segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Introdução a 1João

Estudo sobre 1 João

A vida de João

INTRODUÇÃO
A Vida de João. A vida do apóstolo divide-se em dois períodos. O primeiro conclui com a sua partida de Jerusalém algum tempo depois da ascensão de Cristo, e o segundo prossegue desde então até a sua morte. João era evidentemente muito mais jovem do que Jesus. Ele deve ter nascido em Betsaida (Jo. 1:44). Filho de Zebedeu e Salomé, vinha, ao que parece, de uma família abastada; pois trilha servos (Mc. 1:20), sua mãe ajudou no sustento financeiro de Cristo (Mc. 15:40,41), e João conhecia o sumo-sacerdote, que era escolhido entre a elite (Jo. 18:15). Seu irmão mais moço era Tiago. Embora João não tenha provavelmente freqüentado as escolas rabínicas (Atos 4:13), sua educação religiosa em seu lar judeu deve ter sido completa.
Os galileus eram homens de ação, duros e trabalhadores, e João não era uma exceção. Embora os artistas o tenham pintado como pessoa efeminada, a Bíblia o descreve de maneira muito diferente. Era conhecido como um dos "filhos do trovão" (Mc. 3:17), que em diversas ocasiões agira com intolerância (Mc. 9:38; Lc. 9:49), caráter vingativo (Lc. 9:54), e espírito de intrigas (Mt. 20:20, 21; cons. Mc. 10:35). Foi o poder de Cristo que transformou este galileu típico em "o apóstolo do amor".
Quanto tempo João ficou em Jerusalém depois do Pentecostes não é certo. Evidentemente não estava lá quando Paulo visitou a cidade pela primeira vez (Gl. 1:18,19), embora possa ter estado mais tarde como um dos membros do concílio (Atos 15:6). A evidência de que passou a última parte de sua vida na Ásia Menor; e principalmente em Éfeso,
João é mais conhecido como "o apóstolo do amor", mas ele foi também um homem severo que até os seus últimos anos de vida foi intolerante com a heresia. Ambos estes aspectos do seu caráter, a severidade e o amor, estão destacadamente exibidos em sua Primeira Epístola. Intenso é a simples palavra que melhor descreve este homem. Nos atos, no amor aos irmãos, na condenação da heresia, João foi um apóstolo intenso.
A Cidade de Éfeso. Éfeso, o lar de João durante a última parte de sua vida, está localizada em uma planície fértil peno da desembocadura do Rio Caister. No tempo de Paulo era ocentro comercial, da região oriental do Egeu e daqueles que passavam por Éfeso vindos do Oriente. Sendo a cidade a capital da província da Ásia Menor, o procônsul romano residia ali. Assembléias democráticas eram permitidas aos habitantes de Éfeso (Atos 19:39). O Cristianismo entrou na cidade em cerca de 55 através do ministério de Paulo, e ele escreveu uma carta circular a Éfeso e outras igrejas cerca de oito anos mais tarde. Antes de João chegar à cidade, muitos trabalharam ali pela causa de Cristo (Áqüila e Priscila, Atos 18:19; Paulo, Atos 19:3-10; Trófimo, Atos 21:29; a família de Onesíforo, II Tm. 1:16-18; 4:19; e Timóteo, I Tm. 1:3).
A moralidade em Éfeso era baixa. O magnificente templo de Diana, com suas 127 colunas de 19,80ms. de altura à volta de uma área de 140 por 72ms., era como um ímã que atraía o povo à pocilga de Éfeso. Era uma casa de prostituição em nome da religião. E apesar da idolatria
iníqua que havia nesse lugar, era a Meca ou a Roma dos religiosos, e o seu povo deliciava-se em intitular-se de "guardadores do templo" da grande Diana (Atos 19:35).
Gnosticismo. O Gnosticismo, a filosofia da essência, em sua forma primitiva fez incursões na igreja da Ásia Menor nos dias de João. Ele envolvia especulações relativas à origem da matéria e sobre como os seres humanos podem ficar livres da matéria. O nome é grego, mas seus elementos principais eram gregos e orientais; aspectos judeus e cristãos foram acrescentados à mistura. O Gnosticismo defendia, particularmente, que o conhecimento é superior à virtude, que o verdadeiro significado das Escrituras está no sentido não literal e que só podem ser compreendidas por alguns poucos seletos, que o mal no mundo impossibilita que Deus seja o criador, que a Encarnação é coisa incrível porque a divindade não pode se ligar a nada que seja material - tal como o corpo, e que não existe a ressurreição da carne. Esta doutrina resultou no Docetismo, ascetismo e antinominianismo. O Docetismo extremo defendia que Jesus não era humano sob qualquer aspecto, mas uma teofania meramente estendida, enquanto o Docetismo moderado considerava Jesus o filho natural de José e Maria, sobre o qual Cristo veio no momento do batismo. Ambas as formas da heresia foram atacadas por João na Primeira Epístola (2:22; 4:2, 3; 5:5, 6). Alguns gnósticos praticavam o ascetismo porque criam que toda a matéria era má. O antinominianismo, ou a anarquia religiosa, era a conduta dos outros, uma vez que consideravam o conhecimento superior à virtude (cons. 1:8; 4:20). A principal resposta de João a estes erros gnósticos foi enfatizar a Encarnação e o poder ético do exemplo da vida de Cristo.
A Autoria das Epístolas. A questão levantada quanto à autoria de Primeira João é se o João que escreveu o Evangelho e a Epístola foi realmente João, o filho de Zebedeu, ou João, o ancião. A literatura menciona um presbítero João em Éfeso, e alguns têm sido levados a concluir que João, o filho de Zebedeu, foi uma outra pessoa, e não o João de Éfeso, e que foi este último que escreveu estes livros (Irineu em Eusébio, op. cit., V. viu e xx; Papias em Ibid., III, xxxix; Polícrates em Ibid., V. xxiv; O Cânon de Muratori).
O argumento padrão para a autoria joanina do Evangelho baseia-se em evidências internas. Este argumento se encontra na natureza de três círculos concêntricos. l) O círculo maior prova que o autor era um judeu da Palestina. Isto está comprovado pelo uso que faz do Velho Testamento (cons. 6:45; 13:18; 19:37), e por seu conhecimento do pensamento judeu, tradições, expectativas (cons. Jo. 1:19-49; 2:6, 13; 3:25; 4:25; 5:1; 6:14, 15; 7:26 e segs.; 10:22; 11:55; 12:13; 13:1; 18:28; 19:31, 42), e por seu conhecimento da Palestina (Jo. 1:44, 46; 2:1; 4:47; 5:2; 9:7; 10:23; 11:54). 2) O círculo médio prova que o autor foi testemunha ocular. Isto está comprovado pela exatidão dos detalhes de tempo, espaço e incidentes dados no Evangelho (cons. Jo. 1:29, 35, 43; 2:6; 4:40, 43; 5:5; 12:1 , 6, 12; 13:26; 19:14, 20, 23, 34, 39; 20:7; 21:6), e pelo esboço dos caracteres (por exemplo, André, Filipe, Tomé, Natanael, a mulher de Samaria, Nicodemos) peculiaridade deste Evangelho. 3) O terceiro círculo conclui que o autor foi João. O método seguido é, em primeiro lugar, eliminar todos os outros que pertençam ao círculo íntimo dos discípulos e então citar evidências confirmantes que provam que só João poderia ter sido o autor.
Os argumentos para a autoria comum do Evangelho e da Epístola são conclusivos. Esta evidência firma-se sobre passagens paralelas (por exemplo, Jo. 1:1 e I Jo. 1:1), frases comuns (por exemplo, "filho unigênito", "nascido de Deus"), construções comuns (o uso de conjunções em lugar de cláusulas subordinadas) e temas comuns (ágape, "amor"; phos, "luz"; zoe, "vida"; meno, "habitar"). Assim permanece a questão básica: O autor de ambas as obras foi João, o apóstolo, ou João, o presbítero?
Alguns dos motivos para se fazer uma distinção entre João, o apóstolo e João, o presbítero, favorecendo assim a autoria destes livros pelo último, são: 1) um homem inculto (Atos 4:13) não poderia ter
Introdução


As similaridades entre esta epistola  e o evangelho de João fornecem evidências conclusivas de que o autor desta epistola foi João,o apóstolo.O uso das palavras como verdade,luz nascidos de Deus muito parecido com as expressões que o evangelho de João declara.O começo da epistola é igual ao início do evangelho de João.
Ele escreveu essa carta para crentes tratando de assuntos morais tão amplos fica claro o objetivo de orientar sobre os desafios da fé.Nessa época surgiram várias seitas que negavam a divindade e a ressurreição de Cristo acredita-se que foi escrito no ano 90 D.C.De um ponto de vista estritamente literário, a Primeira Epístola de João (= 1Jo) poderia ser classificada como um sermão ou um discurso teológico. A razão é que não se encontra na carta qualquer menção de autor, destinatário, introdução, saudações e despedida. No entanto, desde os primeiros tempos do Cristianismo se tem reconhecido que este documento é, se não uma missiva pessoal propriamente dita, uma espécie de carta pastoral dirigida ao conjunto dos membros de algumas igrejas residentes em lugares próximos uns dos outros: pequenas congregações da Ásia Menor, necessitadas de instrução e conselhos que as ajudassem a viver em plenitude o testemunho da sua fé em Jesus Cristo que “veio em carne” (4.2-3)Sendo assim, a falta desses dados pessoais que são característicos do gênero epistolar (ver a Introdução às Epístolas), o presente escrito tem sido atribuído, desde o princípio, assim como também 2 e 3João (ver as respectivas introduções), ao apóstolo João. Tradicionalmente, se admite que foi escrita em Éfeso, por volta dos anos 90.
Mesmo que se entenda como sermão ou como carta, o certo é que 1João está muito próximo do Evangelho Segundo João, tanto por razões de redação como pela ternura com que também ela chega ao leitor, por essa entonação cálida tão claramente perceptível em expressões como “filhinhos” ou “filhinhos meus” (2.1,12,14,18,28; cf. Jo 13.33; 21.5) e nas frequentes notas como “vos escrevo” (2.7-26; 5.13).


Propósito

O estilo literário de 1João é repetitivo. Os diversos temas, logo após uma exposição inicial (1.5—2.29), reaparecem pela segunda (3.1—4.6) e ainda pela terceira vez (4.7—5.12), mesmo separadamente ou entrelaçados. Essa insistência nos elementos temáticos vem lançar luz sobre algo que pertence aos próprios motivos básicos do escrito, que não são outros senão a inquietude do autor ante a presença de certos elementos estranhos que, em diferentes lugares, estavam perturbando a fé e a comunhão dos crentes.
O autor não diz quais eram as doutrinas e nem quem eram os causadores da sua preocupação, mas, provavelmente, tratasse de alguns ensinamentos que, sob o nome genérico de “gnosticismo”, começavam desde então a infiltrar-se nos círculos cristãos da Ásia Menor.
Assim como no quarto Evangelho, também 1João manifesta o propósito perseguido pelo seu autor. A epístola inteira é um testemunho “com respeito ao Verbo da vida” (1.1; cf. Jo 1.1), uma confissão de fé escrita “para que a nossa alegria seja completa” (1.4), “a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (5.13. Cf. Jo 20.31).

Conteúdo e estrutura

Expressões como estas dão característica à carta, que afirma a divindade de Jesus Cristo (1.2-7; 2.22-23; 4.2,8,14; etc.), expressa a filiação divina do crente (3.1-2,9-10; etc.), reprova a conduta dos “anticristos” (2.18-19,22; 4.3) e revela que a justiça de Deus se cumpre no fato essencial do seu amor, demonstrado ao entregar o seu Filho em “propiciação pelos nossos pecados” (2.1-2; 3.5; 4.8-10,16-17).

Contra os “anticristos”, esses falsos profetas que negam a divindade de Jesus e a sua missão redentora, João exorta os cristãos a que permaneçam no relacionamento de amor e vida, que é a comunhão com Deus, concretizada na realidade imediata do amor fraternal (2.9-11; 3.9-12,14-18,23; 4.7-8,11-12,16-21).
O vocabulário e as locuções desta epístola evocam ao leitor a linguagem do quarto Evangelho: ser chamados de filhos de Deus (3.1-2,10), ser nascidos de Deus (3.9), permanecer em Deus (2.24,27-28; 3.24; 4.7,16; etc.), ter o Pai (ou ter o Filho) é possuir a vida eterna (2.23; 5.12-13).
A carta e o Evangelho também se aproximam no uso de determinados conceitos e imagens, apresentados muitas vezes em forma de antítese: luz-trevas (1.5-7; 2.8-11, cf. Jo 1.5; 8.12; etc.), verdade-mentira (1.6,8; 2.21, cf. Jo 8.44), vida-morte (3.14; 5.12, cf. Jo 5.24-25), filhos de Deus-filhos do diabo (3.10, cf. Jo 8.44). Igualmente é característico da epístola e do Evangelho o uso da palavra “Verbo” para referir-se ao Filho de Deus feito homem (1.1, cf. Jo 1.1-5,14).
Com essas e outras figuras literárias, o autor explica em que consiste o conhecimento que o cristão tem de Deus: Deus é amor, e amar é conhecer a Deus (4.7-12,16,21) com um conhecimento que tem sido revelado em “Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida.


Capitulo 1

Diferindo da maior parte das epístolas do N.T., esta não tem saudação no começo e nem bênção no final. Estes quatro versículos da introdução correspondem aos dezoito versículos introdutórios do Evangelho e três versículos do Apocalipse. Falam-nos do assunto do escritor, isto é, a Palavra, que é vida.
1. Era. Não "veio a existir" mas era, já existia (en). Desde o princípio. A ausência do artigo é idiomática. O significado sempre é determinado pelo contexto. Neste exemplo a frase significa um princípio anterior à criação, e o significado é determinado por estava com o Pai no versículo 2. Esta é uma declaração impetuosa da eternidade de Cristo. O que temos ouvido. Tempo perfeito, indicando resultado permanente de uma ação passada. Temos visto com os nossos próprios olhos. João queda que soubéssemos que o ver não foi figura de linguagem, mas fato literal. Contemplamos e ... apalparam. O tempo foi mudado para o aoristo e indica uma manifestação especial de Cristo. Apalparam é a mesma palavra usada por Cristo em uma de Suas aparições depois da ressurreição (Lc. 24:39). Evidentemente João se refere a esse incidente. Verbo da vida. Verbo é um nome e não simplesmente a idéia da revelação, e vida indica operação e não um nome para Cristo (embora no v. 2 seja praticamente um nome).

2.A vida que Cristo manifestou foi a vida eterna porque Cristo estava com o Pai. A frase mostra a personalidade independente de Cristo, que é a vida; e a preposição com mostra a igualdade de Cristo com o Pai, como em Jo. 1:2 a manifestação de Cristo era aguardado por todos os Judeus porem quando ele veio eles não o reconheceram porque ele não era religioso o bastante segundo eles.

3.Para que vós igualmente mantenhais. Aqueles que não viram nem ouviram. Comunhão. Este é o propósito (hirta, "4 fim de que") da mensagem de João e é o tema da epístola. A palavra é principalmente usada por Paulo no N.T., exceto neste capítulo. Ela é divina – com Deus, e humana – conosco. Ela se comprova pela demonstração da alegria (v. 4) e pela generosidade (Atos 2:45 ; Rm. 15:26; II Co. 8:4; 9:13; I Tm. 6:18). A comunhão melhor se descreve com a Ceia do Senhor (I Co. 10:16). Com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. "Assim, duas verdades fundamentais, as quais as heresias filosóficas da época queriam obscurecer e negar, foram claramente estabelecidas desde o começo: 1)a independência da personalidade e á igualdade de dignidade entre o Pai e o Filho; 2) a identidade do eterno Filho de Deus com a pessoa histórica Jesus Cristo"

4.A comunhão é a base da alegria. A alegria dos leitores dependia dela e também o apóstolo. (É difícil estabelecer uma opinião positiva quanto a tradução, entre nossa alegria e vossa alegria.)João 15:11,16:24,17:13.

5.Ele é luz (I Jo. 1:5); e Ele é amor (I Jo. 4:8). Estas declarações se referem ao que Deus é, não ao que Ele faz. Assim, a luz é a Sua natureza. Santidade é a idéia principal, e o seu uso aqui no começo da epístola estabelece a base para a ética cristã da carta.Lembrando também que luz é símbolo de santidade e trevas símbolo do pecado.

6. Condicional grego de terceira categoria, mas incluindo o escritor – um modo muito delicado de declarar a possibilidade. Andarmos nas trevas. Fora da vontade de Deus, que é luz. Não praticamos a verdade. A verdade não é apenas o que se diz mas também o que se faz.

7.Deus é luz; nós andamos nela. A exigência para a comunhão é deixar a luz revelar o certo e o errado e então viver sob a sua orientação continuamente. O cristão jamais se transformará em luz até que o seu corpo seja mudado, mas ele deve andar em resposta à luz enquanto está aqui na terra. Duas conseqüências seguem-se – primeiro, comunhão; depois, purificação. Comunhão uns com os outros. A referência é aos nossos irmãos e não a Deus, como em 3:11, 23; 4:7, 12; II Jo. 5. A purificação do cristão é uma conseqüência do andar na luz; a cláusula é coordenada e indica um segundo resultado do andar na luz. Sangue de Jesus. Tanto no V.T. como no N.T. o sangue significa morte – geralmente violenta. Nos purifica. Andar na luz expõe nossos pecados e fraquezas; assim precisamos de constante purificação e isto se obtém com base na morre de Cristo. O verbo está no tempo presente e se refere à purificação em santificação. De todo o pecado. Pecado está no singular, indicando o princípio do pecado, mas a adição de todo (ou cada) mostra que ele tem muitas formas.

8.A segunda das três profissões falsas neste capítulo (cons. vs. 6, 10). Não temos pecado. A frase ter pecado é peculiar a João no N.T. (cons. Jo. 9:41; 15:22, 24; 19:11). Refere-se à natureza, princípio, ou raiz de pecado, e não ao ato. As conseqüências de não confessar que temos pecado são duas: 1) a nós mesmos nos enganamos, literalmente, desviamo-nos do caminho, fazendo conosco o que Satanás se esforça em fazer; 2) a verdade não está em nós; apagamos a luz e
passamos a morar em uma atmosfera de trevas criadas por nós mesmos.2) Confissão de Pecados Particulares. 1:9.

9. Para admitir a verdade do versículo 8 pode não ser difícil, mas fazer o que se exige no versículo  é difícil. Confessarmos. Literalmente, dizer a mesma coisa. "Ter a mesma visão que Deus tem". Mas não é uma simples concordância externa; antes, inclui o abandono, pois essa é a atitude que Deus quer que tomemos em relação ao pecado. A confissão é a Deus. Fiel e justo. Deus cumpre a Sua palavra e é justo em todos os Seus atos, incluindo a maneira dEle perdoar os pecados, que é com base na morte do Seu Filho. Perdoar . . . purificar. O perdão é a absolvição do castigo merecido pelo pecado, e a purificação é a remissão da poluição do pecado.
A palavra confessarmos no grego quer dizer assentir,fazer concerto,reconhecer, professar dar graças prometer.

10.Pode-se admitir as verdades dos versículos 8 e 9 abstratamente mas nunca admitir que se está pessoalmente envolvido no pecado. Se dissermos. Esta é a terceira falsa profissão. Não temos cometido pecado refere-se ao ato do pecado, não ao estado, como em 1:8. Fazemo-lo mentiroso. Porque Deus diz que o homem pecou. A sua palavra não está em nós. A palavra de Deus, tanto no V.T. como no N.T. Então, a comunhão depende em responder ao padrão de luz e reconhecer nosso estado pecaminoso. A vida vitoriosa cristã é uma vida de pecados confessados; a confissão genuína inclui abandonar o pecado, e somente assim se produz o crescimento espiritual.








Capitulo 2

Versos 1-2: Agora o meigo apóstolo João vai declarar uma palavra de vitória sobre o pecado Jesus Cristo o justo a expressão meus filhinhos no grego TEKNOTROPHEÕ criar filhos desempenhar os deveres de uma mãe.Lucas 13:34 e expressão advogado no grego quer dizer intercessor e consolador.

Versos 3-5:João agora começa a soltar seu lado pastor seu lado pai e aplica conselhos de grande valia para os leitores  Opondo-se ao gnosticismo, que se preocupava com os predicados intelectuais, o Cristianismo exige conduta moral.É mentiroso. Todo o seu caráter é falso. A verdade como um princípio não se encontra nesse homem e por isso não pode regular o todo de sua vida.Este versículo é oposto a 2: 4 como 2:4 é oposto a 2:3. Palavra. Mais amplo do que mandamentos, incluindo toda a revelação da vontade de Deus. Amor de Deus. Provavelmente o amor do homem para com Deus (genitivo objetivo), como em 2:15; 4:12; 5:3. O oposto (o amor de Deus para com o homem, genitivo subjetivo) vê-se em 4:9.

Versos 6-10: aqui ele começa a dizer que devemos andar nas pisadas do mestre,palavra nesta epístola. Mandamento. Andar como Ele andou (v. 6) e amar os irmãos (vs. 9-11). São coisas essencialmente iguais. Desde o princípio. Esta frase pode significar o início da raça ou o começo da Lei (Lv. 19:18) ou melhor, o início da vida cristã.Aquilo que é verdadeiro. A tradução melhor parece ser esta, Um novo mandamento eu lhes escrevo, isto é, aquele que é verdadeiro. Antigo. Antes, que se extingue (tempo presente). Porque as trevas estão se extinguindo e a verdadeira luz está brilhando, João aconselha seus leitores a andarem como filhos da luz. A verdadeira luz. A revelação de Deus em Cristo.Aquele que diz. Esta é a quinta vez que João destaca a possibilidade de inconsistência entre profissão e conduta (1:6, 8, 10; 2:4; cons. 4:20). Irmão. Companheiro cristão, não próximo (embora algumas vezes no N.T. "irmão" significa próximo, como em Mt. 5:22; Lc. 6:41). Está nas trevas. Esta falsa profissão envolve a existência do estado exatamente oposto ao que está sendo declarado. Aquele que ama. Isto não é simples profissão, como no versículo 9, mas a verdade real. Nele não há nenhum tropeço. Nele não há nada que possa levar os outros a tropeçarem. Isto segue o significado geral de skandalon no N.T., ocasião de tropeço, pois se usa em relação à ofensa causada a outros. "Falta dê amor é a fonte mais prolífica de ofensas".

Versos 11-17:O apóstolo vai mostrar sua preocupação com a família e libera vários conselhos para todas as idades.Agora ele se dirige aos mau velhos da congregação e aqueles que se distinguem por sua posição. Conheceis (conhecêsseis). Vocês ficaram conhecendo através da permanência nos mandamentos da vida cristã. Aquele que existe desde o princípio, isto é, Cristo (cons. Jo. 1:1-14). Jovens. Os mais jovens do grupo. Tendes vencido. Tempo perfeito, expressando o resultado permanente da ação passada. Força, que é a característica da juventude, é essencial à vitória nas batalhas espirituais. O maligno. A forma pode ser masculina (o maligno, isto é, o diabo) ou neutro (o mal). Uma vez que o tratamento dado aos jovens é pessoal, é muito provável que a referência aqui também é ao diabo pessoalmente. "A rudeza com a qual 'o maligno' é apresentado mostra que era assunto familiar" (Westcott, pág. 60). Filhos (E.R.C.). O mesmo grupo de 2:12, embora a palavra aqui seja paidia e a ênfase esteja sobre a subordinação mais do que sobre o relacionamento, como em teknia do versículo 12. A distinção de idades não está aparente nestas palavras como em "pais" e "mancebos"; portanto a referência é a todo o grupo. A ordem é para todos (não a um grupo em particular) e aparece abruptamente no texto. O mundo (kosmos, o oposto a kaos). O mundo é este sistema organizado que age como rival de Deus. É aquilo "que encontra sua esfera e realização próprias em uma ordem finita e sem Deus" (Westcott, pág. 63). Embora Deus ame o mundo dos homens (Jo. 3:16), não devemos amar aquilo que os organiza contra Deus. Um homem verdadeiramente religioso mantém-se afastado do mundo (Tg. 1:27), uma vez que a amizade com ele é inimizade com Deus (Tg. 4:4). O mundo está no colo do maligno (I Jo. 5:19), e João usa o mundo como símbolo das trevas (Jo. 3: (9). O mandamento não é, "não o amem demasiadamente", mas "não o amem de modo nenhum". Nem as coisas que há no mundo. Não amem nada que esteja na esfera do kosmos. Temos de usar as coisas que estão no mundo, mas quando as amamos em lugar de Deus, estamos abusando (I Co. 7:31).O segundo motivo para não se amar O mundo é que as coisas do mundo não são do Pai. Porque. O versículo 16 dá razões detalhadas para a declaração de 2:15b.
A concupiscência da carne. O genitivo, carne, é subjetivo aqui, conforme normalmente acontece quando usado com concupiscência. Assim o significado não é a concupiscência pelas coisas da carne, mas a concupiscência que é proveniente da carne, ou aquela concupiscência que se baseia na carne. Carne está sendo usada no sentido ético (opondo- se ao sentido material, que significa corpo), é a velha natureza do homem, ou sua capacidade de fazer aquilo que desagrada a Deus.Concupiscência dos olhos. Os olhos são a porta do mundo para a carne. Na frase, concupiscência da carne, o pensamento é o do prazer físico; enquanto na concupiscência dos olhos, a idéia é prazer mental, físico ou estético.Soberba da vida. A palavra soberba só ocorre também em Tg. 4:16, onde foi traduzida para "presunções". A idéia implícita na palavra é a ostentação pretensa que resulta de não se ver o vazio real que há nas coisas do mundo. Vida. Bios, não zoe. Este último significa o principio vital de vida, enquanto o primeiro significa posses. Assim a "soberba da vida" é o orgulho ostensivo da posse dos bens materiais. Não procede do Pai. Do, ek, "origem". Nenhuma dessas coisas se origina no Pai, mas antes no mundo.



Versos 18-29:Um alerta sobre anticristo se ele disse que era ultima hora a dois mil anos o que dirá hoje,Só João usa o termo (aqui; 2: 22; 4:3; II Jo. 7). Só neste versículo João afirma a existência de muitos anticristos no seu tempo e antecipa a vinda do Anticristo no futuro (conforme descrito por ele em Ap. 13:1-10). Anti significa "oposto" a Cristo. Assim, um anticristo é aquele que se opõe a Cristo sob o disfarce de Cristo. Esses tais recebem o poder das forças satânicas sobrenaturais; aparentemente podem fazer parte da assembléia dos cristãos; e ensinam doutrinas falsas (2:19; II Jo. 7). A presença de anticristos no mundo são a prova de que a última hora já chegou. Embora estivessem presentes no tempo de João e durante toda a história da igreja, a "última hora" deve ser todo o período compreendido entre o primeiro e segundo adventos de Cristo.O que nega o Pai e o Filho. O Gnosticismo considerava Cristo e Jesus como duas entidades distintas. Assim, negar que Jesus é o Cristo, é negar o Filho, o Deus-homem. E negar o Filho é negar o Pai, porque o Filho é a revelação do Pai sem o qual o Pai não pode ser conhecido (Mt. 11:27). Agora se enfatiza a declaração anterior. Não tem o Pai. No versículo 22 João diz que negar o Filho é negar o Pai. Aqui ele diz que negar o Filho é não ter o Pai; negar o Filho é ficar privado de se tomar filho de Deus (Jo. 1:12) e de ter no Pai um amigo vivo. Aqui está em vista um relacionamento vivo, não simplesmente um consentimento de profissão de fé. Aquele que confessa. A declaração positiva da mesma verdade. Permaneça em vós o que. No grego a sentença começa com ênfase no vós – "Quanto a vós ... ", e contrasta os verdadeiros crentes com os falsos mestres. O que ouvistes desde o princípio. Isto é, as verdades fundamentais do Evangelho. Permanecer nelas produz a permanência no Filho e no Pai. Esta refere-se à vida eterna, que é a promessa. Mas é o mesmo que o permanecer nEle do versículo precedente.Todo aquele que pratica a justiça. O verbo está no presente – pratica habitualmente. É nascido dele. Será que isto significa nascido de Cristo, como seria o caso, se as referências feitas nos versículos 28 e 29 são a Cristo? Neste caso, esta é a única referência à obra da geração de Cristo (embora gerado. de Deus e do Espírito são idéias bíblicas; cons. Jo. 1:13; 3:6, 8). "A verdadeira solução da dificuldade parece ser que, quando S. João pensa em Deus em relação aos homens, nunca pensa nele separadamente de Cristo (comp. v. 20). E ainda mais, ele nunca pensa de Cristo em Sua natureza humana sem acrescentar a idéia de Sua natureza divina. Assim uma rápida transição é possível de um aspecto da Pessoa divino-humana do Senhor para o outro"



Capitulo 3


Versos 1-2: Chamar Deus de pai começou com Jesus na oração do pai nosso, um grande ensinamento mostrando um relacionamento com um Deus próximo que ajuda quer auxilia que aconselha e que presenteia.

Versos 3-6:Porem ser filho de Deus nos trás grandes responsabilidades como purificar-se porque ele é puro Permanece ... não vive pecando. Ambas as palavras estão no tempo presente e indicam o caráter habitual da pessoa. A pessoa que permanece em Cristo não é capaz de pecar habitualmente. O pecado pode fazer parte de sua experiência, mas é a exceção e não a regra. Se o pecado é o princípio regente de uma vida, esta pessoa não foi redimida (Rm. 6); assim a pessoa salva não pode pecar como hábito em sua vida. Quando um cristão peca, ele confessa (I Jo. 1:9) e persevera em sua purificação (3:3). O pecador contínuo não conhece a Deus e portanto é uma pessoa não regenerada.



Versos 7-12:A ternura do chamamento destaca-se pelo perigo da situação" (Westcott, pág. 105). Enganar. Literalmente, desvie do caminho. Pratica. Tempo presente; "pratica habitualmente". É justo. Atos de justiça brotam de um caráter justo e são a prova da regeneração. Assim como. Cristo, como sempre, é o exemplo.Pratica. Tempo presente; "aquele que está continuamente cometendo pecado". É o seu hábito de vida, não simplesmente um ato. Procede do diabo. Satanás é a fonte desses desejos de pecado. "Ações habituais são novamente o índice do caráter, e aqui, da fonte" (Wuest, pág. 148,149). Filho de Deus. Esta é a primeira vez que João usa este título na epístola, e ele expressa particularmente dignidade e autoridade. Destruir. Literalmente, desamarrar. Cristo na Sua morte desfez os laços com os quais as obras do diabo se mantinham unidas. Satanás já não pode apresentar uma fronteira sólida em seus ataques contra os cristãos. É nascido. Particípio perfeito – ação passada que resulta em continuidade no presente – "foi nascido e continua nascido" (cons. 2:29; 4:7; 5:1, 4,18). Não vive na prática de pecado ... não pode viver pecando. Tempos presentes, indicando novamente pecado habitual. Semente. O princípio da vida divina concedida ao que é nascido de Deus (Jo. 1:13; II Pe. 1:4). Isto impossibilita o cristão de viver habitualmente no pecado. Nisto volta-se para os versículos precedentes, embora o mesmo ensino seja reiterado na última parte do versículo 10; isto é, "nesta vida de vitória sobre o pecado . . . " Os filhos de Deus ... os filhos do diabo. Este é o único lugar no N.T. onde estas duas frases estão lado a lado (cons. Atos 13:10; Ef. 2:3). Toda a humanidade pertence, ao que parece,a uma destas duas famílias; e até que alguém aceite Cristo, ele é filho do diabo (Ef. 2:3 e aqui). Não ama a seu irmão. "Esta cláusula não é uma simples explicação do que a precede, mas a expressão dela na mais alta forma cristã" (Westcott, pág. 109).
12. Amor pelo irmão sugere o ódio de um irmão e por isso o exemplo de Caim foi citado. Diz-se que ele pertencia à família do maligno. Assassinou. Originalmente a palavra grega (usada aqui e em Ap. 5:6, 9, 1; 6:4, 9; 13:3, 8; 18:24 apenas) significava "cortar a garganta" e depois, "matar
violentamente ".


Versos 13-16: Não vos maravilheis. Literalmente, parem de se maravilhar. Os leitores de João evidentemente não podiam entender por que o mundo os odiaria. Amor significa vida, e ódio significa morte. O teste de ter nascido de novo não é o ódio do mundo contra nós, mas porque amamos os irmãos. Assassino. Isto não deve ser entendido figurativamente, como se fosse um homicida da alma ou do caráter, mas literalmente, por causa do versículo 12. Deus olha para o coração, e o coração que está cheio de ódio é potencialmente capaz de homicídio. Compare com os ensinamentos do Senhor em Mt. 5:21, 22. "Aquele que cai em estado lamentável, cai sob os resultados normais desse estado posto em prática até as conseqüências" (Alford, The Greek Testament, IV, 474). Surgindo a ocasião, a pessoa que habitualmente odeia seu próximo agirá exatamente como Caim. Tal pessoa não está salva.Cons. 2:6. Amor auto-sacrificante é uma exigência para o crente.


Versos 17-19: a biblia sempre ensinou sobre o repartir a verdadeira prosperidade está na generosidade e não na fartura.E o verdadeiro amor é provado com atitudes e não com palavras
E nisto, isto é, no amor aos irmãos. Asseguraremos (E.R.C.). Literalmente, persuadiremos ou tranqüilizaremos (E.R.A.). Persuadir nossos corações do quê? Que ele não precisa nos condenar. Assim o assegurar é uma tradução interpretativa correta. Perante ele. É na presença de Deus que vem a segurança.


Versos 20-24: 20. Se, isto é, "seja como for", equilibrando todas as coisas da última parte do versículo. Nas coisas em que nossos corações nos condenam, Deus é maior ... Ao examinarmos nossa vida de amor fraternal, nossos corações podem ser muito rigorosos ou demasiado lenientes. Mas Deus é maior e conhece todas as coisas; portanto, apelamos a Ele quanto à verdade a nosso respeito, e nos lembramos que Ele é todo compaixão. Isto resulta em julgamento correto e confiança para nossos corações."Se diante de Deus podemos persuadir a consciência a nos absolver, quando ela nos censura, muito mais segurança temos diante dEle, quando isto
Não nos acusar. Não há hoje perfeição sem pecado, mas  pecado não confessado em nossa vida não nos trará nunca a  Confiança. Literalmente, ousadia ou liberdade para falar.
Oração respondida está agora condicionada na habitual guarda dos mandamentos e na prática das coisas que lhe agradam. Guardamos e fazemos estão ambos no tempo presente. O mandamento é crer e amar (creiamos ... amemos). A fé é uma obra, como em Jo. 6:29. Creiamos em o nome. Literalmente, creiamos o nome. Significa crer em tudo o que Cristo é, conforme representado por Seu nome. Uma vez que o escritor se dirige a cristãos, é uma exortação a que creiamos nEle com referência a tudo quanto Ele nos dá na vida cristã.A obediência também resulta em permanência. Permanece (habita). Esta palavra foi traduzida para "permanece" em Jo. 15. Assim, a sentença é uma definição de permanência. Permanecer é guardar os seus mandamentos. E o Espírito Santo dá o testemunho do fato de que Cristo habita em nós.



Capitulo 4

Versos 1-6: Aqui vai falar dos falsos profetas agora o que é um profeta
Pessoa que profetiza, isto é, que anuncia a mensagem de Deus(v.PROFECIA). No AT, os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina (Jr 27.4). No NT, o profeta falava baseado na revelação do AT e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã (At 13.1; 1Co 12.28-29; 14.3; Ef 4.11). A mensagem anunciada pelo profeta hoje deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. João Batista (Mt 14.5; Lc 1.76) e Jesus (Mt 21.11,46; Lc 7.16; 24.19; Jo 9.17) também foram chamados de profetas. Havia falsos profetas que mentiam, afirmando que as mensagens deles vinham de Deus (Dt 18.20-22; At 13.6-12; 1Jo 4.1).Não deis crédito. Literalmente, deixem de crer. Evidentemente alguns dos seus leitores estavam sendo levados pelos ensinamentos gnósticos. Provai. Dokimazo, que significa fazer passar por um teste com o propósito de se aprovar. Esta palavra geralmente implica em fazer o teste na esperança de que a coisa Bíblico Moody) 29 experimentada seja aprovada, enquanto peirazo ("provar" ou "tentar")
geralmente significa fazer o teste com o propósito de que a coisa experimentada seja achada em falta. O motivo do teste é simples – muitos falsos profetas já se encontram no mundo. Falsos profetas são falsos mestres (II Pe. 2:1) e operadores de milagres (Mt. 24:24; Atos 13:6; Ap. 19:20). A prova se refere à origem, se procedem de Deus.


Versos 7-8: Esta é a terceira seção sobre o amor (cons. 2:7-11; 3:10-18). O amor procede de Deus. A origem. Nascido. Tempo perfeito – "nasceu e continua sendo seu filho".Não ama. Particípio presente – "não ama habitualmente". Deus é amor. A terceira das três grandes declarações de João quanto à natureza de Deus (Jo. 4:24; I Jo. 1:5). A ausência do artigo (Deus é o amor) indica que o amor não é simplesmente uma qualidade que Deus possui, mas o amor é aquilo que Ele é por Sua própria natureza. Mais ainda, sendo Deus amor, o amor que Ele demonstra brota dEle mesmo e não externamente. A palavra Deus está precedida por um artigo, que significa que a declaração não é reversível; não se pode ler, "O amor é Deus".

Versos 9-10: A manifestação do amor de Deus em nosso caso (em nós) está na oferta do Seu Filho. Filho unigênito. Deus, além de enviar o Seu Filho, enviou o Seu Filho unigênito. Cristo é o único Filho nascido no sentido de que não tem irmãos (cons. Hb. 11:17). Para vivermos. O propósito da vinda de Cristo.Nisto consiste o amor. Literalmente, o amor; isto é, o amor que é a natureza de Deus. E tal amor não se relaciona a qualquer coisa que os seres humanos possam fazer, mas expressa-se no dom de Cristo. Propiciação no grego é HILASMOS Aquilo que aplaca a ira e traz a reconciliação com alguém que tem razão para estar irado com a outra pessoa.

Versos 11-21: Segue-se o assunto sobre o verdadeiro amor De tal maneira. Se Deus nos amou até o ponto de dar o Seu único Filho, devemos (obrigação moral) amar uns aos outros. Os falsos mestres não estavam preocupados em ensinar qualquer obrigação moral.
12. Deus está em posição enfática. Tradução: Deus ninguém jamais viu. A conexão entre este pensamento e o contexto parece ser este: Uma vez que nunca ninguém viu a Deus, a única maneira de se ver Aquele que é amor, é através do amor de Seus filhos entre si, comprovando assim a semelhança familiar. Seu amor poderia se referir ao Seu amor por nós ou ao nosso amor por Ele. Dizer a mesma coisa; isto é, concordar com alguma autoridade fora de si mesmo. Filho de Deus. "Esta confissão da divindade de Jesus Cristo implica em submissão e também obediência, não mero serviço de lábios" .O amor que Deus nos tem (literalmente, em nós). O amor se torna uma força trabalhando em nós. O amor para conosco, literalmente. É o amor que Deus, que é amor, produziu em nós, gerando-nos e colocando o Seu Espírito em nós. No dia do juízo mantenhamos confiança. O crente que tem o perfeito amor de Deus em sua vida terrena pode enfrentar o tribunal de Cristo sem vexame. Tal segurança não é presunção, porque, segundo ele é, também nós somos neste mundo. A base para a ousadia é a nossa atual semelhança com Cristo nesta vida, e particularmente, de acordo com este contexto, nossa semelhança em amor.Lança fora o medo. 4:18. A idéia da ousadia traz à mente o seu antônimo, o medo. Uma vez que o amor busca o mais alto bem para o outro, o medo, que é esquivar-se do outro, não pode ser uma parte do amor.Comprova a realidade de nossa profissão. 4:19-21. Nós o amamos (E.R.C.). A palavra o não se encontra nos melhores textos, e o verbo está no subjuntivo. Portanto, a tradução é: Vamos amar, porque ele nos amou primeiro. Nosso amor aos irmãos, uma coisa visível, comprova o nosso amor a Deus, uma entidade invisível. É fácil dizer piedosamente, "eu amo a Deus"; João diz que a verdadeira piedade se comprova no amor fraternal. Mais ainda, ele insiste na idéia declarando no versículo 21 que este é um mandamento de Cristo (Jo. 13:34).



Capitulo 5

Versos 1-4:Agora João vai tratar de falar sobre a fé e o quanto ela é proveitosa para vida do cristão.Crer em Cristo é a base de nossa comunhão. A palavra crê só apareceu três vezes até este ponto da epístola, mas aparece seis vezes em 5:1-13. "Agora S. João traça as bases para o parentesco espiritual"O fato do cristão ter exercitado a fé em Cristo comprova-se de três maneiras, de acordo com o ensinamento deste capítulo.
 Os gnósticos negavam que Jesus de Nazaré fosse o Cristo. João toma a fé nesta verdade em teste essencial do nascido de Deus. Que o gerou é Deus. Que dele é nascido é o crente.Aqui se declara o inverso de 4:20,21. Também se pode dizer que aquele que ama a Deus ama os Seus filhos, e que aquele que ama os filhos de Deus ama a Deus. Quando. Literalmente, sempre quando.Penosos, um fardo opressivo e exaustivo. Amor transforma os mandamentos de Deus em luz.Na qualidade de crentes vivemos vitoriosamente. 5:4, 5.Guardar o mandamento de amar os irmãos é possível por causa da vitória que o cristão tem sobre o mundo. Vence. Tempo presente, implica em batalha contínua. Vitória que vence. Aqui o verbo está no aoristo, indicando a certeza da vitória. A vitória que venceu o mundo é a nossa fé.

Versos 5: A verdadeira vitória vem do Senhor Jesus como dizia paulo mais damos graças a Deus que nos da a vitória por nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.

Versos 6-8: Nesse texto está a base para a teoria da trindade A Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professa a Deus único preconizado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério. Tais denominações consideram-se monoteístas.A doutrina trinitária professa que o conceito da existência de um só Deus, onipotente, onisciente e onipresente, revelado em três pessoas distintas, pode-se depreender de muitos trechos da Bíblia. Um dos exemplos mais referidos é o relato sobre o batismo de Jesus, em que as chamadas "três pessoas da Trindade" se fazem presentes, com a descida do Espírito Santo sobre Jesus, sob a forma de uma pomba, e com a voz do Pai Celeste dizendo:«Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo»1
E na fórmula tardia de Mateus:2 «Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo».
No relato em que a Trindade se revelaria por três anjos que apareceram a Abraão próximo ao Carvalho de Mambré (Gn 18,ss)Na criação do homem se apresenta um criador plural": «Façamos o homem a nossa imagem e semelhança»"(Gn 1,26)No episódio da torre de Babel o Senhor Deus fala no plural: "«Vamos: Desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.»”(Gn 11,7).Ja  Unicidade é a crença de que o Pai(Deus) se tornou filho e que se tornou o Espírito santo.Na Fé unicista Deus é pai, filho e espirito santo ao mesmo tempo. eles negam a trindade de Deus e dizem que tudo é uma manifestação da divindade. Para eles a divindade se manifestou como pai,no antigo testamento, se manifestou como filho no novo testamento e se manifesta como o espírito santo para estar com a igreja.

Versos 9-14: Um testemunho triplo é tudo o que os homens precisam (cons. Dt. 19:15; Mt. 18:16; Jo. 8:17). Deus nos deu três testemunhos no Espírito, na água e no sangue, os quais devemos receber.Em si. O testemunho não é só externo mas também interno. "Aquilo que para os outros é externo, para o crente é experimental" (Westcott, pág. 186). O faz mentiroso. O incrédulo faz de Deus um mentiroso no que se refere a todo o Seu plano da redenção.Testemunho. O conteúdo do testemunho externo e interno é que Deus deu o Seu divino Filho para que os homens pudessem ter vida eterna.
 Uma dedução do versículo 11. Se o Filho tem vida, então aquele que tem o Filho também tem vida. Vida. Literalmente, a vida.A fim de saberdes. O conhecimento consciente da posse da vida eterna é a base para a alegria da comunhão, a qual é o tema da epístola (1:4). Confiança. Esta é a quarta vez que é mencionada (cons. 2:28; 4:17 em conexão com o juízo; e 3:21, 22 e aqui em conexão com a oração). Segundo a sua vontade. A limitação é benévola porque a Sua vontade sempre constitui o melhor para os Seus filhos. A promessa é que Deus nos ouve e isto inclui a idéia de que Ele também garante a resposta.


Versos 15-21:A oração está limitada não somente pela vontade de Deus mas
também pelas ações dos outros."A vontade do homem foi dotada por Deus com tal e tão régia liberdade, que nem mesmo a Sua vontade a coage. Muito menos, portanto, pode a oração de um irmão coagi-la. Se a vontade humana deliberada e obstinadamente resistiu a Deus, e persiste em fazê-lo, somos privados de nossa garantia usual. Contra a vontade rebelde até mesmo a oração da fé de acordo com a vontade de Deus (pois é claro que Deus deseja a submissão do rebelde) será feita em vão"Há pecado para morte, o qual implica não em um simples ato, mas atos que têm o caráter do pecado para a morte. Talvez nem sempre sejam exteriores para poderem ser reconhecidos e sabidos, uma vez que João diz que não sabemos como orar. O pecado para morte também não é a rejeição de Cristo, pois o contexto está lidando com cristãos. Deve ser semelhante aos casos citados em I Co. 5 e 11:30. Quanto à oração por tal irmão, João é muito reservado nas suas recomendações. Ele não proíbe a intercessão nem a desencoraja. Comunhão individual determinará o devido curso de ação.
Na Bíblia são mencionados os pecados que são para morte e os que não são para morte. Todo pecado é transgressão diante de Deus, mas nem todo pecado é igual aos olhos de Deus. O pecado tem gradação, como se vê nas seguintes expressões bíblicas: “grande pecado” (Êx 32.30,31; 1 Sm 2.17; Sl 25.11; Am 5.12); “maior pecado” (Jo 19.11); “muito grande pecado” (1 Sm 2.17; 2 Sm 24.10 com 1 Cr 21.8,17); “muitos pecados” (Lc 7.47); “multidão de pecados” e “multiplicar pecados” (Ez 16.51; Os 13.2; Tg 5.20).
O pecado para morte (1 Jo 5.16), dependendo de sua gradação, traz como conseqüências: sofrimentos, morte espiritual, morte física e até perdição eterna. São, na verdade, tipos de pecado que levam o seu praticante à morte física prematura, como: desobediência deliberada (1 Rs 13.26); incesto (1 Co 5.5); murmuração (1 Co 10.5); profanação (1 Co 11.29-32); desvio (Jr 16.5,6); tentar a Deus (Nm 14.29,32,35; 18.22; 27.12-14); falsidade (At 5.10); rebeldia, não a momentânea, mas como estado (Ef 6.3), etc.Quando ao que diz a Palavra de Deus sobre não orar pelos que pecam para a morte (1 Jo 5.17), isso não quer dizer que não devamos interceder por essas pessoas — pois o crente deve orar até pelos seus inimigos (Mt 5.44; Sl 109.4) —, mas somente que não haverá certeza de uma resposta. Isso porque o Senhor respeita o livre-arbítrio (2 Cr 15.2; 26.5; 1 Sm 2.30).
E ele termina com um conselho muito importante que é guardai-vos Uma palavra diferente (fylasso) da que foi usada em 5:18 (tereo). Significa guardar como o faz uma guarnição militar. Ídolos. "Um 'ídolo' é qualquer coisa que ocupa o lugar que é de Deus". Éfeso abundava com ídolos e práticas idólatras; por isso a advertência era muito apropriada.