quinta-feira, 12 de junho de 2014

Apocalipse 17 e uma síntese sobre o cânon biblico

APOCALIPSE 17:1-18
TEMA: ASCENÇÃO E QUEDA DA GRANDE MERETRIZ
INTRODUÇÃO

1. Estamos iniciando a sexta seção paralela (17-19). Mais uma vez veremos que ela culmina, e agora, de forma mais clara, na segunda vinda de Cristo, com sua vitória triunfal sobre seus inimigos.
2. Nessa seção uma forte ênfase é dado à grande Babilônia. Isso, porque esse foi e é um tema fundamental para a igreja de Cristo.
3. O livro de Apocalipse nos mostra cinco inimigos de Cristo: O dragão, o anticristo, o falso profeta, a grande meretriz e os homens que têm a marca da besta. Esse quadro é apresentado nos capítulos 12 a 14.
4. Agora vamos ver a queda desses inimigos em ordem decrescente: No capítulo 17
vemos a história da grande meretriz. NO capítulo 18 a sua queda completa. No capítulo 19 vemos Cristo triunfando sobre todos os seus inimigos em sua segunda vinda.
5. O capítulo 17 nos aponta três quadros: O primeiro faz uma descrição da grande meretriz. O segundo, descreve a besta. O terceiro, fala da vitória de Cristo e da sua igreja.

I. A DESCRIÇÃO DA GRANDE MERETRIZ - V. 1-6,18
1. O contraste entre a noiva e a meretriz e a nova Jerusalém e a grande Babilônia
• João recebe uma visão (17:1) e ele pode contrastar essa visão com outra (21:9). Ele é
chamado para ver a queda da falsa igreja e o triunfo da igreja verdadeira.
• O diabo sempre tentou imitar a Deus. Assim é que temos o contraste entre a noiva e a
meretriz, a cidade santa e a grande Babilônia. A noiva fala da igreja verdadeira, a
meretriz da igreja apóstata. A Babilônia fala da cidade do mundo, a nova Jerusalém da
cidade de Deus.
• As duas figuras representam a mesma coisa: a mulher e a cidade. Ambas as figuras
representam a falsa igreja.
• A mulher aqui descrita é o sistema eclesiástico de Satanás. Todos os sistemas
idolatras são meretrizes, suas filhas.
• A grande Babilônia não é apenas uma cidade, mas também é a grande meretriz. A Babilônia já havia sido mencionada (14:8; 16:19). Em ambas sua queda já havia sido prevista.
2. A grande meretriz é conhecida pela sua influência mundial - v 1,15
• A religião prostituída está presente em todos os povos. Onde Deus tem uma igreja verdadeira, Satanás levanta a sua sinagoga.
• A Babilônia não é apenas cultura sem Deus, mas também cultura contra Cristo. Ela sempre entra em conflito com seguidores do Cordeiro. Ela sempre tomará um rumo
anticristão se a igreja for verdadeiramente igreja.
3. A grande meretriz é conhecida pela sua riqueza - v. 4
• Suas vestes são de escarlate. Está adornada de ouro e pedras preciosas e pérolas. Ela segura em sua mão um cálice de ouro. A religião prostituída, o mundo, faz ostentação da sua riqueza e do seu luxo.
• Este quadro é uma descrição perfeita do mundo à parte de Cristo, blasonando de sua
riqueza, de sua alimentação, de seus banquetes, de seus carros, de seu equipamento, de seu vestuário e de toda a sua beleza e glória.
• A meretriz é atraente e repulsiva ao mesmo tempo. De baixo de suas vestes de
púrpura esconde suas abominações repulsivas.
4. A grande meretriz é conhecida pela sua sedução - v. 2,4,5
• A igreja falsa sempre se uniu aos reis e governos mundanos numa relação devassa. O estado sempre procurou se unir à religião para conseguir os seus propósitos.
• Essa meretriz não se prostitui apenas com os reis, mas dá a beber do vinho da sua
devassidão a todos os habitantes da terra. Ela é uma religião popular. Ela atrai as
multidões. Ela não impõe limites.
• As heresias, o liberalismo e sincretismo são expressões dessa grande meretriz que
seduz os homens a viverem na impiedade e na devassidão.
• O copo é de ouro, mas no interior do corpo tem devassidão (v. 4b). O que isso significa: As revistas pornográficas, o luxo, a fama, o poder mundano, as concupiscência da carne.
• Os governos anticristãos não destróem todos os edifícios da igreja, mudam alguns deles em lugares de diversão mundana. O mundo ao mesmo tempo em que seduz os
ímpios, persegue os cristãos. A ordem de Deus para os fiéis é sair do meio dela (Ap18:4).
5. A grande meretriz é conhecida pela sua violência - v. 6
• A meretriz que vive no luxo tem duas armas: sedução e perseguição. Ele seduz, mas também mata. Ela atrai, mas também destrói. Ela está embriagada não de vinho, mas do sangue dos santos e dos mártires. Não podemos fazer distinção entre o sangue dos santos e o sangue dos mártires. Eles são santos porque pertencem a Deus; são mártires porque morreram por ele.
• A Babilônia foi Roma, foi a Roma papal, é o mundo em todo tempo, em todo lugar que seduz e destrói aqueles que amam a Deus. A meretriz é aquela que sempre se opõe à Noiva.
• A meretriz sempre quis destruir a Noiva do Cordeiro. Ela tem perseguido e matado muitos crentes ao longo da história.
• Essa meretriz era Roma nos dias de João (Ap 17:18). Os santos eram despedaçados em seus circos para a diversão e passatempo do público. Depois vieram as fogueiras inquisitórias e os massacres dos governos totalitários. 150.000 pessoas morreram pelas mãos da inquisição somente em trinta anos. Desde o princípio da Ordem dos Jesuítas em 1540, supõe-se que 900.000 pessoas pereceram sob a crueldade papal.
6. A grande meretriz está associada com a besta - v. 3
• A igreja apóstata vai se aliar à besta. Ela está sentada sobre os povos (v. 1) e sobre a besta (v. 3) sobre os quais a besta governa (Ap 13:7-8).
• A besta é o movimento perseguidor anticristão durante toda a história, personificado
em sucessivos impérios mundiais. A besta é passada, presente e futura.
• A meretriz representa o mundo como o centro de sedução anticristã em qualquer
momento da história.
• Essa meretriz é personificada como a cidade de Roma na época de João (Ap 17:18).
A cidade imperial atraia com seus prazeres os reis das nações. Roma era uma cidade
louca pelos prazeres.
• No fim, a besta vai se voltar contra essa própria igreja apóstata para destruí-la, visto
que desejará ser adorada como se fosse Deus (v. 16).

II. A DESCRIÇÃO DA BESTA - V. 7-17
1. A besta que João vê é a mesma que emergiu da terra - v. 7-8
• Essa besta recebe o trono do dragão, seu poder e autoridade. Essa besta é temida e
ninguém é considerado capaz de enfrentá-la. Essa besta recebe adoração de pessoas de
todos os povos e nações. Essa besta é um sistema de governo anticristão e uma pessoa.
• A besta é uma expressão de todo o governo anticristão que persegue a igreja ao longo
dos séculos e será um homem escatológico que receberá o poder do dragão para
governar um breve tempo.
2. A besta tem algumas características distintivas
a) A besta era, não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição
(v. 8) - A besta foi a personificação dos grandes impérios do passado. Já não é porque
esses impérios caíram. Está para emergir porque antes da segunda vinda, o anticristo
se levantará para caminhar para a destruição.
b) As sete cabeças da besta são sete montes e também sete reis (v. 9) - Ao mesmo
tempo em que João descreve tanto o anticristo como a meretriz como Roma (v. 9,18).
A Roma imperial era a expressão do governo anticristão, que age com sedução e
violência. MAS João olha para o anticristo e vê nele também sete reis, ou sete reinos
mundiais anticristãos: Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia, Império Romano,
Reino do anticristo.
c) Cinco reinos caíram, um existe, e outro ainda não chegou e quando chegar terá
que durar pouco (v. 10) - Os cinco primeiros impérios já caíram. Agora João vê o
Império Romano. Mas o reino do anticristo escatológico ainda não chegou e quando
chegar vai durar pouco. Os Reformadores entenderam que essa sétima cabeça é o
Papado Romano.
d) Os dez chifres são dez reis (v. 12-13) - Esses reis são um símbolo de todos os
reinos do mundo que darão suporte para o levantamento do anticristo, para se levantar
contra Cristo e sua igreja.
3. A besta se voltará contra a meretriz para destruí-la - v. 16
• Aqui o quadro muda. Por uma razão não explicada se forma uma espécie de guerra
civil na sede da besta. A besta e os dez reis se voltam contra a meretriz para devastá-la.
É uma espécie de caos entre os inimigos de Deus, quando eles se levantam para se destruírem (Ez 38:21).
• O mundo vai destruir a si mesmo. O reino de Satanás vai estar dividido contra si mesmo e não vai prevalecer. Os homens estarão desiludidos com os seus próprios
prazeres.
• Babilônia será despida, ridicularizada e exibida em toda a sua imundícia como bruxa
que ela realmente é. A maquiagem e o adorno serão tirados, e ela será exibida em sua
terrível nudez e imundícia. A Babilônia vai cair! (Ap 18:2).
• Os homens vão estar enfatuados com seus prazeres, mas também não se voltarão para
Deus e por isso serão destruídos. Os prazeres do mundo passam. Eles não satisfazem a
alma.
• O sistema do mundo entrará em colapso. Os dez reis marcharão primeiro com a besta
para a batalha final contra o Cordeiro. Batidos pelo Cordeiro (v. 14), eles se voltam
com fúria cega contra a mulher, a fim de dilacerar aquela que até aqui carregaram com
admiração (v. 2). A derrota diante de Cristo, portanto, é seguida da autodestruição do
mundo anticristão. Assim, o mundo em discórdia contra o Cordeiro, cai em discórdia
contra si mesmo.
4. A soberania de Deus domina até mesmo sobre os seus inimigos - v. 17
• A soberania de Deus é absoluta no universo. Os reis da terra e até mesmo a besta
estão debaixo da soberania absoluta de Deus. Ele traz esses inimigos com anzóis em seus queixos para que eles bebam do cálice da sua ira e sofram a sentença do seu juízo
eterno.

III. A DESCRIÇÃO DA VITÓRIA DE CRISTO E DA IGREJA - V. 8,14
1. A vitória de Cristo é devida ao seu sacrifício - v. 14
• Cristo é o Cordeiro. O cordeiro foi morto e comprou com o seu sangue aqueles que
procedem de toda tribo, povo, língua e nação (Ap 5:9). A igreja vence o dragão pelo
sangue do Cordeiro (Ap 12:11). O Cordeiro de Deus é vencedor em todas as batalhas.
Cristo saiu vencendo e para vencer.
2. A vitória de Cristo é devida à sua suprema posição - v. 14
• Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Seu nome é acima de todo nome.
Diante dele todo joelho precisa se dobrar. Quando ele vier na sua glória vai matar o
anticristo com o sopro da sua boca (Ap 11:11-19; 16:14-21; 19:11-21; 2 Ts 2:8).
• Pode parecer que durante algum tempo as forças anticristãs pareçam estar ganhando
o domínio (Ap 11:7; 13:7), mas quando o anticristo estiver parecendo vitorioso, sua derrota será fragorosa e final.
3. A vitória de Cristo será completa sobre todos os seus inimigos — v. 8-11, 12-14,15-16.
• A felicidade dos ímpios despedaça-se como felicidade falsa. João vê o fim da besta(v. 8-11), o fim dos dez reis (v. 12-14) e o fim da mulher meretriz (v. 15-16).
• Apocalipse 19:20 mostram que tanto o anticristo como o falso profeta serão lançados no lago do fogo.
4. A igreja vencerá junto com Cristo - v. 8,14
• A igreja é a Noiva do Cordeiro. Ela é a cidade santa. A igreja vence o dragão, a
meretriz e a besta. A igreja é mais do que vencedora. Embora, algumas vezes, é uma
igreja mártir, mas sempre uma igreja vencedora!
• Se a besta tem os seus selados, que vão perecer com ela. Cristo também tem os seus
selados, cujos nomes estão escritos no Livro da Vida e vão reinar para sempre com ele.
• A igreja não é apenas um grupo de chamados e eleitos, mas também de fiéis. A prova da eleição é a fidelidade a Cristo. Quem não é fiel não dá provas de que é eleito.


CONCLUSÃO
1. Os prazeres do mundo terminam em desilusão, fracasso, ruína, derrota e perdição eterna.
2. Aqueles que se deixam seduzir pela riqueza, prazeres do mundo, ao fim, estarão
fascinados pela besta em vez de serem seguidores do Cordeiro.
3. Aqueles cujos nomes estão escritos no livro da Vida enfrentarão vitoriosamente
quer a sedução do mundo, quer a violência do mundo. Eles vencerão com o Cordeiro.
4. A vitória de Cristo é completa e final!









Pergunta: "Como e quando foi compilado o cânone da Bíblia?"

Resposta: O termo “cânone” (ou “cânon”) é usado para descrever os livros que foram divinamente inspirados e, por isso, pertencentes à Bíblia. O aspecto difícil em determinar o cânone bíblico é que a Bíblia não nos dá uma lista dos livros que a ela pertencem. Determinar o cânone foi um processo, primeiro por rabinos judeus e eruditos, e depois, mais tarde, por cristãos primitivos. Certamente foi Deus quem decidiu que livros pertenciam ao cânone bíblico. Um livro ou Escritura pertenceu ao cânone a partir do momento que Deus inspirou sua autoria. É simplesmente uma questão de Deus convencer Seus seguidores humanos de que livros deveriam ser incluídos na Bíblia.

Em comparação ao Novo Testamento, houve pouca polêmica a respeito do cânone do Velho Testamento. Crentes Hebreus reconheceram os mensageiros de Deus e aceitaram o que escreveram como inspirado por Deus. Houve, inegavelmente, algum debate a respeito do cânone do Velho Testamento. Entretanto, por volta de 250 d.C. houve uma concordância quase universal a respeito do cânone das Escrituras Hebraicas. A única pendência foi sobre os Apócrifos... com algum debate e discussão que se estende até hoje. A vasta maioria dos eruditos hebreus consideraram os Apócrifos como bons documentos históricos e religiosos, mas não no mesmo nível das Escrituras Hebraicas.

Para o Novo Testamento, o processo de reconhecimento e compilação começou nos primeiros séculos da igreja cristã. Desde o início, alguns dos livros do Novo Testamento foram sendo reconhecidos. Paulo considerou os escritos de Lucas tão cheios de autoridade quanto o Velho Testamento (I Timóteo 5:18; veja também Deuteronômio 25:4 e Lucas 10:7). Pedro reconheceu os escritos de Paulo como parte das Escrituras (II Pedro 3:15-16). Alguns dos livros do Novo Testamento circulavam entre as igrejas (Colossenses 4:16; I Tessalonicenses 5:27). Clemente de Roma mencionou ao menos oito livros do Novo Testamento (95 d.C.). Inácio de Antioquia reconheceu cerca de sete livros (115 d.C.). Policarpo, um discípulo de João o Apóstolo, reconheceu 15 livros (108 d.C.). Mais tarde, Irineu mencionou 21 livros (185 d.C.). Hipólito reconheceu 22 livros (170-235 d.C.). Os livros do Novo Testamento que provocaram maior polêmica foram Hebreus, Tiago, II Pedro, II João e III João. O primeiro “cânone” foi o Cânon Muratoriano, que foi compilado em 170 d.C. O Cânon Muratoriano incluiu todos os livros do Novo Testamento, exceto Hebreus, Tiago e III João. Em 363 d.C. o Concílio de Laodicéia estabeleceu que somente o Velho Testamento (e os Apócrifos) e os 27 livros do Novo Testamento deveriam ser lidos nas igrejas. O Concílio de Hippo (393 d.C.) e o Concílio de Cartagena (397 d.C.) também afirmaram a autoridade dos mesmos 27 livros.

Os concílios se basearam em algo similar aos seguintes princípios para determinar se um livro do Novo Testamento era realmente inspirado pelo Espírito Santo: 1) O autor foi um apóstolo, ou teve uma estreita ligação com um apóstolo? 2) O livro é aceito pelo Corpo de Cristo como um todo? 3) O conteúdo do livro é de consistência doutrinária e ensino ortodoxo? 4) Este livro contém provas de alta moral e valores espirituais que reflitam a obra do Espírito Santo? Novamente, é crucial recordar que a igreja não determina o cânone. Nenhum concílio primitivo determinou o conteúdo do cânone. Foi Deus, e unicamente Deus quem determinou quais livros pertenciam à Bíblia. Foi simplesmente questão de Deus convencer Seus seguidores a fazer o que Ele já havia decidido. O processo humano de reunir os livros da Bíblia foi imperfeito, mas Deus, em Sua soberania, e apesar de nossa ignorância e teimosia, levou a igreja primitiva ao reconhecimento dos livros que Ele havia inspirado.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Apocalipse 15 e 16 e resenha sobre religiões

APOCALIPSE 15:1-8
TEMA: A PREPARAÇÃO PARA AS TAÇAS DA IRA DE DEUS
INTRODUÇÃO
1. Nos capítulos 1 a 3, vimos que por meio da pregação da Palavra, aplicada ao coração pelo Espírito Santo, igrejas são estabelecidas. Estas são candeeiros, portadoras
de luz no mundo que está em trevas. Elas são abençoadas pela contínua presença espiritual de Cristo.
2. Nos capítulos 4 a 7 vimos que o povo de Deus é perseguido repetidas vezes pelo
mundo, e exposto a muitas provas e aflições. São a abertura dos sete selos.
3. Nos capítulos 8 a 11 os juízos de Deus visita repetidas vezes o mundo perseguidor,
mas este não se arrepende de seus pecados. São as sete trombetas da ira de Deus.
4. Nos capítulos 12 a 14 vimos que este conflito entre a igreja e o mundo, torna-se mais intenso, mostrando um combate entre Cristo e Satanás, entre a semente da mulher
e o dragão.
5. Agora, nos capítulos 15 a 16 surge uma pergunta: quando na história, as trombetas
do juízo, as pragas iniciais, não conduzem os homens ao arrependimento e conversão,
o que lhes sucede? Permitirá Deus que esses homens ímpios continuem impunes? O
cálice da ira de Deus tem um limite? Ele se encherá? 6. A resposta é: quando os ímpios
não se arrependem com as trombetas do aviso de Deus, segue a efusão final da ira,
ainda que não completa até o dia do juízo. Essas taças são as últimas. Não há mais
tempo para arrependimento (Pv 29:1). Aos ímpios endurecidos, a morte os precipitará inevitavelmente nas mãos do Deus irado. Mesmo antes de morrer, eles poderão ter
cruzado a última linha da esperança entre a paciência de Deus e sua ira (Mt 12:32;  1 Jo5:Í6).

I. A CONEXÃO ENTRE AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS E AS SETE TROMBETAS DE DEUS - V.l
1. As trombetas advertem, as taças consumam a cólera de Deus - v. 1
• Através de toda a história do mundo se manifesta repetidas vezes a ira final de Deus;
ora toca a essa pessoa, depois aquela. A ira de Deus se derrama sobre os impenitentes
(Ap 9:21; 16:9).
• As trombetas advertem, as taças são derramadas. Esses impenitentes são aqueles que
receberam a marca da besta (Ap 13:16; 16:2). Esses são aqueles que adoram o dragão
e são dominados pelas duas bestas e pela Babilônia, a grande meretriz.
• Nas trombetas apenas um terço da terra, do mar, dos rios, do sol, dos homens são
atingidos, mas nas taças a ira de Deus se consuma (Ap 15:1).
2. Tanto as trombetas como as taças referem-se ao mesmo período
• Já temos visto que todas as sete seções paralelas referem-se ao mesmo período, ou
seja, o tempo que vai da primeira à segunda vinda de Cristo.
• A medida que avançamos para o fim, as cenas vão se tornando mais fortes e o juízo
de Deus mais claro.
3. Tanto as trombetas como as taças terminam com uma cena do juízo final
• No capítulo 14:14-20, vimos a cena da colheita do trigo e a vindima dos ímpios
esmagados no lagar da ira de Deus. No capítulo 16:15-21 temos uma clara cena do
juízo final. As seis primeiras taças se referem a uma série de acontecimentos que
precedem o juízo final.
4. Tanto a quarta seção, quanto a quinta começam de forma muito semelhante (12:1;15:1)
• Se a quarta seção começa com o nascimento de Cristo e avança até a cena do juízo final, então, somos levados a crer que a quinta seção (15-16), também cobrem todo o
período da primeira à segunda vinda de Cristo.
5. Tanto a quarta seção, quanto a quinta, tratam dos mesmos inimigos da igreja
• As mesmas forças de maldade que encontramos nos capítulos 12 a 14: o dragão, a
besta que sobe do mar, a besta que sobe da terra, o falso profeta são os inimigos que a igreja está enfrentando aqui nesta quinta seção (16:13).
• Portanto, somos levados a crer que essa seção das sete taças, atravessam o mesmo período da história compreendido pelas outras seções.
6. Não obstante, as sete taças compreendam todo o período da igreja, elas apontam e aplicam-se especialmente ao dia do juízo e às condições que o procedem imediatamente.
• As trombetas são juízos parciais. São alertas de Deus. São avisos solenes de Deus,que na sua ira, lembra-se da misericórdia. Mas as taças falam da ira sem mistura, da
consumação da cólera de Deus.
II. UMA VISÃO DA IGREJA NA GLORIA ANTES DA DESCRIÇÃO
TERRÍVEL DOS ÍMPIOS DEBAIXO DA IRA DE DEUS - V. 2-4
1. João vê os sete anjos preparados para derramar sobre o mundo as sete taças da sua ira consumada - v. 1
• Sete é o número da perfeição de Deus. São sete anjos, com sete taças. Esses são anjos do juízo. Eles trazem os últimos flagelos para os ímpios. Agora não é mais tempo de
oportunidade. A medida dos ímpios transbordou. Chegou o juízo. É a consumação da ira de Deus.
2. Antes dos anjos derramarem os flagelos finais sobre os ímpios, João vê a igreja na glória - v. 2
• João vê um mar. Na praia, ele vê uma multidão vitoriosa. Essa multidão é composta
dos vencedores da besta e eles estão cantando, enquanto os seguidores da besta estão
atormentados (15:2; 16:10,11).
a) Onde está esse mar de vidro? Diante de trono (Ap 4:6), no céu. A igreja está no céu, na glória. Esse mar de vidro simboliza a retidão transparente de Deus revelada por
meio de seus juízos sobre os ímpios.
b) Quem é essa multidão? Os vencedores da besta. Eles venceram a besta sendo
mortos por ela. Se tivessem conservado a vida e sido infiéis na fé teriam sido
derrotados. Assim, os vencedores da besta são aqueles que amaram mais o Senhor do
que suas próprias vidas. "Viva te vencerei, morta vencer-te-ei ainda mais? (Blandina).
São todos os remidos ao longo dos séculos. São os 144.000 (7:4) ou a multidão
inumerável (7:9). Jesus disse que quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á.
c) O que essa multidão está fazendo? Ela está com harpas de Deus, entoando um
hino de glória ao Senhor, todo poderoso (Ap 5:8). Essa música é o mesmo novo
cântico que ninguém podia aprender, senão os 144.000 (14:3). No céu há muita
música. A música do céu glorifica tão somente o Senhor. Vamos nos unir aos coros
angelicais e cantar ao Senhor para sempre.
d) Que música essa multidão está cantando? O cântico de Moisés e do Cordeiro. O
êxodo é um símbolo e tipo da redenção que temos em Cristo. Assim como Moisés
triunfou sobre Faraó e suas hostes, a igreja triunfa sobre o diabo e suas hostes. Esse é
um cântico de vitória! Assim como Moisés tributou a vitória a Deus (Ex 15:1-3), os remidos também o fazem (Ap 15:3-4).
3. Antes de João escutar as blasfêmias dos ímpios, ele ouve o cântico dos remidos-15:3-4; 16:10-11
• Quais são as características do cântico vitorioso dos remidos? Os mártires não cantam sobre si mesmos e como venceram a besta. Antes, eles estão totalmente concentrados em glorificar a Deus.
• O céu o lugar onde os homens são capazes de esquecerem de si mesmos, de seus títulos, conquistas e vitórias e recordar somente a Deus. Quando você contempla a Deus na sua glória, nada mais importa.
• Diante da glória de Deus, os mártires esquecem-se de si mesmos e exaltam somente o Senhor. No céu entenderemos que nada mais importa, exceto Deus.
a) Esse cântico exalta a Pessoa de Deus
1) Deus é Senhor Todo-Poderoso (v. 3)- Isto está em contraste ao trono de Dragão, seu
poder e autoridade (13:2) e grande e universal poder da besta (13:4,7,8). O diabo é
poderoso, mas só Deus é o Senhor Todo-poderoso. Só ele recebe exaltação para
sempre.
2) Deus é o Rei das Nações (v. 3) - O rei das nações não é a besta (13:7), mas o Senhor
Todo-poderoso (15:3).
3) Deus é temível e digno de glória (v. 4) - A grande pergunta era "quem é como a
besta? Agora, a questão é: "quem não temerá e não glorificará o teu nome?" É o temor
irrestrito, acima de qualquer respeito a governantes terrenos (At 4:19; 5:29).
4) Deus é Santo (v. 4) - A santidade de Deus é única, singular e é ela que atrai todas as
nações.
b) Esse cântico exalta as obras de Deus
1) Elas são grandes e admiráveis (v. 3) - O universo está nas mãos do Senhor. Ele é
quem redime o seu povo e quem castiga os ímpios. Deus é inescapável. Quando ele
age ninguém pode impedir a sua mão.
2) Os atos de justiça de Deus se fizeram manifestos (v. 4) - Deus vindicou a sua justiça quando remiu os seus eleitos por meio do sacrifício do seu Filho e vindicou sua justiça
condenando os impenitentes à condenação eterna.
c) Esse cântico exalta os caminhos de Deus
1) Eles são justos e verdadeiros (v. 3) - Os caminhos de Deus são a forma de Deus
agir. Ele nunca pode ser acusado de injustiça nem de meios ilegítimos. Seus caminhos
são justos e verdadeiros tanto na salvação dos eleitos, como na punição dos
impenitentes. Os ímpios foram avisados pelas trombetas, mas não se arrependeram.
Assim, os flagelos finais sobre os ímpios serão absolutamente justos.
d) Esse cântico exalta o triunfo final de Deus
1) Todas as nações virão e adorarão diante dele (v. 4) -Isto está em contraste com a
adoração universal da besta (13:7-8). As nações vão se prostrar diante do Deus Todo-
poderoso. Todo joelho vai se curvar diante de Jesus (Fp 2:8-11). Só ele é exaltado eternamente.

III. OS ANJOS DOS ÚLTIMOS FLAGELOS SE PREPARAM PARA AGIR -V.5-8
1. Os sete anjos do flagelo saem do Santuário de Deus - v. 5-6
• O santuário era o lugar da habitação de Deus com o povo (Ex 25:8). No lugar santíssimo ficava a arca com as Tábuas da Lei. Isso significa que os anjos saem do lugar onde ficava a Lei de Deus. Saem para demonstrar como funciona a Lei de Deus.
Saem para demonstrar mediante a vingança divina que nenhum homem ou nação pode desafiar impunemente a vontade de Deus. Ninguém pode desobedecer a Lei de Deus
sem sofrer o castigo da Lei.
• Aqui "Santuário" designa morada de Deus, o céu. Esses anjos vem da presença de Deus e servem a Deus quando derramam os juízos. A igreja jamais deve duvidar disso.
2. Os sete anjos são ministros agentes de Deus - v. 6b
• As vestimentas dos anjos simbolizam três coisas:
a) Essas vestes eram peculiares dos sacerdotes - O sacerdote era uma espécie de
intermediário entre Deus e os homens. Ele representava Deus diante dos homens.
Esses anjos vem ao mundo como representantes da ira vingadora de Deus.
b) Essas vestes eram peculiares dos reis - Esses anjos vêm a terra para derramar os
flagelos finais da ira de Deus com o poder do Rei dos reis.
c) Essas vestes eram peculiares dos habitantes do céu - Os anjos são habitantes do
céu que vêm à terra para executar os decretos de Deus.

3. Os cálices de ouro que os anjos trazem estão cheios da ira de Deus - v. 7
• Essas sete taças da ira de Deus estão cheias e elas atingem o mundo inteiro: a terra, o mar, os rios, os astros, os homens, o ar. Ninguém pode esconder-se do Deus irado.
Esse dia será dia de trevas e não de luz. Os homens desmaiarão de terror.
• A justiça de Deus é vingar as injustiças dos homens e ninguém pode deter esse juízo
nem desviá-lo.
• Aqui não são catástrofes naturais nem os anjos maus que afligem os ímpios, mas o
próprio Deus irado.
4. Os anjos do juízo saem do santuário cheio da fumaça inacessível da glória de Deus -
v. 8
• Quando o tabernáculo ficou pronto no deserto a glória de Deus o encheu (Ex 40:34-
35), e Moisés não pode entrar. Quando o templo de Salomão foi consagrado, a glória
de Deus o encheu (1 Rs 8:10-11) e os sacerdotes não puderam entrar. Quando Isaías viu a Deus no santuário, a glória de Deus o encheu (Is 6:4), e as bases do limiar se
moveram. Quando Ezequiel viu a glória de Deus encher o templo ele caiu com o rosto
em terra (Ez 44:4).
• Essa idéia do Santuário cheio de fumaça, sugere duas idéias:
a) Os propósitos de Deus serão obscuros para os homens -Eles não podem entender
nem penetrar nos inescrutáveis planos de Deus.
b) A glória de Deus torna-se inacessível - Agora Deus está inacessível para tudo o
mais. O mesmo templo que era lugar de encontro com Deus, agora está fechado,
inacessível. Agora não tem mais tempo. Não há mais intercessão. Chegou a hora final.
É a consumação da cólera de Deus. É o dia do juízo, quando a ira sem mistura será
derramada sobre os ímpios (14:10). Qualquer oposição à sua glória será destroçada.

CONCLUSÃO
1. Estes flagelos são a resposta de Deus ao último e maior esforço de Satanás para
derrubar o governo divino.
2. Aqueles que parecem escapar agora do juízo dos homens e de Deus, jamais
escaparão do juízo final de Deus.
3. Devemos nos voltar para Deus agora, enquanto é tempo, enquanto ele está perto.
Chegará o dia em que será tarde demais.
4. Enquanto o mundo está maduro para o juízo, o mundo de Deus, a Palavra de Deus, e
o povo de Deus estão cheios de canções de adoração ao Senhor. A criação foi
celebrada com música. O nascimento de Jesus foi celebrado com música. A volta de
Jesus será celebrada com música.

APOCALIPSE 16:1-21
TEMA: OS SETE FLAGELOS DA IRA DE DEUS
INTRODUÇÃO
1. As sete taças da ira de Deus têm uma grande semelhança com as dez pragas sobre o Egito, bem como uma profunda conexão com as sete trombetas.
2. Enquanto as trombetas eram alertas de Deus ao mundo ímpio, as taças falam da cólera consumada de Deus. É um princípio constantemente repetido e enfatizado nas Escrituras, que Deus sempre adverte antes de finalmente punir (dilúvio, Sodoma,Egito, Jerusalém, juízo final).
3. Enquanto as trombetas atingiam primeiramente o ambiente em que o homem vivia,as taças atingem desde o início os homens.
4. Enquanto as trombetas causaram tribulações parciais, objetivando trazer ao arrependimento os impenitentes, as taças mostram que a oportunidade de arrependimento estava esgotada. As trombetas atingiram apenas um terço da natureza e dos homens, as taças trazem uma destruição completa.
5. Enquanto nos selos e nas trombetas havia um interlúdio antes da sétima trombetas,agora não há mais interlúdio, as taças são derramadas sem interrupção.
6. Os flagelos não devem ser analisados literalmente, mas descrevem o total desamparo dos ímpios no juízo, quando a igreja já está no céu, junto ao trono. A ceifa precede a vindima.
7. A humanidade está dividida entre os selados de Deus e os selados da besta. Entre os seguidores do Cordeiro e os seguidores do dragão. Entre os que estão diante do trono e aqueles que serão atormentados eternamente.
8. Esta quinta seção paralela, assim como todas as outras, compreende também toda a dispensação da igreja, e termina com a cena da igreja na glória e os ímpios sob o juízo divino, na segunda vinda de Cristo.

I. O PRIMEIRO FLAGELO: A TERRA É ATACADA - V. 1-2
• Esse primeiro flagelo não é mais advertência, mas punição. Todos aqueles que não têm selo de Deus, são selados pela besta. Não há meio termo. Quem não é por Cristo, é contra ela. Não há neutralidade em relação a Deus. No tempo do fim a religião não será mais algo nominal: todo mundo terá de declarar lealdade ou a Cristo ou ao
Anticristo.
• Os adoradores da besta recusaram ouvir as advertências, agora, eles estão sofrendo inevitavelmente as conseqüências. São atormentados.
• Com respeito aos crentes em Cristo, as aflições da carne não são taças da ira de Deus (Rm 8:28). Essas aflições só atingem os adoradores da besta.

II. O SEGUNDO FLAGELO: O MAR É ATACADO - V. 3
• Se no primeiro flagelo, temos o tormento dos homens, agora temos a destruição completa. O mar se torna em sangue. A destruição não é apenas parcial, mas total. A destruição não é apenas ambiental, mas a vida acaba-se no mar. Para esse flagelo não há limites, todas as criaturas do mar morrem.
• Este flagelo não fala de um acontecimento literal, mas de um símbolo patético, dramático, que representa o colapso da natureza, no dia do juízo.
III. O TERCEIRO FLAGELO: OS RIOS SÃO ATACADOS - V. 4-7
• As fontes das águas e os rios transformam-se em fontes de sangue. A última aparição do altar foi no quinto selo, quando as almas dos santos clamavam debaixo do altar pela vindicação da justiça divina. A primeira parte da resposta de Deus àquela oração foi enviar, no lugar de punição, uma advertência com as trombetas. Mas agora a sua
resposta se completa literalmente com uma vingança. Novamente nesse flagelo não há limites.
• Deus é apresentado como o juiz onipotente, justo, eterno, santo e vingador (v. 5-7). O julgamento dos que martirizaram os santos corresponde ao mal que fizeram. Recebem somente o que merecem.
• O julgamento de Deus atingiu um mundo rebelde, para justiça dos que foram martirizados (6:9), em resposta às orações dos santos perseguidos (9:13).

IV. O QUARTO FLAGELO: O CÉU É ATACADO - V. 8-9
• Os pecadores que não se arrependeram quando o sol escureceu são agora punidos mediante a intensificação do calor do sol. O escurecimento eles podiam perceber e ignorar; quanto ao calor eles nada podem fazer a não ser senti-lo. Nessas circunstâncias a presença de Deus é reconhecida, mas somente para ser blasfemada e
não para ser reverenciada.
• Deus adverte que quando suas advertências não são ouvidas, sua punição será
sentida. As pessoas atingidas reconheceram tratar-se de uma ação divina; mas seus corações são tão endurecidos que aos invés de caírem de joelhos diante de Deus, eles blasfemam o seu nome e teimosos se recusam a se arrependerem e lhe darem glória.
• Os homens não são santificados por meio do sofrimento, ao contrário, se fazem ainda mais iníquos e blasfemam contra Deus.

V. O QUINTO FLAGELO: O TORMENTO - V. 10-11
• Deus punirá os homens que não se arrependerem através da terra e do mar, através da
água e do fogo, mas ele fará mais do que isso. Quando o quinto flagelo é derramado,todo o sistema humano é lançado em completa desordem.
• O trono da besta é o maior golpe de Satanás. Ele invadiu toda a estrutura da sociedade humana, fazendo uma sociedade sem Deus. O reino da besta está em oposição ao reino de Cristo. É sobre essa imponente estrutura que o quinto flagelo é derramado e daí a confusão.
• Os seguidores da besta sofrerão, mas não calados. Eles blasfemarão. Novamente não há qualquer traço de arrependimento. Eles preferem morder a língua a gritar: nós pecamos! Quanto mais severos os juízos, tanto mais duros os corações.
• Existe somente um único caminho de volta para Deus: "ninguém vem ao Pai senão por mim". Quem não vem pela graça, nem vem de modo nenhum.

VI. O SEXTO FLAGELO: A DESTRUIÇÃO - V. 12-16
• O v. 12 fala que as águas do rio Eufrates secaram, abrindo o caminho para a invasão do inimigo.
• O v. 13-14 nos informa sobre a tríade do mal: o dragão, a besta e o falso profeta no seu esforço de seduzir e ajuntar os reis da terra contra o Senhor. Quando Satanás e o mundo se armarem na sua luta mais terrível contra a igreja, Cristo aparecerá para livrar
o seu povo e triunfar sobre os seus inimigos. Esses espíritos imundos representam idéias, planos, projetos, métodos satânicos introduzidos dentro da esfera do pensamento e ação. Essa batalha das nações contra Cristo e sua igreja é de inspiração satânica.
• O v. 15 nos fala que a derrota final do inimigo será manifestada na volta inesperada e gloriosa de Cristo. A segunda vinda será repentina e inesperada. Isso para os ímpios,
visto que os filhos da luz estarão esperando (1 Ts 5:4-6). A igreja precisa estar vigiando, esperando a volta do Senhor (Mt 24:42). Jesus ilustra o caráter imprevisto da sua volta(Mt 24:43-44; 1 Ts 4:2-3).
• O v. 16 nos fala do Armagedom: lugar de muitas batalhas decisivas em Israel.Armagedom é um símbolo, mais do que um lugar. Fala da batalha final, da vitória final, quando Cristo virá em glória e triunfará sobre todos os seus inimigos.
• O sexto flagelo é o último estágio da punição divina. Quando Satanás percebe que a sua derrota é inevitável, ele incita as nações contra Deus. Nessa batalha final Jesus
esmaga todos os inimigos debaixo dos seus pés. É o fim. E o Armagedom.
Armagedom é quando os homens que rejeitaram a Cristo terem que vê-lo na sua majestade. Eles lamentarão sobre ele.
• O sexto flagelo fala do ARMAGEDOM - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO. O sétimo flagelo fala do DIA DO JUÍZO.

VII. O SÉTIMO FLAGELO: O MUNDO NÃO MAIS EXISTE - V. 17-21
• O derramamento do sétimo flagelo remove o tempo e a História e os substitui pela eternidade. Quando aquele dia vier, não são somente as ilhas e as montanhas da terra
criada por Deus que desaparecerão. AS cidades, a civilização, que é a conquista do orgulho humano inspirado por Satanás, também entrarão em colapso.
• Com isso, a punição divina estará feita (v. 17). O sexto flagelo trás a destruição total;o sétimo trás a extinção total.


CONCLUSÃO
1. A vitória de Cristo é completa, final e esmagadora. O trono do dragão, o reinado da besta parecem invencíveis. Mas os reinos deste mundo cairão, os inimigos serão vencidos. A igreja triunfará. Cristo virá em glória e a história fechará suas cortinas. O fim terá chegado!







Religiões

Católicos

São mais de 1 bilhão de pessoas pelo mundo! Para eles, Jesus é o filho de Deus, criador do mundo e veio à Terra para salvar a humanidade. Para isso ele morreu, mas ressuscitou depois de três dias. Sua vida e seus ensinamentos estão reunidos na Bíblia.

ACREDITAM: na salvação e na vida eterna no paraíso (ou inferno) depois da morte. Seguem os ensinamentos do papa, cuja autoridade máxima vem diretamente de Jesus, e também cultuam Maria (mãe de Jesus na Terra) e alguns santos, que servem como intercessores entre os humanos e Deus. A missa é a celebração principal dessa religião e seus fiéis costumam frequentar a igreja pelo menos uma vez por semana. Para falar com Deus os católicos rezam.



Evangélicos

Essa religião surgiu no século 16, quando o teólogo alemão Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica e criou o protestantismo. Entre outras coisas, ele rejeitou crenças como a autoridade do papa e o culto à Maria e aos santos. Em países como o Brasil, as igrejas que descendem daí recebem o nome de evangélicas. Algumas mais famosas são a Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Batista, Presbiteriana e Universal.

ACREDITAM: na salvação por meio de Jesus Cristo e no paraíso ou no inferno como vidas após a morte. Os evangélicos se reúnem em cultos no mínimo uma vez por semana. Para falar com Deus eles oram. Por existirem muitas igrejas distintas (também conhecidas como denominações) eles seguem diferentes regras no que diz respeito a roupas e hábitos. Por exemplo, em algumas igrejas mulheres usam apenas saias e cabelos compridos. Enquanto outras são mais modernas e realizam grandes festas e até campeonatos esportivos.



Budistas

A principal diferença do budismo para as demais religiões é que ele não gira em torno da relação do homem com um deus. Essa religião foi fundada no século 6 a.C. na Índia por Siddharta Gautama, conhecido como o Buda, ou o iluminado. Buda não é considerado um deus, mas um homem comum que encontrou o caminho da iluminação. Isso quer dizer que ele chegou a um estado de paz e de plenitude, chamado nirvana, que o permitiu se libertar do ciclo eterno de nascimento, morte e renascimento a que todos os seres estão sujeitos. Para atingir esse mesmo estado, os budistas seguem os ensinamentos de Buda e meditam.

ACREDITAM: em quatro verdades essenciais: que a existência é dor; que a dor vem do desejo; que o fim do desejo é o fim da dor; e que a dor só é superada por oito caminhos (da compreensão, do pensamento, da palavra, da ação, do modo de vida, do esforço, da atenção e da meditação). O budismo chegou ao Brasil em 1908, trazido por um grupo de missionários japoneses, e é praticado por 6% da população mundial.



Judeus

A palavra “judeu” vem de Judeia, nome de uma parte do antigo reino de Israel, no Oriente Médio. Foi lá, no século 17 a.C., que Abraão fez uma aliança entre seu povo e Deus, que teria prometido levá-los a Canaã, a Terra Prometida. Durante muito tempo, o povo judeu foi escravo no Egito, até ser libertado por Moisés. Hoje, há 13 milhões de judeus no mundo e 80% deles estão nos EUA e em Israel.

ACREDITAM: nos preceitos da Torá, ou Pentateuco, o livro sagrado que contém a vontade de Deus, e acreditam que um messias será enviado à Terra para salvar a humanidade, mas não creem, como os católicos e evangélicos, que Jesus Cristo seja esse filho divino prometido. Eles não comem determinados alimentos, como carne de porco. Os judeus se reúnem na sinagoga e celebram cultos comandados por um rabino.


Espíritas

Como os católicos e os protestantes, os espíritas também acreditam que Jesus Cristo é o filho de Deus, mas seguem a Bíblia para explicar como funciona o mundo espiritual. Essa crença foi fundada pelo professor francês Allan Kardec. Seus pensamentos foram formulados em 1857 no Livro dos Espíritos.

ACREDITAM: que os espíritos nascem e renascem na Terra por várias encarnações até atingirem a perfeição. E que vivos e mortos podem se comunicar por meio de médiuns e, nos centros espíritas, é comum que eles recebam passes de membros mais sensitivos que os harmonizam, removendo as vibrações negativas e substituindo-as por bons fluidos.


Afro-brasileiros

Os negros que vieram para o Brasil durante o período da escravidão na época da colonização trouxeram consigo muitas crenças africanas que acabaram fazendo parte da cultura brasileira, como o candomblé e a umbanda, que são diferentes, mas também possuem algumas similaridades.

ACREDITAM: em orixás, que são deuses das nações africanas que criam e governam o mundo por ordem de Olorum, a divindade máxima. Cada orixá domina um elemento da natureza e um sentimento humano. É jogando os búzios que os pais ou mães de santo se comunicam com os orixás. E a Umbanda, criada no Rio de Janeiro no século 20, une crenças e rituais africanos com indígenas e europeus e acredita em entidades guias que são incorporadas por iniciados.