sábado, 28 de novembro de 2015

25 Profecias na Cruz

25 Profecias Cumpridas [em torno da morte de Cristo]




“Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas”. Mateus 26.56a

As seguintes profecias do Antigo Testamento (Bíblia Sagrada), sobre a traição, o julgamento, a morte e o sepultamento de nosso Senhor Jesus Cristo, foram feitas por diferentes pessoas, em épocas distintas, em um espaço de cinco séculos, de 1000 a 500 a.C.. Todas se cumpriram, literalmente. 


1. Vendido por trinta moedas de prata

Profecia: “Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata”. Zacarias 11.12 

Cumprimento: “Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata”. Mateus 26.14-15 


2. Traído por um amigo

Profecia: “...mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus. A morte os assalte, e vivos desçam à cova! Porque há maldade nas suas moradas e no seu íntimo”. Salmos 55.13-15 

Cumprimento: “E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. 50 Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam”. Mateus 26.49-50 


3. O Dinheiro foi atirado para o oleiro

Profecia: “Então, o SENHOR me disse: Arroja isso ao oleiro, esse magnífico preço em que fui avaliado por eles. Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do SENHOR”. Zacarias 11.13 

Cumprimento: “Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se. (...) E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros”. Mateus 27.3-5,7


4. Os discípulos O abandonaram

Profecia: “Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos”. Zacarias 13.7 

Cumprimento: “Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram”. Mateus 26.56 

“Então, lhes disse Jesus: Todos vós vos escandalizareis, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas”. Marcos 14.27 



5. Acusado por falsas testemunhas

Profecia: “Levantam-se iníquas testemunhas e me argúem de coisas que eu não sei”. Salmo 35.11 

Cumprimento: “Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias”. Mateus 26.59-61



6. Bateu-se e cuspiu-se nEle

Profecia: “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam”. Isaías 50.6 

Cumprimento: “Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!” Mateus 26.67,68 



Observem-se os detalhes na concordância da profecia e do cumprimento: 

Bater-se-á nEle 

No rosto e em outras partes do corpo 

Cuspir-se-á nEle 

Cuspir-se-á no Seu rosto



7. Mudo diante dos Seus acusadores

Profecia: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”. Isaías 53.7 

Cumprimento: “E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Então, lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem? Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador”. Mateus 27.12-14



8. Ferido e pisado

Profecia: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Isaías 53.5 

Cumprimento: “Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado. Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte. Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate; tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, na mão direita, um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus!” Mateus 27.26-29



9. Ele sucumbiu sob o peso da cruz

Profecia: “De tanto jejuar, os joelhos me vacilam, e de magreza vai mirrando a minha carne”. Salmo 109.24 

Cumprimento: “Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico”. João 19.17

“E, como o conduzissem, constrangendo um cireneu, chamado Simão, que vinha do campo, puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus”. Lucas 23.26



O Senhor Jesus Cristo, após ter sofrido muito com os açoites, ficou fraco, Seus joelhos se dobraram sob a pesada cruz. Por isso, foi necessário entregá-la a outro para ser carregada.



10. Mãos e pés traspassados

Profecia: “Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés”. Salmo 22.16 

Cumprimento: “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda”. Lucas 23.33 



Jesus Cristo, foi crucificado segundo o costume dos romanos: as mãos e os pés eram perfurados por longos cravos, para pregar o corpo na cruz (compare João 20.25-27) 



“Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente”. João 20.25-27



11. Crucificado junto com malfeitores

Profecia: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”. Isaías 53.12 

Cumprimento: “Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda. E cumpriu-se a Escritura que diz: Com malfeitores foi contado”. Marcos 15.27-28



12. Ele orou pelos Seus inimigos

Profecia: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”. Isaías 53.12 

Cumprimento: “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes”. Lucas 23.34



13. Eles menearam a cabeça

Profecia: “Tornei-me para eles objeto de opróbrio; quando me vêem, meneiam a cabeça”. Salmo 109.25 

Cumprimento: “Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!” Mateus 27.39,40



14. As pessoas zombaram de Jesus

Profecia: “Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer”. Salmo 22.7,8 

Cumprimento: “De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus”. Mateus 27.41-43



15. Eles O olhavam

Profecia: “Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim”. Salmo 22.17 

Cumprimento: “O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido”. Lucas 23.35



16. Suas vestes foram repartidas e sorteadas

Profecia: “Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes”. Salmo 22.18 

Cumprimento: “Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá—para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados”. João 19.23,24



17. Foi abandonado

Profecia: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?” Salmo 22.1 

Cumprimento: “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Mateus 27.46



18. Foram-lhe dados vinagre e fel

Profecia: “Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre”. Salmo 69.21 

Cumprimento: “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca”. João 19.28,29

“Deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber”. Mateus 27.34



19. Ele entregou Seu espírito a Deus

Profecia: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade”. Salmo 31.5 

Cumprimento: “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou”. Lucas 23.46



20.Seus amigos ficaram de longe

Profecia: “Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe”. Salmo 38.11 

Cumprimento: “Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas”. Lucas 23.49



21. Seus ossos não foram quebrados

Profecia: “Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado”. Salmo 34.20 

Cumprimento: “Chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais. E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado”. João 19.33-36 



Compensa analisar ainda duas outras profecias, que se referem aos Seus ossos, que também tiveram cumprimento exato, se bem que nesse caso ele não é mostrado tão claramente na Escritura: 

“Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram ...” Salmo 22.14 



Não difícil entender que Jesus, tendo Suas mãos e pés pregados na cruz, teve os ossos desconjuntados, especialmente se lembrarmos que Ele foi pregado na cruz deitada no chão, que foi depois levantada. 



“Posso contar todos os meus ossos...” Salmo 22.17



Ele foi dependurado nu na cruz (João 19.23), de modo que seus ossos podiam ser vistos. A distensão do Seu corpo e os suplícios terríveis da crucificação levavam os ossos a ficarem ressaltados.



22. Seu coração parou

Profecia: “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim”. Salmo 22.14 

Cumprimento: “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”. João 19.34



23. Seu lado foi traspassado

Profecia: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito”. Zacarias 12.10 

Cumprimento: “Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”. João 19.34 (Edição Revista e Corrigida)



24. Trevas sobre a Terra

Profecia: “Sucederá que, naquele dia, diz o SENHOR Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia e entenebrecerei a terra em dia claro”. Amós 8.9 

Cumprimento: “Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra”. Mateus 27.45



25. Sepultado no túmulo de um rico

Profecia: “Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca”. Isaías 53.9 

Cumprimento: “Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue. E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou”. Mateus 27. 57-60
 





Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).



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Gênesis 14

Gênesis 14

Introdução

Gênesis é a narrativa mais polêmica da Bíblia sagrada muitos não acreditam na veracidade deste livro devido à poucas ou quase nada de provas de seus eventos, porém para aqueles que crêem em Deus sabe que isso aconteceu dentre várias histórias deste livro sem dúvida o personagem Abraão é que mais se destaca vimos em anteriormente que ele aparece no capítulo 12, também vimos a sua peregrinação e a separação de Ló seu sobrinho.
Neste capítulo 14, vamos estudar sobre o sequestro de seu sobrinho, sobre reinado e sobre Melquesedeque.

14.1,2 — Muitos estudiosos não sustentam mais que seja possível que Anrafel, rei de Sinar, tenha sido o famoso Hammurabi, da Babilónia.
Dentre esses Reis destaca-se Hammurabi primeiro rei da babilônia o criador do famoso código de Hammurabi
O Código de Hamurabi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, por volta do século XVIII a.C, pelo rei Hamurabi da primeira dinastia babilônica. O código é baseado na lei de talião, “olho por olho, dente por dente”.
As 281 leis foram talhadas numa rocha de diorito de cor escura. Escrita em caracteres cuneiformes, as leis dispõem sobre regras e punições para eventos da vida cotidiana. Tinha como objetivo principal unificar o reino através de um código de leis comuns. Para isso, Hamurabi mandou espalhar cópias deste código em várias regiões do reino.
As leis apresentam punições para o não cumprimento das regras estabelecidas em várias áreas como, por exemplo, relações familiares, comércio, construção civil, agricultura, pecuária, etc. As punições ocorriam de acordo com a posição que a pessoa criminosa ocupava na hierarquia social.
O código é baseado na antiga Lei de talião, “olho por olho, dente por dente”. Logo, para cada ato fora da lei haveria uma punição, que acreditavam ser proporcional ao crime cometido. A pena de morte é a punição mais comum nas leis do código. Não havia a possibilidade de desculpas ou de desconhecimento das leis.
Algumas leis do Código de Hamurabi:
- Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então aquele que enganou deverá ser condenado à morte.

- Se uma pessoa roubar a propriedade de um templo ou corte, ele será condenado à morte e também aquele que receber o produto do roubo deverá ser igualmente condenado à morte.

- Se uma pessoa roubar o filho menor de outra, o ladrão deverá ser condenado à morte.

- Se uma pessoa arrombar uma casa, deverá ser condenado à morte na parte da frente do local do arrombamento e ser enterrado.

- Se uma pessoa deixar entrar água, e esta alagar as plantações do vizinho, ele deverá pagar 10 gur de cereais por cada 10 gan de terra.

- Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher não será considerada esposa deste homem.

- Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando-o, este filho quando crescer não poderá ser reclamado por outra pessoa.

Verso 3,4 O vale de Sidim provavelmente está submerso sob as águas do mar Morto.Os reis da Mesopotâmia forçaram os reis das cidades localizadas no vale de Sidim a pagar tributos. Por isso, houve uma guerra.

Verso 5 Quedorlaomer. Ele foi um matador de homens, sempre ocupado nesse mister. A cena à nossa frente, provavelmente, era típica da vida diária naqueles tempos. Pequenos chefes (prefeitos de pequenas cidades-estados) viviam em choques armados constantes, matando e sendo mortos, nunca felizes, nunca em paz, impelidos pelo ódio, cruéis, prontos a matar os inocentes, seqüestran­do mulheres e gado e roubando prata e ouro, se por acaso achassem esses metais. Algumas das vítimas de seus ataques súbitos foram mencionadas por nome.
Refains. Eram populações de estatura gigantesca que habitavam na Transjordânia.
Asterote-Carnaim. No hebraico. Asterote dos dois chifres, ou, então, Asterote perto de Camaim (dois chifres). Era uma cidade habitada pelos gigantes 'efams. Ficava a cerca de trinta e sete quilômetros a leste do mar da Galiléia. A palavra Camaim não aparece nas referências bíblicas como uma referência separada, embora figure como tal em I Macabeus 5.26, onde é descrita como cidade grande e fortificada. Fortificada como era, a cidade era quase inexpugnável, porquanto os vales que a cercavam eram por demais estreitos. Na época de Abraão, Asterote começou a ser ultrapassada em importância por Carnaim: e, na época dos araneus e sírios, Carnaim havia substituído Asterote como capita! regional.
Zuzins. Ao que parece, eles também eram uma raça de gigantes da antiguidade, talvez da mesma origem a que pertencia Gonas. Esse nome significa “murmuradores”. En­ tretanto, outros estudiosos insistem em que não devemos confundir os zuzins com os zanaumins.
Hã. Esse era o nome de uma cidade  cujos habitantes, os zuzins, foram derrotados por Quedorlaomer e os reis seus aliados, nos dias de Abraão. Desco­nhece-se atualmente o local dessa antiga cidade, e nenhuma iluminação nos tem sido dada vinda de qualquer fonte. Alguns pensam que o nome reflete o nome de Cão, filho de Noé, mas até isso é incerto.
Emins. No hebraico, “terrores”. Esse nome, que está no plural, designava uma numerosa raça de gigantes que, nos dias de Abraão, ocupavam a região do outro lado do Jordão, um território que os moabitas, tempos mais tarde, vieram a ocupar (Gên. 14.5; Deu. 2.1). Os emins ocupavam a área ao redor de Quiriataim ,que ficava a leste do mar Morto. O trecho de Gênesis 14.5 diz que eles foram derrotados pelas tropas dos quatro chefes locais invasores. Pare­ ce que foram os primeiros habitantes históricos conhecidos da área envolvida. Talvez o nome venha de aima, caso em que significa “tribo” ou “horda.” A Bíblia informa-nos que várias etnias ocuparam o lado oriental do rio Jordão, incluindo os refains (em Basã), os zanzumins (terras dos amonitas posteriores), conforme se vê em Deuteronômio 2.20,21. E também havia os horeus, cujas terras acabaram ocupadas pelos idumeus, descendentes de Esaú.
Savé-Quiriataim. No hebraico, planície de Quinataim, ou seja, ‘planície das Cidades Gêmeas". Foi nesse lugar que Quedorlaomer derrotou os emins, gigan­tes da antigüidade. Esse antigo rei derrotou outras tribos de gigantes, em outros lugares, como os refains e os zuzins (Gên. 14.5). Foi ali, igualmente, que Absalão ergueu uma coluna memorial (II Sam. 18.18). De conformidade com Josefo, essa cidade ficava a cerca de quatrocentos metros de Jerusalém, ou seja, muito provavelmente, no setor mais amplo, ao norte do vale de Hinon, que, então, se estreita para formar uma ravina, em seu setor mais baixo. Entretanto, com uma pequena modificação consonantal, essa palavra pode passar a significar “feia”, o que apontaria para uma aldeia de localização topográfica desconhecida.


6. E aos horeus no seu monte Seir. A arqueologia tem contribuído muito para estabelecer a historicidade básica destas antigas narrativas. Esse povo, chamado os horeus, são agora bem conhecidos como os humanos, um grupo não semítico. Suas inscrições, descobertas por arqueólogos em Nuzu, têm lançado muita luz sobre os costumes dos patriarcas. William F. Albright crê que estes humanos destacaram-se em cerca de 2400 A.C., e foram rivais dos hititas e sumerianos na supremacia da cultura e saber. Devem ter emigrado para a região sul do Mar Morto bastante cedo. Foram desalojados da região do Monte Seir pelos descendentes de Esaú (Dt. 2:22).
7,10 Cades (santuário). Um local antigo onde saía água de uma rocha, e o julgamento era feito por um santo homem que recebia revelação divina. Ficava às margens do Edom, cerca de 80 kms ao sul de Berseba e a 112 kms do Hebrom. Aqui os israelitas aguardaram toda uma geração à espera da ordem de Deus para penetrarem na Palestina. Miriã foi sepultada em Cades, uma viagem de onze dias do Sinai. Amalequitas. Rudes e predatórios saqueadores que perambulavam pela área deserta ao sul da Palestina. Provaram ser constante ameaça aos israelitas durante todos os dias do reino. Neste exemplo o povo de Canaã foi severamente castigado pelos invasores ocidentais.
10. Poços de betume. Poços do qual se extraía petróleo líquido. Os buracos deviam ainda estar parcialmente cheios do líquido borbulhante. Os guerreiros, tentando desesperadamente escapar à fúria do ataque inimigo, caíram nesses buracos e foram destruídos. Os invasores orientais escaparam com o produto do saque e muitos prisioneiros, que seriam feitos escravos.

11,12 A Grande Pilhagem. Eles mataram e saquearam. Todos os bens materiais que as pessoas dali tinham podido acumular no decurso de anos se perderam; também perdeu-se todo o alimento estocado, deixando os sobreviventes passan­do fome. Sodoma e Gomorra tinham sofrido muitos prejuízos, mas nada que se comparasse com o que sucederia em seguida, quando Deus visitasse a área, por causa dos pecados de seus habitantes. A predação, a pilhagem e o saque sem­pre foram ingredientes comuns das guerras.
Adolescentes Morais. O General Omar Bradley, discursando no Dia do Armistício, em 1948, disse algumas coisas significativas sobre os guerreiros que dominam o nosso planeta:
“Nosso conhecimento científico já ultrapassou em muito a nossa capacidade de controlá-lo. Temos muitos homens de ciência, mas pouquíssimos homens de Deus. Temos conseguido manusear os mistérios do átomo, mas temos rejeitado o Sermão da Montanha. O homem está tropeçando cegamente em meio às trevas espirituais, ao mesmo tempo em que brincamos com os precários segredos da vida e da morte. O mundo tem obtido resplendor sem sabedoria, poder sem consciência. Nosso mundo é de gigantes nucleares e de infantes éticos. Sabemos mais sobre a guerra do que sobre a paz, mais sobre como matar do que sobre como viver. Essa é a nossa reivindicação à distinção e ao progresso, neste nosso século XX”.
E o mesmo militar também queixou-se de como este mundo tem-se tornado vitima dos adolescentes morais. Á quantidade de poder destrutivo tem aumentado a sabedoria, mas não a qualidade da sabedoria.

13. Abrão, o hebreu. Rapidamente a notícia da batalha alcançou Abrão no Hebrom. Ele não fora envolvido na luta, mas uma vez que o seu sobrinho fora feito prisioneiro, sentia-se sem dúvida obrigado a tentar um salvamento. Esta é a primeira vez que as Escrituras usam a palavra hebreu (hei'ibri). A origem exata do nome ainda é questão discutível. Era usada por estrangeiros para designar os descendentes de Abraão e dos patriarcas. Provavelmente significa "um descendente de Éber" ou "alguém do outro lado" (do rio). Isto se aplica a Abrão como alguém que emigrou da Mesopotâmia. Alguns têm identificado os hebreus com os habiru, que se destacaram na arqueologia através das cartas de Tel el Amarna encontradas nas placas de Nuzu e Mari, no Egito e na Mesopotâmia. O caráter desses nômades perturbadores não os recomendaria como filhos de Abrão.
14. A palavra hebraica riq (E.R.C., armou) descreve o trabalho rápido e completo de Abrão convocando cada homem capaz para a ação imediata. Foi traduzido, literalmente, para fez sair, como a uma espada de sua bainha. Nenhum homem ficou para trás. Trezentos e dezoito homens atenderam ao chamado e seguiram seu respeitável líder. Para guardar uma propriedade como a do patriarca, tornava-se necessário possuir um grupo forte sempre disponível, Além desses homens prontos e capazes, Abrão levou consigo exércitos de seus amigos confederados, Aner, Escol e Manre, que foram leais com o seu bom amigo na hora da emergência. Os invasores fugitivos do oriente dirigiram-se rapidamente para Dã nas fronteiras do norte de Canaã. A cidade se aninhava aos pés do Monte Hermom, a uma certa distância ao noroeste de Cesaréia de Filipos. Naquela ocasião tinha o nome de Leshem ou Laish (cons. Jz. 18:7). Os danitas a tomaram anos mais tarde e a denominaram Dã.
15,16. Hobá era uma cidade a menos de cinqüenta milhas ao norte da antiga cidade de Damasco. Depois do ataque em Dã, Abrão e Seus guerreiros perseguiram o exército de Quedorlaomer por umas cem
milhas. No ataque de surpresa, eles seguiram no encalço do inimigo e conseguiram recuperar o despejo e os prisioneiros. Ló estava novamente seguro sob a proteção do seu tio. E Abrão estabeleceu o seu poder em Canaã, pois os povos vizinhos ficaram admirados com alguém que podia desferir golpes tão violentos.
17. Retornando ao seu próprio distrito, Abrão foi recebido pelo rei de Sodoma, que expressou sua profunda gratidão pelo livramento notável. Encontraram-se no lugar chamado sove, ou o vale do Rei. A palavra Savé significa "uma planície". Provavelmente ficava perto de Jerusalém.
18-20. Melquisedeque, rei de Salém. O nome do misterioso personagem significa "rei de justiça" ou "meu rei é justiça", ou "meu rei é Zedeque". Zedeque é a palavra hebraica para "justiça", e também o nome de uma divindade cananita. Melquisedeque era o rei-sacerdote de Salém, que é uma forma abreviada de Urusalim, "cidade de paz", identificada com Jerusalém. As placas de Tel el Amarna identificam Salém com a Jerusalém de 1400 A.C. Shalom é a palavra hebraica para "paz", e Shalom era provavelmente o deus da paz cananita.
Este benevolente rei-sacerdote, reconhecendo a nobreza e o valor de Abrão, forneceu um lanche para o exausto guerreiro e os seus homens. Era um sinal de amizade e hospitalidade. Melquisedeque louvou El Elyon, seu Deus (o Deus Altíssimo) por ter concedido a Abrão o poder de alcançar a vitória. Abrão reconheceu o El Elyon de Melquisedeque como Jeová, o Deus que ele mesmo servia. O nome Deus Altíssimo foi encontrado nos documentos do Ras Shamra que datam do século quatorze A.C. Evidentemente Melquisedeque tinha firmeza nas doutrinas de sua fé, que eram tão verdadeiras e básicas como aquelas que Abrão trouxe da Babilônia. Cada uma destas colunas tinha algo a dar e algo a aprender. (Veja Sl. 110:4; Hb. 5:9, 10; 7:1-7 para o desenvolvimento do conceito do sacerdócio ideal e aplicação disto à doutrina de Melquisedeque.) O autor de Hebreus declara que Cristo foi de uma ordem sacerdotal muito mais antiga que a de Arão e portanto o seu
sacerdócio foi superior ao sacerdócio araônico. Reconhecendo a posição sacerdotal de Melquisedeque, Abrão lhe trouxe dízimos como oferta religiosa.
21-24. Ao falar com o rei de Sodoma, o patriarca recusou aceitar parte dos despojos ganhos na batalha. Ele não empreendera a guerra com o intuito de se enriquecer, mas para garantir o livramento de Ló. Ele não receberia o lucro de maneira nenhuma, mas queda que os seus aliados recebessem uma quantia razoável para pagamento de suas despesas. Evidentemente não havia nada mesquinho, egoísta ou ganancioso em seu caráter.

João Batista era Elias?

JOÃO BATISTA ERA ELIAS?
“NO RASO”:
Na conversa depois da Transfiguração, Jesus afirmou que "Elias já veio, e não o reconheceram". "Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista" (Mateus 17:12-13). De fato, Jesus já havia dito que João cumpriu a profecia da vinda de Elias (Mateus 11:14; veja Malaquias 4:5).                                                                                           A profecia de Malaquias é importante, porque mostra que Deus enviaria um mensageiro para preparar o caminho de Jesus. Mas, algumas pessoas dizem que João Batista era Elias reencarnado. Vamos ver a resposta da Bíblia a essa noção.                                                                                                                                                                                                     Devemos distinguir entre o sentido simbólico da profecia e a afirmação literal que o próprio João fez em outro lugar. João agiu do mesmo modo de Elias. Usava roupas de pêlos (Marcos 1:6; 2 Reis 1:8) e morava nos lugares desertos e afastados (Mateus 3:1; 1 Reis 17:2-6). Elias introduziu uma nova época de profecia, em que Deus julgou o povo rebelde e desobediente. João, também, introduziu uma época de nova revelação, em que o Filho de Deus veio para julgar o mundo. Mas, tudo isso não quer dizer que João era, literalmente, Elias. Quando os sacerdotes e levitas perguntaram para João: "És tu Elias? Ele disse: Não sou" (João 1:21). Ele afirmou que veio para cumprir algumas profecias do Velho Testamento, mas deixou bem claro que não era Elias.                                                                                                    A doutrina de reencarnação faz parte dos ensinamentos de diversas religiões, mas não se encontra nas Escrituras. A Bíblia afirma: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo...." (Hebreus 9:27). Depois da morte, vamos ser julgados por Jesus "segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2Coríntios 5:10). Observe que ele não falou "por meio dos corpos".                                                                                     Mais uma advertência: o problema maior da doutrina de reencarnação é a idéia de aperfeiçoamento através de várias vidas. Essa noção nega a doutrina bíblica de salvação pela graça de Deus (Efésios 2:8). Mesmo se fosse possível viver mil vezes, o homem não é capaz de se salvar sozinho. Dependemos da graça do Salvador.
Fonte: http://www.estudosdabiblia.net/bd512.htm
“NO PROFUNDO”:
Mt 17.10-11
<<interrogaram>> Paralelo em Marc. 9:9-13. A questão da volta de Elias era complicada: e de fato, para muitos até hoje permanece problemática.                                                                                                                                                         Alguns acreditam que o ministério de João Batista cumpriu todas as exigências proféticas (ver Mal. 4:5). Diversos intérpretes acreditam que Jesus indicou isso, e eliminou totalmente qualquer necessidade de esperar uma vinda futura de Elias. Mas a análise da própria profecia cria problemas insuperáveis se não incluirmos a idéia que Elias, ou outra personagem em seu espírito, não terá de cumprir ainda outro ministério, antes da segunda vinda de Cristo. O estudo da profecia ilustra o fato que esse ministério deverá ocorrer antes do - grande e terrível dia do Senhor -Dificilmente podemos afirmar que João Batista cumpriu essa exigência.                                                                                          Além do fato que João não cumpriu a questão do tempo da profecia, também é evidente que não foram ·restauradas· todas as coisas, conforme requer a profecia. Se o reino tivesse sido aceito (e foi genuinamente oferecido), então o ministério e a pessoa de João Batista teriam sido suficientes para cumprir essa profecia, e os acontecimentos subseqüentes teriam cumprido todos os detalhes da profecia. Mas o fato do reino não haver sido aceito indica que aparecerá ainda um outro precursor, quando se completarão todas as minúcias da profecia. Alguns crêem que Elias é uma das testemunhas de Apo. 11:3. A outra testemunha tem sido variegadamente aceita como Moisés. Enoque, etc. Não é indiscutível que as Escrituras ensinam assim, mas é opinião geral de alguns intérpretes que Elias ainda terá um ministério a ser cumprido no futuro. Outros intérpretes, entretanto, não acham —necessário —que ele mesmo cumpra tal ministério antes da segunda vinda de Cristo, mas que pode ser algum outro homem no espírito dele, como aconteceu a João Batista, que cumpriu seu ministério, nos dias de Jesus, como se fosse Elias.
ALGUNS intérpretes, como Alford, acham que essa profecia é de dupla aplicação, o que, aliás, é muito comum às profecias. A primeira aplicação seria à vida de João Batista, que foi profeta que veio no espírito de Elias, e a segunda aplicação se refere ao próprio Elias (ou outro personagem em seu espírito). Ambas as idéias, pois, podem ser incluídas nessa profecia. Jesus mostrou sua primeira aplicação e continuamos esperando outro cumprimento.                    É provável que o aparecimento de Moisés e Elias tenha renovado a esperança do estabelecimento do reino literal e político, e que os discípulos quisessem receber uma explicação sobre os ensinos dos escribas, que diziam quetal reino só ocorreria quando da vinda de Elias. Não é que os discípulosnão tivessem ficado impressionados com a transfiguração de Jesus, mas é que continuaram a pensar seriamente no reino e no livramento do domínio romano; e a visão provocou a necessidade de uma explicação acerca do ensino sobre Elias, que por muitas vezes tinham ouvido nas sinagogas. As principais passagens usadas nesse ensino dos escribas eram Mal. 3:1-4 e 4:5.                                         As passagens bíblicas que indicam uma outra restauração, que ainda ocorrerá no futuro, são Atos 3:21; Rom. 8:21; Efe1:22.23; 1 Cor. 15:28, e muitas outras. Os judeus esperavam que Elias viesse solucionar as divergências entre as diferentes escolas teológicas, a restauração da vara de Arão e da arca que continha o maná. Além disso, o povo esperava uma santificação da nação em geral; por conseguinte, em linhas gerais, podemos asseverar que eles esperavam uma “restitutio in integrum”.                                                                                                                                               As citações da literatura judaica que ilustram essa esperança, são as seguintes: “No segundo ano de Acazias, Elias estava escondido; ele não aparecerá de novo até a vinda do Messias; naquele tempo ele aparecerá e ficará escondido pela segunda vez: e não aparecerá senão quando surgirem Gogue e Magogue (Seder Olam Rabiapars. 45.46). Diversos outros autores afirmam a mesma coisa, como Maimonides«...são homens sábios os que dizem que antes da vinda do Messias, deverá chegar Elias» (HilchMelachim, c. 12, scc. 2). Trifo, o judeu, por muitas vezes mencionado no Talmude, nos diálogos de Justino, homem que Justino faz de porta-voz dos judeus, expressando os seus pensamentos, afirma: «...o Messias não reconhecerá a si mesmo, nem terá qualquer poder, até que Elias venha para ungi-lo e torná-lo conhecido por todo o povo» (Diálogo com Trifo. par. 226). Entre os judeus havia um provérbio, usado em relação a qualquer controvérsia, que dizia: «Queassim fique até que Elias venha», pensando-se que ele resolveria qualquer debate. (Ver MisnBava Metzia, c. 1. sec. 8, c outros).
Mt 17.12-13
·...Elias já veio». Alguns intérpretes acham que Jesus mostrou, aqui,uma forma de interpretação livre, ensinando que a vinda literal de Elias, ou de outro ministério futuro no espírito de Elias, não constava de suas doutrinas. Os escribas pregavam o aparecimento necessário de Elias, interpretando as Escrituras do V.T., mas, de conformidade com a idéia defendida por esses intérpretes, Jesus simplesmente não aceitava essa opinião dos escribas; pelo contrário, cria que o ministério de João Batista havia satisfeito a todas as exigências proféticas, quer para aquele tempo quer para o futuro. Outros intérpretes acreditam que Jesus se referiu a um único aspecto dessas profecias, a saber, aquelas que dizem respeito à sua primeira vinda, e que simplesmente não mencionou a necessidade de outro ministério futuro. 
...e não o reconheceram-- Aqui o verbo grego implica em conhecimentototal e exato, com forma intensiva, pelo que a tradução da AA e da IBreconheceram é melhor do que a da AC. que diz conheceram. O povo, de modo geral, tinha opinião elevada sobre João Batista, no que contrastava com as autoridades, que logo se tornaram inimigas suas. Mas é claro que até mesmo os mais favoráveis a João Batista não pensavam nele como o precursor do Messias, embora ele dissesse queera exatamente isso. As autoridades reconheceram o poder da mensagem de João, mas não aceitaram nem a sua pessoa nem a sua mensagem. O povo reconheceu-o como profeta, mas não como o profeta Elias, o precursor do Messias.
*...fizeram com ele...». No princípio, muitos apoiaram o ministério de João. Mas a sua mensagem era severa, exigindo arrependimento total e sincero, ao mesmo tempo que ele teve de lutar contra o sistema religioso estabelecido em Israel. Demonstrou o desejo de criar uma revolução religiosa, em sua pregação sem dúvida, também deixou entendida a revolução política. As autoridades, contudo, não quiseram arrepender-se; tinham receio da revolução religiosa ou política. E assim, aquilo que a principio causou certa admiração pela pessoa de João Batista,
transformou-se em medo. O medo—degenerou—em oposição. A oposição despertou o ódio. Pode-se dizer que, de modo geral, o povo não tinha o desenvolvimento espiritual necessário para aceitar a João e a sua mensagem. Sua presença se tornou um problema difícil de ser suportado. Qual o remédio? A eliminação da presença indesejável, eHerodes realizou esse serviço em favor das autoridades religiosas dos judeus. 
·Assim também o Filho do homem.......Talvez a angústia dos discípulos, ante a morte de João Batista, já tivesse se aplacado, e essas palavras de Jesus nãoo foram bem acolhidas, especialmente porque Jesus estava repetindo a predição sobre a sua própria morte, fazendo comparação com a morte de João, o que mostrava que assim como João Batista teve morte violenta às mãos das autoridades religiosas, assim também sucederia com Ele. É possível que a visão de Elias tivesse criado nova esperança sobre o reino político nos corações dos discípulos e Jesus quis avisá-los que essa esperança era vã; realmente, o que deviam esperar erasó tragédia e sofrimento.                                                  Então os discípulos entenderam... Que desapontamento devem ter sofrido os discípulos! O grande Elias, que pouco antes tinham visto na visão, não haveria de chegar para estabelecer o reino literal. Seu ministério já fora cumprido, mas em comparação com as altas aspirações judaicas, se cumprira de maneira tão mesquinha. Então o grande Elias já morrera! Fora o decapitado! O pregador decapitado representou o ministério de Elias!                                                    Além disso, o -------- Messias continuava vivo, mas não viveria por muito tempo. Estabelecimento do reino? Não! Mas outra morte, outra tragédia, mais sangue, mais violência. Provavelmente os discípulos ainda nãhaviam aceito essa possibilidade: ainda esperavam algum milagre que modificasse a situação, e somente essas falsas esperanças os sustentavam naquela hora.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O Antigo Testamento


A importância do novo testamento

O Antigo Testamento estabelece a fundação para os ensinamentos e eventos encontrados no Novo Testamento. A Bíblia é uma revelação progressiva. Se você pular a primeira metade de qualquer livro bom e tentar terminá-lo, você vai ter dificuldade de entender seus personagens, o enredo e o final. Da mesma forma, o Novo Testamento só pode ser completamente entendido quando é visto como o cumprimento dos eventos, personagens, leis, sistema de sacrifício, alianças e promessas do Antigo Testamento.

Se apenas tivéssemos o Novo Testamento, iríamos ler os evangelhos sem saber por que os judeus estavam esperando pelo Messias (Um Rei Salvador). Sem o Antigo Testamento, não entenderíamos por que esse Messias estava vindo (veja Isaías 53), e não poderíamos ter identificado Jesus de Nazaré como o Messias através das várias profecias detalhadas que foram dadas a Seu respeito; por exemplo: Seu lugar de nascimento (Miquéias 5:2); Sua forma de morrer (Salmos 22, principalmente versículos 1,7-8, 14-18; Salmos 69:21, etc.), Sua ressurreição (Salmos 16:10), e muitos outros detalhes de Seu ministério (Isaías 52:19; 9:2, etc.).

Sem o Antigo Testamento, não entenderíamos os costumes judaicos que são mencionados no Novo Testamento. Não entenderíamos as distorções que os fariseus tinham feito à lei de Deus por acrescentarem suas tradições. Não entenderíamos por que Jesus estava tão transtornado ao purificar o Templo. Não entenderíamos que podemos usar a mesma sabedoria que Cristo usou em Suas muitas respostas aos Seus adversários (humanos e demoníacos).

Da mesma forma, os evangelhos do Novo Testamento e os Atos dos Apóstolos registram o cumprimento de muitas profecias que foram registradas centenas de anos antes no Antigo Testamento. Muitas dessas são relacionadas à primeira vinda do Messias. Nas circunstâncias do nascimento de Cristo, Sua vida, milagres, morte e ressurreição encontradas nos Evangelhos, achamos o cumprimento de profecias do Antigo Testamento que são relacionadas à primeira vinda do Messias. São esses detalhes que validam a declaração de Jesus de ser o Cristo prometido. E até mesmo as profecias do Novo Testamento (muitas das quais são encontradas no livro de Apocalipse) são baseadas em profecias registradas anteriormente nos livros do Antigo Testamento. Essas profecias do Novo Testamento são relacionadas aos eventos da Segunda vinda de Cristo. Praticamente dois de cada três versículos do Novo Testamento são baseados em versículos do Antigo Testamento.

Tanto o Antigo Testamento como o Novo contêm várias lições para nós através das vidas de seus personagens falíveis que possuíam a mesma natureza que possuímos hoje. Ao observar suas vidas, podemos nos encorajar a confiar em Deus não importando a situação (Daniel 13) e a não ceder nas coisas pequenas (Daniel 1), para que possamos ser fiéis depois nas grandes coisas (Daniel 6). Podemos aprender que é melhor confessar nossos pecados com sinceridade logo, ao invés de botar a culpa em outra pessoa (1 Samuel 15). Podemos aprender a não brincar com o pecado, pois o pecado vai nos descobrir e sua mordida é fatal (veja Juízes 13-16).

Podemos aprender que precisamos confiar e obedecer a Deus se almejamos experimentar da Sua "terra prometida" ainda nessa vida e do Seu Paraíso na vida futura (Números 13). Aprendemos que se contemplamos o pecado, estamos apenas nos preparando para cometê-lo (Gênesis 3; Josué 6-7). Aprendemos que nosso pecado tem consequências não só para nós mesmos, mas para aqueles ao nosso redor que amamos tanto; assim como o nosso bom comportamento tem recompensa para nós e para os que estão ao nosso redor também (Gênesis 3; Êxodo 20:5-6). No Novo Testamento, temos o exemplo de Pedro a nos ensinar uma grande lição– que não devemos ousar confiar nas nossas próprias forças ou é certo que VAMOS falhar (Mateus 26:33-41). Nas palavras do ladrão na cruz, vemos que é através de fé simples e sincera que somos salvos dos nossos pecados (Lucas 23:39-43). Também vemos como uma igreja vigorosa do Novo Testamento deve ser(Atos 2:41-47; 13:1-3, etc.).

Também, porque a revelação nas Escrituras é progressiva, o Novo Testamento esclarece os ensinamentos aos quais o Antigo Testamento apenas se alude. O livro de Hebreus descreve como Jesus é o verdadeiro Sumo Sacerdote e o Seu sacrifício sem igual substitui todos os sacrifícios que eram apenas um retrato do Seu sacrifício supremo. O Antigo Testamento nos ensina a Lei, a qual tem duas partes: os mandamentos e a benção/maldição que se originam da obediência ou desobediência aos seus comandos. O Novo Testamento clarifica que Deus deu esses mandamentos para mostrar aos homens sua necessidade de salvação; a lei nunca serviu como um meio de salvação (Romanos 3:19).

O Antigo Testamento descreve o sistema de sacrifícios que Deus deu aos israelitas para cobrir seus pecados temporariamente. O Novo Testamento clarifica que esse sistema era apenas uma alusão ao sacrifício de Cristo, através de quem salvação é encontrada (Atos 4:12; Hebreus 10:4-10). O Antigo Testamento viu o paraíso ser perdido; o Novo Testamento mostra como paraíso foi recuperado para a humanidade através do segundo Adão (Cristo) e como um dia vai ser restaurado. O Antigo Testamento declara que o homem foi separado de Deus através do pecado (Gênesis 3); o Novo Testamento declara que o homem pode agora mesmo restaurar seu relacionamento com Deus (Romanos 3-6). O Antigo Testamento predisse a vinda do Messias. Os Evangelhos registram essencialmente a vida de Jesus, e as Epístolas interpretam Sua vida e nos mostram como devemos responder a tudo que Ele tem feito e ainda vai fazer.

Novamente, enquanto o Novo Testamento é um retrato “mais claro”, o Antigo Testamento é sem dúvida muito importante. Além de estabelecer uma fundação para o Novo Testamento, sem o Antigo Testamento não teríamos nenhuma base para nos guardar contra os erros das perversões politicamente corretas da nossa sociedade, na qual evolução é vista como sendo o criador de todas as espécies durante um período de milhões de anos (ao invés de ser o resultado de uma criação especial de Deus em seis dias literais). Nós acreditaríamos na mentira de que casamentos e famílias são estruturas em evolução que devem continuar a mudar com a sociedade (ao invés de serem vistos como um plano de Deus cujo propósito é criar filhos que O seguem e de proteger aqueles que seriam usados e abusados se não estivessem em tal estrutura – frequentemente mulheres e crianças).

De mesmo modo, sem o Antigo Testamento não entenderíamos as promessas que Deus ainda vai cumprir à nação israelita. Como resultado, não veríamos propriamente que o período de Tribulação é um período de sete anos no qual Ele vai estar trabalhando especificamente com a nação de Israel por ter rejeitado Seu primeira vinda, mas que vai recebê-lO na Sua segunda vinda. Não entenderíamos como o reino futuro de Cristo de 1000 anos se encaixa com as promessas aos judeus, nem como os gentios vão fazer parte também. Nem veríamos como o final da Bíblia conecta tudo que estava solto no começo da Bíblia, restaurando o paraíso que Deus originalmente criou esse mundo para ser, no qual teríamos um relacionamento íntimo e pessoal com Deus no Jardim do Éden.

Em resumo, o Antigo Testamento prepara a fundação e tinha como objetivo preparar os israelitas para a vinda do Messias, o qual iria Se sacrificar pelos pecados de Israel (e pelos do mundo todo também). O Novo Testamento compartilha a vida de Jesus Cristo e então olha ao que Ele fez e como devemos responder ao Seu presente de vida eterna e viver nossas vidas com gratidão por tudo que Ele tem feito por nós (Romanos 12). Os dois testamentos revelam que o mesmo Deus tão santo, misericordioso e justo tem que condenar o pecado, mas que Ele tem o desejo de trazer a Si mesmo a raça humana tão cheia de pecado através de perdão que só é possível através do sacrifício expiatório de Cristo como pagamento pelo pecado. Nos dois testamentos Deus Se revela a nós e mostra como devemos nos aproximar dEle através de Jesus Cristo. E nos dois testamentos acharemos tudo que precisamos para vida eterna e vida que agrada a Deus (2 Timóteo 3:15-17).

Batismo

Estudo sobre batismo

Introdução

Quando queremos publicar que estamos em um relacionamento sério com alguém logo se compra um anel e se coloca no dedo em sinal de que agora estamos em um relacionamento sério com uma determinada pessoa.
Quando você ama alguém você quer falar para todo mundo que ama essa pessoa quer mostrar o quanto essa pessoa é importante pra você,pois é com Jesus é a mesma coisa  e a melhor forma de mostrar que você o ama e que entendeu o propósito da sua vinda está no ato do batismo nas águas batismais.
Mais enfim o que é o batismo?E porque eu devo me batizar?
De forma bem sucinta é uma cerimônia  em que se usa água e por meio da qual uma pessoa se torna membro de uma igreja cristã. O batismo é sinal de arrependimento e perdão (At 2.38) e união com Cristo (Gl 3.26-27), tanto em sua morte como em sua ressurreição (Rm 6.3-5).

 É UMA ORDENANÇA DE JESUS

O batismo é uma ordenança clara de Jesus para todo aquele que n’Ele crê:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19)

SELO DA FÉ

O batismo deve ser visto como um selo da justiça que vem pela fé, e evidentemente deve seguir a fé, como determinam as palavras finais de Jesus que se encontram registradas no evangelho de Marcos:

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16.15,16).

Esta é a razão porque não batizamos e nem tampouco validamos o batismo de crianças; é necessário crer primeiro e então se batizar. Obedecemos o princípio bíblico de consagrar os filhos ao Senhor, mas só os batizamos depois que puderem crer e professar sua fé.

É A CIRCUNCISÃO DO CORAÇÃO

No Velho Testamento, os judeus tinham como selo de sua fé a circuncisão; no Novo Testamento a circuncisão foi suprimida, sendo vista simbolicamente no batismo:

“Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo; tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos” (Colossenses 2.11,12)
Hoje, esta circuncisão acontece no coração (Rm 2.28,29), e Paulo a relaciona com o batismo.

O BATISMO NÃO SALVA, MAS ACOMPANHA A SALVAÇÃO

O batismo não salva ninguém. Jesus disse que quem crer (e for batizado por crer) será salvo e quem não crer será condenado; note que ele não disse “quem não for batizado será condenado”, mas sim “quem não crer”.

O batismo segue a fé que nos leva à salvação, mas ele em si não é um meio de salvação. Que o diga aquele ladrão que foi crucificado com Cristo e a quem Jesus disse que estaria com ele ainda aquele dia no paraíso (Lc 23.39 a 43); ele somente creu e nem pôde ser batizado, mas não deixou de ser salvo por isto. O batismo, portanto, não salva, mas nem por isso deixa de ser importante e necessário; aquele ladrão não tinha condições de passar pelo batismo, mas alguém que crê deve obedecer à ordenança de Cristo e ser batizado, caso contrário estará em deliberada desobediência a Deus, o que poderá impedir-lhe de entrar para a vida eterna.

Podemos dizer que o batismo é parte do processo de salvação, mas não que ele em si salve; o apóstolo Pedro escreveu o seguinte acerca do batismo:

“não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio de Jesus Cristo” (1 Pe 3.21).
É UMA IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO

O batismo tem um significado; além de ser um testemunho público da nossa fé em Jesus, ele fala algo. Na verdade é o meio através do qual externamos que tipo de fé temos depositado em Jesus Cristo.

Quando falamos sobre a fé em Jesus, não nos referimos a crer que Ele EXISTE; é mais do que isto! A maioria das pessoas crêem que Jesus existe mas não entendem o que Ele FEZ. São duas coisas completamente diferentes; o que nos salva da perdição eterna e da condenação dos pecados é a obra de Cristo na cruz em nosso lugar. Ao morrer na cruz, o Senhor Jesus não morreu porque mereceu morrer; pelo contrário, como justo e inocente, Ele nos substituiu, sofrendo o que nós deveríamos sofrer a fim de que recebêssemos a salvação de Deus.

Há dois elementos básicos na fé que nos salva: identificação e apropriação. É importante entender cada um deles dentro do simbolismo do batismo.

Identificação é o aspecto da fé que nos faz ver que Jesus assumiu a nossa posição de pecado, para que assumíssemos a posição de justiça d’Ele (2 Co 5.21). A Bíblia declara o seguinte: “Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus” (Cl 3.3). Quando Deus nos olha, ou Ele nos vê sozinhos em nossos pecados, ou nos vê através de Jesus Cristo, que já pagou por eles.

A fé nos coloca com Jesus na cruz, crucificados com Ele; nos coloca no túmulo, sepultados com Ele; nos coloca ainda nos céus, à direita de Deus, ressuscitados com Cristo! É quando nos vemos n’Ele, entendendo o sacrifício vicário do Filho de Deus, que passamos a ter direito ao que Cristo fez; esta é a hora do segundo passo: apropriação.

Apropriação é o aspecto da fé que torna meu aquilo que já vi realizado em Jesus. É quando entendemos que não somos salvos pelas obras, mas sim pela graça, mediante a fé e nos apropriamos disto. Paulo escreveu a Timóteo e lhe disse: “toma posse da vida eterna” (1 Tm 6.12).

O batismo, é o nosso testemunho da identificação com Cristo; ele revela não apenas que eu tenho fé, mas que tipo de fé eu tenho. Veja o que as Escrituras dizem:

“Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos para a glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Romanos 6.3,4).

Quando imergimos alguém na água, estamos simbolicamente declarando que esta pessoa foi sepultada com Jesus, e ao levantarmos esta pessoa das águas, estamos reconhecendo que ela já ressuscitou com Cristo para viver uma nova vida. Portanto, o batismo é onde reconhecemos que tipo de fé temos; uma fé que se identifica com Cristo e sua obra realizada na cruz.

QUEM PODE SE BATIZAR?

Para quem é o batismo? A explicação anterior responde esta indagação: para todo aquele que se identifica pela fé com o sacrifício de Cristo na cruz. Depois de ter reconhecido por fé a obra de Cristo, quando a pessoa passa a estar apta para o batismo? Quanto tempo ela tem que ter de vida cristã para poder se batizar?

A Bíblia responde com clareza estas questões. Em Atos 8.30 a 39, lemos acerca do primeiro batismo cristão apresentado em maiores detalhes na Bíblia. Neste texto, temos um modelo para a forma de batismo, e ali vemos que já na evangelização o batismo era ensinado aos novos convertidos, o que nos faz saber que ninguém deve demorar para se batizar após ter feito sua decisão de servir a Jesus.

Além disso, vemos também qual é o critério para que alguém se batize; quando o etíope pergunta: “Eis aqui água, que impede que eu seja batizado?” a resposta de Felipe vem trazendo luz sobre o requisito básico para o batismo: “É lícito, se crês de todo coração” (At 8.36,37).

Quando a pessoa foi esclarecida sobre a obra (e não só a pessoa) redentora de Jesus Cristo, e crê de todo o coração (sem dúvida acerca disto), ela está pronta para ser batizada.

QUANDO SE BATIZA O NOVO CONVERTIDO?

Não há data estabelecida, somente os critérios que o recém convertido deve apresentar. No caso de Filipe e o etíope, foi bem rápido!

COMO SE BATIZA?

A palavra “baptismos” no grego significa: “imergir; mergulhar; colocar para dentro de”. No curso da história, por várias razões, apareceram outras formas de batismo, como aspersão e ablução (banho); entretanto, como o batismo é uma identificação com Cristo em sua morte e ressurreição, e é exatamente isto que a imersão significa, não praticamos outras formas de batismo.

Quando Felipe batizou o etíope, eles pararam em um lugar onde havia água. A Bíblia diz que ambos entraram na água (At 8.38,39). Certamente aquele eunuco viajava abastecido com água potável; se fosse o caso de praticarem a aspersão havia água suficiente naquela carruagem para isto, mas batizar é imergir! Não foi à toa que João Batista se utilizou do rio Jordão para batizar. Depois, mudou o local de batismo para Enom, perto de Salim, e razão para isto é descrita pelo apóstolo João em seu evangelho: “porque havia ali muitas águas” (Jo 3.23).

Quantas vezes eu devo me batizar?

Paulo disse: "há um só Senhor, uma só fé, um só batismo" (Efésios 4:5).Portanto cremos que a pessoa só pode ser batizado uma vez.