sábado, 31 de outubro de 2015

Gênesis 13

Genesis 13

Introdução

Vimos na aula passada o começo da história de Abrao e Sarai, vimos que ele mentiu e que saiu do Egito como muita prosperidade vimos também que ele começou sua peregrinação.
Neste capítulo vamos estudar sobre a relação dele com Ló e da escolha que seu sobrinho fez.

Versos 1-6 Foi impossível para a família do patriarca estabelecer-se no Egito, em uma vida luxuosa. Ainda havia muitas batalhas a serem enfrentadas, antes que Israel fosse estabelecida como uma nação, na Palestina. O Egito era incompatível com o plano de Deus. Abraão fora expulso do Egito por haver enganado ao Faraó no tocante a Sara, tendo-a chamado de sua irmã, a fim de preservar sua própria vida. Tinha havido a intervenção divina (pragas enviadas para castigar o Egito e o Faraó), o que proporcionou a Abraão a oportunidade de sair dali. Ver a história em Gèn. 12.9-20. Algumas vezes surgem ocorrências desagradáveis em nosso caminho, a fim de impelir-nos para alguma nova direção. De outras vezes, há mudanças produzidas por acontecimentos harmoniosos e agradáveis. Quem dera que sempre sucedesse assim conosco! O fato foi que Abraão retornou ao lugar de onde havia partido. Estava sendo atraído por suas raízes. Algumas vezes, nossa vida segue em espirais, não se movendo em linha reta até alguma situação nova. Abraão, pois, precisou voltar ao altar que havia erigido em Betei (vs. 3), que ele tinha erguido antes de errar. Dali por diante, retomaria o caminho das bênçãos de Deus.
Por quanto tempo teria estado Abraão no Egito? Os comentadores judeus variam em sua opinião a respeito. Alguns falam em poucos meses. Mas outros calculam nada menos de vinte anos. Esse tempo, todavia, não foi tempo perdido, pois Abraão aprendeu lições durante esse tempo. Mas agora, tudo isso ficara para trás.
13.2
Era Abrão muito rico. Ele possuía todas aquelas coisas pelas quais eram aquilatadas as riquezas, no mundo antigo: gado (sem dúvida toda sorte de ani­mais domésticos, conforme nos indica Gên. 12.16), prata e ouro (não menciona­ dos no capítulo doze, mas certamente sempre uma parte apreciável da abastança material). Mas de fora ficam as pessoas (incluindo os escravos, Gên. 12.16) que também distinguiam um homem rico de um homem pobre. E, como é claro, apesar de seus lapsos, ele era espiritualmente rico.
O dinheiro é um mal necessário. Contudo, o dinheiro pode ser um bem positivo. O próprio Jesus disse: “.. .vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas" (Mat. 6.32), O dinheiro é como um sexto sentido, sem o qual não podemos tirar vantagem dos outros cinco. O dinheiro é o óleo lubrificante que faz a máquina movimentar-se. Paulo sabia o que era estar abatido e o que era gozar de abundân­ cia material (Fil. 4.12). Se você estiver tentando fazer aigc de significativo, sempre será melhor ser rico do que ser pobre. Por outra parte, há aquelas tentações e armadilhas que o dinheiro traz. Algumas pessoas chegam mesmo a abandonar projetos, uma vez que tenham muito dinheiro, e, então, desperdiçam sua vida em viagens e em uma vida de luxo. Contudo, dispomo-nos a arriscar nessas escorregadelas e fracassos. O temor faz-nos buscar dinheiro; os prazeres inspiram- nos a dar valor exagerado às coisas materiais; o senso de segurança segreda para nós: “Consiga agora tudo quanto lhe for possível!”. Não obstante, há muitas coisas boas que podem ser conseguidas pela abundância material. Paulo prometeu aos que dão que certamente obterão. A chave para a obtenção é o ato de dar: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra” (II Cor. 9.8). Notemos que o contexto desse suprimento abundante (que deve ser usado visando às boas obras) é a generosidade com outras pessoas (vss. 6 e 7). Trata-se da lei da colheita conforme a semeadura, conforme esta passagem esclarece. O segredo do suprimento eterno é a nossa generosidade para com outras pessoas.
mundo, para então terem de reparar os danos sofridos. Por outra parte, alguns religiosos nunca mais voltam da excursão, preferindo permanecer no Egito e mostrar que são homens maus.
Cada novo começo tem início defronte do altar, ou assim, pelo menos, deve­ ria ser. A vida é sagrada e deveria ser vivida no espírito da adoração, no serviço do Senhor. Essa é a nossa grande oportunidade. Todo homem precisa da luz e da orientação do alto. Todo homem precisa de uma renovação periódica.
Conheci um pastor que, quando era preciso recarregar suas baterias espirituais, sempre voltava à mesma cidade e até à mesma igreja, e ali permanecia por algum tempo. E, então, voltava ao seu próprio estado e cidade, e ali reiniciava o seu trabalho.
Abraão voltou humilhado e arrependido. Ele havia cometido um erro. Agora, porém, buscava renovação. Esta está sempre à nossa disposição, conforme afir­ma o trecho de Tiago 1.5. Era ótimo ter aquele dinheiro todo. Mesmo que alguém se sinta mal por dentro, é melhor gozar conforto em meio à miséria íntima. Contu­do, a pobreza espiritual é um estado pior do que a pobreza material.
O Enfoque Incide sobre Deus. Abraão era uma figura exaltada, mas a Bíblia não oculta de nós as suas falhas. A Bíblia enfoca a pessoa de Deus, e não o homem. Abraão cometeu seus equívocos, mas isso não arruinou o desígnio de Deus quanto à sua vida.
13.5
Ló Também Enriquecera. Ló havia acompanhado Abraão por todo o caminho, mas agora os dois teriam de separar-se. Ele tinha acumulado riquezas, tal como Abraão. Agora, tio e sobrinho tinham de tornar-se entidades distintas. As divisões no seio das famílias são sempre coisas difíceis, mas tornam-se simplesmente intoleráveis quando envolvem conflitos. Parece que Ló havia prosperado no Egito. Como homem menor, agora ele teria de tomar uma decisão muito pior do que aquela que Abraão tinha feito. E haveria de ir escorregando até a pior região do mundo, Sodoma, onde havia todas as formas de maldade, em abundacia. Have­ria de tentar criar sua família em um lugar imundo. E ali não havia altares.
13.6
Uma Terra Frágil. Abraão e Ló eram ricos demais, possuíam muito gado e ocupavam muito espaço. E a terra não podia sustentar ambos. Não havia espaço, naquela região, para aqueles dois homens tão abastados. Isso impôs a necessi­dade de eles se separarem. Não haveriam de dividir uma herança, o que, por muitas vezes, causa brigas em famílias, mas teriam de dividir as terras, o que, potencialmente, causa muitas contenções. Usualmente, os membros  de uma fa­mília vivem juntos quando os recursos financeiros deles são limitados. Neste caso, porém, achamos a situação oposta. A maioria dos homens nunca chega a perceber esse outro lado da moeda.
Declarou Martinho Lutero: “Os filhos de famílias ricas raramente se saem bem na vida. Eles são complacentes, arrogantes e cheios de si. Pensam que não precisam aprender coisa alguma, porque têm muito com que viver, afinal de contas" (McGiffert, Martin Luther, pág. 4). Sem duvida, Lo ilustrava o mal que o dinheiro em demasia pode fazer a uma família.
Embora rico, agora Abraão voltava ao seu altar, em Betel. Essa é a grande lição da passagem.

Versos 7-18  — Abrão agiu com benevolência, evi­tando brigar com seu sobrinho e os pastores deste. Deu a Ló a oportunidade de fazer uma es­ colha. Ao fazer isso, Abrão não só demonstrou o despedimento quanto aos bens, como também A jornada deAbraão
a confiança de que Deus continuaria provendo tudo a ele.
13.10-12 — Ló era ganancioso. Ele preferiu a campina verde e bem regada do Jordão, perto do mar Morto. Próximas dali ficavam as pecaminosas cidades de Sodoma e Gomorra, antes de serem destruídas pelo juízo divino (Gn 18— 19). Os primeiros leitores ficariam perplexos ao saber da quantidade abundante de água que a região outrora desfrutou. Era como o jardim do Senhor. Esta exuberante comparação relembra as condições do Éden (Gn 2.10). Em uma região árida, a abun­dância de água evoca a imagem do paraíso. A pequena cidade de Zoar mais tarde figuraria na vida de Ló (Gn 19.22).
18— 19). Ao resto da população de Canaã foram dados 400 anos até que sua idolatria e maldade demandassem julgamento (Gn 15.16). A Sodoma e a Gomorra, não.
13.14-17 — Esta seção é parte do conjunto de passagens que preparam o terreno para a alian­ça abraâmica (Gn 15.1-21). Esta seção se edifica em Génesis 12.1—3.7, a passagem na qual Deus faz Sua primeira grande promessa a Abrão.
13.14 — O Senhor reafirmou a promessa a Abrão após a falta de fé demonstrada por este no Egito (Gn 12.10-20) e após a separação de Ló.
13.15-17 — Toda esta terra que vês te heí de dar a t i e à tua semente, para sempre. Nenhuma parte da terra de Canaã ficou de fora da promessa de Génesis 13.15-17
13.13 — A escolha de Ló da área aparente­ Deus a Abrão e à sua descendência, designadamente mais favorável levou-o até um território que era habitado pelo pior grupo de cananeus: as perversas e infames pessoas de Sodoma (Gn pela palavra semente (hb. zerá). Algumas vezes este termo pode referir-se aos muitos descenden­tes, e outras vezes a apenas um indivíduo.
Todo o território que Abraão contemplou para o norte, o sul, o leste e o oeste, pertencia a ele, e então seria o mesmo transferido à sua posteridade. Deus nada lhe negaria. Sua misericórdia é tão vasta quanto o mar. A Abraão foi prome­tida a grandeza:
1. A grandeza inclui uma significativa missão espiritual e a visão de vê-la e
reconhecê-la, para então ativar-se a fim de desenvolvê-la.
2. A grandeza de um homem reflete-se nas coisas que ele procura promover.
3. A grandeza de um homem é garantida por sua capacidade de persistir em
seus propósitos e levar suas idéias à plena fruição.
4. A grandeza de um homem reflete-se em sua capacidade de sofrer cerdas,
mas recuperar-se e renovar o seu zelo.
5. Um grande homem está sempre em uma cruzada. Ele nunca descansa em
Sião.
6. A vitalidade e a força não reside nas coisas materiais, mas na fé que cultiva­mos. Abraão erguia um altar por onde quer que fosse.
7. Ao homem nômade foi prometida uma pátria grandiosa, por ser ele o homem
escolhido para aquela hora, a fim de cumprir o propósito de Deus. A vontade de Deus sempre coincide com a verdadeira grandeza.
Em Abraão, o povo de Israel seria grande. A promessa tinha âmbito univer­sal. Não se destinava somente a Abraão. O Messias levantar-se-ia dentre Israel, estando Ele destinado a uma missão universal: na terra, no hades e nos lugares celestiais.
Percorre esta terra. Conta-se a história do homem a quem foram prometidas todas as terras que ele pudesse percorrer, correndo ou andando, durante um dia. Sentiu grande entusiasmo ao ser-lhe feita a promessa. E assim, cedo pela manhã, ele começou a correr. Ele correu e correu, andou e andou, e tornou a correr um pouco mais. Seu zelo obteve assim uma grande realização. Foi capaz de cobrir um vasto território durante aquele dia. Tudo seria dele. No entanto, esforçou-se de tal modo que seu coração não agüentou o esforço. No fim ao dia, morreu. A Abraão foi dito que caminhasse e percorresse toda a terra. Onde quer que ele pusesse os pés, aquilo lhe pertenceria. Em contraste com o homem daquela história, Abraão deveria continuar vivendo, e sua posteridade também. É que Deus foi para ele o poder sustentador.
A Terra Prometida não era grande, de acordo com os padrões modernos. A Palestina inteira não tem tanta área quanto o estado brasileiro de São Paulo. No entanto, não devemos olvidar que a herança espiritual de Abraão haveria de abran­ger a terra inteira, incorporando todas as nações, povos e famílias. Ló, por sua vez, foi residir em Sodoma. A terra inteira seria o local da residência de Abraão.
Alguns intérpretes imaginam Abraão, o nômade, a viajar como um turista, atravessando toda aquela boa terra, divertindo-se enquanto prosseguia. Tudo era dele, e, sem dúvida, ele gostava do que estava fazendo.
13.18
Nos carvalhais de Manre. Abraão deixou o altar em Betei e foi para Manre, em Hebrom, e imediatamente erigiu outro altar. Assim, ele caminhava de altar em altar. A espiritualidade era a base de tudo quanto Abraão fazia, bem como a essência de seu ser. Isso explica a grandeza dele. Um santuário especial dedica­ do a Yahweh foi erigido naquele lugar, e por longo tempo seria importante.
Carvalhais, conforme lemos aqui, em algumas traduções aparece como “planí­cie”. Mas nossa versão portuguesa dá a tradução mais provável, pois um bosque seria um lugar apropriado para a adoração e para que ali fosse erigido um altar. A Septuaginta e a versão siríaca também dizem “carvalhais”, parecendo que assim dizia o original.
Essa cidade ficava no sul da Palestina, no território de Judá, cerca de vinte e nove quilômetros ao sul de Jerusalém. Essa é a cidade da Palestina situada à maior altitude, 972 metros acima do nível do mar Mediterrâneo. A cidade moderna tem uma população de talvez sessenta mil pessoas. O nome desse lugar significa aliança, talvez uma referência à confederação firmada entre Abraão e os amorreus que residiam na região. Provavelmente, esse nome foi inicialmente aplicado ao distrito, e só depois â cidade construída no local. Ao que tudo indica, Manre ficava a pouca distância de Hebrom, mas os intérpretes opinam quanto a variadas distâncias. Várias localidades modernas competem pela honra de ser o local da antiga Manre.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Cres tu no filho de Deus

Tema: Crês tu no filho de Deus
Texto Base: João 9:35

Introdução

Quando olhamos para os evangelhos notamos de cara que o evangelho de João é diferente ele não é chamado de evangelho sinóticos  se olharmos pela ótica de Mateus ele vai mostrar Jesus como o rei de Judá ou como Messias, já marcos e o evangelho dos milagres que visa mostrar Jesus como servo que não veio pra ser  servido e sim para servir porém Lucas mais detalhista nos mostra Jesus como homem mais Joao não está preocupado em mostrar Jesus nesta ótica e sim mostrá-lo como Deus ou o Filho de Deus.Prova disso que ele só registrou 7 milagres prova disso que só no evangelho de João que encontramos Jesus dizendo Eu Sou pelo menos 7 vezes é em João que ele mais se mostra como Deus.

Explicação

Desde Gênesis até malaquias, Deus tentou conquistar o coração do homem ele tentou pelo menos por 5 vezes fazer um pacto com o homem de Gênesis até Malaquias chamamos de dispensações Inocência,consciência,governo humano,Patriarcal é Lei mais em todas elas o homem falha e de malaquias até Mateus passam-se 400 anos sem Deus falar sem Deus se manifestar mais quando abrimos Mateus vemos  o nascimento daquele que mudaria o rumo da história nasce o Messias e é estabelecido o pacto graça.
E em meio a tudo isso João escreve seu evangelho muita gente não cria em Jesus como homem ou como Deus e João já começa dizendo que no princípio era o verbo...
E é de frente com Jesus que se encontra o personagem do texto que lemos e Jesus vai fazer uma pergunta para ele crês tu no filho de Deus.

Aplicação

1- Jesus vai ao encontro deste homem verso 35
2- Depois Jesus lança uma pergunta verso 35
3- O rapaz procura conhecê-lo verso 36
4- Jesus se revela a ele verso 37
5- O rapaz creu e prestou-lhe um culto verso 38

domingo, 4 de outubro de 2015

Genesis 12

Gênesis 12

Introdução

Aqui começa de fato a história de um dos principais personagens bíblicos Abrao que posteriormente se transformaria em Abraão.
Abraão (em hebraico: אברהם, Avraham ou ’Abhrāhām) é um personagem bíblico citado no Gênesis a partir do qual teriam se desenvolvido três grandes vertentes religiosas da humanidade: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.[1] Até hoje, os arqueólogos não encontraram nenhuma prova da existência de Abraão,[2] embora tenham sido, recentemente, encontradas aldeias com nomes dos familiares de Abraão (seu avô e seu bisavô, Naor e Serugue) numa área da atual Turquia, identificada como a região de Harã.[3] É o primeiro dos Patriarcas bíblicos e fundador do monoteísmo dos hebreus.[4]
Abraão viveu 300 anos lunares ou 175 anos normais, dentre várias características que a Bíblia nos revela sobre ele, uma se destaca a de amigo de Deus conforme Thiago 2:23 e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.

Verso 1,4  A narrativa bÍblica esclarece que antes de migrar para a Palestina, Abrão teve duas residências. Passou seus primeiros anos de vida em Ur e então um longo período em Harã. Cada uma dessas comunidades foi o seu lar. Ele teve de deixar amigos, vizinhos, e parentes quando saiu de Ur e outros tais quando partiu de Harã. Em cada caso, o triplo laço de terra, povo e parentes foi seccionado. O Bispo Ryle diz que Abrão recebeu a ordem de "a) renunciar às certezas do passado, b) enfrentar as incertezas do futuro, c) olhar e seguir a direção da vontade de Deus" (Gênesis na Cambridge Bible, pág. 155). Foi uma grande exigência (cons. Hb. 11:8). Provações severas estavam à espera dele Este chamado deve lhe ter sido feito enquanto ele ainda vivia em Ur (Atos 7:2). Foi renovado muitos anos mais tarde em Harã.Para a terra que te mostrarei. Nesta ocasião Jeová não disse o nome da terra nem a descreveu. Assim, Abrão teve de enfrentar um novo teste de fé. O Senhor encontrou o homem para o Seu propósito, alguém que podia ser colocado sob fortes tensões, um homem que desejaria fazer a vontade de Deus como a coisa mais importante de sua vida.
Sê tu uma bênção (bereikâ). A forma imperativa expressa realmente uma conseqüência – "para que sejas uma bênção". O ilustre viajante que partiu da Mesopotâmia politeísta fora divinamente comissionado a entrar no mão de pessoas completamente estranhas de alguma nova terra. Ele e seus descendentes constituiriam um canal pelo qual Deus abençoaria todos os povos da terra.
De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Deus fortaleceu grandemente Abrão com as promessas da aliança – prosperidade, abundante posteridade e importância. A promessa da divina bênção garantia a Abrão tudo o que ele pudesse desejar. Cada necessidade seria suprida. Até vizinhos hostis viriam a considerá-lo como o líder do povo de Deus. Através dele todos os povos da terra receberiam bênçãos. E seu nome seria respeitado e reverenciado por toda parte. Hoje, Abrão é reconhecido e respeitado como o "pai" dos cristãos, judeus e maometanos. Deus escolheu Abrão e seus descendentes para levar o Seu Evangelho ao mundo. Da linhagem de Abrão, viria Cristo, para cumprir os propósitos divinos. E através dos homens e mulheres "nascidos de novo", Seus ideais seriam cumpridos. O plano de Deus estava tomando forma.Esta é a primeira menção na Bíblia de Canaã como a terra. A região era habitada por pessoas que estavam envolvidas com idolatrias (Gn 15.16). Deus prometeu esta terra a Abrão e Sara e a seus descendentes.

12.6 — E passou Abrão por aquela terra. O verbo passar aqui se assemelha à palavra ‘ibriy [pessoa de além de], hebreu (Gn 14.13). Aqui, o hebreu Abraão estava passando por aquela terra, atravessando o seu destino.
Até ao lugar de Siquém. Essa cidade é antiga; ficava na parte central de Canaã. Mais tarde, sob a liderança de Josué, as pessoas comemorariam ali a aliança com Deus (Js 24.1).
Até ao carvalho de Moré. Essa antiga e grande árvore de carvalho serviria como um permanente marco para as futuras gerações (Gn 13.18; 18.1; 23.17). O termo Moré significa professor. Está relacionado à palavra torah, que significa instru­ ção. Aqui Abraão começa simbolicamente a to­ mar posse da terra que, um dia, seria o território do grande Mestre, Jesus, e de Sua instrução.
E estavam, então, os cananeus na terra. A terra já estava ocupada pelos cananeus (Gn 13.7), mas Deus havia prometido que a entregaria aos des­ cendentes de Abraão.

12.7 — E apareceu o Senhor a Abrão. Esta foi a primeira vez que Deus apareceu (uma possível teofania, manifestação divina visível) a Abrão na terra de Canaã, mas certamente não foi a última (Gn 13.14-17).
E disse: À tua semente darei esta terra. A terra de Canaã era um presente aos descendentes de Abrão. Toda a terra pertence a Deus (SI 24-1). Ele pode fazer o que quiser. As pessoas de Canaã perderam o direito de ocupar tal lugar devido à sua terrível perversidade (Gn 15.16). Sendo as­ sim, Deus declarou que aquela terra se tomaria a terra de Israel (Gn 15.18-21; 17.6-8).
Esse versículo faz parte da aliança abraâmica (Gn 15.1-21). Abraão mencionou o episódio a seu servo muitos anos depois (Gn 24-7).

12.8 — Moveu-se [Abrão] dali para a montanha à banda do oriente de Betei e armou a sua tenda, tendo Betei ao ocidente e Ai ao oriente, e edificou ali um altar ao Senhor e invocou o nome do Senhor. Mais tarde, no tempo de Jacó, Betei teria um importante papel na história (Gn 28.10-22). Ai significa ruína. O termo sugere as ruínas de uma antiga cidade. Abrão respondeu à aparição de Deus edificando um altar dedicado ao Senhor e invocando o Seu nome (ver Gn 4.26; 21.33; 26.25). Provavelmente, essa invocação do nome do Senhor não era uma oração pessoal, mas um
clamor ou uma proclamação pública. Abrão, de certa forma, estava falando a outros a respeito do Senhor e sendo uma bênção para todas as nações, como Ele lhe ordenara (Gn 12.22).

12.9 — Depois, caminhou Abrão dali, seguindo ainda para a banda do Sul. Abrão caminhou em direção ao Neguebe, em hebraico Neqeb, caverna (Gn 13.1; 24.62). A população de Canaã, que já estava estabelecida no lugar com seus rebanhos, impediu que Abrão achasse um local para pasto­ reio. Ele continuou em direção ao sul, até que conseguisse encontrar um espaço para seu grupo.
12.10 As fomes eram freqüentes em Canaã. Nada se podia fazer para evitá-las. O único remédio era mudar-se para o Egito, onde o Nilo fornecia água para o gado e plantações. Abrão e seu grande grupo foram para o Egito. A palavra hebraica gûr, ficar, indica que se antecipava uma permanência temporária. Tão logo a fome abrandasse, Abrão estaria de volta à Palestina. Nenhuma indicação foi feita para determinar qual o Faraó que governava o Egito naquela ocasião.

12.11 — E aconteceu que, chegando ele para entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista. Raramente na Bíblia vemos menção da aparência física de uma pessoa. Só por motivos especiais, como no caso da descrição de José, em Génesis 39.6, e a de Davi, em 1 Samuel 16.12. A referência à beleza de Sarai pode ser comparada à descrição da apa­rência física de Rebeca (Gn 24.16) e de Raquel (Gn 29.17). A beleza física de Sarai era notável dada sua idade avançada (cerca de 65 anos). Sarai era aproximadamente dez anos mais nova que Abrão (Gn 12.4; 17.17).

12.12 — O ponto principal aqui é que Abrão e seu séquito não poderiam entrar no Egito secre­tamente. Eles eram muitos, carregando posses e rebanhos. Os egípcios provavelmente os nota­ riam, e Abrão sabia que a beleza de Sarai também não passaria despercebida.

12.13,14 — Dize, peço-te, que és minha irmã. Sarai, de fato, era a meia-irmã de Abrão, filha do mesmo pai, mas não da mesma mãe (Gn 20.12).
A Prosperidade de Abraão. Quando chegou no Egito, Abraão já era um homem rico. E agora, tendo sido favorecido pelo próprio rei, como futuro cunhado, muito aumentaram as suas possessões materiais e o seu prestígio. Tornou-se dono de toda espécie de animais domesticados (o que, naquele tempo, era um dos itens mais importantes nos bens de alguém), além de muitos escravos e escravas. Ver no Dicionário o artigo intitulado Escravo, Escravidão. O trecho de Gên. 13.2 relata que Abraão tomou-se rico em gado, prata e ouro. O quadro que temos assim pintado implica a passagem de um tempo considerável, e alguns Intérpretes supõem que Sara tenha acabado incorporada, por muito tempo, ao harém de Faraó; mas sobre isso 0texto sagrado nada nos diz. Podemos supor, contudo que grande parte das riquezas acumuladas por Abraão se devia a gene­rosos presentes dados por Faraó. Os intérpretes judeus comentaram como faraó abriu as portas de seus tesouros e se mostrou generoso com Sara e Abraão, incluindo a concessão de muitas terras. (Ver Pirke Eliezer, c. 26.)

12.17Grandes pragas. Na introdução às notas sobre Gên. 12.10 alistei certos paralelos que esse relato tem com a servidão do povo de Israel no Egito, e por quais razões alguns críticos supõem que temos aqui uma “mistura de lendas”, histórias alinhavadas umas às outras, a fim de ser produzido esse incidente da vida de Abraão, para emprestar um senso dramático à sua vida. Seja como for, as pragas aqui mencionadas fazem-nos lembrar 0que sobreveio ao Egito tempos mais tarde, por causa da presença do povo de Israel naquela terra. Tais calamida­des tinham por fim levar Faraó a liberar Sara e a expulsar do Egito Abraão e sua gente.
Intérpretes judeus deixam sua imaginação correr solta aqui, procurando iden­tificar quais teriam sido essas pragas. Eles pensam que doenças alcançaram  0 Faraó, que suas terras foram devastadas, que enfermidades diversas atacaram 0 seu gado, que ele sofreu derrotas em batalha etc. Ou 0 pais inteiro enfermou, e várias calamidades atingiram a nação.
Mas Deus protegeu 0 inocente, a despeito dos lapsos de Abraão.
2.18 Chamou... Faraó a Abrão. O rei não demorou a reconhecer aue 0terror que 0atacava tinha sua causa naquele estrangeiro que vivia com tanto luxo nas dependências do palácio real. E não só isso, mas Faraó também chegou à con­clusão seguinte: “A mulher é esposa de Abraão, e não irmã dele!’ . O texto não nos revela como 0 Faraó chegou a reconhecer isso, ou seja, por quais meios ele chegou àquela conclusão. O fato é que, antes de ter chamado Abraão, já possuía aquela informação. Notemos sua abordagem direta. Ele não perguntou a Abraão se Sara era sua mulher. Simplesmente afirmou que sabia disso. John Gill (ip loc.) sugeriu que ele havia consultado seus sacerdotes e adivinhos. É verdade que um bom dom psíquico poderia ter dado a Faraó essa informação, sem nenhuma dificulda­de; e talvez tenha sido assim que Faraó descobriu a verdade. E então, sem dúvida, 0Faraó ficou indignado. E vergastou Abraão com suas palavras, indican­do que ele tinha sido enganado e estava ofendido, para nada dizer sobre os muitos desastres provocados pelas pragas contra o rei e contra seus súditos.
Que é isso que me fizeste? Depois de termos cometido algum erro, depois de termos ofendido alguém,depois de as coisas terem saído erradas, é então que, com freqüência, perguntamos por que fizemos aquele erro. O texto mostra- se direto. Nem ao menos nos permite ouvir as desculpas esfarrapadas de Abraão. O texto poupa-nos disso.

12.18,20 Em sua indignação, o faraó dis­ pensou Abrão e Sarai. Deus protegeu o casal por causa do seu importante papel na história da salvação.E acompanharam-no. A até fora das fronteiras do Egito, em desgraça. Po­ demos ter certeza de que ele não conseguiu levar consigo todas as suas rique­zas. Ele levou 0bastante, mas sua situação financeira sofreu um prejuízo, e quase todos os seus escravos ficaram no Egito, a fim de servirem a outrem. O fato é que ele teve de ser expulso do Egito. Abraão poderia ter-se fixado ali, gozando de uma vida confortável de forma permanente. Mas assim 0propósito de Deus quanto a Canaã teria falhado. Algumas vezes tornam-se necessárias gran­des mudanças, se tivermos de cumprir devidamente o nosso destino. Tais mudan­ças são intervenções divinas, sem importar se produzem felicidade ou infelicida­de. Deus nos leva adiante, chegado 0momento certo da mudança. Deus havia dito: “Sai da tua terra.. Abraão obedecera. E assim acabou ele chegando ao Egito. E então, por meio do Faraó, Deus lhe disse: “Agora, sai do Egito”. A família patriarcal precisou ser livrada do Egito, e, para tanto, foi mister Deus enviar pragas. A embaraçosa situação de Abraão havia posto em perigo o plano divino. Algumas vezes, ficamos atolados em esquemas que nós mesmos traçamos, e isso força Deus a intervir em nossa vida.
O Ludibrio Produziu Prosperidade. É admirável 0 bem que 0 dinheiro pode trazer! Algumas vezes, todavia, as riquezas materiais resultam do mal que é praticado. Abraão enriqueceu ao enganar o Faraó. Mas isso só poderia terminar trazendo-lhe maus resultados.
Hagar. Talvez tenha sido por essa altura dos acontecimentos que Hagar tornou-se parte do grupo que seguia Abraão E isso abriu a porta para um novo drama, pleno de alegrias e tristezas, de coisas soas e coisas ruins (Gên. 16.1 ss.).
O Faraó agiu com maior retidão do que Abraão. É triste quando alguém espiritualmente menos dotado repreende ou age melhor do que 0homem espiritu­al,para não julgarmos Abraão de acordo com os padrões do cristianismo bíblico. Ele viveu em outra epoca quando prevaleciam outros padrões de comportamento. Ele era um estrangeiro em um país hostil. Abraão fora submetido a um grande teste, e falhara. Com grande freqüência caímos por razões triviais.