segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Resenha da 1 epistola de Pedro

INTRODUÇÃO

O Escritor. Esta carta pretende ser escrita pelo apóstolo Pedro (1:1). O autor também se intitula um ancião e testemunha dos sofrimentos de Cristo (5:1). Ele escreve com a ajuda de um Silvano (5:12) e fala de um Marcos que está com ele (5:13).
Ao tratar com qualquer manuscrito antigo, presume-se de início que o escritor é inteligente e honesto. Suas declarações sobre assuntos aparentemente dentro do seu âmbito de conhecimento, e particularmente qualquer afirmação sobre si mesmo e suas atividades, são consideradas dignas de crédito. A dita obra literária é estudada então em busca de consistência interna, e as obras de autores contemporâneos e posteriores são esquadrinhadas em busca de referências diretas a este autor ou à sua obra e de possíveis alusões à mesma, citações dela, ou quaisquer outras evidências de conhecê-la. A pressuposição original de autenticidade e exatidão não se altera até que estes estudos adicionais revelem qualquer evidência que force o contrário.
No ano 63 a.C., o general romano Pompeu conquistou Jerusalém. Desde então, os judeus, levados pelo profundo ódio e desprezo que Roma lhes inspirava, começaram a chamá-la de “Babilônia”, o nome da antiga cidade que evocava neles a imagem de um mundo pagão, blasfemo e corrupto.
A Igreja, como os judeus, também utilizou o nome de Babilônia para simbolizar a poderosa Roma imperial (cf. Ap 14.8; 16.19; 17.5; 18.2,10,21). E assim Pedro se refere a ela quando transmite aos destinatários da sua carta a saudação da igreja “que se encontra em Babilônia” (5.13).

Data e lugar de redação

A Primeira Epístola de Pedro (= 1Pe) não oferece dados que permitam identificar os seus leitores imediatos. Somente diz que viviam como “forasteiros” nos territórios de “Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1.1), cinco regiões do centro e Norte da Ásia Menor (atualmente Turquia). Tratava-se, provavelmente, de pequenos grupos cristãos, compostos por convertidos de origem gentílica e que faziam parte da “Diáspora” ou “Dispersão”. Em geral, esses grupos deviam a sua criação à obra missionária do apóstolo Paulo e dos seus colaboradores (1.14,18; 2.9-10; 4.3).Ainda que não tenhamos indicações precisas acerca do tempo de composição desta carta, acredita-se que foi muito próximo do ano 64, em Roma, pouco antes da grande perseguição que Nero desencadeou contra os cristãos daquela cidade.Mestres têm apontado para a semelhança com as obras paulinas (Harnack achava que I Pedro era demasiadamente imbUída do espírito do Cristianismo paulino para ser obra de Pedro), a relação da epístola com Tiago e sua indubitável afinidade com Hebreus. Mas outros mestres, principalmente Dr. Charles Bigg (St. Peter and St. Jude, no International Critical Commentary), argumentam que tais semelhanças podem ser interpretadas como reflexo de Pedro nesses outros escritos tanto quanto o inverso, que podem muito bem ser consideradas como pontos de vista e modo de falar comuns entre os cristãos dos tempos apostólicos, e que nada existe no fato que lance dúvidas sobre a individualidade do escritor de I Pedro ou que indique que este escritor não seja o apóstolo Pedro, conforme indica o primeiro versículo da epístola.
Outros mestres interpretam I Pedro como uma advertência antecipada contra a perseguição que se aproximava, para a qual as coisas já estavam se movimentando. Bigg destaca que as perseguições primitivas foram grandemente inspiradas pelo Sinédrio judeu, mas que os romanos logo perceberam que ali estava um tipo de vida incompatível com o paganismo, o qual, do seu ponto de vista, tinha de ser impedido. A perseguição de Paulo e Silas em Filipos parece que foi nesta base e sem instigação judia. Os missionários prejudicaram o"ganha-pão dos adivinhos pagãos. E a lei romana protegia ó direito de cada homem de ganhar o seu pão sem interferência.

Propósito

O texto de 1Pedro está redigido em um grego de notável nível literário. Em 5.12, aparece um dado interessante: “Por meio de Silvano… vos escrevo”. Isso pode significar que, mesmo que Pedro seja o autor e assinante do texto, para a sua redação contou com um secretário erudito. E, visto que Silvano é a forma latina do nome aramaico Silas, é possível supor que aqui se trata daquele que foi companheiro de viagem e colaborador de Paulo (At 15.22—18.5; cf. também 2Co 1.19; 1Ts 1.1; 2Ts 1.1).

O objetivo principal desta epístola é animar os seus leitores a manterem, em meio a aflições e perseguições, uma conduta pura, digna daqueles que professam a fé em Jesus Cristo (1.6-7; 2.12; 3.17; 4.1,4,12-16,19). Junto a esse objetivo primordial, os ensinamentos que a carta contém aparecem antes de mais nada como o indispensável suporte de uma exortação pastoral.


Capitulo 1


Versos 1-2: Humanamente falando, esta é uma proclamação direta da autoria da epístola. Só uma única pessoa poderia se identificar assim, o apóstolo Pedro. Negar essa reivindicação é caracterizar a epístola como "fraude sagrada" e levantar sedas dúvidas sobre como uma carta assim escrita poderia ser usada para orientação ética e espiritual. Aos . . . forasteiros da Dispersão. O grego poderia ser assim traduzido, aos estrangeiros residentes na dispersão. Eles não eram pessoas estranhas a Pedro, mas temporariamente residentes nas províncias da Ásia Menor mencionada por Pedro. Sua verdadeira cidadania estava no céu (cons. Fp. 3:20, gr.). O apóstolo, escrevendo especialmente para conforto desses peregrinos, alguns dos quais sem dúvida convertidos em resultado do seu sermão no Pentecostes, tomou imediatamente conhecimento da separação e até mesmo do ostracismo que os marcava entre seus vizinhos. A expressão "dispersão" estava cheia de significado pungente para os judeus dispersos. Pedro adapta esta figura aos seus leitores gentios.
Eleitos, segundo a presciência de Deus Pai. O Espírito Santo ajudou Pedro, até em suas palavras introdutórias, a antecipar um firme fundamento para o conforto que ia dar a esses cristãos que se sentiam cada vez mais sozinhos. Eles eram, na verdade, aqueles que foram escolhidos e preferidos por Aquele cujo favor é todo-importante. Como em outras passagens do N.T., a doutrina da eleição foi colocada em compatibilidade com a responsabilidade pessoal, conforme qualificada pela presciência de Deus (veja Rm. 8:29), e operando na vida real através de santidade concedida (santificação do Espírito, II Ts. 2:13). O resultado é obediência a Deus e purificação de corrupção incidental
através da contínua aspersão do sangue de Jesus Cristo (Hb. 12:24). Aos seus queridos irmãos assim saudados, Pedro deseja graça (a palavra grega sugere a saudação gentia Kaire! "Alegre-se!") e paz (reminiscência da saudação oriental Shalom! "Paz!"). Observe, também, a inclusão de referência a todas as três pessoas da Trindade nesta saudação.
Agora destacamos a palavra ELEITOS que no original é EKLEKTOS selecionar por implicação favorito escolhido adjetivo de Eklego escolher selecionar no sentido de pinça.


Versos 3-4: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Começando adequadamente com esta atribuição de louvor e crédito a Deus, a fonte de todo benefício, Pedro começa a esboçar um quadro de riqueza espiritual para os seus leitores, uma riqueza que permanece firme à disposição deles apesar de todas as provações e indignidades. Primeiro vem o fato do novo nascimento, visto que Deus nos regenerou (gr.), segundo a sua muita misericórdia, com a resultante posse de uma viva esperança, esta esperança e certeza centralizando-se no fato inteiramente comprovado e muitas vezes proclamado da ressurreição de Cristo.O resultado de um novo nascimento é uma nova herança, que foi descrita como incorruptível (indestrutível), sem mácula (sem mancha), imarcescível (fresca) e reservada (vigiada) nos céus para vós outros. Para os leitores de Pedro, que já tinham renunciado à sua parte na herança terrena de Israel, a prometida terra dos antepassados, e que também trilham de passar pela proscrição e privação dos bens terrenos (veja Hb. 10:34), este pensamento da verdadeira herança daria conforto e equilíbrio. Como isto nos faz lembrar as advertências de nosso Senhor aos seus discípulos para que convertessem suas propriedades terrenas em verdadeiras riquezas ! (por exemplo, Lc. 12:33,34).



Versos5-7: Que sois guardados pelo poder de Deus. Esta herança guardada é "para vós que estais guardados" (isto é, por uma guarnição militar). A palavra para guardados é a mesma palavra grega usada por Paulo em Fp. 4:7 - "E a paz de Deus ... guardará os vossos corações e os vossos
sentimentos". Mediante a fé. Esta é a resposta do cristão diante da provisão de Deus (cons. Hb. 10:38, 39). Para salvação preparada, para revelar-se no último tempo. Aqui está uma salvação já desfrutada, o significado pleno daquilo que aguarda uma revelação final (gr. apocalypse).O ouro é provado ou refinado mediante o fogo que tira a sujeira u impureza e deixa o metal puro .Referindo-se a perseguição que eles estavam sofrendo e iriam sofrer pelas mãos dos romanos.



Versos 8-9: O Deus invisível mais real esse é o nosso Deus que o grego chama de TEOS
Esse é o Deus que tem um plano em nossas vidas que nos pinçou para o seu reino  a expressão alma pode ser traduzida como pessoa.



Versos 10-12  A respeito desta que os profetas indagaram. Literalmente,
eles buscaram e investigaram. Eles estavam intrigados com o plano da salvação de Deus. Investigando . . . os sofrimentos referentes a Cristo, e sobre as glórias. A idéia de salvação accessível através de um Messias sofredor era um mistério para a totalidade dos judeus (Cl. 1:26, 27). A introdução de Pedro às profecias da glória mediante o sofrimento deviam ter grandemente encorajado seus leitores. Era o caminho profetizado nas Escrituras, o caminho trilhado pelo seu Senhor, e o caminho que eles mesmos estavam sendo convocados a percorrer.
Não para si mesmos, (os profetas) mas para vós outros ministravam. Um importante princípio na inspiração. Deus tem, às vezes, revelado através das Escrituras Sagradas mistérios além da compreensão dos escritores (cons. Dn. 12:8, 9). Aqui, então, está um evangelho que foi dado pelos profetas, proclamado pelos pregadores investidos com o Espírito Santo, objeto da admiração dos anjos.




Versos 13-14  Ele os exorta a se sentirem encorajados na tomada de consciência do amor de Deus (cons. Hb. 12:12, 13). Sede sóbrios. Uma injunção para considerar os fatos sensatamente, sem excesso de emoção e pânico (repetido em 4:7; 5:8). Esperai inteiramente (perfeitamente, com maturidade). A paciência cristã tem uma qualidade espiritual. É a "paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai" (I Ts. 1:3). Na graça que vos está sendo trazida (gr., que está sendo efetuada). Sem dúvida não podemos compreender isto inteiramente. Certamente inclui a redenção do corpo (Fp. 3:21; Rm. 8:23). Compare com a declaração do 14. Como filhos obedientes (E.R.C.). Literalmente, filhos da obediência (E.R.A.). Não vos amoldeis (cons. Rm. 12: 2) "com os fortes desejos que tínheis na antiga ignorância" (cons. Ef. 2:3). Os desejos da vida cristã foram mudados; mas se o cristão não vigiar, ele pode ainda ser "atraído e engodado pela sua própria concupiscência" (Tg. 1:14).




Versos 15-16: Segundo é santo aquele que vos chamou. A iminente volta de Cristo, a preciosa esperança do crente, também é um forte incentivo à santidade (I Jo. 3:3). Pois Cristo é santo. Lembre-se da embaraçosa conscientização de Pedro de seu próprio pecado e atraso quando subitamente foi confrontado com o Cristo ressurreto quando estava pescando no Mar da Galiléia uma certa manhã (Jo. 21:7). Isto faz pensar em uma situação semelhante quando pela vez primeira foi chamado pelo Senhor (Lc. 5:8). Procedimento, comportamento. Sede santos. Este era um mandamento muito bem conhecido de todos quantos conheciam o Pentateuco (Lv. 11: 44; 19:2; 20:7; cons. 5:48).



Versos 17-19 Pedro está falando com pessoas que oram e clamam a Deus por livramento da injusta perseguição, mas que deveriam perceber que o próprio Deus é um juiz. Com temor. Esta percepção produzirá um cuidado santo. O sábio se conhece pelo que é e a quem ele teme (Mt. 10:28). Não foi mediante coisas corruptíveis . . . que fostes resgatados. Aquelas eram pessoas simples e pobres. Pela segunda vez (cons. v. 7) Pedro se refere desdenhosamente à riqueza temporal quando comparada com a herança da salvação que não tem preço. Do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram. Pelo precioso sangue . . . de Cristo. A palavra precioso (gr., timios) é peculiaridade de Pedro. A ausência de pecado no Cordeiro, ou Seu sofrimento vicário, forneceram a base para uma nova e celestial escala de valores.


Versos 20,21. Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo . . . manifestado. O sofrimento de Cristo não foi uma emergência. Foi o melhor dos planos de Deus à vista do pecado do homem. Isto seria um pensamento confortador para os Santos que estavam, agora eles mesmos, sob grande pressão de vós. Melhor, através de vós. Cristo realmente foi manifesto através deles quando confiaram e esperaram no mesmo Deus que O ressuscitou dos mortos.





Verso22. Tendo purificado as vossas almas. Pedro apela para a autenticidade da conversão deles, uma realidade bem percebida pelos seus leitores. Eles já tinham sido purificados. Essa mudança de coração produzira "o amor fraternal, não fingido" (gr., philadelphia). Ele os exorta a seguir e praticar o mesmo princípio: amai-vos de coração uns aos outros ardentemente.


Versos 23-25. Fostes regenerados ... mediante a palavra de Deus. Como a regeneração parece frágil à mente humana, quando repousa, como o faz, apenas na palavra de Deus. Mas Pedro cita a grande afirmação de Isaías de que esta aparentemente frágil e invisível entidade – a Palavra de Deus - sobreviverá a todos os fenômenos naturais (Is. 40: 6-8). E esta é a palavra que dá significado à fé deles e a eles próprios.



Capitulo 2

Versos 1-2. A exortação a santidade e ao compromisso com Deus continua, ele usa alguns termos fortes como por exemplo a palavra malícia que no grego significa KAKIA-maldade depravação malignidade ou problema grosseria impiedade.Se Pedro está pedindo para deixar é porque existia pessoas assim.E no verso seguinte ele fala uma comparação com uma criança que ainda necessita de leite para crescer. As palavras gregas sugerem a fome impaciente e voraz da criancinha na hora da sua refeição. Pedro falou da palavra de Deus operando na regeneração deles (1:23-25). Agora ele insiste que os recém-nascidos cultivem um apetite sadio por esta palavra, a qual, embora poderosa, é simples ou autêntica (na tradução, genuíno) e elementar, como o leite. Deste modo seus leitores crescerão "para a salvação". Estas últimas palavras, encontradas em alguns dos melhores manuscritos, referem-se ao livramento final do crente (cons. 1:5,13).

Verso 3. Se é que já tendes a experiência. Eis aqui outro lembrete da
graça que eles já experimentaram (cons. Sl. 34:8).

Versos 4. Agora Pedro está se ocupando da grande e confortadora garantia de que os seus leitores, que estão sendo desprezados como gente sem origem e sem importância (cons. "estrangeiros", 1:1) pelos seus vizinhos, são membros de unta comunidade santa e gloriosa, a Igreja. Ele começa devidamente pela questão do relacionamento pessoal com Cristo, Ele mesmo rejeitado como eles, mas como eles eleito Jesus chega
a tocar no assunto em MT 21:36-46.

Verso 5. Aqui está uma identificação na natureza com Cristo. As mesmas palavras são usadas com referência aos crentes e ao Senhor. A passagem faz claramente lembrar as palavras do Senhor a Pedro, "Tu serás chamado Cefas (pedra)" (Jo. 1:42); e novamente, "Tu és Pedro (uma pedra), e sobre esta pedra (formação rochosa) edificarei" (Mt. 16:18). Observe que na presente passagem Pedro destaca o seu Senhor, não a si mesmo, no santo edifício que é a Igreja. Sois edificados casa espiritual. Compare Ef. 2:19-22. Considera-se que a Igreja transcende a glória do Templo judeu. O argumento nesta parte do capítulo, até I Pe. 2:10, pode dar a entender
que as indignidades e pressões experimentadas pelos crentes eram instigadas pelos judeus, embora aceitas também pelos gentios, e que só iriam ocorrer nos primeiros dias da igreja. Sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Considera-se que a oferta de Cristo abriu o Santo dos Santos a todos os crentes e suplantou os sacrifícios judeus. Por meio de Cristo, o homem antes pecador pode agora fazer uma oferta aceitável a um Deus santo (cons. Rm. 12:1, 2).

Versos 6,7 Agora Pedro cita sua fonte, Is. 28:16. É interessante observar que neste versículo de Isaías a ênfase foi colocada sobre a função da pedra como "o fundamento infalível" (cons. I Co. 3:11). Sem dúvida o gosto de Pedro por esta figura vem do uso que nosso Senhor fez dela (Mt. 21:42), segundo as palavras de Sl. 118:22,23. O próprio Pedro usou-a diante do Sinédrio: "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores" (Atos 4:11).

Versos 8,10. Aqui foi usada a forma nominal de "precioso"; literalmente, uma honra, uma coisa estimada. Aqui está uma simples representação de Cristo como o Salvador e Juiz. Misericórdia rejeitada transforma-se em condenação. Isto, novamente, era doutrina de Cristo (Mt. 21:44; Jo. 12:48). Na presente passagem os crentes são colocados em contraste com os descrentes. A fé, então, aparece como obediência ou disposição básica (cons. "obedientes à fé", Atos 6:7).A palavra adquirido no grego PERIPOIESIS comprar ato ou coisa preservação obter comprar algo peculiar possessão. Geração eleita Isaias 43:20 Ap 1.6. Sucessão de descendentes em linha reta: pais, filhos, netos, bisnetos, trinetos, tataranetos (Sl 112.2; Mt 1.17).Conjunto de pessoas vivas numa mesma época (Dt 32.5; Fp 2.15).

Verso 11 e 12. A ideia que Pedro passa lembra muito a de Paulo em Rm 12.1-2, e a ideia de combate nos fala de guerra uma palavra muito usada nos últimos dias porem essa guerra que Pedro cita acontece todo dia dentro de nos.O Cristianismo pela sua própria essência opunha- se às vaidade do paganismo em tudo. Portanto era em si mesmo um crime "que em toda parte se fala contra" (Atos 28:22). Como o justo Noé, "condenava o mundo" (Hb. 11:7).

Versos 13,17. Aqui ele vai tratar de um tema interessante vem sendo discutido durante anos submissão a autoridades.O governo da sua época era do império romano. Romanos 13:1 nos da uma luz no novo testamento aparece como Cesar Nome de uma família romana, da qual Caio Júlio César foi o membro mais famoso. Com o tempo, “César” se tornou o título oficial dos imperadores romanos (Lc 20.25). No NT são mencionados quatro césares: AUGUSTO, TIBÉRIO, CLÁUDIO e NERO.
Então sujeitar-se é Dar o poder de dominar (Hb 2.5,8).Conformar-se (Gn 49.15,Obedecer (2Sm 22.45; Ef 5.21-24).Ele termina dizendo honrai a todos como Paulo também diz em Rm 13:6-7.

Agora ele vai tratar sobre trabalho

Versos 18-20.  A palavra servo no grego quer dizer escravos O homem cheio do Espírito é capaz de cumprir ordens irracionais, sim, inteiramente impossíveis em qualquer outra base. "Amar os vossos inimigos", "oferece a outra face" – só podem ser obedecidas mediante a completa submissão Àquele que orou pelos seus crucificadores, "Pai, perdoa-lhes". Isto é grato. A recompensa começa onde o racional termina. Aquele que serve a Deus sem o transcendente amor divino, edifica com madeira, palha e restolho. Que glória há. . . ? Compare com as perguntas de Jesus em Lc. 6:32-36. Grato a Deus. A palavra grato é o grego karis, que tem uma linda força dupla de "graça" e "favor". Pode ser assim entendido, "Quando vocês fazem o bem, e sofrem com paciência, isto alcança a graça de Deus" ou "o favor de Deus".

Versos 21-23. Aqui, é claro, está a personificação do amor divino. Aqui está o nosso modelo. O qual não cometeu pecado. Portanto todo o castigo e indignidade para com Ele foram sem motivos. Pois ele . . . não revidava com ultraje . . . mas entregava-se. Aqui está o cumprimento perfeito do princípio de Rm. 12:19, 20: "Minha é a vingança . . , diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer". Eis aqui o amor perfeito para com Deus e o homem.

Verso 24. Pedro faz seus leitores de lembrarem que isto foi feito por eles. Para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça. Ele dá a entender que a morte de Cristo foi mais do que um exemplo. Participando da Sua cruz eles participarão de Sua vida triunfante. Por suas chagas ,chama a atenção para três linhas no pensamento de S. Pedro no que se refere à expiação: o cordeiro pascal "imaculado e incontaminado" (1:19), o servo sofredor de Is. 53, "pelas suas feridas fostes sarados", e o bode expiatório, "levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro".

Verso 25. Pedro esteve insistindo com seus leitores a que partilhassem dos sofrimentos de Cristo. Tal como Ele ordenou (Lc. 14:27, etc.), deviam segui-lo, tomando a cruz. Mas eles já tinham dado o primeiro passo na participação da cruz; antes ovelhas desgarradas, foram convertidos ao Pastor e Bispo (administrador) suas almas. Também da alusão a Isaías 53:6.





Capitulo 3

Verso 1 a 7= Pedro vai tratar sobre o casamento e o modo que marido e mulher deve se postar.Ele começa dizendo que a mulher deve estar sujeita ao seu marido a palavra sujeitar no português
1-reduzir à sujeição ou obediência2 dominar, submeter, subjugar3.reprimir, sufocar4.constranger, obrigar5.expor (a algo mau)6.prender, segurar.
No grego é HUPOTASSO subordinar,obedecer estar sob obediência colocar debaixo subjugar colocar em ordem Ef. 5:22; Cl. 3:18.Casta no grego é HAGNOS limpo puro santo inocente.
Em relação ao adorno ou enfeite não devem ser exagerado ate porque Ela não deve chamar a atenção pela artificialidade do penteado, das jóias, ou roupas aparatosas, mas deve se distinguir pelo espírito manso e tranqüilo tão raro no mundo e tão estimado por Deus. As esposas dos patriarcas são apontadas como exemplo de comportamento (v. 5). Ao que parece os enfeites espalhafatosos e chamativos são considerados contrários ao espírito de modéstia diante dos maridos. A mesma implicação parece existir em I Tm. 2:9-12. A modéstia nas roupas de uma mulher está associada com a devida modéstia de comportamento. Ao que parece, a fé cristã implica em um padrão diferente de roupas e enfeites que o mundo usa. Sara foi respeitadora da liderança de Abraão, chamando-lhe senhor (Gn. 18:12). O versículo 6 lembra àquelas mulheres cristãs que são filhas adotivas de Sara: "Cujas filhas vocês se tomaram, fazendo o bem e estando sujeitas em absoluto temor".7. Maridos, vós, igualmente. Passando agora às implicações da santidade no marido, Pedro prescreve que o relacionamento conjugal deve existir em termos de consideração mútua com discernimento. Eis aí o oposto do egoísmo. Tendo consideração para com a vossa mulher.A palavra tendo (gr. aponemo’) indica uma tarefa deliberada, uma
propositada canalização de honra (relacionada com "precioso") concedida à esposa, que diante da graça de Deus é co-herdeira. Para que não se interrompam as vossas orações. Ressentimentos que se originaram da conduta egoísta no lar toma impossível a oração eficaz. A oração eficaz tem de ser "sem ira" (I Tm. 2:8).

Versos 8,11Agora Pedro vai falar de um outro tipo de amor o filadelfia amor fraterno ele diz que todos devemos sentir a mesma coisa ter os mesmos sentimentos bons Mateus 18   32 Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; 33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?



10-13. Pois quem quer amar a vida. O apóstolo cita Sl. 34:12-16 para consubstanciar sua doutrina de que este esvaziamento do ego orientado pelo Espírito e com o seu poder é na realidade uma vida de bênção, cujos resultados são guardados pelo Senhor, cujos olhos... repousam sobre os justos, e ... ouvidos estão abertos às suas súplicas. Ora, quem é que vos há de maltratar. . . ? Isto nos faz lembrar da nota que Paulo acrescentou a sua descrição do fruto do Espírito - "contra estas coisas não há lei" (Gl. 5:23). Como princípio generalizado, admitindo as exceções ocasionadas pela ira do adversário, as pessoas não são punidas pelo bem que fazem. Este princípio é justamente a confirmação de que o sofrimento imerecido não perdurará.

Versos 14-18 Pedro diz para não temermos os que nos fazem mal Isaias 8:12-13.A atitude descrita é de mansidão e temor, ainda que de prontidão. Esta também é uma qualidade concedida pelo Espírito. Faz lembrar a advertência de Cristo, "o que vos for dado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo" (Mc. 13:11). Lembra a apologética irrespondível de Estêvão (Atos 6:10) e Paulo (Atos 24:25; 26:24-28). Com boa consciência.
Está se considerando o sofrimento que Deus permite para realização do bem. Novamente Cristo é apresentado como o exemplo (cons. 2:24), cujos sofrimentos resultaram na reconciliação dos homens perdidos com Deus, além de Sua própria vindicação através de Sua ressurreição pelo poder do Espírito Santo.

Versos 19-22 Para entendermos melhor esse verso devemos por em paralelo com  EF 4.8-10, Pedro tambem cita o batismo temos pelo menos tres tipos imersão aspersão e afusão.


DIFERENÇA ENTRE ASPERSÃO, IMERSÃO E INFUSÃO: Aspersão: é o ato ou efeito de aspergir, que significa orvalhar, molhar, respingar, borrifar (com pequena gostas de água ou outro líquido).Exemplo: Na Igreja Anglicana o batismo é realizado por aspersão. Imersão: é o ato ou e-mail marketing efeito imergir (-se), que quer dizer penetrar na água, afundar, mergulhar.Exemplo: A maioria das igrejas evangélicas realiza o batismo por imersão. Infusão (de infundir, que significa derramar): consiste no derramamento de um pouco de água sobre o recém-nascido. Exemplo: No catolicismo pratica-se a infusão.


















A palavra batismo deve ser interpretada como representação visível da libertação por intermédio de Cristo da mesma maneira como a arca representava a libertação das aguas do diluvio.Quando o crente aceita Jesus se salva e quando se batiza ele se identifica com aquele que lhe salvou Marcos 16:16.


Capitulo 4

Versos 1-4 Ora, tendo Cristo sofrido . . . armai-vos . . . do mesmo pensamento. Filipenses 2:5 usa a forma verbal de "pensamento" e insiste, "pensem o mesmo". A idéia aqui é muito parecida. Uma palavra grega diferente foi usada, sugerindo a individualidade de ambos, Pedro e Paulo. Cristo foi visto como o exemplo do crente e canal de poder para enfrentarmos o sofrimento.Aquele que sofreu na carne deixou o pecado. Agora Pedro está enfrentando a morte tal como ela se depara ao homem (cons. Rm. 7:1-4), libertando-o de todo o desejo e submissão ao pecado. Imediatamente ele faz o paralelo espiritual. Aquele que participou da cruz de Cristo já não está mais vivo para a influência do pecado através dos comuns desejos humanos, mas está vivo apenas para a influência da vontade de Deus (Gl. 6:14).Porque basta o tempo decorrido. Literalmente, basta que no tempo passado fizéssemos a vontade dos gentios. Segue-se então um catálogo dos feios pecados observáveis fora da graça de Deus. Faz-nos lembrar uma das listas de Paulo das obras da carne em Gl. 5:19-21. Por isso, difamando-vos, estranham. As vidas transformadas dos crentes fazem deles pessoas estranhas, quase "estrangeiros", dando lugar à
condenação dos gentios e uma difamação autodefensiva e insolente dos cristãos.

Versos 5-7 Mas é a Deus e não aos homens que terão de responder. E o juízo de Deus se aplicará a ambos, aos que ainda estão vivos e aos que já morreram. Dependendo da interpretação que se dá ao versículo 6, este julgamento pode ser considerado tanto uma vindicação dos crentes como uma condenação dos pecadores não arrependidos. No V.T., particularmente nos Salmos, o juízo costuma ser considerado uma vindicação pelos justos.
Pois, para este fim foi o evangelho pregado também a mortos.
Alguns relacionam este versículo com 3:19,20. Longe acha que os dois versículos se referem a uma evangelização pós-crucificação dos antediluvianos incrédulos por Cristo, mais uma oferta de salvação que sem dúvida foi aceita por muitos deles. Há muitas outras gradações de interpretações. Nós achamos que a sugestão de Scott, modificada por John Owen, é digna de mérito, com o seguinte sentido: "Tendo em vista este fim (isto é, o juízo final há pouco mencionado) o evangelho foi pregado também àqueles (mártires) agora mortos, para que eles pudessem ser (como foram) julgados na carne (e condenados ao martírio) segundo o padrão dos homens, mas pudessem viver no Espírito de acordo com Deus". Aqui, então, está o ensinamento que, à vista do juízo final, os mortos martirizados estão em situação muito melhor do que os gentios incrédulos do versículo 3.Ainda focalizando o Juízo, o apóstolo impõe uma atitude de autocontrole (sede, portanto, criteriosos).

Versos 8-11 Tende ardente (E.R.C.) (intenso, E.R.A.) amor. Aqui está
novamente o amor divino (gr., agape) como em I Coríntios 13, o amor que perdoa os pecados e erros dos outros.Aqui está um amor que usa de hospitalidade sem murmuração. Literalmente, amor aos hóspedes sem murmurações. É colocar-se a si e aos seus recursos alegremente à disposição dos outros.
10. Servi ... cada um conforme ... que recebeu. O "dom" recebido
é um karisma, uma graça, que torna seus possuidores despenseiros da multiforme graça de Deus. Esta graça deve ser administrada (gr., diakoneo; cons. "diácono") aos outros, o melhor método também para continuar sendo desfrutado pelo possuidor original. Aqui está novamente a participação dedicada de bênçãos espirituais.
11. Se alguém fala. O apóstolo estende a idéia da mordomia introduzida no versículo 10. Aquele que fala na igreja deve tomar o cuidado de apresentar o que Deus diz (gr., logia), e não suas próprias palavras. O administrador (serve, gr., diacono) deve servir com o poder que Deus lhe dá abundantemente. Sempre deve-se ter em vista que em todas as coisas seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo. Aqui Pedro insere uma bênção, dando glória a Deus pelo que acabou de dizer.


Versos 12-19 Não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós.
Pedro adverte seus leitores para que não sejam tomados de surpresa, aparentemente indicando uma provação mais severa do que qualquer outra que tivessem experimentado. Este versículo aplica-se bem à perseguição de Nero, quando os cristãos foram queimados à noite como lanternas nos jardins do imperador. Pedra, em Roma, temia que esta virulência logo se espalharia às províncias.Alegrai-vos ... co-participantes dos sofrimentos de Cristo.Aqui está a participação física da cruz de Cristo para a qual a participação espiritual (2:24) foi um preparativo adequado. A advertência para que se alegrem faz lembrar as palavras de Jesus em Mt. 5:12. Na revelação de sua glória. Ou, no tirar do véu (gr., apocalypsis) da sua glória. Uma "ressurreição melhor" (Hb. 11:35) estava diante deles.Eis outra bem-aventurança. Sobre vós repousa o Espírito . . . de Deus. Deus fica ao lado dos Seus mártires. O Espírito Santo ministra graça especial. Lembre-se de Estêvão morrendo radiante (Atos 6:15; 7:55). Enquanto os homens rangem os dentes e blasfemam, a serenidade dos
mártires glorifica a Deus.Pedro adverte contra o pecado.como cristão. Plínio, escrevendo mais tarde, fala de um castigo por causa do "nome propriamente dito" (isto é, "você é cristão?"). Sob tais circunstâncias, Pedro reitera, não se envergonhe
disso; antes glorifique a Deus com esse nome.A ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada.Fazendo alusão talvez a Ez. 9:6, o apóstolo encara estas perseguições como divinamente permitidas para purificação dos crentes sofredores, e como um prenúncio de destino terrível dos ímpios.Que entreguem o seu caso ao seu Criador, como Cristo
o fez (2:23). Ao fazê-lo, anunciam a calma deste amor divinamente implantado que lança fora o temor (cons. I Jo. 4:18).


Capitulo 5

Versos 1-4 Pedro vai tratar do ministério pastoral Mas esta graça, na agonia, também é um maravilhoso princípio de vida. Pedro se dirige aos presbíteros. Ele mesmo se intitula presbítero e testemunha (gr., múnus, "mártir") dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória futura.Lembrando que a palavra presbíteros no original é um ancião uma pessoa mais velha,veterano MT 16:21, AT 4:5 LC 7:3 At11:30,14:23,20:17,20:28. Não nos fazem pensar nas palavras de Cristo a Pedro, "Apascenta as minhas ovelhas?" (Jo. 21:15-17). Talvez a designação ministerial "pastor", conforme aplicada aos "presbíteros" tenha sua origem aqui. Não por constrangidos, mas espontaneamente (com consentimento) como Deus quer (acrescentado por certos bons MSS); nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes tomando-vos modelos (tipo) do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar. Faz lembrar o discurso de nosso Senhor sobre o bom pastor (Jo. 10:1-16), sem dúvida ouvido por Pedro. Cristo concederá aos seus vice-pastores a imarcescível coroa da glória.Veja que interessante aquele que negou Jesus foi chamado para ser um pastor e ja velho experiente convertido diz para a nova geração apascentai no original POIMEN pastor, alimentar um rebanho governar com severidade (Jo 21,15-19).Outro ponto notável no texto é que ele diz não por força e como tem pastor forçado em algumas igrejas eles dizem que foram obrigados que não tiveram opção porem a bíblia diz voluntariamente e não por dinheiro veja como a Bíblia se interliga com o nosso tempo. Faz lembrar o discurso de nosso Senhor sobre o bom pastor (Jo. 10:1-16), sem dúvida ouvido por Pedro. Cristo concederá aos seus
vice-pastores sumoPastor pastor chefe nos faz lembrar as palavras do mestre.

Versos 5-9 o Assunto é para o jovens

Ancião é o pastor então diz que o jovem tem que obedecer os pastores e O
espírito dos anciãos deve ser carinhoso e respeitoso, um exemplo fácil e natural para os mais jovens seguirem. Todos devem estar revestidos (envolvidos em) de humildade, merecendo assim a graça de Deus que é tanto a causa como o resultado da humildade. Pedro cita Pv. 3:34 (LXX) para apoio de sua doutrina (cons. Tg. 4:6) e reforça sua admoestação (cons. Tg. 4:10). Aquele que é humilde pela graça, pode descansar, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (ele se preocupa convosco).8,9. Sede sóbrios (calmos) e vigilantes . . . vosso adversário (oponente em uma ação judicial) . . . anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar. Esta passagem pode ser uma velada referência a Nero ou ao seu anfiteatro com os leões. Resumindo, é um diabo pessoal. Resisti-lhe. Compare Tg. 4:7. A determinação cristã provoca a ajuda divina. E o conhecimento do que a irmandade espalhada pelo mundo sofre as mesmas aflições tende a tomar os cristãos em dificuldades mais firmes na fé.

Versos 10-14 conselhos e saudações finais
10. Ora, o Deus de toda a graça. Pedro insistiu com eles a que exibam as graças consistentes com a sua vocação. Agora ele os entrega ao Deus de toda a graça que em Cristo vos chamou à sua eterna glória.
Esta menção final da vocação de Deus faz-nos lembrar seu pensamento introdutório relativo à vocação dos leitores (1:2). Esta glória, novamente, deve ser depois de terdes sofrido por um pouco. Os verbos que vêm a seguir são futuros simples ... nos há de aperfeiçoar (ou fará que sejam aquilo que devem ser), firmar (a palavra que Cristo usou dirigindo-se a Pedro, "Confirma teus irmãos" (Lc. 22:32), fortificar e fundamentar.
11. A Ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Pedro termina sua mensagem com uma bênção.12. Por meio de Silvano . . . vos escrevo. Há quem ache que Silvano foi apenas o mensageiro, mas esta declaração parece ser bastante ampla para encaixar a probabilidade de que Silvano – geralmente aceito como o Silas da segunda viagem missionária de Paulo – serviu realmente de secretário quando I Pedro foi escrita.
Esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes. Aqui Pedro transmite saudações da eleita (gênero feminino) em Babilônia. Há quem ache que sejam saudações da esposa de Pedro, uma pessoa nobre que acompanhou Pedro em suas viagens e que, segundo a tradição, sofreu o martírio antes do seu marido. Ela devia conhecer bem os leitores de Pedro. Meu Filho Marcos. Sem dúvida uma indicação de que João Marcos estava com Pedro na ocasião.
14. Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor (gr., agape, "divino amor"). Paz a todos vós que vos achais em Cristo. A carta termina com a tônica do amor divino e a paz em Cristo, superior a todas as forças oponentes e considerações.