segunda-feira, 31 de março de 2014

Apocalipse 7

APOCALIPSE 7:1-17
TEMA: AS GLÓRIAS DA IGREJA NA GLÓRIA
INTRODUÇÃO
1. Este capítulo é a mesma cena do capítulo 6. mas noutra perspectiva - . O capítulo 7 vem depois do capítulo 6 na ordem das visões de João, mas não parece ser a seqüência
da ordem dos eventos. Lá os quatro cavalos, aqui os quatro ventos. Lá os cavalos trazem o juízo, aqui os ventos os do juízo estão prontos para começar a sua missão destrutiva. O fato de serem 4 anjos, nos 4 cantos da terra, a segurar os 4 ventos
da terra, indica que o juízo que vai desabar é universal. Ninguém escapa. O controle divino sobre os cavaleiros, os ventos, asseguram que a igreja será selada e ficará segura antes que os cavaleiros avancem. A destruição desabará sobre o mundo, mas a
igreja foi feita indestrutível.
2. Deus faz distinção entre o seu povo e os ímpios - v. 2 - A destruição não pode dar sua largada antes dos remidos serem selados. Os selados não precisam temer o juízo. O castigo que deveria cair sobre nós, caiu sobre Jesus na cruz. O selo tem três
significados:
a) Proteção - Ninguém pode violar o que está selado. Foi assim que o túmulo de Jesus
foi selado (Mt 27:66).
b) Propriedade - Na antigüidade escravos podiam ser selados por seu proprietário.
Essa marca inscrita neles. Quem violava esse escravo atacava o seu dono. O selo nos dá garantia que somos propriedade exclusiva de Deus (Ct 8:6; Ef 1:13).
c) Genuinidade - O que está selado não pode ser adulterado (Ester 3:12).
3. Deus livra o seu povo na tributação e não da tribulação - v. 14 - Todos os textos que tratam da segunda vinda de Cristo mostram que a igreja não será arrebatada secretamente antes da grande tribulação. Ela será poupada na e não da tribulação (Mt
24:29-31; 2 Ts 1:1-10).
4. Aqui temos a resposta à pergunta dos ímpios - "Quem poderá suster-se diante do Deus irado?" (Ap 6:17). A resposta da Bíblia, aqueles que foram selados como propriedade de Deus, estarão de pé diante do Trono, com vestes brancas e palmas em
suas mãos, celebrando a Deus eternamente. Os salvos terão três tipos distintos de glória: 1) A glória de sua aparência: vestiduras brancas e palmas nas mãos; 2) A glória do seu serviço: estarão diante de Deus em contínuo serviço litúrgico; 3) A glória do seu lar eterno: Comunhão com Deus e provisão celestial.
5. Há três elementos nesta visão do capítulo 7 - 1) Uma advertência - Tempos difíceis
estão pela frente. Será o tempo da grande tribulação; 2) Uma segurança - Os selados,
jamais serão condenados com o mundo. Passarão pelas provas vitoriosamente; 3) Uma recompensa - Os que lavaram suas vestiduras no sangue do Cordeiro desfrutarão da bem-aventurança eterna.


I. DO PONTO DE VISTA DO CÉU (DE DEUS) OS SELADOS TÊM UM
NÚMERO EXATO - V. 4-8
O número é visto e também ouvido. O número dos selados é declarado por revelação expressa. Deus conhece os que lhe pertencem (2 Tm 2:19). Esse grupo é contável para
Deus. Esse número 144.000 é metafórico. Ele é mais um símbolo do que uma estatística. Ele representa a cifra completa e perfeita dos crentes em Cristo. As doze tribos de Israel não o Israel literal, mas o Israel verdadeiro, espiritual, a igreja. Toda a igreja de Cristo é selada, está segura (Jo 10:28,29; 17:12).
1. A interpretação dos Testemunhas de Jeová
• Os Testemunhas de Jeová, uma seita herética, entendem que a igreja que vai morar no céu limita-se apenas a este número. Todas as demais criaturas que receberão a vida
eterna terão parte na igreja, mas viverão nesta terra, sob o domínio de Cristo Jesus e sua igreja nos céus.
2. A interpretação Dispensacionalista
• Esses são israelitas que estarão vivendo no tempo da angústia de Jacó (Jr 30:5-7).
Embora as tribos tenham cessado, Deus as conhece (Is 11:11-16) e preservará um remanescente até restaurar o reino a Israel (At 1:6). Esse será o tempo da plenitude dos gentios (Lc 21:24), com a plenitude do número dos gentios completo (At 15:14, Rm
11:25), Entendem que esses 144.000 referem-se aos judeus que se converterão depois do arrebatamento e antes do milênio e que viverão na Palestina do período da grande tribulação e serão poupados dos juízos que virão sobre o anticristo.
• Esses judeus aguardarão Jesus Cristo, o seu rei em sua segunda vinda quando destruirá o anticristo e implantará o seu reino milenar.
3. A interpretação Pré-milenista histórica e Amilenista
a) Esse número é simbólico
• Primeiro o número 3, que significa a Trindade, é multiplicado por 4, que indica a inteira criação, porque os selados virão do Norte e do Sul, do Leste e do Oeste. 3 mulplicado por 4 são 12. Portanto, esse número indica: a Trindade (3) operando no universo (4). Assim, temos a antiga dispensação (3x4) 12 patriarcas e a nova
dispensação 12 apóstolos. Para ter uma idéia da igreja da antiga e da nova dispensação, temos que multiplicar esse número 12 por 12. Isso nos dá 144. A Nova Jerusalém (a
igreja) tem 12 portas, com o nome das 12 tribos e os 12 fundamentos com o nome dos 12 apóstolos (Ap 21:9-14). Lemos também que a altura do muro é de 144 côvados (Ap
21:17).
• Com o objetivo de acentuar o fato de que 144.000 significa não uma pequena parte da igreja, senão a igreja militante inteira, este número é multiplicado por 1.000. Mil é 10 X 10 x 10 que indica um cubo perfeito, inteireza reduplicada. De acordo com Apocalipse 21:16 Os 144.000 selados das doze tribos do Israel literal simbolizam o Israel espiritual, a igreja de Deus na terra.
b) Esse número não pode aplicar-se às tribos de Israel
• As 10 tribos de Israel já haviam desaparecido no cativeiro Assírio e as 2 tribos do Sul (Benjamim e Judá) haviam perdido sua existencial nacional quando Jerusalém caiu no ano 70 d.C.
• Se o símbolo significa Israel segundo a carne, por que foram omitidas as tribos de Efraim e Dã e colocadas em seu lugar Levi e José?
• A ordem das tribos foi trocada e não temos nenhuma lista das tribos semelhante a esta em toda a Bíblia.
• Segundo Apocalipse 14:3-4 os 144.000 foram comprados por Deus de entre os da terra e não da nação judaica somente.
• Assim João queria dizer que as doze tribos de Israel não são o Israel literal, mas o Israel verdadeiro, espiritual, a igreja.





O povo de Israel 

Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32.28).Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Êx 3.16).Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá. Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6.16).
Charles Spurgeon diz que é uma profecia relativa aos filhos de Israel no final dos tempos. O grande mestre profético do século dezenove, J.H. Todd, resume a sua opinião, dizendo: "Restringindo-se estritamente ao fato revelado em muitas profecias, isto nos revela que no período mencionado na visão, o povo judeu estará existindo como nação, e a maioria se encontrará ainda em incredulidade". Este ponto de vista é defendido por Godet, Fausset, Nathaniel West e Weidner.
Fausset acrescenta: "Dessas tribos um remanescente crente será preservado do juízo que destruirá a Confederação anticristã (JFB). É significativo que a tribo de Dã seja omitida – para o que muitos motivos têm sido apresentados – e que Levi seja incluída. "Uma vez que as cerimônias levíticas foram abandonadas, Levi encontra-se novamente em situação de igualdade com seus irmãos" (Albert Bengel, Introduction to the Exposition of the Apocalypse, in toco). Em lugar de Efraim, foi usado a de José.



Na visão de Hernandes Dias Lopes essa passagem mostra o Israel de Deus ou Israel espiritual.Ele diz no seu livro sobre apocalipse na página 76.


A igreja é o Israel de Deus
1) No NT considera a igreja o verdadeiro Israel espiritual (Gl 6:16; Rm 9:6-8).
2) Quem é de Cristo é descendente de Abraão (Gl 3:29).
3) Abraão é o pai de todos os que crêem, circuncidados ou não (Rm4:11).
4) O verdadeiro judeu não é descendente físico de Abraão, mas o descendente espiritual (Rm 2:28-29).
5) Nós que adoramos a Deus no Espírito e nos gloriamos em Cristo Jesus é que somos a verdadeira circuncisão (Fp 3:3).
6) Em Esmirna havia judeus físicos que eram sinagoga de Satanás (Ap 2:9). Eram judeus de fato, mas não o Israel espiritual.
7) A igreja é a nova Jerusalém (Ap 21:12,14). É o povo de Deus (Ap 18:4; 21:3).
8) Concluímos que a igreja é o verdadeiro Israel espiritual.
9) Esta interpretação é que melhor faz jus ao sentido do texto e mostra o relacionamento que há entre as duas multidões. Elas são constituídas das mesmas pessoas, aquelas que foram seladas e guardadas por Deus.


 II. DO PONTO DE VISTA DA TERRA (DOS HOMENS) OS SELADOS SÃO
UMA MULTIDÃO INUMERÁVEL - v. 9-12
• De repente muda-se o cenário. O leitor é novamente transportado da terra para o céu.
Agora João vê a igreja redimida no céu. No lugar de uma tensão cheia de desgraça em vista do perigo iminente ocorre o cântico da vitória.
• O céu não será apenas mudança de lugar, mas mudança de nós mesmos.
• No céu conservaremos a nossa individualidade. "Quem são?". São pessoas, indivíduos que vêm de lugares diferentes, mas que não perdem sua individualidade.
• As distinções que nos separam na terra, não nos separarão no céu. Lá não teremos ricos e pobres, nobres e servos, mas aqueles que foram lavados no sangue do Cordeiro.
• Quais são as características dessa igreja glorificada?
1. É uma igreja inumerável - v. 9
• Isso é o cumprimento da promessa feita a Abraão: "Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade" (Gn 15:5).
Conforme Hebreus 11:12 ela é para ele incontável. Essa multidão também é incontável para João (Ap 7:9). A multidão contável por Deus é incontável para João.
2. É uma igreja universal - v. 9
• Incluem os eleitos, os selados judeus e gentios, procedentes de todas as culturas, línguas, povos e nações, de todos os lugares e de todos os tempos. Em Abraão haveriam de ser "abençoadas todas as nações, todas as famílias da terra" (Gn 12:3;
22:18). João vê na igreja a humanidade abençoada em Abraão.
3. É uma igreja honrada - v. 9
• Estar de pé diante do Trono significa ter companheirismo com o Cordeiro, servi-lo e participar em sua honra.
4. É uma igreja pura - v. 9
• As vestes brancas apontam para a absoluta pureza da igreja. A igreja não foi
purificada pelo sofrimento, mas pelo sangue. O sangue do Cordeiro exclui a glória
humana. A igreja que fora liberta da condenação do pecado, na justificação; do poder
do pecado, na santificação; agora está livre da presença do pecado, na glorificação.
Nada contaminado pode entrar no céu (Ap 21:27).
• Roupas brancas ainda indicam alegria e felicidade, além de santidade.
5. É uma igreja vencedora - v. 9
• Este é um símbolo de vitória. A igreja selada por Deus, protegida por ele, venceu e
chegou ao lar, à sua Pátria, ao céu. A igreja é vitoriosa a partir da roupa, das palmas e
dos gritos.
6. É uma igreja que tributa a Deus a sua salvação - v. 10
• Depois do símbolo da vitória, segue-se o grito de vitória. A salvação não é mérito,
nem fruto das obras, nem do que a igreja faz. A salvação é de Deus, vem Deus e só ele
merece a glória.
7. É uma igreja que une às vozes angelicais para exaltar a Deus - v. 11-12
• Os anjos e os querubins se unem à igreja glorificada, prostram-se e adoram a Deus.
rendendo-lhe uma sétupla atribuição de louvor.


III. A PROCEDÊNCIA, IDENTIDADE E A MISSÃO ETERNA DA IGREJA
GLORIFICADA - V. 13-17
1. A procedência da igreja - v. 13,14
• A igreja vem da grande tribulação. Essa idéia da grande tribulação remonta a Dn
12:1. É vista em Mt 24:21-22, em 2 Ts 2:3-4 e também em Ap 13:7,15. Os crentes em
todos os lugares, em todas as épocas enfrentaram tribulações (2 Tm 3:12; At 14:22).
Mas os crentes que viverem nesse tempo do fim enfrentarão não apenas o começo das
dores, mas também, a grande tribulação.
• A grande tribulação é caracterizado com o período da grande apostasia e também da
manifestação do homem da iniqüidade (2 Ts 2:3-9). Nesse tempo o conflito secular
entre Deus e Satanás estará no seu auge.
• A igreja será protegida não da tribulação, mas na tribulação. Ela emerge do meio da
tribulação, como um povo selado e vitorioso.
2. A identidade da igreja - v. 14
• Os remidos são aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro. A base
da salvação não está no mérito humano, na religiosidade humana, nos predicados
morais, no conhecimento doutrinário. A base da salvação está na apropriação da
redenção pelo sangue de Cristo.
• Ninguém entrará no céu por pertencer a esta ou àquela igreja ou por defender esta ou
aquela doutrina.
3. A missão eterna da igreja - v. 15
a) Adoração - A igreja prestará a Deus um serviço litúrgico (latria) incessantemente -
v. 15 - É uma igreja adoradora. Serviço cultuai em contraste com serviço escravo.
b) Comunhão - Intimidade contínua com Deus - v. 15b. O sexto selo trouxe a visão de
um céu enrolado que se recolhe e de uma humanidade apavorada num mundo sem teto
(6:15-17). Aqui, porém, a cena é oposta. A igreja está numa nova realidade cheia de
paz. Deus vai armar uma tenda conosco. Ele vai acampar com a igreja. Deus mesmo
habitará com a igreja (Ap 21:3).
c) Ausência completa de sofrimento - v. 16, 17b - João lista três afirmações
negativas: Fome, sede e calor não existe mais. Isto está de acordo com Ap 21:4.
d) Presença completa da plenitude de vida - v. 17a - João lista três afirmações
positivas: O Cordeiro as apascentará. O Cordeiro as guiará às fontes da água da via. E
Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima. Gozam a felicidade mais perfeita. O
Cordeiro agora é o seu pastor. O Cordeiro os guia a fonte e a fonte é Deus. O Cordeiro
os traz de volta para Deus e para o paraíso. Ele então, enxugará dos nossos olhos toda
lágrima. Ele nos tomará no colo e nos consolará para sempre!


CONCLUSÃO
1. O capítulo 6 termina mostrando os terrores dos ímpios enfrentarão no juízo. O
capítulo 7 termina mostrando as glórias dos remidos na segunda vinda.
2. Enquanto os ímpios buscam a morte física e só encontram a segunda morte, a morte
eterna, os remidos, mesmo enfrentando a morte física, desfrutam para sempre das
bem-aventuranças da vida eterna.
3. De que lado você está? Em que grupo você estará quando Jesus voltar?

domingo, 23 de março de 2014

Apocalipse 6

Apocalipse capitulo 6


Segundo Charles spurgeon  no seu comentário bíblico ele comenta da seguinte maneira.
A identidade do primeiro cavalo será em grande parte determinado pela identificação dos três seguintes. O segundo cavalo com o seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra, e isto, com as palavras matar e espada, indica guerra. O terceiro cavalo com o seu cavaleiro certamente representa falta de alimento, embora não propriamente uma fome. (A moeda romana denarius, era equivalente ao salário de um dia de serviço. Uma medida de trigo ou cevada era a média da porção diária dos trabalhadores.) O quarto cavalo com o seu cavaleiro, mais terrível do que qualquer um dos outros, leva o nome de Morte. A eles foi dada autoridade sobre um quarto da terra, para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.
À luz do significado do segundo, terceiro e quarto cavaleiros, parece-nos que seda irracional identificar o primeiro cavaleiro com o Senhor Jesus Cristo, que é o cavaleiro sobre o cavalo branco em Apocalipse 19. Quando Cristo vier, "conquistando e para conquistar",não haverá juízos subseqüentes, tais como o segundo, terceiro e quarto cavalos representam. Swete está certo em dizer do primeiro cavalo que "uma visão do Cristo vitorioso seria inadequada no começo de uma série que simboliza derramamento de sangue, fome, pestilência". Até mesmo Torrance o discerne, embora adote um esquema de interpretação estritamente espiritual: "Pode haver alguma dúvida de que isto é uma visão do anticristo? Parece-se tanto com o Cristo verdadeiro que engana as pessoas, até muitos leitores desta passagem! ... Ele se aplica a todo o mal que se baseia no bem e a tudo o que a maldade espiritual conquista emprestando da Fé Cristã" (Thomas F. Torrance, The Apocalypse Today, pág. 44).
Observe que nestas quatro primeiras cenas não há nomes de indivíduos, humanos ou sobre-humanos, nem termos geográficos, nem acontecimentos específicos. Os juízos são, como se vê, de natureza geral:- guerras têm acontecido com freqüência sobre a terra, e são freqüentemente acompanhadas de pestes e falta de alimentos, se não de fomes. Parece, então, que é apenas urna fase preliminar de juízos mais terríveis que vêm a seguir.
9-11. A abertura dos quatro primeiros selos forma uma unidade. Na abertura do quinto Selo temos o que eu chamaria de primeiro, verdadeiramente difícil problema no livro do Apocalipse. Aqui estão as almas dos homens que foram mortos por causa da palavra de Deus, e por causa do testemunho que sustentavam. Em outras palavras, os mártires, que perguntavam ao Senhor ressuscitado, Até quando . . . não julgas nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? A resposta é dupla. Primeiro, cada um recebe uma longa veste branca (v. 11), símbolo dos atos de justiça dos santos (cons. 19:8), de modo que, mesmo antes do fim, estes mártires recebem de algum modo uma antecipação da glória por vir. São informados que devem permanecer como estão até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que tinham de ser mortos. Embora não se diga especificamente em que período de tempo estes mártires devem ser colocados, o sexto selo certamente fala de tremendas aberrações celestiais que jamais tiveram lugar, mas que acontecerão no fim desta dispensação. Conseqüentemente, eu acho que são os que sofreram o martírio nos dias imediatamente precedentes à Tribulação. Moorehead pode estar certo ao dizer, "Tanto faz o que as pessoas dizem em oposição a este argumento, na verdade eles foram mortos por ordem destes cavaleiros". O comentário de Torrance aqui é excelente: "Depois das terríveis calamidades que os poderes do mundo desencadearam sobre si mesmos, eles tentam negar o fato de que são a causa de todo o mal e comoção, e por isso voltam-se contra o povo de Deus e descarregam sua raiva contra ele, o bode expiatório"
Acontecimentos que se revelam na abertura do sexto selo devem ser colocados no final desta dispensação. Este é talvez o lugar certo para os fenômenos celestes, tão freqüentemente mencionados nas Escrituras do V.T. e N.T. em passagens relacionadas com o fim dos tempos. Com o advento do Sputnik, um certo número de artigos foi publicado sobre este assunto, alguns dos quais contêm declarações bastante tolas. O assunto dos distúrbios celestes foi apresentado pela primeira vez por Joel, em textos que claramente apontam para "o dia do Senhor" (1:15; 2:1-11, 30, 31). Uma passagem de Joel (2:28-32a) foi citada por Pedro em seu grande sermão no dia de Pentecostes (Atos 2:16-21). Até aquele tempo não houve nenhum distúrbio celeste, o quanto sabemos. Essas predições foram reiteradas por Isaías, também, em relação ao "dia do senhor" (13:6-10; 24:21-23). Nosso Senhor colocou muita ênfase sobre este aspecto da escatologia, em particular, no Seu Discurso nas Oliveiras (Mt. 24:29, 31; Mc. 13:24-26; Lc. 21:11, 25). Todas estas declarações referem-se ao período "depois da tribulação" (Mt. 24:29), com exceção de Lc. 21:11, que dão a entender que haverão alguns distúrbios celestes antes mesmo que a Tribulação se estabeleça.
Entretanto, é principalmente no Apocalipse que esses distúrbios foram registrados como acontecendo. O primeiro se nos apresenta na passagem que está diante de nós, por ocasião da abertura do sexto selo.
Mas esse tipo de fenômeno ocorre quatro vezes durante o juízo das trombetas, no primeiro, terceiro, quarto e quinto (8:8 – 9:2). Durante o derramamento da quarta. taça, parece que o sol será afetado (16:8), e durante o derramamento da sétima, grandes pedras cairão do céu sobre os homens (16:17-21).
Um estudo cuidadoso destas passagens parece revelar que não devemos pensar, com significado profético, em nenhuma aberração celeste fora do comum, antes do período da Tribulação. Isto se aplica especialmente aos inventos dos homens, importantes como são; pois as manifestações celestiais mencionadas nas passagens proféticas serão resultantes da interferência direta do próprio Deus. Em duas ocasiões no passado, os homens experimentaram juízo divino na forma de grandes trevas: por ocasião da nona praga no Egito (Êx. 10:21-23); e durante as últimas três horas de nosso Senhor sobre a cruz (Mt. 27:45 e paralelos).



Na visão de Hernandes Dias Lopes

APOCALIPSE 6:1-17
TEMA: A ABERTURA DOS SETE SELOS
INTRODUÇÃO
1. Os cinco primeiros capítulos do Apocalipse apresentam o Cristo da glória no meio da sua igreja, sondando, corrigindo, exortando e encorajando.
2. As sete cartas revelam o que as igrejas aparentam ser aos olhos dos homens e o que de fato elas são aos olhos de Cristo.
Vimos nos capítulos 4 e 5 o Deus criador no trono bem como Cordeiro, o Redentor sendo igualmente glorificado por todos os seres do Universo. Vimos que o Cordeiro está com o livro da História nas mãos.
Os capítulos que temos agora apresentarão quadros dos sofrimentos da igreja, dos juízos divinos sobre os inimigos dela, e do triunfo final de Cristo. Esse tempo serão as dores de parto. Esse tempo está sujeito à revelação da ira de Deus.
Os sete selos descrevem movimentos que caracterizarão a era ou dispensação inteira, desde a ascensão até o regresso glorioso de Cristo. São visões de paz e de guerra, de fome e de morte, de perseguição à igreja e do juízo de Deus sobre os seus inimigos.
À medida que os selos são abertos no céu, efeitos tremendos acontecem na terra. O céu comanda a terra. Jesus abre os selos. Está encarregado de todo o programa. A história está em suas mãos. Nos primeiros quatro selos vemos a ira de Deus misturada com
graça. Mas a partir do sexto selo, há o derramamento da ira sem mistura de Deus. É o dia do juízo.Apocalipse 6 é como um texto paralelo de Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21:
Guerras (Mt 24:4,5 e 6:6,7a); fomes (Mt 24:7b e 6:5-8); perseguições (Mt 24:9-25 e 6:9-11);
abalos do mundo (Mt 24:29 e 6:12-17); segunda vinda (Mt 24:30-31 e 6:16-17).
Aprendemos desse fato quatro verdades:
A. Quem está assentado no Trono e o Cordeiro são adorados por todo o Universo
- A história não está à deriva. Deus reina.
B. Quem tem o Livro tem o controle - É ele quem abre os selos. Dele emana a ordem dos acontecimentos. O Cordeiro governa!
C. Os eventos do juízo não acontecem sem seu conhecimento, permissão ou controle - Tudo acontece porque ele conhece, determina, permite e controla. Até os inimigos estão debaixo da autoridade e do controle do Cordeiro.
D. Todo o universo está sob a autoridade do Cordeiro e serve aos seus propósitos
- É do trono que sai a ordem para os Cavaleiros do Apocalipse. Os cavaleiros devem dar a largada para dentro da história.
I. OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE - V. 1-8
1. O Cavalo Branco, uma figura do Cristo Vencedor - v. 1-3
a) Adolf Pohl e Warren Wiesbe interpretaram o Cavalo branco e seu cavaleiro como o Anticristo • Seu argumento é que o Apocalipse usa imagens duplas para fazer contrastes: Duas
mulheres: a mulher e a prostituta; duas cidades: Jerusalém celeste e Babilônia; dois personagens sacrificados: O cordeiro e a besta. Assim, o anticristo estava se
contraposto ao Cristo. Assim, o cavalo branco seria uma inocência encenada, fingida, de uma luz falsa: o anticristo é um deslumbrador. O anticristo apresenta-se como um
pacificador. Ele terá estupendas vitórias. Ele vai ser aclamado como alguém
invencível. Ele vai controlar o mundo inteiro. O senhorio do Cordeiro é que impele o
anticristo a deixar sua posição de reserva e se manifeste. O diabo gosta de esconder-se.
O lobo predador precisa ser despido de sua pele de ovelha.
b) William Barclay. interpretou o Cavalo branco como as conquistas militares
• As grandes invasões militares do Império Romano conquistando o mundo e depois
dele, outros impérios que se levantaram. O cavalo branco era usado pelo rei vencedor e
o arco um símbolo do poderio militar. Uma conquista militar sempre traz tragédias.
c) George Ladd interpretou o Cavalo branco como sendo a pregação do Evangelho em
dimensões universais
• Mesmo em meio às terríveis perseguições, o Evangelho tem sido pregado e será
pregado vitoriosamente no mundo inteiro para testemunho a todas as nações (Mt
24:14).
• Sem escolas os cristãos confundiram os letrados rabinos; sem poder político ou
social, mostram-se mais fortes que o Sinédrio; não tendo um sacerdócio, desafiaram os
sacerdotes e o templo; sem um soldado sequer, foram mais poderosos que as legiões
romanas. E foi assim que fincaram a cruz acima da águia romana.
• Os mártires que morreram, morreram por causa da Palavra de Deus (6:9).
d) William Hendriksen interpretou o Cavalo branco e seu cavaleiro como sendo Jesus
Cristo
1) Sempre que Cristo aparece, Satanás se agita e assim as provas para os filhos de
Deus são iminentes (os cavalos vermelho, preto e amarelo).
2) As palavras só podem aplicar-se a Cristo: BRANCO + COROA + SAIU
VENCENDO E PARA VENCER. Cabelos brancos (1:14), pedrinha branca (2:17),
roupas brancas (3:4,5,18), nuvem branca (14:14), cavalos brancos (19:11,14), trono
branco (20:11). Branco não pode ser usado nem para o diabo nem para o anticristo.
Esse primeiro selo não traz nenhuma maldição.
3) Este texto está de acordo com o texto paralelo de Apocalipse 19:11-16, onde a
descrição é incontroversa.
4) Este texto está de acordo com o tema geral do livro que a vitória de Cristo. Ele é o Leão da Tribo de Judá que venceu (5:5).
5) A espada do cavaleiro do Cavalo branco está de acordo com Mateus 10:34. Cristo vence com a Palavra. Vence com o evangelho.
2. O Cavalo Vermelho, uma figura da perseguição religiosa e da guerra - v. 4
a) Esse cavaleiro do cavalo vermelho representa a perseguição ao povo de Deus ao longo dos séculos - O futuro será um período de guerras e rumores de guerras, de
conflitos e perseguição até à morte. Perseguição pelos judeus, pelos romanos, pela inquisição, perseguição na pré-reforma, perseguição na pós-Reforma (França,Inglaterra).
Perseguição no Nazismo, Fascismo e Comunismo. Perseguições atuais. O maior número de mártires da história aconteceram no século XX.
b) A idéia da perseguição religiosa é fortalecida pela abertura do quinto selo - Ali são vistas as almas dos mártires que tombaram pelo testemunho da verdade.
c) Esse cavaleiro tinha uma grande espada - Essa espada machaira era o cutelo sacrificador. Aonde chega Cristo, chega também a perseguição aos que são de Cristo
(Mt 5:10,11; Lc 21:12; At 4:1, 5:17. Pense em Estêvão, Paulo, Policarpo, Perpétua, Felicidade, a Inquisição, a Noite de São Bartolomeu, a Rússia, a Coréia do Norte, aChina, os países Islâmicos.
d) A paz foi tirada da terra para que os homens se matassem uns aos outros - Não há paz em parte alguma. O Príncipe da paz foi rejeitado. Há perplexidade entre as nações. Esse cavalo vermelho descreve um espírito de guerra. A guerra tem sido uma
parte da experiência humana desde que Caim matou Abel. Os homens perdem a paz e buscam a paz pela guerra. As guerras são insanas porque os homens se matam em vez
de se ajudarem. As guerras são fratricidas. As guerras estão aumentando em número e em barbárie (as duas guerras mundiais, as guerras tribais, as guerras étnicas, as guerras
religiosas e de interesses econômicos). No fundo todos são vítimas sacrificadas sobre o altar de Satanás. Com irracionalidade total investem tudo no armamento e desconhecem o caminho da paz. Quem não quer viver sob a cruz, viverá sob a espada.
e) Esse cavalo vermelho é um agente do dragão vermelho, que é assassino desde o princípio (12:3)- A terra está bêbada de sangue e cambaleando pela guerra. Os homens se tornam loucos, feras bestiais. As atrocidades do Nazismo.
3. O Cavalo Preto, uma figura da pobreza, escassez e da fome - v. 5-6
a) Esse cavalo preto representa fome, pobreza, opressão e exploração
- Fome e guerra andam juntas. Se a paz é tirada da terra, não poderá haver livremente comércio nem negócios. O mundo inteiro sofrerá tremendas agitações. Comer pão pesado representa grande escassez. Há trigo, mas o preço está muito alto. Um homem
precisava trabalhar um dia inteiro para comprar um litro de trigo. Normalmente ele compraria 12 litros pelo mesmo preço. Esse cavalo fala do empobrecimento da população. Só pode alimentar a família com cevada, o cereal que era dado aos animais.
O racionamento leva um homem a gastar tudo que ganha para alimentar-se.
b) Essa pobreza é proveniente dos crentes não fazerem concessões -Não aceitar a marca da besta e por isso não pode comprar nem vender (13:17), não se corromper, ao
contrário preferir o sofrimento e até a morte à apostasia.
c) A pobreza não atinge a todos - O azeite e o vinho produtos que descrevem vida regalada não era danificados. Os ricos sempre sabem garantir o seu luxo, enquanto a população passa fome. No mesmo mundo que reina a fome, reina também o
esbanjamento, o luxo, a desigualdade.
4. O Cavalo Amarelo, uma figura da morte - v. 7-8
a) A figura da morte e do inferno são pleonásticas, apresentam uma única realidade - O hades sempre vem atrás da morte. A morte derruba e o hades recolhe os mortos. A morte pede o corpo, enquanto o hades reclama a alma do morto.
b) A morte e o hades não podem fazer o que querem - Eles estão debaixo de autoridade. Só atuam sob permissão divina. Seu círculo de ação é limitado e seu território definido: a quarta parte e não mais.
c) A morte usa 4 instrumentos para sacrificar suas vítimas -
A espada — Aqui não é machaira, mas rhomphaia, espada comprida usada na guerra. Aqui trata-se da morte provocada pela guerra.2) A fome - A fome é subproduto da guerra, cidades sitiadas, falta de transporte com alimentos.
3) Pestilência ou mortandades - As pragas, as pestilências crescem com a pobreza, a fome, as guerras.
4) As bestas feras da terra - despedaçam e devoram tudo que encontram.

II. O QUINTO SELO - O CLAMOR NO CÉU - V. 9-11
1. As almas dos que morreram pela sua fé estão no céu - v. 9
• Com a abertura do quinto selo muda-se o cenário, da terra passa-se ao céu. Passamos da causa para o efeito. Essas pessoas foram mortas, mas ainda não ressuscitaram. Elas
foram mortas e a matança prossegue. As almas sobrevivem sem o corpo e são conscientes. Elas não estão dormindo. Elas não estão no céu. Essa é nossa gloriosa convicção. Morrer é estar com Cristo. É deixar o corpo e habitar com o Senhor. É entrar na posse do Reino. A morte não os havia separado de Deus.
2. Deus não poupou essas pessoas do martírio, mas deu-lhes poder para morrerem por causa da Palavra
• Enquanto os falsos crentes vão apostatar, amando o presente século, adorando o anticristo e apostatando diante da sedução do mundo ou da perseguição do mundo, os fiéis selarão com o seu sangue o seu testemunho e preferirão a morte à apostasia.
• Jesus deixou isso claro no sermão profético: "Então vos entregarão à tribulação, e vos matarão, e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome" (Mt 24:9,10).
• Muitos mártires conhecidos e desconhecidos morreram e ainda morrem por causa da sua fidelidade a Cristo e sua Palavra (Policarpo, os pastores na Coréia).
3. As almas dos féis pedem não vingança pessoal, mas a vindicação da glória do Deus
santo
• A pergunta delas não é a mesma de Jesus: "Por que?", mas "Até quando?". Eles não perguntam: "SE", mas "até quando?". Como conciliar essa pergunta com o perdão que
Cristo ofereceu aos seus algozes na cruz e a atitude de Estêvão com os seus apedrejadores? O clamor não pede vingança pessoal, mas a vindicação da justiça divina (Lc 18:7-8). Esse é o clamor da igreja diante dos massacres: arenas, piras, campos de concentração, prisões, câmaras de gás, fornos crematórios.
• Não é o próprio grito de lamentação, mas o lamento pela honra de Deus.
4. As almas dos fiéis recebem vestes brancas, representando retidão, santidade e alegria
• Estar no céu é bem-aventurança. É glorificação. Não plena ainda porque não houve a
ressurreição, mas incomparavelmente melhor do que estar no corpo (Fp 1:23).
• Os réus e condenados vestiam-se de preto. Eles foram condenados na terra, mas no céu, Deus os veste de branco. Estão absolvidos, justificados, salvos.
5. As almas dos fiéis estão descansando, não dormindo até chegar o dia em que se completará o número dos mártires
• Os crentes estão no céu descansando de suas fadigas. Lá não tem mais dor, nem pranto nem luto. O dia está determinado. O número está determinado. Até que esse número não tenha sido completado na terra, o dia do juízo não pode chegar. O Cordeiro está no controle. Nem um fio de cabelo nosso pode ser tocado sem que ele
permita. Mas, precisamos saber que nos dado a graça não apenas de crer em Cristo, mas também de sofrer por ele e até de dar a vida por ele (Fp 2:17; 2 Tm 4:6).
• Deus mostra para esses mártires que o seu sacrifício não foi um acidente, mas um apontamento. Até na morte do seu povo, Deus está no controle. Quando o inimigo estar ganhando, a igreja o vence, ao se dispor a morrer pela sua fé.
6. Há uma limite para essa enxurrada de injustiça
• Há um limite para a crescente enxurrada de injustiça, além do qual ela não prosseguirá. Deus anuncia esse limite intransponível. Trata-se do número completo dos mártires. Ele não é citado, mas existe. Justamente no momento em que a violência
celebra seus maiores triunfos e apregoa seus mais altos índices de sucesso, sua ruína torna-se visível. Perseguições aos cristãos amadurecem o juízo sobre o mundo, apressando o seu fim.


III. O CLAMOR SOBRE A TERRA - O JUÍZO CHEGOU - V. 12-17
1. O juízo chegou: as portas da graça estão fechadas, é o dia da ira do Cordeiro
• O sexto selo introduz o dia do juízo. O medo, o terror, o espanto e a consternação
daquele dia se descreve sob dois simbolismos: um universo sendo sacudido e os homens completamente aterrorizados, tentando se esconder.
2. O juízo chegou: o próprio universo está abalado - v. 12-14
• O sol, a lua, as estrelas, o céu, os montes, as ilhas = tudo aquilo que se considerava sólido, firme, está abalado. As vigas de sustentação do universo estão se desintegrando. A antiga criação está se desintegrando. O céus se desfarão por crepitoso
estrondo. Este é um quadro simbólico do terror do dia do juízo. O simbolismo inteiro nos ensina uma só lição, a saber, que será verdadeiramente terrível a efusão final e completa da ira de Deus sobre um mundo que tem perseguido a igreja.
• Esse momento virá repentinamente - Será como o ladrão de noite. Os homens desmaiarão de terror.
3. O juízo chegou: os homens estão em profundo desespero - v. 15-17
• Há seis classes de pessoas descritas também, da mesma forma, que tinha seis classes de elementos abalados: reis, grandes, comandantes, ricos,
poderosos, escravo e livre. João vêm nesse imagem do terror universal: todos os
ímpios sobressaltados de um repentino terror, tentando fugir e se esconder do Deus irado.
• Os homens estão buscando um lugar para se esconder -
Mas para onde o homem pode fugir e se esconder de Deus? Deus está em toda parte.
Para ele luz e trevas são a mesma coisa. O primeiro instinto do pecado se esconder.
• De que estão fugindo? Dos montes que estão se desmanchando? Do Universo que está em convulsão? Não, há algo mais terrível: eles estão fugindo do Deus irado.
• Eles buscam a morte, mas não os pode esconder da ira do Cordeiro - O maior temor do pecador não é a morte, mas a manifestação plena da presença de Deus. O
aspecto mais terrível do pecado é que converte o homem num fugitivo de Deus. Mas agora, nem caverna, nem a morte pode escondê-los desse encontro com Deus. O tempo da graça acabou. Aqueles que não buscaram a graça, encontrarão inexoravelmente a ira de Deus. A porta está fechada. Agora é o juízo!
• Posição, riqueza, poder político - Absolutamente nada pode evitar que os homens enfrentem o Tribunal de Cristo. Importa que todos compareçam perante o tribunal de Cristo.


CONCLUSÃO
• O dia do juízo se aproxima. Mas hoje ainda é o dia aceitável. Ainda você pode se
voltar para Deus e encontrar perdão. Você quer vir a Cristo nesta noite? Você está
preparado para encontrar com Cristo?
• Você já está disposto a enfrentar perseguição, pobreza, espada, fome e a própria
morte por amor a Cristo e sua Palavra?
• O dia do Senhor será dia de luz ou de trevas para você?

Apocalipse 4,5

Apocalipse capitulo 4


Exatamente como o livro do Apocalipse começa com uma referência ao trono de Deus, e a carta a última das sete igrejas termina com uma referência ao trono de Cristo, aqui, a primeira grande visão profética começa com a declaração, e eis armado no céu um trono (Dn. 7:9). Um trono é o símbolo do governo e poder. João tenta registrar uma visão de Deus semelhante a que foi vista por Moisés (Êx. 19:9,19), por Isaías (6:5), e por Ezequiel (1:26-28). O vidente compara o que viu a três pedras: jaspe, uma pedra transparente como vidro ou cristal de rocha; a sardônica, vermelha; e a esmeralda, verde. No peitoral do sumo sacerdote a primeira e a última pedras eram a sardônica e jaspe (Êx. 28:17, 20). Sugeriu-se que estas pedras representam santidade, ira e misericórdia. À volta do trono havia um arco-íris, o qual fala de graça, ou, como diz Hengstenberg, "da graça que retoma depois da ira".


APOCALIPSE 4:1-11
TEMA: O TRONO DE DEUS, A SALA DE COMANDO DO UNIVERSO
INTRODUÇÃO
1. A primeira visão foi do Cristo da glória no meio da sua igreja - Depois da primeira visão do Cristo exaltado que cuida de sua igreja e a protege, começa a revelação "do que acontecerá depois destas coisas". Primeiro, Cristo revelou-se como aquele que conhece a sua noiva no íntimo. Ele conhece todas as virtudes e fraquezas da sua noiva. Nenhum defeito da sua noiva está oculto diante do seus olhos. Contudo, o Cristo exaltado aponta para a sua noiva o caminho de retorno e diz que ele é o remédio para a sua própria igreja. Ele não rejeita a sua noiva, mas é o remédio para ela.
2. Agora a visão que segue será das grandes tensões que a Noiva enfrentará até a segunda vinda do Noivo - Esta revelação inclui a destruição dos poderes do mal, de
Satanás e da morte. Mas, antes de serem destruídas, estas forças más se empenharão num esforço desesperado de frustrar os planos de Deus, tentando destruir o povo de
Deus. Essa é a grande tensão entre o Reino de Deus e o reino de Satanás.
3. A mensagem central do livro de Apocalipse é mostrar para a Noiva perseguida, que o seu Deus está no Trono do Universo - Antes do mundo perseguir a igreja (a abertura dos sete selos), e Deus visitar o mundo com o seu juízo parcial (sete trombetas) e o seu juízo final (sete taças) é revelado a João que Deus está entronizado e governando o seu universo. Não importa quão temíveis ou incontroláveis forças do mal pareçam ser na terra, elas não podem frustrar os desígnios de Deus nem vencer a igreja, pois Deus está governando o Universo, a partir do seu trono.
4. O destino da Noiva não está nas mãos dos homens, mas nas mãos de Deus -Quando o mundo está incendiado pelo ódio, guerras, conflitos; quando a terra está cambaleando, bêbada de sangue, precisamos levantar os nossos olhos e ver o nosso Deus assentado sobre um Alto e Sublime Trono (Is 6:1). Ele é quem governa o universo. No meio das provas e tribulações, precisamos fixar nossos olhos naquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Somente quando olhamos todas as coisas (inclusive nossas tribulações, capítulo 6, desde o aspecto do trono) é que alcançamos o verdadeiro discernimento da história.

I. APOCALIPSE É REVELAÇÃO DO CÉU, NÃO DESCOBRIMENTO DA
TERRA - V. 1-2
1. Uma porta aberta no céu - O conhecimento do futuro não é alcançado mediante artes mágicas, ou leitura dos astros, nem mesmo por profecias humanas. Nós não podemos
conhecer nada do futuro, a não ser que Deus revele para nós. O futuro estará coberto por um véu, até que Deus abra a porta do céu. O céu aberto não libera apenas acontecimentos, mas também entendimento, pois João contempla o trono, antes de
contemplar os dramas da história. Muitas vezes, sentimos como se o céu estivesse fechado para nós: "Tornamo-nos como aqueles sobre quem tu nunca dominaste e como os que nunca se chamaram pelo teu nome. Oh! se fendesses os céus e descesses!
[...] para fazeres notório o teu nome aos teus adversários" (Is 63:19-64:2). No começo de Apocalipse aparecem as 3 portas mais importantes da Vida: 1) A porta da
oportunidade (3:8); 2) A porta do coração humano (3:20); 3) A porta da revelação (4:1).
2. Uma voz como de trombeta - Em (1:10), Jesus revelou-se a ele da mesma forma. Lá
bastou João voltar-se para ver Jesus (1:11). Agora, João precisa subir ao céu. Não muda apenas de posição, mas de lugar, pois agora não se trata mais de vislumbrar o
presente, mas o futuro e o futuro vem sobre nós a partir do Trono de Deus.
3. Sobe para aqui e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas -João é chamado ao céu para ver não o aspecto cíclico da história, não a história sem freios e
sem rumo, não a história dirigida pelos homens, mas para ver o que deve acontecer. O Deus que está no trono é quem determina tudo o que acontece. Não há acaso nem falta
de controle. O futuro está nas mãos de Deus. Não precisamos temer. Tudo o que acontece sobre a terra resulta de algo que sucederá no céu. A causa está no céu, e o
efeito se verifica sobre a terra.
4. Imediatamente, eu me achei em espírito - João já não vê com os olhos físicos nem escuta com os ouvidos físicos. Ninguém jamais viu a Deus. Ele habita em luz imarcescível. Em carne e sangue João não suportaria contemplar o esplendor da glória.Então, ele tem uma visão.

II. DEUS ESTÁ ASSENTADO NO TRONO DO UNIVERSO - V. 2-7
1. João viu um Trono no céu - v. 2
• O trono é um lugar de honra, autoridade e julgamento. Todos os tronos da terra estão sob a jurisdição desse trono do céu. O livro de Apocalipse é o livro da Soberania de Deus, da vitória de Deus. Aquele que criou todas as coisas, está no controle de tudo e levará a história para uma consumação final, onde ele sairá vitorioso. A essência desta revelação é mostrar que todas as coisas são governadas por aquele que está assentado no Trono.
• Das 67 passagens do NT que aparece "TRONO" 47 estão no livro de Apocalipse e 12
vezes só neste capítulo 4. Todos os detalhes estão orientados com vistas ao trono:
sobre o trono, em redor do trono, a partir do trono, diante do trono, no meio do trono.
O trono é um símbolo da soberania inabalável de Deus.
• O Trono é o verdadeiro centro do universo. Esse trono não está na terra, mas no céu.
O universo na Bíblia não é geocêntrico, nem hiliocêntrico, mas teocêntrico. Aqui temos a verdadeira filosofia da história.
2. João viu o glorioso Deus assentado sobre o Trono - v. 2
• Para uma igreja perseguida, torturada, martirizada (Roma, perseguições ao longo da história e Anticristo) esta é uma mensagem consoladora: saber que o seu Deus está no trono (Is 6:1; SI 99:1).
• O que João descreve não é Deus mesmo, mas o seu fulgor, seu esplendor, porque a ele não se pode descrever (Ex 20:4). Não há descrição do trono nem da pessoa que está assentado nele. O que João viu quando olhou para o trono só pode ser descrito em termos de brilho de pedras preciosas. João descreve a Deus como um ser absolutamente misterioso, único, singular, o totalmente outro. João diz que ele é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe (a mais cristalina, a mais pura, sem nenhuma poluição). É o nosso diamante. Há uma abundância de luz que emana dessa pedra. E de sardônio (cor vermelha, a mais translúcida que existe). João vê beleza,
riqueza, abundância de luz. Deus é luz e ele habita em luz inacessível. • A pedra de jaspe (branca) descreve a santidade de Deus e o sardônio (vermelho) o seu juízo. Tal é Deus, santo e justo!
Quais são as características do Trono de Deus - v. 3-7
A. O Trono de Deus é um trono de Graça e Misericórdia - v.3
> Ao redor do trono há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda. O arco-íris é o símbolo da Graça e Misericórdia de Deus, da sua aliança com o seu povo, de que não
mais o destruiria. Normalmente o arco-íris aparece depois da tempestade, mas aqui, ele aparece antes dela.
> Para os filhos de Deus a tempestade já passou, porque Cristo já se deu a si mesmo para nos resgatar do dilúvio do juízo. Agora, temos o sol da justiça brilhando sobre
nós. Ainda que o juízo venha sobre os homens, a igreja de Cristo será poupada. O que foi redimido não pode ser destruído. Ainda que o mal nos alcance, Deus fará com que
todas as coisas aconteçam para o nosso bem.
> Antes de Deus derramar o seu juízo sobre a terra, ele oferece a sua misericórdia. Antes das taças do juízo, ele envia as trombetas de alerta.
B. O Trono de Deus é um trono de Juízo — v. 5
> Os relâmpagos, as vozes e os trovões são evidências de juízo e ira. O arco-íris foi visto antes dos relâmpagos. A graça sempre antecede ao julgamento. Aqueles que
recusaram a misericórdia terão que suportar o juízo. Quem não foi purificado pelo sangue, terá que suportar o fogo do juízo divino.
> Hoje os homens escarnecem de Deus. Cospem no seu rosto. Zombam da sua Palavra. A mídia diz que Deus está errado. Mas Deus está no trono e derramará o seu juízo. Precisamos tomar posição. Arco-íris vem antes dos relâmpagos e trovões. A graça vem antes do juízo. Compare Is 61:1-2 com Lucas 4:17-21. Na primeira vinda Jesus veio em graça, na segunda vinda virá em juízo.
> O trono de Deus se manifesta em juízo contra os homens ímpios (Dilúvio, Sodoma, Egito, Babilônia, Jerusalém).
> Esse juízo de Deus muitas vezes é em resposta às orações da igreja (8:3-5).
> O trono de Deus não é passivo. O cálice da ira de Deus está se enchendo. O juiz de
toda a terra fará justiça. Ninguém escapará!
> O Espírito de Deus aqui não se manifesta como pomba, mas como sete tochas de fogo (símbolo de combate - Gideão).
C. O Trono de Deus é um trono de santidade e transparência - v.6
> Esse mar de vidro está em contraste com o mar de sujeira e poluição do pecado (Is 57:20). Para estar diante do trono de Deus é preciso ser purificado, estar limpo. Não há sujeira diante do trono de Deus. Não há corrupção. Tudo é transparente, limpo, puro.Deus é santo. No céu não entra nada contaminado. Deus não se associa com o mal. Ele abomina o mal. Embora ele ame a todos, ele não ama a tudo.

III. A IGREJA GLORICADA PARTICIPA DO REINADO E DO
JULGAMENTO DO MUNDO - V. 4
1. Ao redor do Trono, há também, vinte e quatro tronos • Esses tronos estão ao redor e não no centro. Deus está no alto e sublime trono. Ele reina sobre todos os outros tronos.
2. Assentados neles, vinte e quatro anciãos
• Assentado fala de uma posição de autoridade e poder. A igreja tem a honra não apenas de ser salva, mas também de reinar no céu e ser assistente de Deus no seu
julgamento (Mt 19:27-29; 1 Co 6:2).
• Fomos constituídos reinos e sacerdotes (Ap 1:6). Os sacerdotes estavam divididos em
24 turnos (1 Cr 24:7-18). Aqui somos divididos em igrejas, denominações. Mas no céu seremos uma só igreja: os que foram lavados no sangue do Cordeiro. Ilustração: O
Sonho de João Wesley.
• Fomos constituídos. Nós julgaremos o mundo e os anjos (1 Co 6:2-3).
• Os 24 anciãos representam o povo fiel de Deus, a igreja do Velho e do Testamento.
A igreja dos Patriarcas e Apóstolos. A totalidade da igreja de Deus na história. Esses
vinte e quatro anciãos são identificados por suas roupas (brancas), incumbência
(assentam-se em tronos para reinar e julgar) e posição (coroas de vencedores).
3. Os 24 anciãos estão vestidos de branco, e usando coroas de ouro
• As vestiduras brancas falam da justificação. A vestiduras brancas são as vestimentas
que se prometem aos fiéis (3:4). Não há redenção para os anjos e sim para os homens.
Portanto, os 24 anciãos não são anjos, mas homens remidos.
• H. B. Swete afirma que o número vinte e quatro representa a igreja na sua totalidade.
É uma visão não do que é, mas do que há de ser. A igreja plena, como será na glória,
adorando e louvando a Deus diante do trono, nos céus.
• As coroas de ouro falam da posição de honra, autoridade e prestígio dos remidos no
céu. Essas coroas de vitória prometidas aos que permanecem fiéis mesmo diante da
morte (2:10; 3:11).
IV. A DOXOLOGIA DOS QUATRO SERES VIVENTES AO QUE ESTÁ ASSENTADO NO TRONO - V. 6-8
1. Quem são esses quatro seres viventes que estão no meio e ao redor do Trono?
• Arthur Bloomfield pensa que eles representam os quatro Evangelhos - O leão mostra Jesus como Rei (Mateus). O novilho mostra Jesus como servo (Marcos). O homem mostra Jesus como o homem perfeito (Lucas) e a Águia mostra Jesus como aquele que veio do céu e volta ao céu (João).
• H. B. Swete e William Barclay pensam que eles representam a totalidade da natureza - Os quatro seres viventes representam todo o nobre, forte, sábio e rápido da
natureza. Cada figura têm preeminência em sua própria esfera. O leão é supremo entre os animais selvagens. O boi entre os animais domésticos. A águia é o rei das aves. O
homem o supremo entre todas as criaturas viventes. Os quatro seres viventes,representam toda a grandeza, poder e beleza da natureza. Aqui vemos o mundo natural trazendo sua doxologia ao que está no trono. A natureza louva ao Criador (SI 19:1-2;
SI 103:22; Sal 148).
• William Hendriksen pensa que eles representam seres angelicais -Esses quatro seres viventes são querubins (Ez 10:20), anjos de uma ordem superior. Os querubins guardam as coisas santas de Deus (Gn 3:24; Ex 25:20). A canção deles é a canção dos anjos (Is 6:1-4). Eles são descritos como leão, novilho, homem e águia (fortaleza,capacidade para servir, inteligência, rapidez). Essas são características dos anjos (SI
103:20,21; Hb 1:14; Dn 9:21; Lc 12:8; 15:10). Quando a Bíblia quer usar a linguagem de toda criatura, o faz com precisão em (5:13).
2. O que esses quatro seres viventes fazem? - v. 8-
• Eles proclamam sem cessar. O livro de Apocalipse está cheio de cânticos de exaltação a Deus (4:8,11; 5:9-13; 7:12-17; 11:15-18; 12:10-12; 15:3-4; 16:5-7; 18:2-8;
19;2-6).
a) A santidade de Deus - Santo (descrição). Santo, Santo (ênfase). Santo, Santo,Santo (plenitude de santidade).
b) A onipotência de Deus - O Todo-poderoso. As pessoas para quem se escreveu o Apocalipse estavam sob ameaça de morte. Saber que Deus é soberano implica confiança no triunfo final.
c) A eternidade de Deus - Aquele que era, que é e que há de vir. Os impérios podem levantar-se e cair, mas Deus permanece para sempre.
• Eles dão a Deus glória, honra e ação de graças.
• O céu é lugar de celebração, louvor, glorificação ao nome de Deus. Veia que eles não
cessam de proclamar!
V. A DOXOLOGIA DA IGREJA AO QUE ESTÁ ASSENTADO NO TRONO -
V. 10-11


1. O objeto da Adoração
• Os remidos adorarão àquele que vive pelo século dos séculos. Também adoram o
Espírito Santo (1:4-5; 4:5). Igualmente adoram o Cordeiro (5:12,13).
2. Os atos de Adoração
• A igreja se prostra diante daquele que está assentado no Trono. A glória deles é glorificar ao que está assentado no Trono.
• Depositarão suas coroas diante do Trono - Sinal de total submissão e rendição.
3. As palavras da Adoração
• O que está assentado no Trono é Senhor e Deus - "Tu és digno, Senhor e Deus
nosso, de receber a glória, a honra e o poder". Ele é digno de receber a glória, eles não
são dignos de glorificar, por isso, se prostram e depositam suas coroas diante do
Trono. A visão do Trono de Deus levou Haendel a escrever a sua obra maior
"Aleluia".
• O que está assentado no Trono é o Criador de todas as coisas - O mesmo Deus
que criou tudo, sustenta tudo, levará o mundo, a história e a igreja à consumação final.





CONCLUSÃO

João é chamado ao céu para ver o Trono e o Entronizado. O Trono de Deus está no
centro do Universo. Tudo acontece a partir do Trono. Tudo está ao redor do Trono.
Graça e Juízo emanam do Trono. Todo o louvor e glória são dirigidos àquele que está assentado no Trono. A ele seja a glória para sempre, Amém!


Apocalipse capitulo 5


João acrescenta alguns detalhes com referência Àquele que está assentado sobre o trono, do qual se diz que tem em Sua mão direita um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. Se este livro é um códice igual aos livros de hoje, com os sete selos distribuídos mais ou menos igualmente sobre os lados, a pane de cima e de baixo, ou um pergaminho com os sete selos em linha contínua, não sabemos. Ouve-se novamente uma voz, a de um forte anjo, perguntando quem é digno de abrir este livro (v. 2). A resposta é que ninguém no universo é digno. Então um dos anciãos (v. 5) anuncia que o Leão da tribo de Judá (Gn. 49:9), a Raiz de Davi (Is. 11:1, 10), é digno de abrir este livro, por dois motivos: primeiro, Ele venceu, o que parece se referir a derrota, na terra, de Satanás e todo o poder do mal; e, em segundo lugar, pela Sua obra redentora comprou-nos para Deus, com o Seu sangue (Ap. 5:9).


TEMA: PARA ONDE CAMINHA A HISTÓRIA?
INTRODUÇÃO
1. Toda a história começa com Deus, está sob o controle de Deus e terminará segundo
a vontade de Deus. Não são os poderosos deste mundo que determinam os rumos da
história. Não os historiadores que decifram os mistério da história. Não são os
filósofos que interpretam os segredos da história. Não são os futurólogos que retiram o
véu da história.
2. Duas são as visões humanistas da história:
a) A visão cíclica dos antigos gregos - A história não se move para uma meta. Não há esperança, não há redenção. O que é, é o que foi, o que foi será. Não há uma consumação.
b) A visão do existencialismo ateu - A história é uma sucessão de fatos sem significado. Não há plano, não há esperança. A novela de Albert Camus A PRAGA:
A cidade de Orán foi invadida por ratos que trouxeram a temida peste bubônica. O
médico e seus associados batalharam até vencer a epidemia. Mas no final do livro, o
médico disse: "É só uma questão de tempo, os ratos voltarão ". As coisas não vão mudar.
3. Qual é o sentido da história? Friedrich Hagel no seu livro "Filosofia da História"
disse que os povos e os governos nunca aprenderam nada da história. Winston
Churchill disse que os homens cresceram em poder e conhecimento, mas não
evoluíram moralmente. Sob pressão, o homem moderno praticará os mais terríveis
atos. O historiador Gibbon, no seu livro "Declínio e Queda do Império Romano" disse
que "a história é pouco mais que um registro dos crimes, loucuras e infortúnios da
humanidade."
4. Thomas More em seu livro "Utopia" antevê um tempo na terra em que o homem
construiria um paraíso por suas'mãos. Houve otimismo. Mas no século XX, assistimos
a duas sangrentas guerras mundiais. O mundo está como uma panela de pressão, quase
explodindo. Há alguma esperança para a história?
I. O DEUS QUE ESTÁ NO TRONO DO UNIVERSO TEM UM PROPÓSITO
PARA A HISTÓRIA - V. 1
1. A história tem sentido. Sua vida tem sentido. Você não caminha para um ocaso,
para um fim trágico. As forças do mal não prevalecerão. Deus está no trono. Ele reina.
Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade.
2. Deus tem em sua mão direita um livro
> Deus tem um plano em cada criatura. Deus escreveu o livro da história, antes dela
acontecer. Ele conhece, controla e dirige todas as coisas para uma consumação final. O
livro tem seqüência e conseqüência.
> Toda a história da humanidade está na mão de Deus. Não importa a fúria de Satanás
ou a agitação do mundo, a história sempre estará na mão de Deus.
3. O livro da história está escrito por dentro e por fora
> Tudo está traçado, escrito e determinado. Nada foi esquecido nem omitido. Sua vida
não caminha ao léu. O futuro está nas mãos de Deus.
II. O DIGNO PROCURADO - NINGUÉM TEM CAPACIDADE DE
DESVENDAR NEM DE CONDUZIR A HISTÓRIA À SUA CONSUMAÇÃO -
V. 2-3
1. O livro está selado com sete selos - v. 1
a. Sete = completo. Totalmente selado. A história sem Deus é um livro lacrado. Só Deus pode dar sentido à história e à sua vida.
2. Ninguém foi achado digno de abrir o livro - v. 3
b) Nem no céu - Miguel, Gabriel, serafins, querubins, anjos, os remidos: Abraão, Moisés, Elias, Paulo, Pedro, Maria.
c) Nem na terra - Nenhum homem por mais poderoso e influente pode decifrar o
sentido da história.
d) Nem debaixo da terra - Nem o diabo, nem os demônios, nem os espíritos
atormentados podem revelar a você o sentido da história e da vida.
> Não há ideologia, nem partido político, nem sistema econômico que possa realizar
os sonhos e as esperanças do coração humano. Sozinha a humildade não vai para lugar
nenhum. Sozinha seu destino é o caos. Há uma impossibilidade radical de que o
homem seja o senhor do seu próprio destino.
3. A impotência humana para desvendar o, futuro - v. 4
> A grande questão: Quem é digno?
> A grande constatação: Ninguém podia abrir o livro.
> A grande decepção: e eu chorava muito.
a) A crise de João é a crise da impotência de todos nós - Olhamos ao nosso redor e
vemos o mundo em pé de guerra, o mal triunfando, a violência crescendo, o terrorismo
ameaçando, as guerras tornando-se cada vez mais encarniçadas, as famílias cada vez
mais barbarizadas, os jovens cada vez mais se drogando e a nossa reação é também
chorar.
b) Por que João chorou? - Primeiro, porque isso parecia frustrar a promessa de
Apocalipse 4:1. Segundo, porque a história estaria à deriva como um barco sem leme.
III. O DIGNO ENCONTRADO - A SOLUÇÃO PARA A HISTÓRIA VEM DO
CÉU - V. 5
1. Há consolo para nós - Não chores!

> Às vezes, choramos como João com medo do futuro. O que vem pela frente? Como.
será o meu amanhã, a minha velhice?
> A voz ecoa no céu: Não chores! O Senhor põe um basta à nossa angústia. Ele traz a
solução.
> Não chores. O digno procurado é agora o digno encontrado. Há alguém capaz de
dirigir a história e dar sentido à vida.
2. A solução da história está em Jesus - v. 5-7
a) O livro da história está nas mãos de Jesus - v. 7 - Ele tem todo o poder e toda autoridade. Ele é o criador, sustentador, redentor e Senhor. Só Cristo tem a chave da interpretação da história nas mãos.
b) Ele venceu para abrir o livro - v. 5 - Ele é o Leão de Judá e a Raiz de Davi. Ele
Venceu o diabo, o mundo, o pecado e a morte. Jesus só é apresentado como o Messias
Vencedor, porque antes foi o Messias Sofredor. Ele só é o Leão, porque antes foi o
Cordeiro.
c) O Jesus vencedor é o Cordeiro que foi morto — v. 6 —
> Sua marca - Como tinha sido morto - A sua vitória foi conquistada na cruz.
> Sua posição - Ele está de pé (ação e poder).
> Seu lugar - No meio do trono (autoridade).
d) Ele é digno de desvendar o sentido da sua vida - v. 6
> Porque ele é onisciente- Cheio de olhos
> Porque ele é onipotente - sete chifres
IV. QUAIS AS IMPLICAÇÕES DE JESUS ESTAR COM O LIVRO DA HISTÓRIA NAS MÃOS
1. Isso deve levar-nos a orar confiadamente acerca do destino das pessoas — v. 8
> As orações agora fazem sentido. Orar é falar com quem está com o livro da história
nas mãos.
2. Isso deve levar-nos a evangelização fervorosa - v. 9
> O v. 9 diz que Cristo morreu para comprar com o sangue pessoas que procedem:
a) Todo grupo étnico - tribo
b) Todo grupo lingüístico - língua
c) Todo grupo político - povo
d) Todo grupo social - nação.
3. Isso deve levar-nos a tomar posse da nossa alta posição espiritual - v. 10
a) Fomos constituídos reino - Já reinamos com Cristo espiritualmente, pois estamos assentados com ele nos lugares celestiais e reinaremos com ele plenamente na sua segunda vida.
b) Fomos constituídos sacerdotes - Agora temos livre acesso à presença do Pai, por
intermédio de Jesus.
4. Isso deve levar-nos a dedicar tudo que somos e temos ao Cordeiro - v. 11-12
a) A ele seja o poder - É entregar a ele tudo o que está em nossas mãos, todo o poder
e ingerência que temos.
b) A ele seja a riqueza, os nossos bens - A riqueza dos empresários cristãos, a riqueza
dos homens de negócio, a riqueza dos empregados.
c) A ele seja a sabedoria - A nossa inteligência, cultura, talentos, diplomas,
habilidade profissional.
d) A ele seja a força - A força da juventude até os últimos alentos da velhice ao
Cordeiro. Não há aposentadoria no Reino de Deus.
e) A ele seja a honra - A primazia, o melhor, as primícias do nosso tempo, da nossa
vida, devem ser dados ao Cordeiro.
f) A ele seja a glória - Só ele merece ser exaltado.
g) A ele seja o louvor - O culto precisa ser prestado só a ele.
V. O DIGNO PROCURADO E ENCONTRADO, AGORA É ADORADO - V. 8-
14
1. Ele é adorado por quem ele é - v. 5-7
a) Leão de Judá
b) Raiz de Davi
c) Cordeiro que foi morto
2. Ele é adorado por onde ele está- v. 6
3. Ele é adorado pelo que ele fez - v. 8-10
a) Foste morto
b) Com teu sangue compraste para Deus
c) E para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes
d) E reinarão sobre a terra.
e) Que tipo de cântico é esse que lhe é entoado?
1) Cântico de adoração - Tu és digno.
2) Cântico de pregação - "Porque foste morto". Em Gênesis 22 o cordeiro substitui
Isaque (Cristo oferecido para o indivíduo). Em Êxodo 12, na Páscoa, o cordeiro é
oferecido para uma família. Em Isaías 53:8 diz que o Cordeiro foi morto por uma
nação. Mas João 1:29 diz que o Cordeiro morreu para salvar os procedem de todo o
mundo.
3) Cântico Missionário - "compraste para Deus os procedem de toda tribo, língua,
povo e nação".
4) Cântico Devocional - E os constituíste reino e sacerdotes
5) Cântico Profético - E reinarão sobre a terra.
4. Ele é adorado por aquilo que ele tem - v. 11-14
> Os cânticos desses dois capítulos são dois grandes oratórios. 1) O oratório da
criação (cap. 4); 2) O oratório da Redenção (Cap. 5) - Oratório é um gênero
musical dramático, com solos e coros, acompanhados de orquestra. Aqui as vozes da
igreja glorificada, dos serafins, dos anjos e da natureza se unem para o louvor celestial.
i. O culto ao Criador começa com um quarteto, cantando o hino seráfico: Santo, Santo,
Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
ii. A isto segue o coro, constituído de vinte e quatro anciãos, a igreja, que prosseguem
o louvor do Criador: Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o
poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir
e foram criadas.
iii. Então se ouvem os solistas: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?
iv. Vem o responso: O leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro
e os seus sete selos.
v. E quando o Cordeiro toma o livro da mão do Criador, ouvem-se em uníssono o
quarteto e o coro dos anciãos, no novo cântico Digno és de tomar o livro e abrir-lhe os
selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de
toda tribo, língua, povoe nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes;
e reinarão sobre a terra.
vi. Prorrompe o coro majestoso. São anjos que cantam. Vozes de milhões de milhões e
milhares de milhares avolumam o canto triunfal:
Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força,
e honra, e glória, e louvor.
vii. Prossegue o canto num crescendo arrebatador até alcançar o clímax de grandioso
final. Não somente a igreja, os serafins, os anjos se combinam, mas ouve-se "toda
criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que
neles há" louvando ao Criador e ao Redentor:
Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e
o domínio pelos séculos dos séculos.
viii. Por fim, quando serena o estrondo do coro universal, ouve-se grandioso
"AMEM", que parte dos lábios dos quatro seres viventes, os serafins. Segue-se um
silêncio ofegante, e os anciãos (a igreja) se prostra e adoram.
É assim a música do céu: Ao mesmo tempo em que ela é cheia de entusiasmo, produz
profundo senso de adoração, ao ponto da igreja prostrar-se! Ninguém pode contemplar
o Senhor na sua beleza e no seu fulgor, sem se prostrar.

CONCLUSÃO
A igreja na terra não tem o que temer, não importando "de quantos juízos esteja
repleto o rolo" da história humana. Porquanto o sentido da música é este: O Criador entregou ao Redendor "toda autoridade no céu e na terra, e os que o seguem jamais passarão despercebidos do seu amor e cuidado.


terça-feira, 4 de março de 2014

As 7 igrejas do Apocalipse

Apocalipse capitulo 2 e 3.


As cartas as 7 igrejas da Ásia.

1. Antes de manifestar seu juízo ao mundo, Jesus manifestou-o à sua igreja (1 Pe
4:17), por isso, Jesus mostrou o seu julgamento às sete igrejas (1-3) antes de mostrá-lo
ao mundo (4-22).
2. Por que sete igrejas, se havia mais igrejas na Ásia? É porque essas sete igrejas falam
da plenitude da igreja em todos os lugares e em todas as épocas, desde o seu
nascimento até a sua subida.
3. Essas sete igrejas não são sete períodos distintos da igreja como ensinam os
dispensacionalistas. Em cada período da igreja a realidade das sete igrejas esteve
presente e podemos ver sinais delas em cada congregação local.
4. Todas as cartas têm basicamente a mesma estrutura: 1) Apresentação; 2)
Apreciação; 3) Reprovação; 4) Promessas.
5. Duas igrejas só receberam elogios: Esmirna e Filadélfia; Quatro igrejas receberam
elogios e críticas: Éfeso, Pérgamo, Tiatira e Sardes; Uma igreja só recebeu críticas:
Laodicéia.
6. Essas igrejas ensinam-nos várias lições:
I. CRISTO É CONHECIDO NA E ATRAVÉS DA IGREJA - 1:12-13
• Antes de ver Cristo, João viu os sete candeeiros, a plenitude da igreja na terra, e só
depois viu o Cristo glorificado na igreja. Jesus Cristo está no meio da sua igreja.
Ninguém verá o Cristo da glória fora da igreja. A salvação é por meio de Jesus, mas
ninguém poderá ser salvo sem fazer parte da igreja que é a noiva do Cordeiro.
• Cristo valoriza tanto a sua igreja que ele se dá a conhecer no meio dela e não à parte
dela. Hoje, muitas pessoas querem Cristo, mas não a igreja. Isso é impossível. A
atenção de Cristo está voltada para a sua noiva. Ele ocupa o centro da sua atenção.
II. CRISTO ESTÁ NO MEIO DA SUA IGREJA EM AÇÃO COMO REMÉDIO
PARA OS MALES DA IGREJA - 2:1,8,12,18; 3:1,7,14
• Cristo não apenas está no meio da igreja (1:13), mas ele está andando, em ação
investigatória no meio da igreja (2:1). Ele sonda a igreja, pois seus olhos são como
chama de fogo (2:18).
• Há muitos males que atacam a igreja: esfriamento, perseguição, heresia, imoralidade,
presunção e apatia. Mas Cristo se apresenta para cada igreja como o remédio para o
seu mal.
1. Para a igreja de Éfeso - que havia perdido o seu primeiro amor, Jesus se . apresenta
como aquele que anda no meio da igreja, segurando a liderança na
mão, como o seu pastor superior. Ele está dizendo, "eu vejo tudo e conheço tudo".
2. Para a igreja de Esmirna - que estava passando pelo sofrimento, perseguição e
morte, enfrentando o martírio, Jesus se apresenta como aquele que esteve morto e
tornou a viver. O Jesus que venceu a morte é o remédio para alguém que está
enfrentando a perseguição e a morte.
3. Para a igreja de Pérgamo - que estava se misturando com o mundo e perdendo o
senso da verdade, Jesus se apresenta como aquele que tem a espada afiada de dois
gumes que exerce juízo e separa a verdade do engano. Pérgamo estava em conflito
entre a verdade e o engano (2:14).
4. Para a igreja de Tiatira - que estava tolerando a impureza e caindo em imoralidade,
Jesus se apresenta como aquele que tem os olhos como chama de fogo e os pés
semelhantes ao bronze polido.
5. Para a igreja de Sardes - que tinha a fama de ser uma igreja viva, reputação de uma
igreja cheia de testemunho e vida, mas não realidade, Jesus se revela como aquele que
tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. A igreja tinha fama, mas não realidade,
tinha aparência de vida, mas estava morta.
6. Para a igreja de Filadélfia - uma igreja fraca, mas fiel, Jesus vê muitas
oportunidades diante da igreja e diz para ela que ele tem a chave de Davi, que abre, e
ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá.
7. Para a igreja de Laodicéia - uma igreja sem fervor espiritual, morna, rica
financeiramente, mas pobre espiritualmente, Jesus se apresenta como aquele que é
constante e fidedigno no meio de tantas mudanças.
III. DENTRO DA MESMA IGREJA TEMOS PESSOAS FIÉIS E PESSOAS
INFIÉIS
• Em Pérgamo alguns crentes estavam seguindo a doutrina de Balaão (2:14-15).
• Em Tiatira havia tolerância aos ensinos e práticas de uma profetisa imoral (2:20),
mas nem todos os crentes caíram nessa heresia perniciosa (2:24-25).
• Em Sardes, embora a igreja estava vivendo de aparência, mas havia uns poucos que
não haviam contaminado suas vestiduras (3:4).
• Em Éfeso havia fidelidade na doutrina, mas falta da amor na prática do Cristianismo.
Eram ortodoxos de cabeça e hereges na conduta.
• Em Esmirna e Filadélfia, igrejas fiéis a Cristo, havia aqueles que eram "sinagoga de
Satanás" no meio deles (2:9 e 3:9).
IV. A IGREJA NEM SEMPRE É AQUILO QUE APARENTA SER, QUANDO
EXAMINADA POR JESUS
• Jesus conhece a igreja de forma profunda (2:2,9,13,19:3:1,8,15) -Ele conhece as
obras da igreja, onde está a igreja e o que ela está enfrentando.
• A igreja de Éfeso é ortodoxa, trabalhadora, fiel nas provas, mas perdeu sua
capacidade de amar a Jesus. Ela é como uma esposa que não trai o marido, mas
também não lhe devota amor (2:2-4).
• A igreja de Esmirna é pobre aos olhos dos homens, mas rica aos olhos de Cristo
(2:9).
• A igreja de Pérgamo tem gente tão comprometida com Deus ao ponto do martírio
(2:13), mas tem também, gente que cai diante da sedução do pecado (2:14).
• A igreja de Tiatira está trabalhando mais do que trabalhava no início da sua carreira
(2:19), mas muito trabalho sem vigilância também não agrada a Jesus. Ação sem zelo
doutrinário (Tiatira) e zelo doutrinário sem ação (Éfeso) não agradam a Jesus.
• A igreja de Sardes tem nome de que vive, mas está morta (3:1). Além disso, há
gente na CTI espiritual (3:2).
• A igreja de Filadélfia é fraca diante dos olhos humanos, mas poderosa aos olhos de
Cristo (3:8-9).
• A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, mas aos olhos de Cristo era
uma igreja pobre e miserável (3:17).
V. CRISTO ANDA NO MEIO DA SUA IGREJA PARA OFERECER-LHE
OPORTUNIDADE DE ARREPENDIMENTO ANTES DE APLICAR-LHE SEU
JUÍZO
• A igreja de Éfeso foi chamada a lembrar-se, arrepender-se, e voltar à prática das
primeiras obras. Caso esse expediente não fosse tomado, Jesus sentencia: "e, se não,
venho a ti a moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas" (2:5-6).
• A igreja de Esmirna diante do martírio é exortada a ser fiel até a morte (2:10).
• A igreja de Pérgamo que estava dividida entre a verdade e o engano, misturada com
o mundo, Jesus adverte: "Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e
contra eles pelejarei com a espada da minha boca" (2:16).
• A igreja de Tiatira que abria suas portas à uma desregrada profetisa, Jesus chama ao
arrependimento a faltosa (2:21), mas por recusar, envia o seu juízo (2:22-23) e chama
os crentes fiéis a permanecerem firmes até a segunda vinda (2:24-25).
• A igreja de Sardes recebe o alerta de Cristo que suas obras não são íntegras diante
de Deus (3:2). Jesus alerta-os para o ensino que a igreja recebeu para que ela se
arrependa (3:3). Caso não se arrependa virá o juízo (3:3).
• A igreja de Filadélfia é exortada a conservar o que tem, para que ninguém tome a
sua coroa (3:11).
• A igreja de Laodicéia é exortada a olhar para a vida na perspectiva de Cristo (3:17-
18), a arrepender-se, pois a disciplina de Deus é ato de amor (3:19).

VI. JESUS ANDA NO MEIO DA SUA IGREJA PARA DAR GLORIOSAS
PROMESSAS AOS VENCEDORES
• Isso implica que nem todos os membros da igreja visível, são membros da igreja
invisível. Nem todos os membros das igrejas locais são membros do corpo de Cristo.
Nem todos os membros de igreja são vencedores, mas todos os membros do Corpo de
Cristo são vencedores.
• As promessas aos vencedores tratam da bênção que a igreja estava buscando ou
necessitando:
1. A igreja de Éfeso - O vencedor se alimenta da árvore da vida. Isso é ter a vida eterna
(2:7). A vida eterna é comunhão com Deus e Deus é amor. Eles haviam abandonado o
seu primeiro amor, mas os vencedores iriam morar no céu, onde o ambiente é amor,
pois é ter comunhão eterna com o Deus que é amor.
2. A igreja de Esmirna - O vencedor de modo nenhum sofrerá o dano da segunda
morte (2:11). Os imperadores romano, os déspotas, o anticristo pode até matar os
crentes, mas eles jamais enfrentarão a morte eterna.
3. A igreja de Pérgamo - O vencedor receberá o maná escondido, uma pedrinha branca
com um novo nome (2:17). Para uma igreja que misturava com o mundo, o vencedor
recebe uma promessa de absolvição no juízo e não de condenação com o mundo.
4. A igreja de Tiatira - Para uma igreja seduzida pelo engano de uma profetisa, o
vencedor recebe a promessa de receber autoridade sobre as nações e possuir não os
encantos do pecado, mas o Senhor da glória, a estrelada manhã (2:26-28).
5. A igreja de Sardes - Para uma igreja que só vive de aparência, mas está morta, os
vencedores recebem a promessa de que seus nomes estão no livro da vida e seus serão
confessados diante do Pai no dia do juízo (3:5).
6. A igreja de Filadélfia - Para uma igreja fraca, mas fiel o vencedor recebe a promessa
de ser coluna do santuário de Deus (3:12). A coluna é que sustenta o santuário. Eles
podem ser fracos diante dos homens, mas são poderosos e fortes diante de Deus.
7. A igreja de Laodicéia - Para uma igreja que se considerava rica e auto-suficiente,
mas era pobre e miserável, o vencedor recebe a promessa de assentar-se com Cristo no
seu trono (3:21).

CONCLUSÃO
• Para todas as igrejas há um refrão: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas.
• Não estamos estudando apenas para o nosso deleite intelectual ou curiosidade
teológica. Precisamos ouvir o que Deus está falando conosco.
• A bem-aventurança não é apenar ler e ouvir, mas também obedecer as profecias deste
livro (1:3). Amém.


As 7 igrejas que recebem as cartas enviadas por Jesus estão localizadas na Ásia menor, atual Turquia. O Profeta tinha 85 anos quando foi abandonado na ilha de Patmos pelo imperador romano Domiciano.

“Achei-me em Espírito (visão), no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia”. Apocalipse 1:10-12

“Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas”. (Ap.1:20)

A abundância do número sete sugere um uso simbólico. Além disso, o fato de que nessa região havia mais de sete igrejas, sugere a ideia de que foram escolhidas devido a suas características como símbolos proféticos, de sete períodos específicos da igreja cristã.

O nome de Cada cidade indica a sua característica como cidade e religiosidade. E a cada Igreja Jesus faz:

Elogio
Reprovação
Conselho
Promessa


Éfeso = Desejável





A cidade estava num ponto geograficamente desejável, admirável. Possuia o mais belo porto da Ásia Ocidental. A cidade estava enfeitada com os mais lindos templos. Ali estava o templo da deusa Diana ou Ártemis, a deusa da fertilidade. Esse templo foi construído de ouro. Havia um grande teatro para 30 mil pessoas.

Nesta cidade onde se adorava deuses, estátuas e árvores, Paulo, Apolo, Áquila e Priscila fundaram uma Igreja cristã. O evangelho converteu muitos efésios.

Elogio:Timóteo era o Pastor.

Pelo seu zelo, trabalho, lealdade às doutrinas e porque reprovavam as obras dos nicolaítas. (Ap. 2:2,6)

Quem eram os Nicolaítas?

Irineu, um ministro do segundo século que viveu sua infância próximo a Éfeso, menciona que eram cristãos, mas consideravam não ter importância a pratica do adultério ou o comer de carnes sacrificadas a ídolos. Pregavam que a fé em Jesus os liberava da guarda de alguns dos 10 mandamentos.

Reprovação: O abandono do primeiro amor (Ap. 2:4). O mistério da iniquidade de que falou apóstolo Paulo (II Tess. 2:7) estava começando, os lobos vorazes começaram a entrar na Igreja (At. 20: 29-31).

Conselho:“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras…” (Ap. 2:5).

Promessa:“…Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”. (Ap. 2:7)

Éfeso representa o primeiro período do cristianismo na terra. Um cristianismo puro, fervoroso e cheio de amor. Corresponde à época dos apóstolos.

ÉFESO - 31-100



Esmirna = Cheiro Suave





A cidade de Esmirna ficava a 22 quilômetros ao norte de Éfeso, sobre a bela enseada do mar Egeu. A cidade possuía uma planta aromática chamada mirra. Seu perfume era suave.

No centro da cidade, havia um pequeno monte (Pago), e no seu topo, um santuário dedicado à divindade grega Nêmese.

Esmirna possuía o único mercado público de três andares, do mundo antigo. Havia jogos olímpicos na cidade e os vencedores eram coroados com coroas de ouro.

A cidade havia sido destruída várias vezes (desde a sua fundação 1000 a.C.) por inimigos e por terremotos mas sempre fora reconstruída. Ela morria e ressuscitava.

Elogio:Policarpo era o Pastor da Igreja cristã em Esmirna. “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza, mas tu és rico…” (Ap. 2:9).

Não há reprovação para esta Igreja.

Esmirna tornou-se em 303 a arena de morte para numerosos mártires. Esse foi um tempo terrível sob a dominação romana, onde os cristãos eram lançados aos leões ou queimados sobre estacas.

Um dos últimos a morrerem heroicamente foi Policarpo, o líder da igreja de Esmirna. Enquanto ele enfrentava a multidão sedenta de sangue no estádio municipal, o imperador romano exigia que ele jurasse por César e amaldiçoasse a Cristo...

Policarpo respondeu calmamente: "Por oitenta e seis anos eu O servi e Ele nunca me fez mal. Como posso blasfemar meu Rei, o qual me salvou?"

Com a subida do imperador Constantino ao trono romano, as perseguições chegaram temporariamente ao fim.

Promessa:“Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”… O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte (Ap. 2:10-11).

Esmirna representa o segundo período do cristianismo quando a Igreja estava começando a ser perseguida de morte por não adorar o imperador como deus. A igreja perfumaria o mundo por sua fidelidade a Jesus Cristo.

ESMIRNA - 100-313



Pérgamo = Altura, Exaltação





Pérgamo significa "cidadela"; ela estava localizada no cume de uma montanha. Essa esplêndida cidade era conhecida por seus muitos templos pagãos e uma grande biblioteca com cerca de 200.000 rolos (livros).

Pérgamo instituiu o primeiro culto de adoração a um imperador vivo (29 a.C.). Eis por que ela é referida como o lugar "onde Satanás tem seu trono".

Pérgamo se orgulhava por ser a capital da Ásia e por ter muita cultura e uma corte que julgava os prisioneiros com severidade. Era o centro das religiões místicas orientais vindas de Babilônia. Tinha muitos templos pagãos.

Elogio:Antipas era o provável Pastor da Igreja. Ele foi queimado no ventre de um bezerro de latão aquecido até ficar incandescente. “Conserva o meu nome e não negaste a minha fé”. (Ap. 2:13)

Reprovação:“Tenho contra ti algumas coisas, tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão… Também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas”.

Enquanto a Igreja de Éfeso “odiava as obras dos nicolaítas” (2:6), a Igreja de Pérgamo “sustentava a doutrina” deles. (Não acreditavam na divindade de Cristo e praticavam as obras da carne).

Conselho: “Arrepende-te” (Ap. 2:16)

Promessa:“Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe”. (Ap. 2:17)

Pérgamo representa o terceiro período do cristianismo, quando o império romano estabelece um papa para liderar todas as igrejas cristãs. Nesse período muitas falsas doutrinas invadiram o cristianismo. Entre elas a guarda do domingo.

PÉRGAMO - 313-538



Tiatira = Sacrifício





A cidade em si dava a impressão de “fraca tornada forte”. Foi construída por Seleuco um dos generais de Alexandre, em 280a.C. Foi construída para ser uma cidade-sede de guarnição militar.

Sua indústria principal era de instrumentos de bronze e cobre. Fabricava também tecidos, especialmente em vermelho e púrpura. Havia um grande templo em honra ao deus sol “Apolo”.

Elogio:“Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança, e as tuas últimas obras mais numerosas do que as primeiras”. (Ap. 2:19)

A igreja organizou orfanatos, hospital e missões. Essa era uma congregação realmente preocupada e dedicada a atender às necessidades das pessoas.

Reprovação:“Tenho contra ti o tolerares que essa mulher Jezabel, que assim mesma se declara profetiza, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”. (Ap. 2:20)

Jezabel foi uma princesa fenícia e sacerdotisa de Baal, um deus pagão da natureza. Ela promoveu a adoração do Sol e contribuiu para desviar Israel de seu relacionamento especial com Deus.

Conselho:“Conservai o que tendes…” (Ap. 2:25) - As doutrinas

Promessa:“Ao vencedor, que guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá… dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã”. (Ap. 2:26-27)

Tiatira representa o quarto período do cristianismo na terra, quando a Igreja Católica sob a liderança do papa passou a perseguir de morte o verdadeiro povo de Deus.

TIATIRA - 538-1517



Sardes = Cântico de Alegria





A cidade de Sardes foi construída sobre uma rocha (1150 a.C), ficava numa elevação de cerca de 500 metros. Era a capital do império da Lídia, um dos mais ricos do mundo antigo. A moeda cunhada surgiu em Sardes.

Elogio:Muito pouco havia para ser elogiado. “Tens em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras…” o restante vivia de aparência, do passado. Era um vivo morto.

Conselho:“Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer…Lembra-te, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te…” (Ap. 3:1)

Promessa:“O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida, pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”. (Ap. 3:5)

Sardes representa o quinto período do cristianismo na terra quando ocorreu a reforma protestante sob Martinho Lutero e outros. Mas passando o fervor da reforma, os cristão se esfriaram e passaram a viver do passado.

SARDES - 1517-1755



Filadélfia = Amor Fraterno





A cidade foi fundada em 138 a.C. por Átalo II, rei de Pérgamo também conhecido por Filadélfo.

A sua localização geográfica era a porta de entrada para o Oriente. Estava sujeita a frequentes terremotos. Era uma cidade magnificente.

Essa igreja deve ter sido notável, pois recebeu só elogios da parte de Cristo e nenhuma repreensão.

Promessa:“Ao vencedor fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá…” (Ap. 3:12)

Filadélfia representa um período de tempo ocorrente no século XIX, quando grandes movimentos evangélicos e pró-advento revitalizaram a igreja.

O reavivamento impeliu a igreja como nunca dantes. Ela foi capaz de apresentar Jesus a 10.000.000 de pessoas – a oportunidade era "uma porta aberta que ninguém pode fechar".

Filadélfia representa o sexto período do cristianismo na terra quando a obra missionária começou a se expandir pelo mundo. Nesse período surge a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

FILADÉLFIA - 1755-1844



LAODICÉIA - 1844-VOLTA DE JESUS





Apocalipse 3:14-22 (ler o texto)

As 7 igrejas da Ásia representam 7 períodos, da Igreja de Deus em toda a sua história. As igrejas mostram que Deus está cuidando da história do mundo. Da mesma forma como Deus quer hoje cuidar da sua vida e da sua história. Nada fugiu do controle de Deus. Falta um pouco só de tempo e estaremos para sempre com Jesus.

A Bíblia nos assegura que já estamos no tempo do fim…

Vivemos nos minutos finais da história desse mundo…

Existem muitas desculpas que podemos dar para não aceitar Jesus hoje: trabalho, família, estudos, idade. Não importa nada, nem quão longe você foi, pois ainda existe esperança. E Deus quer te dar a vida eterna hoje.

Grande parte do estudo tirado do livro Apocalipse de Hernandes dias lopes

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