terça-feira, 25 de julho de 2017

Ceia do Senhor

Ceia do Senhor 


O que é ?
A Ceia do Senhor é um memorial que será celebrado até a volta de Jesus Cristo. É um dos dois sacramentos da Igreja estabelecido pelo próprio Filho de Deus, sendo: o batismo nas águas e a Santa Ceia do Senhor.



Quando foi estabelecida?
A Ceia do Senhor Jesus ocorreu no decorrer da Última Páscoa, celebrada por Jesus e os Seus discípulos, na noite em que Jesus foi traído. Foi instituída na sexta-feira do dia 14 de Nisã (João 13.30), antes de Sua saída para o Getsêmani, onde Jesus orou em agonia ciente do que estava por suceder (Mat 26-27). Portanto, ocorreu no mesmo dia da crucificação e morte de Jesus Cristo. 
Quais as principais visões da ceia?
As principais visões sobre a Ceia do Senhor são:
Transubstanciação (católicos romanos) – Pão e vinho, literalmente, transformam-se em corpo e sangue de Cristo. Os que os recebem participam de Cristo, que é sacrificado para reconciliação de pecados.
Consubstanciação (luteranos) – Pão e vinho contêm o corpo e o sangue de Cristo. Não há uma transformação literal, mas a presença de Cristo se dá em sentido real. Cristo está presente “em, com e sob” os elementos. Os participantes recebem perdão de pecados e confirmação da sua fé por meio da participação nos elementos. Mesmo os descrentes são beneficiados por ela.
Presença espiritual  – Cristo não está literalmente presente nos elementos, mas há uma presença espiritual. Os participantes recebem graça pela participação, porém, não pelos elementos e sim por meio da fé. Sem benefícios para incrédulos.
Memorial (batistas) – Os elementos são pão e vinho somente. Cristo não está especialmente presente, nem física, nem espiritualmente. Sua presença é a mesma experimentada costumeiramente pela sua Igreja. É um memorial realizado pelos participantes. Simboliza Cristo e sua morte, não seu corpo literal. Nenhuma graça é transmitida.

Qual era a forma de se celebrar ?
Assim como Jesus a igreja primitiva celebrava de uma forma diferente, primeiro tinha uma ceia com alimentos diversos que todos participavam posteriormente só ficava o pão e o vinho, e só participava quem estava devidamente preparado.Por ocasião da Última Páscoa, Jesus tomou dois dos elementos que faziam parte da Páscoa e, transforma a antiga Páscoa na Ceia do Senhor Jesus. A Páscoa judaica havia cumprido seu propósito. Pois, profeticamente ela apontava para o sacrifício de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1.29). O Êxodo deu vida à nação de Israel. O sacrifício de Cristo fez nascer a Igreja, um povo proveniente de todas as nações. 

Quem pode participar?
Perguntar se qualquer cristão pode participar da ceia à mesa do Senhor é como perguntar se qualquer pessoa com carteira de habilitação pode dirigir. A resposta para as duas perguntas é "sim". Todo membro do corpo de Cristo tem o seu lugar à mesa do Senhor e todo motorista habilitado pode dirigir seu veículo. Porém pela mesma razão que um motorista habilitado, porém alcoolizado, não deve dirigir, um cristão em pecado não deve participar da ceia à mesa do Senhor.
Se você aceitou Jesus como seu senhor e salvador, está em comunhão com ele é sua igreja você pode tomar a Santa Ceia. É importante compreender o que Jesus fez por você, a Ceia é para quem é salvo. Não tem sentido tomar se você não acredita ou não aceitou Jesus, porque a Ceia é mostrar que você já aceitou Jesus. Tomar sem crer é desrespeitar Jesus; a Bíblia diz que é errado. Por isso, é importante se examinar antes de tomar a Ceia.

Quis são os elementos?
Os símbolos da Ceia do Senhor são o pão e o vinho. Jesus pegou em coisas simples e fáceis de encontrar, para não tornar a Ceia num ritual muito complicado. O pão e o vinho não se tornam mesmo na carne e no sangue de Jesus, são só símbolos. O importante não é a comida em si mas o que representa.
Pão – Jesus disse que o pão simboliza Seu corpo, que foi quebrado por nós. Na cruz Ele sofreu muita dor, tudo por amor a nós. Ele sofreu a dor que nós merecemos, em nosso lugar (Lucas 22:19).
Vinho – representa a nova aliança entre você e Deus. No Velho Testamento, uma aliança era selada com um sacrifício, onde o sangue de um animal era derramado. O sangue de Jesus, que foi todo derramado quando morreu, ao mesmo tempo pagou nossos pecados e estabeleceu uma nova aliança entre nós e Deus (Lucas 22:20).
Quando você come o pão e bebe o vinho, você mostra ao mundo que Cristo morreu por você (1 Coríntios 11:26). O sacrifício de Jesus pagou o preço por seus pecados e agora Ele vive dentro de você. Simbolicamente, é como se você tivesse morrido na cruz e ressuscitado com Jesus.
Atenção: Jesus não deu indicações específicas sobre o tipo de pão ou vinho que se deve usar, nem os tamanhos das porções, nem a melhor forma de partilhar e comer a comida, nem a frequência com que se deve tomar. Tudo isso é secundário e fica ao critério de cada igreja como fazer. O mais importante é o que a Ceia representa, não a forma exata como se toma.


Até quando durará?
Durará até a volta de Cristo 
Mateus 26:29

A visão Paulina 

A Ceia era precedida pela Festa do Amor, a festa do Ágape. A Bíblia fala dessa festa em 
Judas 12. No dia em que a Ceia do Senhor era celebrada servia-se uma refeição com­pleta. Os crentes comiam, bebiam, repartiam, se confrater­nizavam e depois, num clima de comunhão, celebravam a Ceia do Senhor. Essa foi uma prática da igreja apostólica
que se perdeu na História. A Festa do Agape era não apenas um tempo de comunhão,
mas, também, e sobretudo, um ato de amor aos membros mais pobres da igreja. Era uma oportunidade para os cristãos ricos repartirem um pouco de seus bens materiais com os pobres. Uma vez que todos traziam de casa alguma coisa para comer e faziam uma espécie de ajunta-prato,os pobres poderiam participar de uma boa refeição pelo menos uma vez na semana. Depois desse banquete, então, eles celebravam a Ceia.
A Ceia é um momento de comunhão. Somos um só pão. E isso o que Paulo deseja que a igreja entenda sobre a Ceia. Devemos procurar o Senhor e também os nossos irmãos. Devemos encontrar-nos com o Senhor e também com os nossos irmãos. Na Ceia os céus e a terra se tocam.
 Precisamos discernir o que Cristo fez na cruz por nós. Precisamos compreender o Seu sacrifício vicário. Participar da Ceia irrefletidamente ou participar da Ceia hospedando pecado no coração, sem a devida disposição de arrependi­ mento é fazê-lo de forma indigna. E tornar-se réu do corpo e do sangue de Jesus.Ser réu do corpo e do sangue de Cristo Jesus é um pecado gravíssimo. Você só tem dois lados para estar em relação ao sangue. Você está debaixo dos benefícios do sangue ou' está do lado daqueles que levaram Jesus para a cruz e o mataram. Você é assassino de Cristo ou é beneficiário do sangue de Cristo. Participar indignamente da Ceia e ser réu do corpo e do sangue de Cristo; é estar na mesma posição de Anás, Caifás, Pilatos e os soldados romanos que pregaram Jesus na cruz. Assim, só existem duas possibilidades: Você está debaixo dos benefícios do sangue de Cristo ou é réu do corpo e do sangue do Senhor. O apóstolo Paulo está dizendo que quem participa da Ceia indignamente se torna culpado de derramar o sangue de Cristo; isto é, coloca-se nao do lado dos que estão participando dos benefícios da Sua paixão, mas do lado dos que foram culpados por Sua crucificação.
Discernir o corpo! Que corpo? Paulo está falando de dois corpos aqui. O primeiro corpo é o corpo físico de Cristo. E o corpo que foi moído e traspassado na cruz. Contudo, há outro corpo que precisa ser discernido. E o corpo místico de Cristo. Qual é o corpo místico de Cristo? A Igreja!
Quando você vem para a Ceia, mas, despreza o seu irmão, fazendo acepção de pessoas, ou nutrindo mágoa em seu coração, você está participando da Ceia sem discernir o corpo. E se você participa da Ceia sem discernir o corpo, você está participando de forma indigna. 
A celebração da Ceia é um momento de autoconfronto. O auto-engano é um grande perigo. A igreja de Laodicéia olhou no espelho e disse: Estou rica e abastada. A igreja de Sardes disse: Eu estou viva! Mas, Jesus disse à primeira igreja que ela era pobre e miserável e a segunda que ela estava morta. Paulo é enfático: Julgue a si mesmo, examine a si mesmo para que você não seja julgado e condenado com o mundo. Matthew Henry diz que as ordenanças de Cristo podem nos fazer melhores, ou nos farão piores; se elas não nos quebrantarem e nos amolecerem; nos tornarão mais endurecidos.
Quando você julga a si mesmo, é disciplinado por Deus e a disciplina de Deus traz salvação, cura, e vida. Todavia, quando não julgamos a nós mesmos, nos tornamos auto- indulgentes, e o juízo torna-se inevitável. O juízo de Deus para o crente não é a perda da salvação nem a condenação eterna, mas a disciplina.
Na vida do crente, fraqueza, doença e morte podem ser disciplina de Deus para nos afastar de pecados mais terrí­veis e de conseqüências mais danosas. A disciplina de Deus visa a sempre nos fazer voltar para Ele e nos livrar da con­denação do mundo.