seus pecados e se voltem para Ele.

Versos 10-12 Apesar de toda a aparente delonga, a palavra de Deus será novamente comprovada válida. Aquele dia há de vir. A visita súbita, jamais esperada do arrombador noturno é o símile favorito de Cristo, adotado pelos seus apóstolos. Os elementos se desfarão abrasados; também a terra, e as obras que nela existem serão atingidas. Aqui pode haver uma outra alusão ao Livro de Enoque, com sua descrição das "montanhas dos sete metais" e sua destruição. Parece que os judeus religiosos de um modo geral aguardavam que houvesse uma final e abrasadora purificação da terra. É claro que isto vai além das referências bíblicas ao Milênio.Deveis ser tais como. Exatamente como em sua primeira epístola (1:14-16), Pedro usa aqui o tema da esperança apocalíptica do cristão como poderoso incentivo à santidade. Esperando e apressando a vinda do dia de Deus. Que quadro para "todos quantos amam a sua vinda"! (cons. II Tm. 4:8). Não como aqueles que têm pavor desse dia, aqueles que, quando forem tomados de surpresa, pedirão às rochas e aos montes que os escondam (Ap. 6:15-17), o cristão o aguarda com ansiedade. As palavras apressando a vinda do dia de Deus também são passíveis desta tradução, apressando a vinda... Aqueles que ajudam a expandir a obra redentora de Deus podem com toda razão achar que são cooperadores em seu desfecho.

Versos 13-14: Este tem sido o tema dos profetas (por ex., Is. 2:4; 11:6-9; Mq. 4:1-5); isto é segundo a sua promessa. Foi uma esperança e uma visão partilhada por Abraão e os patriarcas (Hb. 11:10). É o que transforma os cristãos de todos os tempos em "peregrinos e estrangeiros". Compare com a menção que Paulo faz disto em Rm. 8:19, 25. Como Ló em Sodoma, o cristão só pode gemer diante do pecado que prevalece e os seus resultados. O nome concedido a Jeová pelo Israel milenial era Jeová-Tsidkenu "O Senhor, Justiça nossa".Por essa razão ... esperando estas coisas. Uma insistência repetida da esperança do cristão como motivação para uma vida cuidadosa e santa. Empenhai-vos pode ser traduzido para ocupem-se. Paz e santidade estão associados em Hb. 12:14.

Versos 15-16:Pode não parecer mais muitos vêem as cartas de Paulo como cartas comuns não inspiradas pelo Espírito Santo porem Pedro as defende com toda convicção de que o mesmo que operava nele era o mesmo que operou em Paulo.conceder a Sua graça. Como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu. Pedro conhecia as cartas paulinas, embora fossem contemporâneas das suas. Não há razão para se interpretar esta declaração como indicação de que o cânon do N.T. já estivesse começando a se formalizar quando isto foi escrito. A frase nosso amado irmão parece naturalmente se referir a um contemporâneo.Que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras. Pedro se refere àqueles que fazem cavilações sobre a autoridade das obras paulinas, considerando-as espiritualmente sem fundamento e indignas de crédito. O apóstolo concede às cartas deste homem que foi seu contemporâneo e que já o criticou, um lugar entre as demais obras sagradas. Compare com as declarações do próprio Paulo de que suas injunções quando foram escritas eram mandamentos divinos (I Co. 14:37; I Tm. 6:3).

Versos 17-18: Uma repetida e final advertência à fidelidade. Seu conhecimento antecipado deu-lhes uma vantagem. Saber de antemão é prevenir-se (cons. I Ts. 5:4). Mas havia perigo real em serem envolvidos e arrastados pelo erro desses insubordinados antes crescei na graça. A vida não é estática. Temos de avançar para não retroceder. Pedro termina com a mesma nota do começo desta epístola (1:5-11), isto é, um desafio à conquista espiritual através do conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Conhecê-lo é viver; crescer nessa. amizade é crescer no Espírito (cons. Fp. 3:10).

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Resenha da 1 epistola de Pedro

INTRODUÇÃO

O Escritor. Esta carta pretende ser escrita pelo apóstolo Pedro (1:1). O autor também se intitula um ancião e testemunha dos sofrimentos de Cristo (5:1). Ele escreve com a ajuda de um Silvano (5:12) e fala de um Marcos que está com ele (5:13).
Ao tratar com qualquer manuscrito antigo, presume-se de início que o escritor é inteligente e honesto. Suas declarações sobre assuntos aparentemente dentro do seu âmbito de conhecimento, e particularmente qualquer afirmação sobre si mesmo e suas atividades, são consideradas dignas de crédito. A dita obra literária é estudada então em busca de consistência interna, e as obras de autores contemporâneos e posteriores são esquadrinhadas em busca de referências diretas a este autor ou à sua obra e de possíveis alusões à mesma, citações dela, ou quaisquer outras evidências de conhecê-la. A pressuposição original de autenticidade e exatidão não se altera até que estes estudos adicionais revelem qualquer evidência que force o contrário.
No ano 63 a.C., o general romano Pompeu conquistou Jerusalém. Desde então, os judeus, levados pelo profundo ódio e desprezo que Roma lhes inspirava, começaram a chamá-la de “Babilônia”, o nome da antiga cidade que evocava neles a imagem de um mundo pagão, blasfemo e corrupto.
A Igreja, como os judeus, também utilizou o nome de Babilônia para simbolizar a poderosa Roma imperial (cf. Ap 14.8; 16.19; 17.5; 18.2,10,21). E assim Pedro se refere a ela quando transmite aos destinatários da sua carta a saudação da igreja “que se encontra em Babilônia” (5.13).

Data e lugar de redação

A Primeira Epístola de Pedro (= 1Pe) não oferece dados que permitam identificar os seus leitores imediatos. Somente diz que viviam como “forasteiros” nos territórios de “Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1.1), cinco regiões do centro e Norte da Ásia Menor (atualmente Turquia). Tratava-se, provavelmente, de pequenos grupos cristãos, compostos por convertidos de origem gentílica e que faziam parte da “Diáspora” ou “Dispersão”. Em geral, esses grupos deviam a sua criação à obra missionária do apóstolo Paulo e dos seus colaboradores (1.14,18; 2.9-10; 4.3).Ainda que não tenhamos indicações precisas acerca do tempo de composição desta carta, acredita-se que foi muito próximo do ano 64, em Roma, pouco antes da grande perseguição que Nero desencadeou contra os cristãos daquela cidade.Mestres têm apontado para a semelhança com as obras paulinas (Harnack achava que I Pedro era demasiadamente imbUída do espírito do Cristianismo paulino para ser obra de Pedro), a relação da epístola com Tiago e sua indubitável afinidade com Hebreus. Mas outros mestres, principalmente Dr. Charles Bigg (St. Peter and St. Jude, no International Critical Commentary), argumentam que tais semelhanças podem ser interpretadas como reflexo de Pedro nesses outros escritos tanto quanto o inverso, que podem muito bem ser consideradas como pontos de vista e modo de falar comuns entre os cristãos dos tempos apostólicos, e que nada existe no fato que lance dúvidas sobre a individualidade do escritor de I Pedro ou que indique que este escritor não seja o apóstolo Pedro, conforme indica o primeiro versículo da epístola.
Outros mestres interpretam I Pedro como uma advertência antecipada contra a perseguição que se aproximava, para a qual as coisas já estavam se movimentando. Bigg destaca que as perseguições primitivas foram grandemente inspiradas pelo Sinédrio judeu, mas que os romanos logo perceberam que ali estava um tipo de vida incompatível com o paganismo, o qual, do seu ponto de vista, tinha de ser impedido. A perseguição de Paulo e Silas em Filipos parece que foi nesta base e sem instigação judia. Os missionários prejudicaram o"ganha-pão dos adivinhos pagãos. E a lei romana protegia ó direito de cada homem de ganhar o seu pão sem interferência.

Propósito

O texto de 1Pedro está redigido em um grego de notável nível literário. Em 5.12, aparece um dado interessante: “Por meio de Silvano… vos escrevo”. Isso pode significar que, mesmo que Pedro seja o autor e assinante do texto, para a sua redação contou com um secretário erudito. E, visto que Silvano é a forma latina do nome aramaico Silas, é possível supor que aqui se trata daquele que foi companheiro de viagem e colaborador de Paulo (At 15.22—18.5; cf. também 2Co 1.19; 1Ts 1.1; 2Ts 1.1).

O objetivo principal desta epístola é animar os seus leitores a manterem, em meio a aflições e perseguições, uma conduta pura, digna daqueles que professam a fé em Jesus Cristo (1.6-7; 2.12; 3.17; 4.1,4,12-16,19). Junto a esse objetivo primordial, os ensinamentos que a carta contém aparecem antes de mais nada como o indispensável suporte de uma exortação pastoral.


Capitulo 1


Versos 1-2: Humanamente falando, esta é uma proclamação direta da autoria da epístola. Só uma única pessoa poderia se identificar assim, o apóstolo Pedro. Negar essa reivindicação é caracterizar a epístola como "fraude sagrada" e levantar sedas dúvidas sobre como uma carta assim escrita poderia ser usada para orientação ética e espiritual. Aos . . . forasteiros da Dispersão. O grego poderia ser assim traduzido, aos estrangeiros residentes na dispersão. Eles não eram pessoas estranhas a Pedro, mas temporariamente residentes nas províncias da Ásia Menor mencionada por Pedro. Sua verdadeira cidadania estava no céu (cons. Fp. 3:20, gr.). O apóstolo, escrevendo especialmente para conforto desses peregrinos, alguns dos quais sem dúvida convertidos em resultado do seu sermão no Pentecostes, tomou imediatamente conhecimento da separação e até mesmo do ostracismo que os marcava entre seus vizinhos. A expressão "dispersão" estava cheia de significado pungente para os judeus dispersos. Pedro adapta esta figura aos seus leitores gentios.
Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai. O Espírito Santo ajudou Pedro, até em suas palavras introdutórias, a antecipar um firme fundamento para o conforto que ia dar a esses cristãos que se sentiam cada vez mais sozinhos. Eles eram, na verdade, aqueles que foram escolhidos e preferidos por Aquele cujo favor é todo-importante. Como em outras passagens do N.T., a doutrina da eleição foi colocada em compatibilidade com a responsabilidade pessoal, conforme qualificada pela presciência de Deus (veja Rm. 8:29), e operando na vida real através de santidade concedida (santificação do Espírito, II Ts. 2:13). O resultado é obediência a Deus e purificação de corrupção incidental
através da contínua aspersão do sangue de Jesus Cristo (Hb. 12:24). Aos seus queridos irmãos assim saudados, Pedro deseja graça (a palavra grega sugere a saudação gentia Kaire! "Alegre-se!") e paz (reminiscência da saudação oriental Shalom! "Paz!"). Observe, também, a inclusão de referência a todas as três pessoas da Trindade nesta saudação.
Agora destacamos a palavra ELEITOS que no original é EKLEKTOS selecionar por implicação favorito escolhido adjetivo de Eklego escolher selecionar no sentido de pinça.


Versos 3-4: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Começando adequadamente com esta atribuição de louvor e crédito a Deus, a fonte de todo benefício, Pedro começa a esboçar um quadro de riqueza espiritual para os seus leitores, uma riqueza que permanece firme à disposição deles apesar de todas as provações e indignidades. Primeiro vem o fato do novo nascimento, visto que Deus nos regenerou (gr.), segundo a sua muita misericórdia, com a resultante posse de uma viva esperança, esta esperança e certeza centralizando-se no fato inteiramente comprovado e muitas vezes proclamado da ressurreição de Cristo.O resultado de um novo nascimento é uma nova herança, que foi descrita como incorruptível (indestrutível), sem mácula (sem mancha), imarcescível (fresca) e reservada (vigiada) nos céus para vós outros. Para os leitores de Pedro, que já tinham renunciado à sua parte na herança terrena de Israel, a prometida terra dos antepassados, e que também trilham de passar pela proscrição e privação dos bens terrenos (veja Hb. 10:34), este pensamento da verdadeira herança daria conforto e equilíbrio. Como isto nos faz lembrar as advertências de nosso Senhor aos seus discípulos para que convertessem suas propriedades terrenas em verdadeiras riquezas ! (por exemplo, Lc. 12:33,34).



Versos5-7: Que sois guardados pelo poder de Deus. Esta herança guardada é "para vós que estais guardados" (isto é, por uma guarnição militar). A palavra para guardados é a mesma palavra grega usada por Paulo em Fp. 4:7 - "E a paz de Deus ... guardará os vossos corações e os vossos
sentimentos". Mediante a fé. Esta é a resposta do cristão diante da provisão de Deus (cons. Hb. 10:38, 39). Para salvação preparada, para revelar-se no último tempo. Aqui está uma salvação já desfrutada, o significado pleno daquilo que aguarda uma revelação final (gr. apocalypse).O ouro é provado ou refinado mediante o fogo que tira a sujeira u impureza e deixa o metal puro .Referindo-se a perseguição que eles estavam sofrendo e iriam sofrer pelas mãos dos romanos.



Versos 8-9: O Deus invisível mais real esse é o nosso Deus que o grego chama de TEOS
Esse é o Deus que tem um plano em nossas vidas que nos pinçou para o seu reino  a expressão alma pode ser traduzida como pessoa.



Versos 10-12  A respeito desta que os profetas indagaram. Literalmente,
eles buscaram e investigaram. Eles estavam intrigados com o plano da salvação de Deus. Investigando . . . os sofrimentos referentes a Cristo, e sobre as glórias. A idéia de salvação accessível através de um Messias sofredor era um mistério para a totalidade dos judeus (Cl. 1:26, 27). A introdução de Pedro às profecias da glória mediante o sofrimento deviam ter grandemente encorajado seus leitores. Era o caminho profetizado nas Escrituras, o caminho trilhado pelo seu Senhor, e o caminho que eles mesmos estavam sendo convocados a percorrer.
Não para si mesmos, (os profetas) mas para vós outros ministravam. Um importante princípio na inspiração. Deus tem, às vezes, revelado através das Escrituras Sagradas mistérios além da compreensão dos escritores (cons. Dn. 12:8, 9). Aqui, então, está um evangelho que foi dado pelos profetas, proclamado pelos pregadores investidos com o Espírito Santo, objeto da admiração dos anjos.




Versos 13-14  Ele os exorta a se sentirem encorajados na tomada de consciência do amor de Deus (cons. Hb. 12:12, 13). Sede sóbrios. Uma injunção para considerar os fatos sensatamente, sem excesso de emoção e pânico (repetido em 4:7; 5:8). Esperai inteiramente (perfeitamente, com maturidade). A paciência cristã tem uma qualidade espiritual. É a "paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai" (I Ts. 1:3). Na graça que vos está sendo trazida (gr., que está sendo efetuada). Sem dúvida não podemos compreender isto inteiramente. Certamente inclui a redenção do corpo (Fp. 3:21; Rm. 8:23). Compare com a declaração do 14. Como filhos obedientes (E.R.C.). Literalmente, filhos da obediência (E.R.A.). Não vos amoldeis (cons. Rm. 12: 2) "com os fortes desejos que tínheis na antiga ignorância" (cons. Ef. 2:3). Os desejos da vida cristã foram mudados; mas se o cristão não vigiar, ele pode ainda ser "atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tg. 1:14).




Versos 15-16: Segundo é santo aquele que vos chamou. A iminente volta de Cristo, a preciosa esperança do crente, também é um forte incentivo à santidade (I Jo. 3:3). Pois Cristo é santo. Lembre-se da embaraçosa conscientização de Pedro de seu próprio pecado e atraso quando subitamente foi confrontado com o Cristo ressurreto quando estava pescando no Mar da Galiléia uma certa manhã (Jo. 21:7). Isto faz pensar em uma situação semelhante quando pela vez primeira foi chamado pelo Senhor (Lc. 5:8). Procedimento, comportamento. Sede santos. Este era um mandamento muito bem conhecido de todos quantos conheciam o Pentateuco (Lv. 11: 44; 19:2; 20:7; cons. 5:48).



Versos 17-19 Pedro está falando com pessoas que oram e clamam a Deus por livramento da injusta perseguição, mas que deveriam perceber que o próprio Deus é um juiz. Com temor. Esta percepção produzirá um cuidado santo. O sábio se conhece pelo que é e a quem ele teme (Mt. 10:28). Não foi mediante coisas corruptíveis . . . que fostes resgatados. Aquelas eram pessoas simples e pobres. Pela segunda vez (cons. v. 7) Pedro se refere desdenhosamente à riqueza temporal quando comparada com a herança da salvação que não tem preço. Do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram. Pelo precioso sangue . . . de Cristo. A palavra precioso (gr., timios) é peculiaridade de Pedro. A ausência de pecado no Cordeiro, ou Seu sofrimento vicário, forneceram a base para uma nova e celestial escala de valores.


Versos 20,21. Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo . . . manifestado. O sofrimento de Cristo não foi uma emergência. Foi o melhor dos planos de Deus à vista do pecado do homem. Isto seria um pensamento confortador para os Santos que estavam, agora eles mesmos, sob grande pressão de vós. Melhor, através de vós. Cristo realmente foi manifesto através deles quando confiaram e esperaram no mesmo Deus que O ressuscitou dos mortos.





Verso22. Tendo purificado as vossas almas. Pedro apela para a autenticidade da conversão deles, uma realidade bem percebida pelos seus leitores. Eles já tinham sido purificados. Essa mudança de coração produzira "o amor fraternal, não fingido" (gr., philadelphia). Ele os exorta a seguir e praticar o mesmo princípio: amai-vos de coração uns aos outros ardentemente.


Versos 23-25. Fostes regenerados ... mediante a palavra de Deus. Como a regeneração parece frágil à mente humana, quando repousa, como o faz, apenas na palavra de Deus. Mas Pedro cita a grande afirmação de Isaías de que esta aparentemente frágil e invisível entidade – a Palavra de Deus - sobreviverá a todos os fenômenos naturais (Is. 40: 6-8). E esta é a palavra que dá significado à fé deles e a eles próprios.



Capitulo 2

Versos 1-2. A exortação a santidade e ao compromisso com Deus continua, ele usa alguns termos fortes como por exemplo a palavra malícia que no grego significa KAKIA-maldade depravação malignidade ou problema grosseria impiedade.Se Pedro está pedindo para deixar é porque existia pessoas assim.E no verso seguinte ele fala uma comparação com uma criança que ainda necessita de leite para crescer. As palavras gregas sugerem a fome impaciente e voraz da criancinha na hora da sua refeição. Pedro falou da palavra de Deus operando na regeneração deles (1:23-25). Agora ele insiste que os recém-nascidos cultivem um apetite sadio por esta palavra, a qual, embora poderosa, é simples ou autêntica (na tradução, genuíno) e elementar, como o leite. Deste modo seus leitores crescerão "para a salvação". Estas últimas palavras, encontradas em alguns dos melhores manuscritos, referem-se ao livramento final do crente (cons. 1:5,13).

Verso 3. Se é que já tendes a experiência. Eis aqui outro lembrete da
graça que eles já experimentaram (cons. Sl. 34:8).

Versos 4. Agora Pedro está se ocupando da grande e confortadora garantia de que os seus leitores, que estão sendo desprezados como gente sem origem e sem importância (cons. "estrangeiros", 1:1) pelos seus vizinhos, são membros de unta comunidade santa e gloriosa, a Igreja. Ele começa devidamente pela questão do relacionamento pessoal com Cristo, Ele mesmo rejeitado como eles, mas como eles eleito Jesus chega
a tocar no assunto em MT 21:36-46.

Verso 5. Aqui está uma identificação na natureza com Cristo. As mesmas palavras são usadas com referência aos crentes e ao Senhor. A passagem faz claramente lembrar as palavras do Senhor a Pedro, "Tu serás chamado Cefas (pedra)" (Jo. 1:42); e novamente, "Tu és Pedro (uma pedra), e sobre esta pedra (formação rochosa) edificarei" (Mt. 16:18). Observe que na presente passagem Pedro destaca o seu Senhor, não a si mesmo, no santo edifício que é a Igreja. Sois edificados casa espiritual. Compare Ef. 2:19-22. Considera-se que a Igreja transcende a glória do Templo judeu. O argumento nesta parte do capítulo, até I Pe. 2:10, pode dar a entender
que as indignidades e pressões experimentadas pelos crentes eram instigadas pelos judeus, embora aceitas também pelos gentios, e que só iriam ocorrer nos primeiros dias da igreja. Sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Considera-se que a oferta de Cristo abriu o Santo dos Santos a todos os crentes e suplantou os sacrifícios judeus. Por meio de Cristo, o homem antes pecador pode agora fazer uma oferta aceitável a um Deus santo (cons. Rm. 12:1, 2).

Versos 6,7 Agora Pedro cita sua fonte, Is. 28:16. É interessante observar que neste versículo de Isaías a ênfase foi colocada sobre a função da pedra como "o fundamento infalível" (cons. I Co. 3:11). Sem dúvida o gosto de Pedro por esta figura vem do uso que nosso Senhor fez dela (Mt. 21:42), segundo as palavras de Sl. 118:22,23. O próprio Pedro usou-a diante do Sinédrio: "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores" (Atos 4:11).

Versos 8,10. Aqui foi usada a forma nominal de "precioso"; literalmente, uma honra, uma coisa estimada. Aqui está uma simples representação de Cristo como o Salvador e Juiz. Misericórdia rejeitada transforma-se em condenação. Isto, novamente, era doutrina de Cristo (Mt. 21:44; Jo. 12:48). Na presente passagem os crentes são colocados em contraste com os descrentes. A fé, então, aparece como obediência ou disposição básica (cons. "obedientes à fé", Atos 6:7).A palavra adquirido no grego PERIPOIESIS comprar ato ou coisa preservação obter comprar algo peculiar possessão. Geração eleita Isaias 43:20 Ap 1.6. Sucessão de descendentes em linha reta: pais, filhos, netos, bisnetos, trinetos, tataranetos (Sl 112.2; Mt 1.17).Conjunto de pessoas vivas numa mesma época (Dt 32.5; Fp 2.15).

Verso 11 e 12. A ideia que Pedro passa lembra muito a de Paulo em Rm 12.1-2, e a ideia de combate nos fala de guerra uma palavra muito usada nos últimos dias porem essa guerra que Pedro cita acontece todo dia dentro de nos.O Cristianismo pela sua própria essência opunha- se às vaidade do paganismo em tudo. Portanto era em si mesmo um crime "que em toda parte se fala contra" (Atos 28:22). Como o justo Noé, "condenava o mundo" (Hb. 11:7).

Versos 13,17. Aqui ele vai tratar de um tema interessante vem sendo discutido durante anos submissão a autoridades.O governo da sua época era do império romano. Romanos 13:1 nos da uma luz no novo testamento aparece como Cesar Nome de uma família romana, da qual Caio Júlio César foi o membro mais famoso. Com o tempo, “César” se tornou o título oficial dos imperadores romanos (Lc 20.25). No NT são mencionados quatro césares: AUGUSTO, TIBÉRIO, CLÁUDIO e NERO.
Então sujeitar-se é Dar o poder de dominar (Hb 2.5,8).Conformar-se (Gn 49.15,Obedecer (2Sm 22.45; Ef 5.21-24).Ele termina dizendo honrai a todos como Paulo também diz em Rm 13:6-7.

Agora ele vai tratar sobre trabalho

Versos 18-20.  A palavra servo no grego quer dizer escravos O homem cheio do Espírito é capaz de cumprir ordens irracionais, sim, inteiramente impossíveis em qualquer outra base. "Amar os vossos inimigos", "oferece a outra face" – só podem ser obedecidas mediante a completa submissão Àquele que orou pelos seus crucificadores, "Pai, perdoa-lhes". Isto é grato. A recompensa começa onde o racional termina. Aquele que serve a Deus sem o transcendente amor divino, edifica com madeira, palha e restolho. Que glória há. . . ? Compare com as perguntas de Jesus em Lc. 6:32-36. Grato a Deus. A palavra grato é o grego karis, que tem uma linda força dupla de "graça" e "favor". Pode ser assim entendido, "Quando vocês fazem o bem, e sofrem com paciência, isto alcança a graça de Deus" ou "o favor de Deus".

Versos 21-23. Aqui, é claro, está a personificação do amor divino. Aqui está o nosso modelo. O qual não cometeu pecado. Portanto todo o castigo e indignidade para com Ele foram sem motivos. Pois ele . . . não revidava com ultraje . . . mas entregava-se. Aqui está o cumprimento perfeito do princípio de Rm. 12:19, 20: "Minha é a vingança . . , diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer". Eis aqui o amor perfeito para com Deus e o homem.

Verso 24. Pedro faz seus leitores de lembrarem que isto foi feito por eles. Para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça. Ele dá a entender que a morte de Cristo foi mais do que um exemplo. Participando da Sua cruz eles participarão de Sua vida triunfante. Por suas chagas ,chama a atenção para três linhas no pensamento de S. Pedro no que se refere à expiação: o cordeiro pascal "imaculado e incontaminado" (1:19), o servo sofredor de Is. 53, "pelas suas feridas fostes sarados", e o bode expiatório, "levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro".

Verso 25. Pedro esteve insistindo com seus leitores a que partilhassem dos sofrimentos de Cristo. Tal como Ele ordenou (Lc. 14:27, etc.), deviam segui-lo, tomando a cruz. Mas eles já tinham dado o primeiro passo na participação da cruz; antes ovelhas desgarradas, foram convertidos ao Pastor e Bispo (administrador) suas almas. Também da alusão a Isaías 53:6.





Capitulo 3

Verso 1 a 7= Pedro vai tratar sobre o casamento e o modo que marido e mulher deve se postar.Ele começa dizendo que a mulher deve estar sujeita ao seu marido a palavra sujeitar no português
1-reduzir à sujeição ou obediência2 dominar, submeter, subjugar3.reprimir, sufocar4.constranger, obrigar5.expor (a algo mau)6.prender, segurar.
No grego é HUPOTASSO subordinar,obedecer estar sob obediência colocar debaixo subjugar colocar em ordem Ef. 5:22; Cl. 3:18.Casta no grego é HAGNOS limpo puro santo inocente.
Em relação ao adorno ou enfeite não devem ser exagerado ate porque Ela não deve chamar a atenção pela artificialidade do penteado, das jóias, ou roupas aparatosas, mas deve se distinguir pelo espírito manso e tranqüilo tão raro no mundo e tão estimado por Deus. As esposas dos patriarcas são apontadas como exemplo de comportamento (v. 5). Ao que parece os enfeites espalhafatosos e chamativos são considerados contrários ao espírito de modéstia diante dos maridos. A mesma implicação parece existir em I Tm. 2:9-12. A modéstia nas roupas de uma mulher está associada com a devida modéstia de comportamento. Ao que parece, a fé cristã implica em um padrão diferente de roupas e enfeites que o mundo usa. Sara foi respeitadora da liderança de Abraão, chamando-lhe senhor (Gn. 18:12). O versículo 6 lembra àquelas mulheres cristãs que são filhas adotivas de Sara: "Cujas filhas vocês se tomaram, fazendo o bem e estando sujeitas em absoluto temor".7. Maridos, vós, igualmente. Passando agora às implicações da santidade no marido, Pedro prescreve que o relacionamento conjugal deve existir em termos de consideração mútua com discernimento. Eis aí o oposto do egoísmo. Tendo consideração para com a vossa mulher.A palavra tendo (gr. aponemo’) indica uma tarefa deliberada, uma
propositada canalização de honra (relacionada com "precioso") concedida à esposa, que diante da graça de Deus é co-herdeira. Para que não se interrompam as vossas orações. Ressentimentos que se originaram da conduta egoísta no lar toma impossível a oração eficaz. A oração eficaz tem de ser "sem ira" (I Tm. 2:8).

Versos 8,11Agora Pedro vai falar de um outro tipo de amor o filadelfia amor fraterno ele diz que todos devemos sentir a mesma coisa ter os mesmos sentimentos bons Mateus 18   32 Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; 33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?



10-13. Pois quem quer amar a vida. O apóstolo cita Sl. 34:12-16 para consubstanciar sua doutrina de que este esvaziamento do ego orientado pelo Espírito e com o seu poder é na realidade uma vida de bênção, cujos resultados são guardados pelo Senhor, cujos olhos... repousam sobre os justos, e ... ouvidos estão abertos às suas súplicas. Ora, quem é que vos há de maltratar. . . ? Isto nos faz lembrar da nota que Paulo acrescentou a sua descrição do fruto do Espírito - "contra estas coisas não há lei" (Gl. 5:23). Como princípio generalizado, admitindo as exceções ocasionadas pela ira do adversário, as pessoas não são punidas pelo bem que fazem. Este princípio é justamente a confirmação de que o sofrimento imerecido não perdurará.

Versos 14-18 Pedro diz para não temermos os que nos fazem mal Isaias 8:12-13.A atitude descrita é de mansidão e temor, ainda que de prontidão. Esta também é uma qualidade concedida pelo Espírito. Faz lembrar a advertência de Cristo, "o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo" (Mc. 13:11). Lembra a apologética irrespondível de Estêvão (Atos 6:10) e Paulo (Atos 24:25; 26:24-28). Com boa consciência.
Está se considerando o sofrimento que Deus permite para realização do bem. Novamente Cristo é apresentado como o exemplo (cons. 2:24), cujos sofrimentos resultaram na reconciliação dos homens perdidos com Deus, além de Sua própria vindicação através de Sua ressurreição pelo poder do Espírito Santo.

Versos 19-22 Para entendermos melhor esse verso devemos por em paralelo com  EF 4.8-10, Pedro tambem cita o batismo temos pelo menos tres tipos imersão aspersão e afusão.


DIFERENÇA ENTRE ASPERSÃO, IMERSÃO E INFUSÃO: Aspersão: é o ato ou efeito de aspergir, que significa orvalhar, molhar, respingar, borrifar (com pequena gostas de água ou outro líquido).Exemplo: Na Igreja Anglicana o batismo é realizado por aspersão. Imersão: é o ato ou e-mail marketing efeito imergir (-se), que quer dizer penetrar na água, afundar, mergulhar.Exemplo: A maioria das igrejas evangélicas realiza o batismo por imersão. Infusão (de infundir, que significa derramar): consiste no derramamento de um pouco de água sobre o recém-nascido. Exemplo: No catolicismo pratica-se a infusão.


















A palavra batismo deve ser interpretada como representação visível da libertação por intermédio de Cristo da mesma maneira como a arca representava a libertação das aguas do diluvio.Quando o crente aceita Jesus se salva e quando se batiza ele se identifica com aquele que lhe salvou Marcos 16:16.


Capitulo 4

Versos 1-4 Ora, tendo Cristo sofrido . . . armai-vos . . . do mesmo pensamento. Filipenses 2:5 usa a forma verbal de "pensamento" e insiste, "pensem o mesmo". A idéia aqui é muito parecida. Uma palavra grega diferente foi usada, sugerindo a individualidade de ambos, Pedro e Paulo. Cristo foi visto como o exemplo do crente e canal de poder para enfrentarmos o sofrimento.Aquele que sofreu na carne deixou o pecado. Agora Pedro está enfrentando a morte tal como ela se depara ao homem (cons. Rm. 7:1-4), libertando-o de todo o desejo e submissão ao pecado. Imediatamente ele faz o paralelo espiritual. Aquele que participou da cruz de Cristo já não está mais vivo para a influência do pecado através dos comuns desejos humanos, mas está vivo apenas para a influência da vontade de Deus (Gl. 6:14).Porque basta o tempo decorrido. Literalmente, basta que no tempo passado fizéssemos a vontade dos gentios. Segue-se então um catálogo dos feios pecados observáveis fora da graça de Deus. Faz-nos lembrar uma das listas de Paulo das obras da carne em Gl. 5:19-21. Por isso, difamando-vos, estranham. As vidas transformadas dos crentes fazem deles pessoas estranhas, quase "estrangeiros", dando lugar à
condenação dos gentios e uma difamação autodefensiva e insolente dos cristãos.

Versos 5-7 Mas é a Deus e não aos homens que terão de responder. E o juízo de Deus se aplicará a ambos, aos que ainda estão vivos e aos que já morreram. Dependendo da interpretação que se dá ao versículo 6, este julgamento pode ser considerado tanto uma vindicação dos crentes como uma condenação dos pecadores não arrependidos. No V.T., particularmente nos Salmos, o juízo costuma ser considerado uma vindicação pelos justos.
Pois, para este fim foi o evangelho pregado também a mortos.
Alguns relacionam este versículo com 3:19,20. Longe acha que os dois versículos se referem a uma evangelização pós-crucificação dos antediluvianos incrédulos por Cristo, mais uma oferta de salvação que sem dúvida foi aceita por muitos deles. Há muitas outras gradações de interpretações. Nós achamos que a sugestão de Scott, modificada por John Owen, é digna de mérito, com o seguinte sentido: "Tendo em vista este fim (isto é, o juízo final há pouco mencionado) o evangelho foi pregado também àqueles (mártires) agora mortos, para que eles pudessem ser (como foram) julgados na carne (e condenados ao martírio) segundo o padrão dos homens, mas pudessem viver no Espírito de acordo com Deus". Aqui, então, está o ensinamento que, à vista do juízo final, os mortos martirizados estão em situação muito melhor do que os gentios incrédulos do versículo 3.Ainda focalizando o Juízo, o apóstolo impõe uma atitude de autocontrole (sede, portanto, criteriosos).

Versos 8-11 Tende ardente (E.R.C.) (intenso, E.R.A.) amor. Aqui está
novamente o amor divino (gr., agape) como em I Coríntios 13, o amor que perdoa os pecados e erros dos outros.Aqui está um amor que usa de hospitalidade sem murmuração. Literalmente, amor aos hóspedes sem murmurações. É colocar-se a si e aos seus recursos alegremente à disposição dos outros.
10. Servi ... cada um conforme ... que recebeu. O "dom" recebido
é um karisma, uma graça, que torna seus possuidores despenseiros da multiforme graça de Deus. Esta graça deve ser administrada (gr., diakoneo; cons. "diácono") aos outros, o melhor método também para continuar sendo desfrutado pelo possuidor original. Aqui está novamente a participação dedicada de bênçãos espirituais.
11. Se alguém fala. O apóstolo estende a idéia da mordomia introduzida no versículo 10. Aquele que fala na igreja deve tomar o cuidado de apresentar o que Deus diz (gr., logia), e não suas próprias palavras. O administrador (serve, gr., diacono) deve servir com o poder que Deus lhe dá abundantemente. Sempre deve-se ter em vista que em todas as coisas seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo. Aqui Pedro insere uma bênção, dando glória a Deus pelo que acabou de dizer.


Versos 12-19 Não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós.
Pedro adverte seus leitores para que não sejam tomados de surpresa, aparentemente indicando uma provação mais severa do que qualquer outra que tivessem experimentado. Este versículo aplica-se bem à perseguição de Nero, quando os cristãos foram queimados à noite como lanternas nos jardins do imperador. Pedra, em Roma, temia que esta virulência logo se espalharia às províncias.Alegrai-vos ... co-participantes dos sofrimentos de Cristo.Aqui está a participação física da cruz de Cristo para a qual a participação espiritual (2:24) foi um preparativo adequado. A advertência para que se alegrem faz lembrar as palavras de Jesus em Mt. 5:12. Na revelação de sua glória. Ou, no tirar do véu (gr., apocalypsis) da sua glória. Uma "ressurreição melhor" (Hb. 11:35) estava diante deles.Eis outra bem-aventurança. Sobre vós repousa o Espírito . . . de Deus. Deus fica ao lado dos Seus mártires. O Espírito Santo ministra graça especial. Lembre-se de Estêvão morrendo radiante (Atos 6:15; 7:55). Enquanto os homens rangem os dentes e blasfemam, a serenidade dos
mártires glorifica a Deus.Pedro adverte contra o pecado.como cristão. Plínio, escrevendo mais tarde, fala de um castigo por causa do "nome propriamente dito" (isto é, "você é cristão?"). Sob tais circunstâncias, Pedro reitera, não se envergonhe
disso; antes glorifique a Deus com esse nome.A ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada.Fazendo alusão talvez a Ez. 9:6, o apóstolo encara estas perseguições como divinamente permitidas para purificação dos crentes sofredores, e como um prenúncio de destino terrível dos ímpios.Que entreguem o seu caso ao seu Criador, como Cristo
o fez (2:23). Ao fazê-lo, anunciam a calma deste amor divinamente implantado que lança fora o temor (cons. I Jo. 4:18).


Capitulo 5

Versos 1-4 Pedro vai tratar do ministério pastoral Mas esta graça, na agonia, também é um maravilhoso princípio de vida. Pedro se dirige aos presbíteros. Ele mesmo se intitula presbítero e testemunha (gr., múnus, "mártir") dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória futura.Lembrando que a palavra presbíteros no original é um ancião uma pessoa mais velha,veterano MT 16:21, AT 4:5 LC 7:3 At11:30,14:23,20:17,20:28. Não nos fazem pensar nas palavras de Cristo a Pedro, "Apascenta as minhas ovelhas?" (Jo. 21:15-17). Talvez a designação ministerial "pastor", conforme aplicada aos "presbíteros" tenha sua origem aqui. Não por constrangidos, mas espontaneamente (com consentimento) como Deus quer (acrescentado por certos bons MSS); nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tomando-vos modelos (tipo) do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar. Faz lembrar o discurso de nosso Senhor sobre o bom pastor (Jo. 10:1-16), sem dúvida ouvido por Pedro. Cristo concederá aos seus vice-pastores a imarcescível coroa da glória.Veja que interessante aquele que negou Jesus foi chamado para ser um pastor e ja velho experiente convertido diz para a nova geração apascentai no original POIMEN pastor, alimentar um rebanho governar com severidade (Jo 21,15-19).Outro ponto notável no texto é que ele diz não por força e como tem pastor forçado em algumas igrejas eles dizem que foram obrigados que não tiveram opção porem a bíblia diz voluntariamente e não por dinheiro veja como a Bíblia se interliga com o nosso tempo. Faz lembrar o discurso de nosso Senhor sobre o bom pastor (Jo. 10:1-16), sem dúvida ouvido por Pedro. Cristo concederá aos seus
vice-pastores sumoPastor pastor chefe nos faz lembrar as palavras do mestre.

Versos 5-9 o Assunto é para o jovens

Ancião é o pastor então diz que o jovem tem que obedecer os pastores e O
espírito dos anciãos deve ser carinhoso e respeitoso, um exemplo fácil e natural para os mais jovens seguirem. Todos devem estar revestidos (envolvidos em) de humildade, merecendo assim a graça de Deus que é tanto a causa como o resultado da humildade. Pedro cita Pv. 3:34 (LXX) para apoio de sua doutrina (cons. Tg. 4:6) e reforça sua admoestação (cons. Tg. 4:10). Aquele que é humilde pela graça, pode descansar, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (ele se preocupa convosco).8,9. Sede sóbrios (calmos) e vigilantes . . . vosso adversário (oponente em uma ação judicial) . . . anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar. Esta passagem pode ser uma velada referência a Nero ou ao seu anfiteatro com os leões. Resumindo, é um diabo pessoal. Resisti-lhe. Compare Tg. 4:7. A determinação cristã provoca a ajuda divina. E o conhecimento do que a irmandade espalhada pelo mundo sofre as mesmas aflições tende a tomar os cristãos em dificuldades mais firmes na fé.

Versos 10-14 conselhos e saudações finais
10. Ora, o Deus de toda a graça. Pedro insistiu com eles a que exibam as graças consistentes com a sua vocação. Agora ele os entrega ao Deus de toda a graça que em Cristo vos chamou à sua eterna glória.
Esta menção final da vocação de Deus faz-nos lembrar seu pensamento introdutório relativo à vocação dos leitores (1:2). Esta glória, novamente, deve ser depois de terdes sofrido por um pouco. Os verbos que vêm a seguir são futuros simples ... nos há de aperfeiçoar (ou fará que sejam aquilo que devem ser), firmar (a palavra que Cristo usou dirigindo-se a Pedro, "Confirma teus irmãos" (Lc. 22:32), fortificar e fundamentar.
11. A Ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Pedro termina sua mensagem com uma bênção.12. Por meio de Silvano . . . vos escrevo. Há quem ache que Silvano foi apenas o mensageiro, mas esta declaração parece ser bastante ampla para encaixar a probabilidade de que Silvano – geralmente aceito como o Silas da segunda viagem missionária de Paulo – serviu realmente de secretário quando I Pedro foi escrita.
Esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes. Aqui Pedro transmite saudações da eleita (gênero feminino) em Babilônia. Há quem ache que sejam saudações da esposa de Pedro, uma pessoa nobre que acompanhou Pedro em suas viagens e que, segundo a tradição, sofreu o martírio antes do seu marido. Ela devia conhecer bem os leitores de Pedro. Meu Filho Marcos. Sem dúvida uma indicação de que João Marcos estava com Pedro na ocasião.
14. Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor (gr., agape, "divino amor"). Paz a todos vós que vos achais em Cristo. A carta termina com a tônica do amor divino e a paz em Cristo, superior a todas as forças oponentes e considerações.