quarta-feira, 23 de julho de 2014

O vinho e a Bíblia

Estudo sobre o vinho

Texto base:Lc 7.33,34: "Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio.Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores.

História do vinho

É provável que o Egito recebia suas videiras, pelo rio Nilo, de Canaã (Líbano, Israel, Jordânia e parte da Síria) ou da Assíria (Parte do Iraque e da Arábia Saudita) ou, ainda da região montanhosa da Núbia ou da costa norte da África.
Há inúmeras lendas sobre onde teria começado a produção de vinhos e a primeira delas está no Velho Testamento. O capítulo 9 do Gênesis diz que Noé, após ter desembarcado os animais, plantou um vinhedo do qual fez vinho, bebeu e se embriagou. Entre outros aspectos interessantes sobre a história de Noé, está o Monte Ararat, onde a Arca ancorou durante o dilúvio. Essa montanha de 5.166 metros de altura é o ápice dos Cáucasos e fica entre a Armênia e a Turquia. Entre as muitas expedições que subiram o monte a procura dos restos da Arca, apenas uma, em 1951, encontrou uma peça de madeira.
A questão mais complicada é onde morou Noé antes do dilúvio. Onde quer que ele tenha construído a Arca, ele tinha vinhedos e já sabia fazer o vinho. As videiras, logicamente faziam parte da carga da Arca. Uma especulação interessante é que Noé teria sido um dos muitos sobreviventes da submersão de Atlântida. Uma lenda basca celebra un herói chamado Ano que teria trazido a videira e outras plantas num barco. Curiosamente, o basco é uma das mais antigas línguas ocidentais e "ano”, em basco, também significa vinho. Na Galícia também existe uma figura legendária denominada Noya que os sumérios da Mesopotâmia diziam ser uma espécie de deus do mar denominado Oannes. Também interessante é que, na mitologia grega, Dionísio, deus do vinho, foi criado por sua tia Ino, uma deusa do mar, e a palavra grega para vinho é "oinos".
O épico babilônico Gilgamesh, o mais antigo trabalho literário conhecido (1.800 a.C.) também conta também uma história de Upnapishtim, a versão babilônica de Noé. Esse homem também construiu uma Arca, encheu-a de animais, atracou-a numa montanha, soltou sucessivamente três pássaros sobre as águas e finalmente sacrificou um animal em oferenda aos deuses. No entanto, Upnapishtim não fez vinho. O vinho aparece em outra parte dos escritos, na qual o herói Gilgamesh entra no reino do sol e lá encontra um vinhedo encantado de cujo vinho obteria, se lhe fosse permitido bebê-lo, a imortalidade que ele procurava.
O vinho está relacionado à mitologia grega. Um dos vários significados do Festival de Dionísio em Atenas era a comemoração do grande dilúvio com que Zeus (Júpiter) castigou o pecado da raça humana primitiva. Apenas um casal sobreviveu. Seus filhos eram: Orestheus, que teria plantado a primeira vinha; Amphictyon, de quem Dionísio era amigo e ensinou sobre vinho; e Helena, a primogênita, de cujo que nome veio o nome da raça grega.

A história do vinho tem grande importância histórica, pois o seu surgimento em tempos remotos tornou-o um produto que acompanhou grande parte da evolução econômica e sócio-cultural de várias civilizações ocidentais e orientais.


Vinhas na região do Minho, Portugal
A origem do vinho. O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, embasados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro vinho do mundo ("E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha." Gênesis, capítulo 9, versículo 20). Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilônicas, sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do povo sob perspectiva.

Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu antes da escrita. Os enólogos dizem que a bebida surgiu por acaso, talvez por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nômades se tornaram sedentários. Existem referências que indicam a Geórgia como o local onde provavelmente se produziu vinho pela primeira vez, sendo que foram encontradas neste local graínhas datadas entre 7000 a.c. e 5000 a.c.


Entre os egípcios
Os egípcios foram os primeiros a registrar em pinturas e documentos (datados de 1000 a 3000 a.C.) o processo da vinificação e o uso da bebida em celebrações. Os faraós ofereciam vinhos e queimavam vinhedos aos deuses; os sacerdotes usavam-nos em rituais; os nobres, em festas de todos os tipos; as outras classes eram financeiramente impossibilitadas de sua compra. O consumo de vinho aumentou com o passar do tempo e, junto com o azeite de oliva, foi um grande impulso para o comércio egípcio, tanto o interno quanto externo. Os primeiros enólogos foram egípcios.

A partir de 2500 a.C., os vinhos egípcios foram exportados para a Europa Mediterrânea, África Central e reinos asiáticos. Os responsáveis por essa propagação foram os fenícios, povo oriundo da Ásia Antiga e natos comerciantes marítimos. Em 2 mil a.C., chegaram à Grécia.

Na Grécia

Dionísio–Baco, deus do vinho (s. II, Prado, Madrid).
Cultivado ao longo da costa do Mediterrâneo, o vinho seria cultural e economicamente vital para o desenvolvimento grego.

No mundo mitológico, Dionísio, filho de Zeus e membro do primeiro escalão do Olimpo, era o deus das belas artes, do teatro e do vinho. A bebida tornou-se mais cultivada e cultuada do que jamais fora no Egito, sendo apreciada por todas as classes.

A partir de 1000 a.C., os gregos começam a plantar videiras em outras regiões européias. A bebida embriagou a Itália, Sicília, seguindo à península Ibérica. Os gregos fundaram Marselha e comercializaram o vinho com os nativos, sendo este o primeiro contato entre a bebida e a futura França.

Para o gosto contemporâneo, o vinho daquela época era bastante incomum. Homero o descreveu delicado e suave, mas apesar do romantismo e das tradições festivas que a bebida evocou na época, o vinho da Antiguidade "era ingerido com água do mar e reduzido a um xarope tão espesso e turvo que tinha que ser coado num pano e dissolvido em água quente", afirma o historiador inglês e enólogo Hugh Johnson, autor do livro A História do Vinho' (CMS Editora)'.

Em Roma
Fundada em 753 a.C., Roma era inicialmente uma vila de pastores e agricultores. A partir do século VI a.C., começou a se expandir e, já em 146 a.C., a península Itálica, o Mediterrâneo e a Grécia estavam anexados ao seu território.

Os vinhedos eram cultivados em áreas interioranas e regiões conquistadas. Os romanos levavam o vinho quase como uma “demarcação de território”, uma forma de impor seus costumes e sua cultura nas áreas que conquistavam. Dessa forma, o vinho terminou virando a bebida dos legionários, dos gladiadores, das tabernas enfurnadas de soldados. Junto com os romanos, os vinhedos chegaram à Grã-Bretanha, à Germânia e, por fim, à Gália ― que mais tarde viria se chamar França.

Diferentemente do que se leu nas histórias de Asterix, Roma não tardou em conquistar toda a região da Gália. Sob o comando do imperador Júlio César, enfrentaram os gauleses e, seguindo pelo vale do Rhône, chegaram até Bordeaux. A disseminação das videiras pelas outras províncias gaulesas foi imediata, e pode ser considerada um dos mais importantes fatos na história do vinho. Nos séculos seguintes, cidades como Borgonha e Tréveris surgiram como centros de exportação de vinhos, que inclusive eram superiores aos importados.

A predileção da época era pelo vinho doce. Os romanos colhiam as uvas o mais tardar possível, ou adotavam um antigo método, colhendo-as imaturas e deixando-as no Sol para secar e concentrar o açúcar.

Diferente dos gregos, que armazenavam a bebida em ânforas, o processo romano de envelhecimento era moderno. O vinho era guardado em barris de madeira, o que aprimorava o sabor do vinho (o mesmo ainda é feito no cultivo das videiras ao sul da Itália e de Portugal). Ao lado do Império, o vinho atingiu o apogeu nos séculos I e II.

Na mesma época, as hordas bárbaras que atacavam Roma aumentavam, e as guerras se tornaram incessantes, fazendo declinar o Império. Sua divisão em duas partes, a Ocidental (sede em Roma) e Oriental (sede em Constantinopla) piorou o controle da situação política e econômica, defasando vários setores. O vinho importado se tornou superior, diminuindo o lucro dos vinhedos romanos e tornando a vinicultura interna cara e fraca. As inúmeras baixas do exército e a constante perda de terras fizeram o Império Romano dar seus últimos passos. Em 476, após a queda do último imperador, o Império Romano Ocidental entrou em colapso. Mas o vinho já não fazia parte de Roma. Era maior, assumira vida própria.

Nos tempos atuais
Já com a Revolução Industrial, no século XVIII, o vinho perdeu muito em qualidade, porque passou a ser fabricado com técnicas bem menos rústicas, para possibilitar sua produção em massa e venda barata. Embora as antigas tradições tentassem ser preservadas em regiões interioranas francesas, italianas e alemãs, a produção vinícola sofreu modificações irremediáveis para adaptar-se ao mundo industrializado.

No século XX, a vitivinicultura evoluiu muito, acompanhando os avanços da tecnologia e da genética. O cruzamento genético das cepas das uvas, a formação de leveduras transgênicas e a produção mecanizada elevaram substancialmente a qualidade e o sabor do vinho, feito sob medida para agradar os mais diversos paladares.

Portugal

Um dos vinhos portugueses mais célebres e de grande exportação é o Vinho do Porto.
A introdução da produção vinícola em Portugal continua encoberta por questões ainda não resolvidas em termos de investigação. A primeira referência existente ao consumo de esta bebida fermentada no território em que hoje está localizado Portugal é de Estrabão, que em sua obra, Geographia, observa que os habitantes do Noroeste da Península Ibérica já consumiam vinho, embora de forma bárbara (Livro III).

A primeira referência à produção vinícola em Portugal é de 989, provindo do Livro de Datas do Convento de Fiães, sendo a zona do Douro a mais antiga região demarcada no mundo.

Os vinhos portugueses sempre caracterizaram-se por uma grande variedade de uvas regionais, o que dá um sabor especial ao produto de cada região.

Durante o governo de Salazar, foi incentivado o cultivo de uvas mais comerciais, sendo que, após a Revolução dos Cravos (1974) se voltou a incentivar o cultivo das variedades regionais.

Brasil
A história do vinho no Brasil inicia-se com o descobrimento, em 1500, pelo navegador português Pedro Álvares Cabral. Relatos[1] [2] indicam que as treze caravelas que partiram de Portugal carregavam pelo menos 65 mil litros de vinho, para consumo dos marinheiros.

As primeiras videiras foram introduzidas no Brasil por Martim Afonso de Sousa, em 1532, na capitania de São Vicente. As cultivares, que posteriormente se espalhariam por outras regiões do Brasil, eram da qualidade Vitis vinifera (ou seja, adequadas para a produção de vinho), oriundas de Portugal e da Espanha.

No mesmo ano, o fundador da cidade de Santos, Brás Cubas, foi o primeiro a tentar cultivar videiras de forma mais ordenada. No entanto, da mesma forma que a tentativa precedente, não obteve muito êxito. Em parte, o insucesso da produção de vinhos deu-se pelo protecionismo comercial exercido por Portugal, tendo a corte inclusive proibido o cultivo de uvas, em 1789.

No Rio Grande do Sul, as primeiras videiras foram introduzidas pelos padres jesuítas ainda em 1626, posto que necessitavam do vinho para os rituais da missa católica. A introdução de cultivares européias no Rio Grande se deu com a chegada dos imigrantes alemães, que obtiveram bons resultados.

As videiras americanas, especialmente das espécies Vitis labrusca e Vitis bourquina (variedades Isabel, Concord e outras) foram importadas em 1840 pelo comerciante Thomas Master, que as plantou na Ilha dos Marinheiros. Estas uvas serviam basicamente para o consumo in natura, na forma da fruta fresca ou passas, mas se adaptaram tão bem ao clima local que logo começaram a ser utilizadas para a produção de vinho.

A viniviticultura gaúcha teve um grande impulso a partir de 1875, com a chegada de imigrantes italianos, que aportaram com videiras trazidas principalmente da região do Vêneto - e uma forte cultura de produção e consumo de vinhos. Apesar do sucesso inicial, as videiras finas não se adaptaram ao clima úmido tropical e foram dizimadas por doenças fúngicas. Porém, com a adoção da variedade Isabel, então cultivada pelos colonos alemães no Vale do Rio dos Sinos e no Vale do Caí, deu-se continuidade à produção de vinhos que, embora de qualidade duvidosa, espalhou-se para outras regiões do país, tornando-se base do desenvolvimento da vitivinicultura no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

Mas foi somente a partir da década de 1990 que vinhos de maior qualidade passaram a ser produzidos, com crescente profissionalização e a adaptação de uvas finas (Vitis vinifera) ao clima peculiar da Serra Gaúcha. A região produz hoje vinhos de qualidade bastante satisfatória e crescente.

Outra região que está a crescer e a firmar-se como produtora de vinhos é o Vale do São Francisco, situado nos estados de Pernambuco e Bahia. Como em todas as regiões, a viticultura é fundamental desempenhando aqui um factor primordial pois devido às características climáticas, esta região é a única do mundo a produzir vinhos de qualidade oriundos de duas colheitas por ano.

Destaca-se no Brasil a produção de espumantes, que se beneficiam de um clima bastante favorável. Os espumantes brasileiros são hoje classificados como vinhos de boa qualidade, mas ainda carentes de distribuição mundial e reconhecimento.

O consumo vinho no Brasil ainda é muito pequeno e restrito apesar do forte impulso que o mercado recebeu nos últimos 30 anos. O hábito de beber vinho, sempre presente nas mesas mais abastadas e também dos imigrantes europeus, chegou ao brasileiro médio com o início da importação de vinhos europeus entre os anos 70 e 80 dos famosos rieslings de garrafa azul, de baixo custo e, diga-se, de péssima qualidade, mas que caiu no gosto popular. O tempo e a apuração do paladar fez com que o brasileiro passasse a exigir produtos melhores provocando a importação de novos rótulos e maiores cuidados com a produção nacional levando o vinho, de fato, a fazer parte da mesa brasileira.


O que a biblia diz sobre o vinho.


A palavra grega para "vinho", em Lc 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a dois tipos bem diferentes de suco de uva:

(1) suco não fermentado, e (2) vinho fermentado ou embriagante. Esta definição apóia-se nos dados abaixo.

(1) A palavra grega oinos era usada pelos autores seculares e religiosos, antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva, em referência ao suco fresco da uva (ver Aristóteles, Metereologica, 387.b.9-13).

(a) Anacreontes (c. de 500 a.C.) escreve: "Esprema a uva, deixe sair o vinho [oinos]" (Ode 5).

(b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama de oinos o suco dai produzido (Georgica, fragmento 86).

(c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando as uvas são espremidas produzem "jarros de vinho [oinos]" (citado por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3 - 4).

(d) Uma carta em grego escrita em papiro (P. Oxy.729; 137 d.C.), fala de "vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer" (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10).

(e) Ateneu (200 d.C.) fala de um "vinho [oinos] doce", que "não deixa pesada a cabeça" (Ateneu, Banquete, 1.54).
Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas "acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo"(1.54).

Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos escritores antigos, ver Robert P. Teachout: "0 Emprego da palavra 'Vinho' no Antigo Testamento". (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de Dallas,1979).

(2) Os eruditos judeus que traduziram o AT do hebraico para o grego c. de 200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir varias palavras hebraicas que significam vinho.
Noutras palavras, os escritores do NT entendiam que oinos pode referir-se ao suco de uva, com ou sem fermentação.

(3) Quanto a literatura grega secular e religiosa, um exame de trechos do NT também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou não fermentado.

Em Ef 5.18, o mandamento: "não vos embriagueis com vinho [oinos]" refere-se ao vinho alcoólico.

Por outro lado, em Ap 19.15 Cristo é descrito pisando o lagar.
0 texto grego diz: "Ele pisa o lagar do vinho [oinos]" ; o oinos que sai do lagar é suco de uva (ver Is 16.10 nota; Jr 48.32,33 nota).
Em Ap 6.6, oinos refere-se as uvas da videira como uma safra que não deve ser destruída.
Logo, para os crentes dos tempos do NT, "vinho" (oinos) era uma palavra genérica que podia ser usada para duas bebidas distintivamente diferentes, extraídas da uva: o vinho fermentado e o não fermentado.

(4) Finalmente, os escritores romanos antigos explicam com detalhes vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente as maneiras de evitar sua fermentação.

(a) Columela (Da Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não fermenta
quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira:
"Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando produzido, siga estas instruções:
Depois de aplicar a prensa as uvas, separe o mosto mais novo [i.e., suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície.
Tire a ânfora depois de quarenta dias. 0 suco permanecera doce durante um ano" (ver também Columela: Agricultura e Arvores; Catão: Da Agricultura).
0 escritor romano Plinio (século I d.C.) escreve: "Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se instala" (Plínio, Historia Natural, 14.11.83).
Este método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7; 11.11,12; SI 65.9-13).

(b) Outro método de impedir a fermentação das uvas é ferve-las e fazer um xarope
Historiadores antigos chamavam esse produto de "vinho" (oinos).
0 Conego Farrar (Smith 's Bible Dictionary, p. 747) declara que "os vinhos assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes".
Ainda, 0 Novo Dicionário da Bíblia (p. 1665), observa que "sempre havia meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro".

O USO DO VINHO NA CEIA DO SENHOR.


Jesus usou uma bebida fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a Ceia do Senhor (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1 Co 11.23-26)?
Os dados abaixo levam a conclusão de que Jesus e seus discípulos beberam no dito ato suco de uva não fermentado.

(1) Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra "vinho" (gr. oinos) no tocante a Ceia do Senhor.
Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão "fruto da vide" (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18).
0 vinho não fermentado é o único "fruto da vide" verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool.
A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz.
O vinho fermentado não é produzido pela videira.

(2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa.
A lei da Páscoa em Ex 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor (Ex 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador.
Seor, no mundo antigo, era freqüentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação.
Além disso, todo o hametz (i.e., qualquer coisa fermentada) era proibido (Ex 12.19; 13.7).
Deus dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado (cf. Mt 16.6,12; 1 Co S.7,8).
Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt 5.17).
Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado.

(3) Um intenso debate perpassa os séculos entre os rabinos e estudiosos judaicos sobre a proibição ou não dos derivados fermentados da videira durante a Páscoa.
Aqueles que sustentam urna interpretação mais rigorosa e literal das Escrituras hebraicas, especialmente Ex 13.7, declaram que nenhum vinho fermentado devia ser usado nessa ocasião.

(4) Certos documentos judaicos afirmam que o uso do vinho não fermentado na Páscoa era comum nos tempos do NT.
Por exemplo: "Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer da quinta-feira da última semana de vida aqui, Jesus entrou com seus discípulos em Jerusalém, para com eles comer a Páscoa na cidade santa; neste caso, o pão e o vinho do culto de Santa Ceia instituído naquela ocasião por Ele, como memorial, seria o pão asmo e o vinho não fermentado do culto Seder" (ver "Jesus". The Jewish Encyclopedia, edição de 1904. V.165).

(5) No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida embriagante (Lv 10.9 nota).
Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote de Deus do novo concerto, e chegou-se a Deus em favor do seu povo (Hb 3.1; 5.1-10).

(6) 0 valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual.
Logo, assim como o pão representava o corpo puro de Cristo e tinha que ser pão asmo (i.e., sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue incorruptível de Cristo, seria melhor representado por suco de uva não fermentado (cf. 1 Pe 1.18,19).
Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e sangue de Cristo não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27; 13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é corrompido nem fermentado.

(7) Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual, i.e., o agente fermentador "da maldade e da malícia", porque Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.6-E).
Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade.
i.e., algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor.
Bem como as exigências bíblicas para dela participarmos.

Jo 2.11: "Jesus principiou assim os seus sinais em Cana da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele. "




O VINHO: MISTURADO OU INTEGRAL?


Os dados históricos sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo bíblico mostram que o vinho era:

(a) freqüentemente não fermentado;

(b) em geral misturado com água.
0 capítulo anterior, aborda um dos processos usados para manter o suco da uva fresco em estado doce e sem fermentação.
Neste estudo vamos  mencionar dois outros processos de preparação da uva para posteriormente ser misturada com água.

(1) Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifa-las com azeite para mante-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882; ver também Columella, Sobre a Agricultura 12.44.1-8).
Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim conservadas.
Punha-se-lhes água e deixava-as de molho ou na fervura.
Polibio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver Polibio, Fragmentos, 6.4; cf. Plínio, História Natural, 14.11.81).

(2) Outro método era ferver suco de uva fresco até se tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura (ver Colurnella, Sobre a Agricultura, 12.19.1-6; 20.1-8; Plínio, Historia Natural, 14.11.80).
Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres.
Podia ser usada como geléia para passar no pão, ou dissolvida em água para voltar ao estado de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada, de Zondervan, V. 882-884).
É provável que a uva fosse muito cultivada para produção de açúcar.
0 suco extraído no lagar era engrossado pela fervura até tornar-se em liquido conhecido como "mel de uvas" (Enciclopédia Geral Internacional da Bíblia, V. 3050).
Referencias ao mel na Bíblia freqüentemente indicam o mel de uva (chamado debash pelos judeus), em vez do mel de abelha.

(3) A água, portanto, pode ser adicionada a uvas desidratadas, ao xarope de uvas e ao vinho fermentado.
Autores gregos e romanos citavam varias proporções de mistura adotadas.
Homero (Odisséia, IX 208ss.) menciona uma proporção de vinte partes de água para uma parte de vinho.
Plutarco (Symposiacas, III.ix) declara: "Chamamos vinho diluído, embora o maior componente seja a água".
Plínio (Historia Natural, XIV.6.54) menciona uma proporção de oito partes de água para uma de vinho.

(4) Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes sociais e religiosos não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não.
0 Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a.C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho (e.g., Shabbath 77; Pesahim 1086).
Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse.
Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado para poder ser consumido.

(5) Um texto interessante temos no livro de Apocalipse, quando um anjo, falando do "vinho da ira de Deus", declara que ele será "não misturado", i.e., totalmente puro (Ap 14.10).
Foi assim expresso porque os leitores da época entendiam que as bebidas derivadas de uvas eram misturadas com água (ver Jo 2.3 notas).
Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje.
Tratava-se de:

(a) suco de uva recém-espremido;

(b) suco de uva assim conservado;

(c) suco obtido de uva tipo passas;

(d) vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e

(e) vinho velho, fermentado ou não, diluído em água, numa proporção de até 20 para 1.

Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos.
A luz desses fatos, é ilícita a pratica corrente de ingestão de bebidas alcoólicas com base no uso do "vinho" pelos judeus dos tempos bíblicos.
Além disso, os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho (ver Rm 14.21 nota; 1 Ts 5.6 nota; 1 Tm 3.3 nota; Tt 2.2 nota).



JESUS MANIFESTA SEU PODER ATRAVÉS DO VINHO.


Em Jó 2, vemos que Jesus transformou água em "vinho" nas bodas de Caná.
Que tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou não, concentrado ou diluído.
A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral.
A posição desta Bíblia e Estudo é que Jesus fez vinho (oinos) suco de uva integral e sem fermentação.
Os dados que se seguem apresentam fortes razoes para rejeição da opinião de que Jesus fez vinho embriagante.

(1) 0 objetivo primordial desse milagre foi manifestar a sua gloria (2.11), de modo a despertar fé pessoal e a confiança em Jesus como o Filho de Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado (2.11; cf. Mt 1.21).
Sugerir que Cristo manifestou a sua divindade como o Filho Unigênito do Pai (1.14), mediante a criação milagrosa de inúmeros litros de vinho embriagante para uma festa de bebedeiras (2.10 nota; onde subentende-se que os convidados já tinham bebido muito), e que tal milagre era extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de desrespeito, e poucos se atreveriam a tanto.
Será, porém, um estemunho da honra de Deus, e da honra e glória de Cristo, crer que Ele criou sobrenaturalmente o mesmo suco de uva que Deus produz anualmente através da ordem natural criada (ver 2.3 nota).
Portanto, esse milagre destaca a soberania de Deus no mundo natural, tornando-se um símbolo de Cristo para transformar espiritualmente pecadores em filhos de Deus (3.1-15).
Devido a esse milagre, vemos a glória de Cristo "como a glória do Unigênito do Pai" (1.14; cf. 2.11).

(2) Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita obediência de Cristo a seu Pai celestial (cf. 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele desobedeceu ao mandamento moral do Pai: "Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho... e se escoa suavemente", i.e., quando é fermentado (Pv 23.31).
Cristo por certo sancionou os textos bíblicos que condenam o vinho embriagante como escarnecedor e alvoroçador (Pv 20.1), bem como as palavras de Hc 2.15: "Ai daquele que da de beber ao seu companheiro!... e o embebedas" (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4-7; Is 25.7; Rm 14.21).

(3) Note, ainda, o seguinte testemunho da medicina moderna.
(a) Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos citam evidencias comprovadas de que o consumo moderado de álcool danifica o sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e nascimentos de bebes com defeitos mentais e físicos incuráveis.
Autoridades mundialmente conhecidas em embriologia precoce afirmam que as mulheres que bebem até mesmo quantidades moderadas de álcool, próximo ao tempo da concepção (c. 48 horas), podem lesar os cromossomos de um óvulo em fase de liberação, e dai causar sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico do bebê.
(b)Seria teologicamente absurdo afirmar que Jesus haja servido bebidas alcoólicas, contribuindo para o seu uso.
Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em potencial que as bebidas inebriantes tem sobre os nascituros é questionar sua divindade, sabedoria e discernimento entre o bem e o mal.
Afirmar que Ele sabia dos danos em potencial e dos resultados deformadores do álcool, e que, mesmo assim, promoveu e fomentou seu uso, é lançar duvidas sobre a sua bondade, compaixão e seu amor.
A única conclusão racional, bíblica e teológica acertada é que o vinho que Cristo fez nas bodas, a fim de manifestar a sua glória, foi o suco puro e doce de uva, e não fermentado.


No Velho Testamento há duas palavras hebraicas geralmente empregadas para designar o vinho: YAYIN, que se refere ao suco fermentado de uvas e TIROSH, que se refere ao vinho doce, fresco, sem fermento, não alcoolizado. Por exemplo, no Salmo 104:15; Provérbios 20:1; Isaías 5:11 e Habacuque 2:5, se emprega a palavra YAYIN, vinho fermentado. Há um caso curioso em Isaías 25:6, sobre vinho clarificado, sem borras. Era um vinho que devia ser filtrado antes de ser usado.
A palavra TIROSH geralmente designa suco de uvas ou outras frutas, embora, algumas vezes e raramente, indica mosto, que é o suco em fase de fermentação. Assim em Gên. 27:37; Números 18:12, etc.

Outra bebida intoxicante mencionada no Velho Testamento é o SHEKAR, feito de grãos fermentados, mel ou tâmara. É geralmente traduzido por “bebida forte”.
No Novo Testamento há três palavras gregas que são traduzidas por “vinho”. A mais usada é OINOS; as duas outras palavras são empregadas apenas uma vez, fazendo alusão ao vinho fermentado (em Lucas 1:15 e Atos 2:13).

OINOS pode tanto se referir à bebida inebriante como ao suco de uvas ou xarope. Esse xarope era obtido pela fervura do suco até tornar-se como o mel, e então guardado em vasos para uso futuro. Numa região de clima quente, essa era a forma de conservar o derivado de uva para consumo posterior, sem que ocorresse a fermentação. Esse xarope diluído em água quente ou fria, era a bebida preferida nos tempos de Jesus.
Como a palavra grega não define se o vinho era fermentado ou não, com muito bom senso deve-se considerar o contexto em que a palavra se encontra. No caso do casamento em Caná da Galiléia, por exemplo, é inconcebível que Jesus, após o recebimento do Espírito Santo, haja em Seu primeiro milagre, produzido bebidas alcoólicas, pois elas são, segundo a Bíblia o maior oponente da vida do Espírito. Efésios 5:18 diz: “Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.
Tampouco, em hipótese alguma, Cristo, o Senhor da vida, produziria vinho fermentado ou o usaria na Ceia, pois a fermentação representa uma corrupção da bebida natural, e isso arruinaria o símbolo da Comunhão.

As bebidas alcoólicas podem causar conseqüências graves. A Bíblia diz em Provérbios 23:29-30 Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas, para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.
A Bíblia oferece uma alternativa eficaz às bebidas alcoólicas. A Bíblia diz em Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.
Que dizem as Escrituras sobre o álcool, vinho e licor? A Bíblia diz em Provérbios 20:1 O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar não é sábio.
Por que as bebidas alcoólicas são perigosas? A Bíblia diz em Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.

Por que reis e governantes não deveriam beber bebidas alcoólicas? A Bíblia diz em Provérbios 31:4-5 Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte; para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito.
Com que outros pecados está a embriaguez classificada? A Bíblia diz em Gálatas 5:19-21 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a idolatria, a feitiçaria, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.

Quais são os resultados dos que se entregam a excessos de comida e bebida? A Bíblia diz em Provérbios 23:20-21 Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência cobrirá de trapos o homem.
Como afetam as bebidas alcoólicas àqueles que as tomam? A Bíblia diz em Provérbios 23:29-35 Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas, para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará. Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades. Serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme no topo do mastro. E dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? Ainda tornarei a buscá-lo outra vez.

O puro suco de uva é uma benção para o homem. Já o suco de uva fermentado não podemos dizer que é uma bênção.

O USO DO VINHO COMO REMÉDIO

​Quando o organismo de uma pessoa começava a deteriorar-se e a sofrer dores, a vítima naturalmente procurava remédio. Desse modo as pessoas dos tempos antigos desenvolveram um extenso conhecimento de remédios naturais.
​Provavelmente os primeiros remédios chegaram aos israelitas por meio dos egípcios, especialmente dos sacerdotes. Os egípcios também embalsamavam seus mortos com especiarias e perfumes costume que os israelitas logo vieram a adotar.
​Nos tempos bíblicos, os remédios eram feitos de substâncias minerais e animais, de ervas, vinhos, frutas e outras partes das plantas. A Bíblia refere-se com freqüência ao emprego medicinal dessas substâncias.
​Por exemplo, o "bálsamo de Gileade" é mencionado como substância curativa (Jeremias 8:22). Pensa-se que o "bálsamo" era uma excreção aromática de uma árvore sempre verde ou uma forma de incenso. Sabia-se que o vinho misturado com mirra aliviava a dor entorpecendo os sentidos. Este remédio foi oferecido a Jesus enquanto ele pendia da cruz, porém ele se recusou a tomá-lo (Marcos 15:23) À Os israelitas ungiam os enfermos com loções suavizantes de óleo de
oliva e ervas. Na história do Bom Samaritano, óleo e vinho foram derramados nas feridas da vítima de assalto (Lucas 10:34). Os primitivos cristãos continuaram esta prática, ungindo os enfermos
enquanto oravam por eles (Tiago 5:14).
​Mateus 23:23 menciona certas especiarias como antiácidos. As | mandrágoras eram usadas para excitar o apetite sexual (Gênesis: 30:14). Outras plantas eram usadas como remédios ou estimulantes.


Conclusão

Concluímos que o vinho que Jesus bebeu e criou não tinha nenhum teor alcoólico, jamais o mestre iria criar algo que destruísse o homem ou traria males para sua vida.Porem não podemos negar a existência do vinho Alcoólico na biblia haja visto que o próprio Paulo orienta a Timóteo.Os diáconos sejam também sérios, não dobres em palavras, nem dados ao vinho, nem amigos de sórdidas ganâncias,1 Timóteo 3:8

Portanto a Bíblia não proíbe mais também não aprova tudo nos é lícito mais nem tudo nós convêm.











quarta-feira, 9 de julho de 2014

Apocalipse 20 e 21 Agradecimentos

APOCALIPSE 21e 22

TEMA: O ESPLENDOR DA NOVA JERUSALÉM, A NOIVA DO CORDEIRO

INTRODUÇÃO
1. Apocalipse 17:1-3, João é convidado para ver a queda da grande Meretriz,Babilônia, a cidade do pecado. A falsa igreja, foi consumida pelo fogo.
2. Agora, João é chamado pelo mesmo anjo para ver o esplendor da Nova Jerusalém, a cidade santa, a noiva do Cordeiro.
3. A cidade eterna não é somente o lar da noiva, ela é a noiva. A cidade não é edifícios, mas pessoas. A cidade é santa e celestial. Ele desce do céu. Sua origem está no céu. Ele foi escolhida por Deus.
4. João agora vai contemplar o esplendor da Nova Jerusalém, a noiva do Cordeiro(21:9,10). João fala de seu fundamento, de suas muralhas, de suas portas, de suas praças, de seus habitantes:

I. A NOVA JERUSALÉM É BONITA POR FORA - ELA REFLETE A GLÓRIA DE DEUS - V. 11
• Quando João tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pôde fazer foi falar em termos de pedras preciosas, como quando tentou descrever a presença de Deus no trono (Ap 4:3).
• A glória de Deus habitava no santo dos santos no Tabernáculo e no Templo. Agora, a glória de Deus habita nos crentes. Mas a igreja glorificada, a noiva do Cordeiro, terá sobre si a plenitude do esplendor de Deus. A shekiná de Deus vai brilhar sobre ela eternamente.
• Assim como a lua reflete a luz do sol, a igreja vai refletir a glória do Senhor.
• Essa glória é indescritível (21:11), como indescritível é Deus (Ap 4:3). A igreja é bela por fora. Ela é como a noiva adornada para o seu esposo. Não tem rugas. Suas vestes estão alvas.
• Exemplo: O tabernáculo: coberto de ouro puro!


II. A NOVA JERUSALÉM É BONITA POR DENTRO - V. 19-20
• Ela não é bonita só do lado de fora, mas também do lado de dentro. Ninguém coloca pedras preciosas no fundamento. Mas no alicerce dessa cidade estão doze espécies de pedras preciosas. Há beleza, riqueza e esplendor no seu interior.
• Não há coisa feia dentro dessa igreja. Nada escondido. Nada debaixo do tapete. Essa igreja pode passar por uma profunda investigação. Ela é bonita por dentro!

III. A NOVA JERUSALÉM É ABERTA A TODOS - V. 13,25
A cidade tem 12 portas: ela tem portas para todos os lados. Isso fala da oportunidade abundante de entrar nesse glorioso e maravilhoso companheirismo com Deus.
 Venha de onde vier as pessoas podem entrar. Os habitantes dessa cidade são aqueles
que procedem de toda tribo, povo, língua e nação. São todos aqueles que foram comprados com o sangue do Cordeiro.
• Não há preconceito nem acepção de pessoas. Todos podem vir: pobres e ricos,doutores e analfabetos, religiosos e ateus, homens e mulheres.
• A cidade é aberta a todos. Há portas para todos os lados. O noivo convida: Vem! A noiva convida: Vem! Quem tem sede recebe a água da vida!
• Nesta cidade os santos do Velho e do Novo Testamento estarão unidos. A cidade é formada de todos os crentes da antiga dispensação (v. 12) e da nova dispensação (v.14). Nenhum daqueles que foram remidos ficará de fora dessa gloriosa cidade.

IV. A NOVA JERUSALÉM NÃO É ABERTA A TUDO - V. 12,27
• A cidade tem uma grande a alta muralha - Muralha fala de proteção, de segurança.
Embora haja portas (v. 13) e portas abertas (v. 25), nem todos entrarão nessa cidade (v.27). Embora as portas estejam abertas, em cada porta há um anjo (v. 12). Assim, como Deus colocou um anjo com espada flamejante para proteger a árvore da vida no Éden,
assim, também, há um anjo em cada porta. O muro demarca a santidade da cidade (v.10), separando o puro do impuro (v. 27). Deus é o muro de fogo que protege sua igreja(Zc 2:5). A igreja está segura e nada pode perturbá-la na glória.
• O pecado não pode entrar na Nova Jerusalém - (v. 27a) - Embora a igreja seja aberta a todos, não é aberta a tudo. Muitas vezes a igreja, hoje, tem sido a aberta a tudo, mas
não aberta a todos. Exemplo:Pedro e Jesus: Arreda Satanás, mas o Pedro fica. Hoje a igreja tem.Aqueles que se mantém no seu pecado não podem entrar, senão aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida - (v. 27b) - Somente os remidos, os perdoados, os lavados, os
arrependidos, os que creram podem entrar pelas portas da cidade santa.

V. A NOVA JERUSALÉM ESTÁ CONSTRUÍDA SOBRE O FUNDAMENTO
DA VERDADE - V. 14
Esse símbolo fala da teologia da igreja. A igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos. Jesus Cristo é a pedra angular desse fundamento. A igreja do céu, a noiva do Cordeiro, a Nova Jerusalém está edificada sobre o fundamento dos apóstolos,sobre a verdade revelada, sobre as Escrituras.
 A Nova Jerusalém não está edificada sobre Pedro, sobre visões e revelações forâneas
às Escrituras. A Palavra de Deus é sua base. Não é uma igreja mística nem liberal.Ela é logocêntrica!

VI. A NOVA JERUSALÉM TEM ESPAÇO PARA TODOS OS REMIDOS - V.15-17

• A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais. A cidade tem doze mil estádios, ou seja, 2.200 km de comprimento, de largura e de altura. Não existe nada parecido no planeta. É uma cidade que vai de São Paulo a Aracaju. Na Nova Jerusalém, a maior montanha da terra, o pico Everest, desaparece mais de duzentas e
quarenta vezes. Essa cidade é um verdadeiro cosmos de glória e santidade.
• É óbvio que esses números representam a simetria, a perfeição, a vastidão e a totalidade ideais da Nova Jerusalém.
• Não existem bairros ricos e pobres nessa cidade. Toda a cidade é igual. Não há casebres nessa cidade. Existem, sim, mansões, feitas não por mãos. Deus é arquiteto e fundador dessa cidade.
• A muralha da cidade mede 144 côvados, ou seja 70 metros de altura.
• A medida da cidade é um símbolo da sua majestade, magnificência, grandeza,suficiência. Essas medidas indicam a perfeição da cidade eterna. Nada está fora de ordem ou fora de equilíbrio.

VII. A NOVA JERUSALÉM É LUGAR ONDE SE VIVE EM TOTAL
INTEGRIDADE - V. 18,21b
• Não apenas a cidade é de ouro puro, mas a praça da cidade, o lugar central, onde as pessoas vivem é de ouro puro, como vidro transparente. Tudo ali vive na luz. Tudo está a descoberto. Nada escondido. Nada escamoteado. A integridade é a base de todos
os relacionamentos.


VIII. A NOVA JERUSALÉM É O LUGAR DE PLENA COMUNHÃO COM
DEUS-V. 22
• No Velho Testamento a presença de Deus estava no Tabernáculo, depois no Templo.
Mas, depois que o véu do templo foi rasgado. Deus veio para habitar na igreja. O Espírito Santo enche agora não um edifício, mas os crentes.
• Na Nova Jerusalém não haverá templo, porque a igreja habitará em Deus e Deus habitará na igreja. Hoje Deus habita em nós, então, vamos habitar em Deus. Isso é plena comunhão! A vida no céu será marcada não por religiosismo, mas vida com Deus.

IX. A NOVA JERUSALÉM É O LUGAR DA MANIFESTAÇÃO PLENA DA
GLÓRIA DE DEUS - V. 23-24
• A cidade será iluminada não mais pelo sol ou pela lua. A glória de Deus a iluminará.
A lâmpada que reflete a glória de Deus é o Cordeiro. Cristo será a lâmpada que manterá a luz da igreja sempre acesa.
• A noiva do Cordeiro não é como a Meretriz que se prostituiu com os reis da terra. Os reis da terra é que vieram a ela para conhecer a glória do seu Noivo e depositar aos seus pés as suas coroas.
• Esta igreja não está a serviço dos reis, ela está a serviço do REI.



X. A NOVA JERUSALÉM É O PARAÍSO RESTAURADO, ONDE CORRE O RIO DA VIDA-22:1-2
• A Nova Jerusalém é uma cidade, um jardim, uma noiva. O jardim perdido no Éden é o jardim reconquistado no céu. Lá o homem foi impedido pelo pecado de comer da árvore da vida, aqui ele pode se alimentar da árvore da vida. Lá ele adoeceu pelo
pecado, aquele é curado do pecado. Lá ele foi sentenciado de morte, aquele ele toma posse da vida eterna.
• No Jardim do Éden havia quatro rios. Nesse Jardim Celestial, há um único rio, o Rio da Vida. Ele flui do trono de Deus. Ele simboliza a vida eterna, a salvação perfeita e gratuita, o dom da soberana graça de Deus. Por onde ele passa ele traz vida, cura e salvação. O rio da Vida simboliza a vida abundante na gloriosa cidade.
XI. A NOVA JERUSALÉM É ONDE ESTÁ O TRONO DE DEUS - 22:3-4
• O trono fala da soberania e do governo de Deus. O Senhor governa sobre essa igreja.Ela é comandada por aquele que está no trono. Ela é submissa, fiel. Esse é um trono de amor. Os súditos também são reis. Eles obedecem prazerosamente.
• A igreja pode estar situada onde está o trono de Satanás como Pérgamo, mas o trono de Deus está no coração da igreja.
• Na Nova Jerusalém vamos ter propósito - "Os seus servos o servirão". Nosso trabalho será deleitoso. Vamos servir Aquele que nos serviu e deu a sua vida por nós.Os salvos entrarão no descanso de Deus (Hb 4:9). Os salvos descansarão de suas fadigas (Ap 14:13), não porém de seu serviço.
• Na Nova Jerusalém vamos ter intimidade com o Senhor -"Contemplarão a sua
face...". O que mais ambicionamos no céu não são as ruas de ouro, os muros de jaspes luzentes, não são as mansões ornadas de pedras preciosas, mas contemplar a face do
Pai! Céu é intimidade com Deus. Esta é a esperança e a meta da salvação individual em toda a Escritura: a contemplação de Deus!

XII. A NOVA JERUSALÉM É ONDE OS REMIDOS VÃO REINAR COM
CRISTO ETERNAMENTE - 22:5
• Deus nos salvou não apenas para irmos para o céu, mas para reinarmos com ele no céu. Ele não apenas nos levará para a glória, mas também para o trono.
• Nós seremos não apenas servos no céu, mas também reis. Nós reinaremos com o Senhor para sempre e sempre. Cristo vai compartilhar com sua noiva sua glória, sua autoridade e seu poder. Nós iremos reinar como reis no novo céu e na nova terra. Que honra! Que graça!


CONCLUSÃO
1. Você já é um habitante dessa cidade santa? Você já tem uma Casa nessa cidade?
Seu lugar já está preparado nessa cidade?
2. Onde você colocado o seu coração: na Nova Jerusalém ou na grande Babilônia?
3. A qual igreja você pertence: à Noiva ou à grande Meretriz?
4. Qual é o seu destino: o Paraíso ou o lago do fogo?
5. Para onde você está indo: Para a Casa do Pai, onde o Cordeiro será a lâmpada eterna ou para as trevas exteriores?
6. Onde está o seu prazer: em servir a Deus ou deleitar-se no pecado?
7. Hoje é o dia da sua escolha, da sua decisão! Escolha a vida para que você viva eternamente!


APOCALIPSE 22:6-21
TEMA: OS DESAFIOS DOS CIDADÃOS DA NOVA JERUSALÉM
INTRODUÇÃO

O céu é mais do que o nosso destino, é a nossa motivação. O conhecimento de que vamos morar no céu deve mudar nossa vida aqui e agora. A visão da cidade celestial motivou os patriarcas na forma deles andarem com Deus e o servirem (Hb 11:10,13-16).
2. A garantia do céu deve nos levar não ao descuido espiritual, mas a uma vida plena e abundante aqui e agora.
3. Este texto tem alguns desafios para os habitantes da Nova Jerusalém:
I. OS HABITANTES DA NOVA JERUSALÉM DEVEM GUARDAR A
PALAVRA DO SEU SENHOR - V. 6-11,18,19
1. A revelação do Apocalipse é absolutamente confiável - v. 6
• João trata aqui da indisputável confiabilidade do Livro de Apocalipse. Este livro não é o Apocalipse de João, mas Apocalipse de Jesus. É revelação a partir do céu. É Palavra de Deus, por isso, absolutamente fiel e verdadeira. Apocalipse é um livro verdadeiramente de origem divina.
• O mesmo Deus que revelou sua Palavra aos profetas, também revelou-se a mensagem do Apocalipse a João, através do seu anjo (v6).
• Deus está autenticando o Apocalipse como um livro absolutamente inspirado,canônico.,
2. A observância da revelação do Apocalipse produz bem-aventurança - v. 7b
• Em primeiro lugar, guardar significa aceitar o conteúdo como legítimo, não mudar,não acrescentar nem subtrair nada ao seu conteúdo (Dt 4:2; Pv 30:5-6). Isso é valorizar a integridade do texto.
• Em segundo lugar, guardar significa obedecer, praticar, observar. Isso é valorizar a importância do texto.
• As profecias do Apocalipse não foram escritas para satisfazerem a curiosidade intelectual quanto ao futuro; foram escritas para que a igreja seja capaz de viver dentro da vontade de Deus. A profecia não é apenas para informar sobre o fim, mas para
preparar um povo santo para o fim.
3. A mensagem do Apocalipse vem de Deus, é sobre Jesus, por meio anjo a João, para
a igreja - v. 8,9
a) Deus é a fonte revelatória do livro - O v. 6 nos informa que o Senhor é quem enviou o seu anjo para mostrar a João as coisas que em breve devem acontecer.
b) Jesus é o conteúdo da mensagem do livro - O livro trata da revelação de Jesus Cristo, sua glória, sua mensagem, sua noiva, sua vitória.
c) O anjo foi o instrumento que Deus usou para mostrar a João o conteúdo do livro - O anjo não é a fonte da revelação, mas apenas seu instrumento.
d) João foi a testemunha ocular e o recipiente da revelação - Ele ouviu e viu. Essas coisas foram tão esmagadoras que ele caiu como morto aos pés de Cristo e agora se
prostra diante do agente. Cristo o levantou e o anjo rejeitou sua adoração.
c) A igreja foi a destinatária do livro - A mensagem foi enviada às sete igrejas daÁsia, bem como a todas as igrejas em todos os lugares em todos os tempos.
4. A mensagem do Apocalipse não deve ser selada, mas proclamada - v. 10
• Daniel foi ordenado a selar o livro até ao tempo do fim. João foi ordenado a não selar as palavras da profecia deste livro. O fim chegou em Cristo. Desde a primeira vinda de
Cristo, o tempo do fim se iniciou.
• A mensagem da vitória de Cristo e da sua igreja precisa ser publicada, anunciada, pregada, a todo o povo.
5. A mensagem do Apocalipse precisa ser mantida íntegra - v. 18,19
a) O liberalismo tenta tirar algo da Escritura - Nenhum homem tem autoridade para retirar nada da Palavra de Deus. Os liberais se levantam para dizer que os milagres não
existiram, que o registro da criação foi apenas um mito. Eles se levantam para dizer que muita coisa que está na Bíblia é interpolação. Não podemos negar a origem divina das Escrituras. Não podemos negar o caráter divinamente inspirado deste livro.
b) O misticismo tenta acrescentar algo à Escritura - O misticismo tenta acrescentar algo novo à revelação. Paulo diz que ainda que venha um anjo do céu para pregar
outro evangelho deve ser rejeitado.


II. OS HABITANTES DA NOVA JERUSALÉM DEVEM ESTAR
PREPARADOS PARA O JULGAMENTO DO SENHOR-V. 12-15
1. Jesus virá como aquele que julga retamente - v. 12
• Ele vem. Ele vem julgar. Ele tem o galardão. Ele vem retribuir a cada um segundo as suas obras.
• Jesus é o juiz que se assentará no trono. Ele vai julgar-nos segundo as nossas obras(Mt 25:31-46).
• O critério do galardão ou do grau de condenação são as obras.
2. Jesus é o juiz que tem credencial para julgar retamente - v. 13
• Ele está no começo e no fim. Ele conhece tudo. Ele é o Pai da eternidade. A origem e a consumação de todas as coisas. Dele, por meio dele, e para ele são todas as coisas.
• Ninguém poderá escapar naquele dia. Ninguém poderá fugir. Ninguém poderá subornar o seu juízo. Os homens ímpios vão se desesperar (6:16-17).
3. O critério para a salvação não são as obras, mas a obra viçaria de Cristo na cruz - v.14.


• Os santos não são justos por causa das suas boas obras, mas por causa do sangue do Cordeiro (Ap 7:14).
• Os habitantes da Nova Jerusalém, entrarão na cidade pelas portas não por causa das suas obras, mas por causa do sangue do Cordeiro (22:14).
• Não são as nossas boas obras que nos levarão para o céu. mas nos e que levaremos nossas obras para o céu (Ap 14:13).
• Os lavados no sangue do Cordeiro vencem o maligno (Ap 12:11). comem dos frutos da árvore da vida e entram na cidade pelas portas (22:14).
4. Todos aqueles que não foram lavados pelo sangue do Cordeiro ficarão fora da cidade santa - v. 15
• Este verso contrasta o destino dos perversos com o destino dos salvos. Os remidos entram na cidade pelas portas. Os perversos são deixados fora da cidade.
• A cidade é onde está o trono de Deus. Deus é o santuário dessa cidade. O Cordeiro será a lâmpada dessa cidade. É a cidade cujo arquiteto e fundador é Deus. É cidade de
muros de jaspes luzentes, de praças de ouro. É a morada de Deus.
• Aqueles que não foram lavados ficarão não apenas fora da cidade, mas serão lançados no charco de fogo (Ap 20:15).
• Os pecados aqui mencionados são os pecados de impiedade (relacionamento com Deus - feitiçaria e idolatria) e perversão (relacionamento com homens - cães, impuros,
assassinos e mentirosos). Esses pecados já foram mencionados em 21:8,27.
5. Depois do juízo é impossível mudar o destino das pessoas — v. 11
• Em Gênesis 2:1-2 a obra da criação foi concluída. Em João 19:30 a obra da redenção foi consumada. Em Apocalipse 21:6, a consumação de todas as coisas é declarada.
Agora, o destino final das pessoas é selado (Ap 22:11).
• A primeira e a terceira sentenças do verso 11 falam dos feitos de alguém, enquanto a segunda e a quarta falam do caráter da pessoa. Só há dois grupos na humanidade: os
que fazem injustiça e são imundos e os que praticam justiça e são santos.
• Não existe aqui nenhuma solicitação geral para que se continue pecando.
• Essas palavras do texto dizem que o destino das pessoas no juízo não poderá ser alterado. O que for, será para sempre. Não haverá mais arrependimento nem apostasia.
O julgamento é o fim e anuncia o estado final de justiça e injustiça permanentes.
Haverá uma hora que será tarde demais para o arrependimento.
• A Palavra de Deus está dizendo que as pessoas que se recusaram a ouvir e a obedecer, continuarão em seu estado de rebeldia eternamente. Enquanto aqueles que receberam vida nova em Cristo, terão esta vida eternamente. Deus vai entregar as pessoas ao seu próprio estado.


III. OS HABITANTES DA NOVA JERUSALÉM DEVEM AGUARDAR
ANSIOSAMENTE A VINDA DO SEU SENHOR - V. 7,12,16,17,20.
1. O Senhor da glória é identificado - v. 13,16
a) Jesus é o começo e o fim (v. 13) - Ele é Deus de eternidade a eternidade. Tudo vem dele é para ele.
b) Jesus é o ascendente e o descendente de Davi (v. 16) - Ele é a Raiz e também a Geração de Deus. Ele é Filho e também Senhor de Davi. Ele abarca toda a história.
c) Jesus é a brilhante estrela da manhã (v. 16) - Ele anuncia o alvorecer da eternidade, anunciando que esta vida é apenas um prelúdio da vida real no mundo porvir. Jesus é o Salvador divino-humano.
2. O Senhor da glória promete vir buscar sua noiva sem demora - v. 7.12.20• Jesus como noivo da igreja já assumiu seu compromisso de amor com ela. Ele já
pagou o dote na cruz. Agora, a noiva deve se preparar, se ataviar.
• Em breve ele virá ao som de trombetas para buscar sua noiva. Ele virá em breve.• Mas, se ele prometeu voltar em breve, porque já tem dois mil anos e ele não voltou
ainda? Por que alguns julgam a sua vinda demorada (2 Pe 3:9)? Pedro responde o porquê. Deus deseja dar ao homem a oportunidade de arrepender-se para que seja salvo (2 Pe 3:9).
• O livro de Apocalipse é o outdoor de Deus, anunciando que Jesus vai voltar em breve! A promessa da vinda de Jesus sem demora mostra como a comunidade cristã deve viver sempre na expectativa da vida iminente do Senhor. Ninguém sabe o dia
nem a hora (Mt 24:36). Cada geração deve estar desperta, como se a vinda do Senhor estivesse às portas (Mt 24:42-44).
3. A Noiva do Cordeiro deve clamar ansiosamente para o que o seu Noivo venha - v.17
• O grande anseio de uma noiva não é ter uma casa, mas um esposo. Seu coração não está em coisas, mas no seu Amado. Ela anseia não apenas pelo paraíso, mas pelo
Amado da sua alma. • O clamor da Noiva é: Vem! Ela sempre ora: Maranata, ora vem Senhor Jesus! (1 Co
16:22). A oração da igreja é: "Senhor Jesus leva a bom termo o teu plano na História com vistas à tua vinda".
• Esta é uma oração fervorosa da igreja inspirada pelo Espírito Santo. A igreja clama pela vinda de Cristo. O anseio da igreja é pela chegada do seu Noivo para entrar no seu lar eterno. A última palavra da igreja é: Vem, Senhor Jesus! (Ap 22:20).
4. A Noiva do Cordeiro clama insistentemente para os sedentos virem a Jesus -v. 17b • A igreja não apenas aguarda o Noivo, mas ela chama os sedentos para conhecerem o seu Amado. A igreja proclama que Jesus satisfaz. Ele tem a água da vida. O mundo
não satisfaz, só Jesus pode dessedentar a nossa sede. Só nele há vida eterna.• A igreja proclama um evangelho de graça e não de obras ou méritos.• Uma igreja que anseia pela volta de Jesus é uma igreja comprometida com evangelismo.


CONCLUSÃO
1. A última promessa das Escrituras diz: "Certamente venho sem demora": e a última oração: "Amém. Vem, Senhor Jesus!" (Ap 22:20).
2. Após essa fervorosa oração de anseio pela segunda vinda de Cristo, segue a bênção:"A graça do Senhor Jesus seja com todos" (Ap 22:21).


Chegamos ao final do estudo lembrando que grande parte do estudo foi tirado do livro do Rev. Hernandes Dias Lopes que Deus os abençoe

Apocalipse 20

APOCALIPSE 20:1-15

TEMA: O MILÊNIO E O JUÍZO FINAL
INTRODUÇÃO
1. Este é o capítulo mais polêmico do livro de Apocalipse. Não há consenso entre os crentes sobre sua interpretação. Os premilenistas crêem que o milênio relatado no capítulo sucede cronologicamente à segunda vinda de Cristo, descrita no capítulo 19.Os amilenistas crêem que o capítulo 20 é o início de outra seção paralela e não sucessão cronológica do capítulo 19.
2. Apocalipse 19:19-21 nos leva ao final da história, ao dia do juízo. Apocalipse 20 retorna ao começo da dispensação atual. Assim, a conexão entre os capítulos 19 e 20 é semelhante à conexão dos capítulos 11 e 12. Apocalipse 11:18 anuncia o dia do juízo e
Apocalipse 12:5 descreve o nascimento, ascensão e coroação de Cristo.
3. Assim, o milênio antecede a segunda vinda de Cristo e não sucede a ela. O capítulo 12 introduz os cinco inimigos da igreja: o dragão, a besta, o falso profeta, a meretriz e os selados da besta. Todos caem juntos. Apenas as cenas são descritas em telas diferentes.
4. A interpretação de um milênio literal enfrenta várias dificuldades:
a) Não encontramos essa idéia de um milênio terrenal após a segunda vinda de Cristo nos Evangelhos e nas Epístolas paulinas e gerais.
b) O milênio fala de Cristo reinando fisicamente aqui neste mundo, enquanto o seu ensino mostra que o seu reino é espiritual.
c) A idéia de um milênio na terra e a posição de preeminência dos judeus, reintroduz aquela distinção entre judeus e gentios já abolida (Cl 3:11; Ef 2:14,19). Só existe uma igreja e uma noiva, formada de judeus e gentios.
d) A idéia do milênio terrenal ensina que haverá pelo menos duas ressurreições, uma de crentes antes do milênio e outra de ímpios depois do milênio e isto está em oposição ao que restante da Bíblia ensina (Jo 5:28-29; Jo 6:39,40,44,54; 11:24).
e) A idéia do milênio cria a grande dificuldade da convivência do Cristo glorificado com os santos glorificados vivendo com homens ainda na carne (Fp 3:21).
í) Como conceber a idéia de que as nações estarão sob o reinado de Cristo mil anos e depois elas se rebelam totalmente contra ele? (Ap 20:7-9)?
g) Todo o ensino do NT é que o juízo é universal e segue imediatamente à segunda vinda, mas a crença no milênio terrenal, o juízo acontece mil anos depois da segunda
vinda e só para os incrédulos.
5. O capítulo pode ser dividido em quatro quadros distintos

A PRISÃO DE SATANÁS
 1. O que significa a prisão de Satanás? - v. 1-3
• Segundo Apocalipse 9:1,11; 11:7; 20:1-3, podemos concluir que o poço do abismo tem uma tampa (9:l)que pode ser aberta (9:2), fechada (20:3) e selada (20:3).
• João vê que o anjo tem a chave do abismo e uma grande corrente (20:1). Diz que ele prendeu a Satanás por mil anos (20:3). E que o fechou no abismo até completarem os mil anos. Isso tudo é um simbolismo. Um espírito não pode ser amarrado com
corrente.Prendeu, fechou e selou são termos que denotam a limitação do seu poder.
• Isso significa que a sua autoridade e seu poder foram restringidos. Satanás não pode mais enganar as nações. A evangelização dos povos foi ordenada e Deus vai chamar os seus eleitos!
• A prisão de Satanás não significa que ele está inativo, fora de cena. Ele está na corrente de Deus. Essa corrente é grande. Mas ele é um inimigo limitado.
2. O que significa que Satanás não pode mais enganar as nações?
• A prisão de Satanás tem a ver com a primeira vinda e não com a segunda vinda:
a) Mt 12:29: "Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa."
b) Lc 10:17-18: "Então regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: "Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! Mas ele lhes disse:"Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago".
c) Jo 12:31-32: "Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo".
d) Cl 2:15: "E despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz".
e) Hb 2:14: "...para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo".
f) 1 Jo 3:8: "...Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo".
g) Ap 12:5-17 - A expulsão de Satanás foi o resultado da coroação de Cristo.
h) Assim, a amarração de Satanás começou na primeira vinda de Cristo e isso é o que Apocalipse 20:2 significa. A prisão ou restrição do poder de Satanás tem a ver com a obra de Cristo na cruz e com a evangelização das nações, de onde Deus chama
eficazmente todos os seus eleitos.
i) Satanás está restrito em seu poder no sentido de que não pode destruir a igreja (Mt16:18) nem pode impedir que os eleitos de todas as nações recebam o evangelho e creiam (Rm 8:30). A igreja é internacional. O particularismo da antiga dispensação(judeus) deu lugar ao universalismo da nova (igreja).
3. O que significa o pouco tempo em que Satanás será solto depois do milênio?
• Esse pouco tempo retrata o mesmo período da grande tribulação, a apostasia e o reinado do anticristo. Esse é o tempo que antecede à segunda vinda de Cristo.
4. O que significa os mil anos durante os quais Satanás é preso? - v. 3
• Este capítulo usa várias figuras simbólicas. O abismo, a corrente, a prisão, e também o milênio. O número mil sugere um período de completude, um período inteiro.
Sugere um longo período, um período completo, o número dez cubicado. Mil anos é o tempo que vai da primeira à segunda vinda. É o período que Cristo está reinando até colocar todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15:23-25).
• Esse período do milênio precede o juízo e o juízo no ensino geral das Escrituras segue imediatamente à segunda vinda (Mt 25:31; Rm 8:20-22).

II. O REINADO DOS SALVOS COM CRISTO NO CÉU - V. 4-6
1. Esse reinado não é na terra, mas no céu - v. 4
a) Vi Tronos - A palavra "tronos" aparece 67 vezes no NT e 47 no Apocalipse.Apenas três vezes o trono está na terra e sempre falam do trono de Satanás e do anticristo (2:13; 13:2; 16:10). Sempre que a palavra aparece em Apocalipse, esse trono está no céu (Hendriksen, p. 231). Não existe neste capítulo nenhuma referência à terra
nem muito menos Palestina, Jerusalém. A cena ocorre no céu e não terra.
b) São as almas que estão reinando - Portanto, esse reinado não pode ser na terra.João vê almas e não corpos. Essas almas são as mesmas descritas em Apocalipse 6:9.
As almas reinam durante todo o tempo entre a morte e a ressurreição que se dará na segunda vinda de Cristo (o período intermediário). Depois da ressurreição, os salvos reinarão com corpo e alma (Ap 22:5).
c) Jesus está no céu e não na terra e as almas estão reinando com ele - Os premilenistas crêem que Cristo desceu do céu (19:11-16) e que o esse reinado sucede à segunda vinda. Contudo, o ensino geral das Escrituras e o contexto do livro de Apocalipse provam o contrário. O crente quando morre vai morar com Jesus (Fp 1:23;2 Co 5:8).
2. Qual é a missão daqueles que estão reinando com Cristo? - v. 4
a) Eles estão assentados em tronos para julgar - Os santos vão julgar as doze tribos de Israel (Mt 19:28), o mundo (1 Co 6:2) e os anjos (1 Co 6:2). Jesus prometeu aos vencedores que eles se assentariam com ele no seu trono (Ap 3:21). Os salvos estão com ele no Monte Sião (Ap 14:1), cantam diante do trono (Ap 14:3; 15:3) e verão sua face (Ap22:3).
b) Eles participarão da glória de Cristo, pois reinarão com ele - Os salvos estarão no céu com Cristo em glória (Ap 7:9-17). Estas almas celebram a vitória de Cristo sem cessar.
c) Quem são esses que estão reinando com Cristo - Todos os salvos, os mártires e todos aqueles que morreram em sua fé. Os outros mortos, ou seja, os incrédulos, não tornaram a viver até que os mil anos sejam cumpridos. Nesse período entram na segunda morte.
3. Qual é o significado da primeira ressurreição e da segunda morte? - v. 5-6
• Quem morre uma vez (morte física), ressuscita duas vezes (espiritual e corporalmente na segunda vinda). Quem morre duas vezes (física e eternamente),ressuscita uma única vez, para o juízo.
• A regeneração é uma espécie de ressurreição espiritual (Jo 5:24; Jo 11:25-26; Rm 6:11; Ef 2:6; Cl 3:1-3). Essa é a primeira ressurreição. Ela é espiritual. Quem não passa por essa ressurreição espiritual, morre duas vezes, física e eternamente.
• Todos quantos são regenerados ressuscitaram com Cristo - e essa é a primeira ressurreição. A ressurreição do corpo é posterior - essa é a segunda ressurreição. A frase "primeira ressurreição", se refere à ressurreição espiritual, é uma forma de escrever "o novo homem" em Cristo que foi regenerado. Então, mesmo mortos, suas almas estão reinando com Cristo no céu (Fp 1:21,23; 2 Tm 2:12; Ap 3:21).


III. A DERROTA FINAL DE SATANÁS - V. 7-10
1. Essa batalha final é a mesma já descrita no capítulo 19 — v. 7-9
• É um equívoco pensar que a batalha final seja distinta de outras batalhas já descritas no livro de Apocalipse (16:14-21; 19:19-21; 20:7-9). O Armagedom, a batalha final aqui descrita é a mesma descrita noutros textos. Essas não são três diferentes batalhas.
Temos aqui a mesma batalha. Nos três casos é a batalha do Armagedom. É o ataque final das forças anticristãs à igreja.
• Armagedom (16:16) e Gogue e Magogue são a mesma batalha. É a derrota final dos inimigos de Deus.
2. Embora os inimigos de Deus são derrotados em descrições diferentes, eles caem todos no mesmo momento
• A queda da Babilônia, do anticristo, do falso profeta, de Satanás, dos ímpios e da morte acontecem ao mesmo tempo, ou seja na segunda vinda de Cristo, embora os relatos sejam em cenas diferentes.
3. As figuras usadas por João ensinam lições claras:
a) Gogue e Magogue descrevem a batalha final contra o povo de
Deus (Ez 38-39) - v. 7 - Essa é uma descrição da última batalha contra o Cordeiro e sua noiva. É o Armagedom. É a grande tribulação. O pouco tempo de Satanás, o período mais amargo da história.
b) Os exércitos inimigos são numerosos - v. 8 - Todo o mundo iníquo vai perseguir a igreja. A perseguição será mundial. É o último ataque do dragão contra a igreja. Essa realidade corrige dois erros: 1) Otimismo irreal - O mundo no tempo do fim não será de paraíso, mas de tensão profunda; 2) Pessimismo doentio - Não importa a fúria ou a
força numérica do inimigo, a vitória é do Cordeiro e de sua igreja.
c) A derrota dos inimigos será repentina e completa - v. 9-10 - Essa derrota imposta ao inimigo é uma ação direta de Deus. 2 Ts 2:8 diz que Cristo mata o homem da iniqüidade com o sopro da sua boca na manifestação da segunda vinda. Ap 19:20 diz que o anticristo e o falso profeta são lançados no lago do fogo. Ap 20:10 diz que
Satanás foi lançado no lago do fogo. Eles três são lançados juntos! São atormentados juntos para sempre!
d) A derrota de Satanás será o ápice da vitória de Cristo - v. 10 -Como Satanás o agente principal do mal, sua derrota é descrita em último lugar. Sua condenação será eterna. Satanás não é rei nem no lago do fogo. O fogo eterno foi preparado para ele
para os seus anjos (Mt 25:41).


IV. O JUÍZO FINAL - V. 11
Cristo assenta-se no trono como juiz - v. 11O trono branco fala da santidade e da justiça do juiz e do julgamento.
• Diante dele o próprio universo se encolhe. A terra será redimida do seu cativeiro. A terra não será destruída, mas transformada (2 Pe 3:10; At 3:31; Rm 8:21).
• Jesus é o juiz diante de quem todos vão comparecer (20:11; At 17:31; Jo 5:22-30).Aqueles que rejeitaram Jesus como advogado vão ter que comparecer diante dele como juiz.
2. Os mortos ressuscitam para o julgamento - v. 12-14
• Aqui não se trata apenas dos mortos ímpios, mas de todos os mortos, de todos os tempos.A idéia de duas ressurreições físicas não tem base bíblica (Dn 12:2; Jo 5:28-29; Jo 6:39,40,44,54; Jo 11:24; At 24:15). Aqui é a única ressurreição geral de todos os mortos de todos os tempos. Crentes e ímpios ressuscitam no mesmo dia.
• O julgamento será universal e também individual (v. 13). Um por um será julgado segundo as suas obras. Ninguém escapará.
3. Os mortos serão julgados segundo as suas obras - v. 12
• Esse julgamento será justo e universal. Os livros serão abertos e todos serão julgados segundo o que está escrito nos livros: seremos julgados pelas palavras, obras, omissão e pensamentos. A graça de Deus e a responsabilidade humana caminham juntas.
• Pelas obras ninguém poderá ser justificado diante de Deus. Pelas obras todos serão indesculpáveis diante de Deus.
• O juízo final será deferente dos tribunais da terra: Lá terá um juiz, mas não jurados; acusação, mas não defesa; sentença, mas não apelo. A única maneira de escapar desse julgamento é confiar agora no Senhor Jesus Cristo (Jo 5:24).
5. O critério para a salvação não são as obras, mas a graça - v. 15
• Ninguém pode ser salvo pelas obras, por isso o livro da vida é aberto. Quem tem o nome escrito nele não é lançado no lago do fogo. Isso já nos mostra que os salvos estão participando desse julgamento (2 Co 5:12; Rm 14:10).
• Os que não têm o nome escrito no livro da vida são lançados dentro do lago do fogo,a segunda morte. Somente os salvos terão seus nomes no livro da vida (Fp 4:3; Ap13:8; 17:8; 20:15; 21:27; Lc 10:20).
6. A própria morte e o inferno serão lançados no lago do fogo - v. 14
• A morte é o estado e o hades é o lugar. Esses dois andam conectados (Ap 6:8).
Quando a morte e o inferno são lançados no lago do fogo, finda também a autoridade que exerciam no tempo cósmico. A morte é o último inimigo a ser vencido. O inferno é lugar onde os ímpios são atormentados no estado intermediário. Depois da segunda
vinda e do juízo não haverá mais separação entre o corpo e a alma nem no céu nem no inferno. A vitória de Cristo sobre os seus inimigos será completa a final.
7. Os tormentos dos inimigos de Deus e dos ímpios serão eternos - v.10,15
• A Bíblia não ensina universalismo nem aniquilacionismo. Antes fala de penalidades eternas. O sofrimento dos ímpios no lago do fogo é indescritível (Lc 16:19-31). O lago do fogo é estado e lugar.
• Enquanto os salvos têm seus nomes no livro da vida, os ímpios serão lançados no lago do fogo.


CONCLUSÃO:
1. Você estará preparado para o dia do juízo? De que lado você estará naquele tremendo dia?
2. Você está seguro, debaixo do sangue do Cordeiro ou ainda está sob o peso e condenação dos seus pecados?
3. Hoje, é o tempo oportuno; hoje é o dia da salvação!

Apocalipse 19 e a Tatuagem

APOCALIPSE 19:1-21
TEMA: OS CÉUS CELEBRAM O CASAMENTO E A VITÓRIA DO
CORDEIRO DE DEUS

INTRODUÇÃO
1. Estamos chegando ao momento culminante da história da humanidade. Nos capítulos 1-11 vimos a perseguição do mundo sobre a igreja e como Deus enviou seus juízos sobre ele. Nos capítulos 12-22, estamos vendo como esta batalha se torna mais renhida e agora o dragão, o anticristo, o falso profeta e a grande meretriz se ajuntam
para perseguiu o Cordeiro e a sua igreja.
2. Nos capítulos 17 e 18 vimos como o sistema do mundo, representado pela religião falsa e os sistemas político e econômico entram em colapso.
3. Agora João tem a visão da alegria do céu pela queda da Babilônia, a alegria do céu pelas bodas do Cordeiro e a visão da gloriosa vinda de Cristo e sua vitória retumbante sobre seus inimigos.

I. OS CÉUS CELEBRAM O TRIUNFO FINAL DE DEUS SOBRE A GRANDE
MERETRIZ - V. 1-6
1. A meretriz que corrompia a terra e matava os servos de Deus está sendo julgada - v.
2• A condenação eterna do mal e dos malfeitores é um julgamento justo e verdadeiro.
Deus não pode premiar o mal. Ele é ético.
• Quando a Babilônia caiu, a ordem foi dada no céu: "Exultai sobre ela ó céus, e vós,santos, apóstolos e profetas, porque contra ela julgou a vossa causa" (Ap 18:20). Jesus está julgando a meretriz, a falsa igreja, e casando-se com sua noiva, a verdadeira igreja. Ao mesmo tempo em que a religião prostituída diz: Ai, Ai, a noiva do Cordeiro,a igreja, diz: Aleluia!
2. O poder do mundo que é transitório está caindo - v. 1
• A grande meretriz, o sistema religioso, político e econômico que dominou o mundo e ostentou sua riqueza, poder e luxúria, entra em colapso. O mundo passa. Na segunda vinda de Cristo esse sistema estará completamente destruído.
• Os céus se regozijam porque Deus está julgando os seus inimigos. Deus está no
trono. Dele é a salvação, a glória e o poder. O poder da falsa religião caiu. As máscaras da falsa religião caíram.
• O falso sistema religioso é condenado por dois motivos: a) Ela corrompeu a terra com a sua prostituição (v. 2) - Ela levou as nações a se curvarem diante de ídolos.
Ela desviou as pessoas do Deus verdadeiro. Ela ensinou falsas doutrinas. Ela se esforçou para produzir apóstatas em vez de discípulos de Cristo; b) Ela matou os servos de Deus (v. 2) - A falsa religião sempre se opôs à verdade e perseguiu os  arautos da verdade. Ela matou os santos, os profetas, os apóstolos e tantos mártires ao
longo da história.
3. A condenação desse sistema do mundo é eterna - v. 3
• Não apenas o mal será vencido, mas os malfeitores serão atormentados eternamente.
A Bíblia fala sobre penalidades eternas. Não existe nada de aniquilação, mas de tormento sem fim.
4. A igreja e os anjos adoram a Deus porque ele está reinando - v. 4-6
• Deus sempre esteve no trono. O inimigo sempre esteve no cabresto de Deus. Mas agora chegou a hora de colocar todos os inimigos debaixo dos seus pés. Agora chegou o dia do julgamento do Deus Todo-poderoso. Todos os inimigos serão lançados no
lago do fogo.
• O livro do Apocalipse é o livro dos Tronos. Deus agora conquista os tronos da terra.
O trono do diabo, do anticristo, do falso profeta, da Babilônia, dos poderosos do
mundo. Todos estarão debaixo dos pés de Jesus. Os impérios poderosos cairão. As
superpotências econômicas cairão. Os déspotas cairão. Todo joelho vai se dobrar
diante do Senhor. Aleluia porque só o Senhor reina!
• O coro celestial é unânime: "Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o todo-poderoso" (Ap 19:6).

II. OS CÉUS CELEBRAM O CASAMENTO DA NOIVA COM O SEU NOIVO,
O CORDEIRO DE DEUS - V. 6-10
1. Enquanto a meretriz é julgada, a noiva é honrada - v. 7-8
• Enquanto a meretriz, a falsa igreja é julgada; a verdadeira igreja, a noiva do Cordeiro é honrada. Enquanto a meretriz tem suas vestes manchadas de prostituição e violência,as vestes da noiva do Cordeiro são o mais limpo, o mais puro e o mais fino dos linhos.
• A noiva se atavia, mas as vestes lhe são dadas - A igreja se santifica, mas essa santificação vem do Senhor. A igreja desenvolve a sua salvação, mas é Deus quem opera em nós tanto o querer como o realizar.
2. Os bem-aventurados convidados para as bodas e a noiva são as mesmas pessoas - v.9
• Essa é uma sub-reposição de imagens. A noiva é a igreja e os convidados para as bodas são todos aqueles que fazem parte da igreja. Os convidados e a noiva são uma e
a mesma coisa. A igreja é o povo mais feliz do universo. A eternidade será uma festa que nunca acaba.
3. O noivo é descrito como Cordeiro - v. 7
• Ele quer ser lembrado pelo seu sacrifício pelo pecado. Como noivo da igreja ele quer ser amado e lembrado como aquele que deu sua vida pela sua amada.
4. As bodas falam da consumação glorioso do relacionamento de Cristo com sua igreja. O casamento de Cristo com sua igreja será um casamento perfeito, sem crise, sem divórcio.
Ilustração: O casamento de Charles e Diana - o casamento do século XX que acabou em tragédia.
• O costume matrimonial dos hebreus - 1) Noivado - era algo mais profundo do que um compromisso significa para nós. A obrigação do matrimônio era aceita na presença de testemunhas e a bênção de Deus era pronunciada sobre a união. Desde esse dia o noivo e a noiva estavam legalmente casados (2 Co 11:2). 2) O intervalo - Durante o
intervalo o esposo paga ao pai da noiva um dote. 3) A procissão para a casa da noiva
- Ao final do intervalo o noivo sai em procissão para a casa da noiva. A noiva se prepara e se atavia. O noivo em seu melhor traje é acompanhado de seus amigos que cantam e levam tochas e seguem em direção à casa da noiva. O noivo recebe a noiva e a leva em procissão ao seu próprio lar. 4) Finalmente, as bodas - AS bodas incluem a festa das bodas que duravam sete ou quatorze dias. Agora a igreja está desposada com Cristo. Ele já pagou o dote por ela. Ele comprou a sua esposa com seu sangue. O intervalo é o período que a noiva tem para se preparar. Ao final desse tempo, o noivo vem acompanhado dos anjos para receber a sua noiva, a igreja. Agora começa as bodas. O texto registra esse glorioso encontro: "Alegremo-nos e exultemos e demos-lhe glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou" (Ap 19:7). As bodas continuem não por uma semana, mas por toda a eternidade. Oh dia glorioso será aquele!


III. OS CÉUS SE ABREM PARA A VINDA TRIUNFAL DO NOIVO, O REI
DOS REIS-V. 11-21
1. A aparição do Noivo, o Rei dos reis - v. 11
• João vê Jesus vindo vitoriosamente do céu. O céu se abre. Desta vez o céu está aberto
não para João entrar (Ap 4:1), mas para Jesus e seus exércitos saírem (Ap 19:11). A
última cena da história está para acontecer. Jesus virá para a última batalha. É o tempo
da grande tribulação. Satanás estará dando suas últimas cartadas. O anticristo e o falso
profeta estarão seduzindo o mundo e perseguindo a igreja. Mas Jesus aparece como o
supremo conquistador. Ele aparece repentinamente em majestade e glória!
2. A descrição do Noivo, o Rei dos reis - v. 11-13,15-16
2.1. Ele é Fiel e Verdadeiro (v. 11) - Em contraste com o anticristo que é falso e enganador.
2.2. Ele é aquele que a tudo perscruta (v. 12) - Seus olhos são como chama de fogo.
Nada ficará oculto do seu profundo julgamento. Ele vai julgar suas palavras, obras e os
segredos do seu coração. Aqueles que escaparam do juízo dos homens não escaparão do juízo de Deus.
2.3. Ele é o vencedor supremo (v. 12b) - "Na sua cabeça há muitos diademas" - Ele
tem na sua cabeça a coroa do vencedor e do conquistador. Quando ele entrou em
Jerusalém, ele cavalgou um jumentinho. Ele encontrou como servo. Mas agora ele
cavalga um cavalo branco. Ele tem na sua cabeça muitas coroas, símbolo da sua
suprema vitória.
2.4. Ele é insondável em seu ser (12c) - Isso revela que nós jamais vamos esgotar
completamente o seu conhecimento.
2.5. Ele é a Palavra de Deus em ação (v. 13) - Deus criou o universo através da sua
Palavra. Agora Deus vai julgar o mundo através da sua Palavra. Jesus é o grande juiz de toda a terra.
2.6. Ele é o amado da igreja e o vingador de seus inimigos (v. 13,15) - Seu manto está
manchado de sangue, não o sangue da cruz, mas o sangue dos seus inimigos (Is 63:2-3). Ele vem para o julgamento. Ele vem para colocar os seus inimigos debaixo dos
seus pés. Ele vem para recolher os eleitos na ceifa e pisar os ímpios como numa
lagaragem (Ap 14:17-20). Ele vem para julgar as nações (Mt 25:31-46).
2.7. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (v. 16) - Deus o exaltou
sobremaneira. Deu-lhe o nome que está acima de todo nome. Diante dele todo joelho
deve se dobrar: o diabo, o anticristo, o falso profeta, os reis da terra, os ímpios.
3. Os exércitos ou acompanhantes do Noivo, o Rei dos reis - v. 14
• O rei virá em glória. Ao clangor da trombeta de Deus. Ao som do trombeta do
arcanjo. Cristo descerá do céu. Todo o olho o verá. Ele virá pessoalmente, fisicamente,
visivelmente, audivelmente, poderosamente, triunfantemente.
• O rei virá com o seu séqüito: os anjos e os remidos (Mt 24:31; Mc 13:27; Lc 9:26; 1 Ts 4:13-18; 2 Ts 1:7-10). Um exército de anjos descerá com Cristo. Os salvos que estiverem na glória virão com ele entre nuvens. Todos como vencedores, montados em
cavalos brancos. Todos com vestiduras brancas. Outrora, a nossa justiça era como
trapos de imundícia, mas agora, vamos vestir vestiduras brancas. Somos justos e vencedores.
4. A derrota dos inimigos pelo Rei dos reis é descrita em toda a sua hediondez -v. 17-
18
• Enquanto os remidos são convidados para entrar no banquete das bodas do Cordeiro,
as aves são convidas a se banquetearem com as carnes dos reis, poderosos,
comandantes, cavalos e cavaleiros.
• Há um contraste entre esses dois banquetes: O primeiro é o banquete da ceia nupcial
do Cordeiro, ao qual todos os santos são convidados (Ap 19:7-9). O segundo, o
banquete dos vencidos, ao qual todas as aves de rapina são convocadas. Isso indica que
todo o poder terreno chegou ao fim. A vitória de Cristo é completa!
5. O Rei dos reis triunfa sobre seus inimigos na batalha final, o Armagedom - v. 19-21
• Essa será a peleja do Grande Dia do Deus Todo-poderoso (Ap 16:14). Os exércitos que acompanham a Cristo não lutam. Mas, Jesus Cristo destruirá o anticristo com o
sopro da sua boca pela manifestação da sua vinda (2 Ts 2:8). Todas as nações da terra
o verão e o lamentarão (Ap 1:7). Quando os inimigos do Cordeiro se reunirem, então,
sua derrota será total e final (Ap 19:19-21). Esta batalha Jesus a vence não com armas,
mas com a sua Palavra, a espada afiada que sai da sua boca (Ap 19:15).
• Aquele dia será dia de trevas e não de luz para os inimigos de Deus. Ninguém poderá
escapar. Aquele será o grande dia da ira do Cordeiro e do juízo de Deus.
• O anticristo e o falso profeta serão lançados no lago do fogo, onde a meretriz também
estará queimando (Ap 19:3,20). Eles jamais sairão desse lago. Serão atormentados pelos séculos dos séculos (Ap 20:10).
• Enquanto os inimigos de Deus estarão sendo atormentados por toda a eternidade, a igreja desfrutará da intimidade de Cristo nas bodas do Cordeiro para todo o sempre.


CONCLUSÃO
1. Em breve Cristo voltará como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. É Cristo o
senhor da sua vida hoje?
2. Você está preparado para se encontrar com Cristo? Vigie para que aquele grande dia não o apanhe de surpresa.



É lícito fazer tatuagem

Há muitas pessoas que interpretam o texto de Apocalipse 19.16, "em no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES" como se o texto bíblico descrevesse um "Jesus tatuado". Já ouvi, inclusive, alguém dizer certa vez: "Galera, Jesus era um dos nossos! Ele também tinha uma 'tatoo' na sua coxa!". Tal equívoco interpretativo se deve a três causas principais:

a) ao desconhecimento do texto grego original do Novo Testamento, bem como, de suas regras gramaticais;

b) às traduções existentes em português que, com uma rara exceção, dão margem para que esse tipo de interpretação equivocada seja feita;

c) à conveniência, pois algumas pessoas interpretam convenientemente um Jesus tatuado em Ap 19.16, porque, ao fazerem isso, estão encontrando um apoio "bíblico" que legitima o uso de tatuagens por parte destVejamos, então, Ap 19.16 do ponto de vista lingüístico, teológico e cultural.

I – O PONTO DE VISTA LINGÜÍSTICO

O texto grego original de Ap 19.16 diz o seguinte: kaì échei epì tò himátion kaì epì tòn meròn autou ónoma gegramménon. Basileùs basiléon kaí kýrios kyríon. Se traduzirmos este verso ao pé da letra, ele ficará dessa forma: "e tem sobre a veste e sobre a coxa dele um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores".

No que diz respeito ao aspecto lingüístico, observa-se no texto grego que a primeira e a sexta palavras do versículo (sublinhadas) são as mesmas. Trata-se da conjunção "kaì" que normalmente é traduzida como "e" ou "também", de acordo com o contexto em que ela aparece. Todavia, embora o primeiro "kaì" de Ap 19.16 possa ser traduzido como "e", ou seja, "e tem sobre a veste (...)", o segundo "kaì", por outro lado, pode ser entendido como um "kaì" epexegético ou explicativo. Em outras palavras, o segundo "e" do versículo, "(...) e sobre a coxa dele" deveria ser traduzido de forma explicativa, como, por exemplo, "ou seja", "isto é", "a saber”, "quer dizer" etc. Sendo assim, a tradução mais apropriada para Ap 19.16 seria: "e tem sobre a veste, isto é, [que está] sobre a sua coxa um nome escrito: Rei dos reis e Senhor dos senhores".

George Ladd, que concorda com a interpretação que estamos dando, oferece uma tradução ligeiramente diferente: "no seu manto, isto é, onde ele cobre sua coxa”. Ladd ainda acrescenta que "não é mencionada nenhuma razão por que o nome estaria escrito na coxa". Além de Ladd, Henry Alford também concorda com a nossa interpretação e faz o seguinte comentário:

"A maneira usual de tomar as palavras é supor o kaí epexegético ou definitivo das palavras anteriores, "sobre Sua veste", e que parte dela [da veste] está cobrindo Sua coxa".

Some-se a estes autores ainda a opinião de Champlin, segundo quem, entre outros significados, o texto também pode ser traduzido como "...sobre vestes, a saber, sobre sua coxa...", o que se harmoniza com o significado que entendemos ser o mais correto para esse texto.

Infelizmente, de todas as versões bíblicas em português que consultei, apenas uma traduz Ap 19.16 refletindo o seu significado de forma mais correta. Trata-se da Edição Contemporânea de João Ferreira de Almeida. Ela traduz Ap 19.16 assim: "No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores".

Portanto, a partir da perspectiva lingüística podemos assegurar que a frase “Rei dos reis e Senhor dos senhores” de Apocalipse 19.16 não está "tatuada" na "coxa" de Jesus. Muito pelo contrário, estes dizeres estão escritos na “veste” (ou “manto”) de Jesus, a qual, por sua vez, cobre a sua coxa.

II – O PONTO DE VISTA TEOLÓGICO

Antes de entrarmos no ponto de vista teológico em si, devemos dizer aqui que o livro de Apocalipse foi escrito aproximadamente na metade da década do ano 90 d.C. Isto quer dizer que ele foi escrito por João cerca de 50 a 60 anos depois da morte e ressurreição de Jesus. Portanto, Jesus já possuía (havia mais de meio século) um "corpo glorificado", imaterial, quando João escreve as linhas de Ap 19.16.

Já no que se refere ao aspecto teológico, Ap 19.16 está inserido dentro do contexto de uma visão que João teve (cf. Ap 19.11), devendo ser entendido, portanto, de forma "simbólica", isto é, "não-literal". Apesar de alguns comentaristas compreenderem Ap 19 à luz da queda da Babilônia – símbolo de Roma – conforme Ap 18, contudo, Ap 19 aponta para algo bem maior, a saber, a vitória escatológica completa de Deus e do Seu povo sobre o mal em geral, vista sob a perspectiva contextual mais ampla de Ap 19.11-21.8.

Assim, o título "Rei dos reis e Senhor dos senhores" escrito na "veste" de Jesus, se entendido corretamente de forma "simbólica", era aplicado, segundo a tradição judaica, ao próprio Deus, o qual era visto como Rei suserano que governava acima de todos os reis da Terra. Isto quer dizer que, Jesus, ao receber em Ap 19.16 o mesmo título majestoso que Deus recebia no judaísmo, estava se igualando a Ele em Sua glória e divindade.

Além do mais, se entendermos Ap 19.16 como uma referência literal à "coxa tatuada" de Jesus (se este fosse realmente o caso, o que não é), teríamos que entender literalmente também outra visão de João na qual Jesus é descrito como tendo: "cabelos brancos como a lã branca, olhos como chama de fogo, pés como latão reluzente, voz como a voz de muitas águas, boca da qual saía uma espada afiada e rosto como o sol" (cf. Ap 1.12-17), o que seria bastante complicado.

Enfim, sob a perspectiva teológica também podemos afirmar que Jesus não tinha uma "tatuagem" feita em sua "coxa".

III – O PONTO DE VISTA CULTURAL

Por fim, sob o ponto de vista cultural, creio que sejam bastante apropriadas as palavras de Champlin sobre Ap 19.16. Este autor nos fornece as seguintes informações:

"(...) havia um antigo costume de gravar o nome do artista sobre a coxa de uma estátua. (...) A arqueologia tem encontrado figuras assírias com inscrições gravadas sobre ela, bem como nas vestes que encobrem seus corpos. Também é verdade que os cavalos, entre os gregos, traziam sinais identificadores sobre suas pernas traseiras".

Porém, Keener explica que "na antigüidade romana, os cavalos e as estátuas eram às vezes marcados com ferro na coxa, mas as pessoas não". Aliás, esses exemplos fornecidos por Champlin e Keener, note-se, são extraídos de um contexto "pagão" (assírio e greco-romano), e não "judaico" ou "judaico-cristão"! Vale citar aqui as palavras de Alfred J. Kolatch, segundo quem,

"Foi proibido aos judeus fazerem isto [isto é, tatuagens ou incisões no corpo] não só porque era sinal de idolatria, mas também porque vai contra as proibições bíblicas de derramar sangue e maltratar o corpo que Deus deu ao ser humano".

Tendo esses dados em mente, seria, então, simplesmente impensável imaginar um judeu dos tempos bíblicos tatuado (e Jesus era judeu!). Tal fato seria o cúmulo do sacrilégio!

Portanto, do ponto de vista cultural também não é correto afirmar que Jesus possuía uma "tatuagem" em sua "coxa". Tal prática seria totalmente estranha à cultura (judaica) da qual ele, Jesus, fazia parte.

CONCLUSÃO

Concluindo, um dos grandes problemas que ocorre na interpretação da Bíblia é que nós, muitas vezes, a fazemos partindo do nosso próprio contexto vivencial. Dito de outra maneira, muitas vezes nós projetamos para dentro da Bíblia nossas experiências pessoais, vivências, pressuposições e ideologias – o que é chamado no campo da interpretação bíblica de "eisegese", em vez de buscarmos extrair do texto bíblico aquilo que ele próprio quer nos dizer – o que é conhecido como "exegese".

Bem, de qualquer forma, cada um é livre para fazer o que quiser do "seu" corpo (o qual, na verdade, não é "seu", mas de Deus, quem o criou e, portanto, detém direitos sobre ele). Porém, se alguém for fazer qualquer tatuagem no corpo, fique à vontade. Só não vá, entretanto, sair dizendo por aí que você está fazendo isso porque a "tatuagem" que Jesus tinha em sua "coxa" te autoriza a proceder dessa forma!





Apocalipse 18

APOCALIPSE 18:1-24
TEMA: AS VOZES DA QUEDA DA BABILÔNIA
INTRODUÇÃO
1. A Babilônia é mais um símbolo do que um lugar. Babilônia refere-se à Babilônia dos tempos de Babel, à Babilônia de Nabuconodosor, a senhora do mundo; a Roma dos Césares, a Roma dos papas e a todos os impérios do mundo que se levantaram contra Deus e sua igreja. A Babilônia aqui não é apenas a Babilônia escatológica, mas a Babilônia atemporal, o mundo como centro de sedução em qualquer época.
2. Babilônia aqui é um símbolo da rebelião humana contra Deus. É o sistema do mundo que opõe contra Deus. No capítulo 17, Babilônia era a grande Meretriz, a religião apóstata, em contraste com a Noiva do Cordeiro, a igreja verdadeira.
3. No capítulo 18, a Babilônia é o mundo, a cidade da luxúria, a morada dos demônios em contraste com a Nova Jerusalém, a cidade santa, a morada de Deus.
4. No capítulo 18. João ouviu quatro vozes que sintetizam a queda da Babilônia.

I. A VOZ DA CONDENAÇÃO - V. 1-3
1. A queda da Babilônia é um fato consumado nos decretos de Deus - v. 2
• A queda aqui não é apenas aquela prevista por Isaías (Is 13:19-22) e Jeremias (Jr51:24-26), a Babilônia história. A queda aqui não é apenas a previsão da queda de
Roma, a Babilônia simbólica (Ap 17:18), mas é a queda da Babilônia escatológica, o sistema religioso, econômico e político sem Deus e anti-Deus (Ap 18:2).
• Essa queda já havia sido declarada (Ap 14:8; 17:16). A queda é um fato consumado na mente e nos decretos de Deus, como o é a nossa glorificação.
2. A Babilônia, torna-se morada de demônios enquanto a igreja é a morada de Deus -v. 2
• A igreja, a Noiva do Cordeiro, é a habitação de Deus (Ap 21:3), enquanto a Babilônia, a grande Meretriz torna-se habitação de demônios e aves imundas, símbolo dos demônios (Mt 13:31-32).
• Isso significa um lugar totalmente destituído de Deus, da sua Palavra e do seu povo.
3. A queda da Babilônia é em razão da sua devassidão moral, espiritual e econômica -v. 2-3
• O sistema religioso e econômico da Babilônia poluiu o mundo inteiro. Esse sistema intoxicou as pessoas do mundo inteiro, levando as pessoas a adorarem o dinheiro e se
prostrarem diante de outros deuses. Os homens tornaram-se mais amantes dos prazeres do que de Deus (2 Tm 3:4). Exemplo: o dinheiro é o maior senhor de escravos do
mundo. Ele é um deus.
• Os homens embriagados pelo espírito da Babilônia amaram o mundo e as coisas que há no mundo. Foram dominados pela concupiscência dos olhos, da carne e soberba da vida (1 Jo 2:15-17).
• Mas esses prazeres jamais puderam satisfazer o coração dos homens. No dia que esse sistema cair, eles ficarão totalmente desolados.
• Impiedade sempre vem acompanhada de perversão. Quando a religião abandona a verdade, ela entra pela porta da perversão.

II. A VOZ DA SEPARAÇÃO - V. 4-8
1. A ordem de Deus é para sua igreja sair desse sistema do mundo- v. 4
• Em todo o tempo a igreja de Deus deve aparte-se do mal, do sistema do mundo, da falsa religiosidade. No pecado nunca existe verdadeira comunhão. Exemplo: Não ganhamos o mundo sendo igual ao mundo.
• Esse sair não é geográfico. Estamos no mundo, mas não somos do mundo.
• Sair da Babilônia significa não participar dos seus pecados, não ser enganado por suas tentações e seduções.
a) Deus mandou Abraão sair da sua terra e do meio da sua parentela para conhecer e servir o Deus vivo (Gn 12:1).
b) Deus mandou Ló deixou Sodoma antes dela ser destruída pelo fogo (Gn 19:14).
c) Deus mandou Israel sair do Egito e não se misturar com as nações pagas nem adorar oos seus deuses.
d) Deus ordenou a sua igreja a afastar-se desse sistema religioso e mundano (2 Co6:14-7:1).
2. Deus não apenas ordena a igreja a sair da Babilônia, mas dá razões para isso -v. 4-8
a) Para que a igreja não se torne cúmplice de seus pecados (v. 4) -Participar da Babilônia significa ser igual a ela e afundar com ela. O crente não pode torna-se participante dos pecados do mundo. Ele é santo, separado, diferente. Ele é sal e luz.
Ele foi resgatado do mundo. Está no mundo, mas não é do mundo. Agora é luz no meio das trevas.
b) Para que a igreja não participe dos flagelos que sobrevirão à Babilônia (v. 4) -
Deus pacientemente suportou os pecados da Babilônia. Mas o dia do juízo virá e então,ele sofrerá os flagelos da ira de Deus. Deus a julgará quando o cálice de seus pecados transbordar (v. 5). Os que põem seu coração no mundo sofrerão terríveis conseqüências. Vão ser condenados com o mundo. A Babilônia semeou, ela vai
colher!
c) Para que a igreja entenda quais são os critérios do julgamento divino (v. 6-8) -
Quais são os pecados específicos que Deus julgará? 1) Orgulho - (v. 7) - A soberba é a porta de entrada da tragédia. O culto de si mesmo é abominável para Deus. Ela não deu a Deus a glória e agora está sendo destruída. O mundo está sempre ostentando sua
riqueza, seus banquetes, suas festas, seu brilho. Mas Deus resiste ao soberbo. 2) O culto ao prazer e à luxúria - (v. 7) - O sistema do mundo enxerga os bens matérias e os prazeres do mundo como as coisas mais importantes da vida. Elas trocam Deus pelo prazer. Mas no dia final esses prazeres não poderão satisfazer nem darão segurança.
d) Para que a igreja entenda que o juízo de Deus virá repentinamente (v. 8) - O povo de Deus não demorar-se em sair desse sistema do mundo, porque o juízo de Deus cairá sobre ele repentinamente e desmantelará num só dia (Is 47:9; Jr 50:31). Quando chegar o dia do juízo não haverá escape da ira de Deus. Como diz a Escritura:"Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10:31).

III. A VOZ DE LAMENTAÇÃO - V. 9-19
• Esse parágrafo mostra o lamento dos reis, dos mercadores e dos marinheiros ao verem a derrocada da Babilônia e futilidade de seus investimentos. Ao mesmo tempo,
mostra o grito de vitória da igreja de Deus no céu (v. 20). Exemplo: a parábola do rico insensato: Louco, esta noite te pedirão a tua alma e o que tu preparaste para
quem será?
1. O lamento dos reis e dos homens poderosos, homens de influência da terra -v. 9-10
• Esses reis são os políticos e aqueles que se renderam às tentações da Babilônia e desfrutaram de seus deleites.
• Babilônia ou Roma aqui é visto como o sistema político que se associou com o mundo. Os políticos governados pela luxúria, ganância e soberba vão ficar amedrontados com esse sistema entrar em colapso e vão chorar e lamentar em alta
voz(v. 9,10).
• Roma era o centro do comércio e da política nos dias de João. Era conhecida pela sua extravagância e luxúria. Política e economicamente as pessoas eram dependentes de
Roma.
2. O lamento dos mercadores - v. 11-16
• Os mercadores aqui sãos os empresários, negociantes e todos aqueles que têm colocado o coração nas mercadorias e deleites do mundo. Eles choram porque de repente suas mercadorias vão ficar sem valor (Lc 12:16-21). De repente tudo aquilo que lhes proporciona prazer vai desaparecer. Aquilo em que confiam e em que tinham prazer não vai poder salvá-los.
• A Babilônia, o mundo louco pelo prazer, vai ficar completamante desamparado. João cita aqui 30 artigos de luxo. Na contagem o número 4 desempenha um papel importante.
a) Quatro artigos de jóias (v. 11-12) - mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas.
b) Quatro tecidos de luxo (v. 12) - linho finíssimo, púrpura, seda, escarlata. Foi assim que a Meretriz se vestiu (17:4), mas essas coisas não têm valor permanente.
c) Quatro artigos para ornamentação (v. 12) - toda espécie de madeira odorífera,todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore.
d) Quatro artigos cosméticos (v. 13) - canela de cheiro, incenso, ungüento e bálsamo.
e) Quatro artigos de cozinha (v. 13) - vinho, azeite, flor de farinho e o trigo.
f) Quatro artigos de mercadoria viva (v. 13) - gado e ovelhas, escravos e almas
humanas. Os mercadores negociam até mesmo os homens como escravos como se fossem mercadoria. No Império Romano havia 60 milhões de escravos. Fazem tudo e qualquer coisa com o fim de se enriquecerem.
• Esta lista de carregamentos que pertencem à Babilônia e perecem inclui: 1) Reino mineral: ouro, prata, pedras e pérolas; 2) Reino vegetal: linho, seda, púrpura e escarlata; 3) Reino animal: gado, ovelhas e cavalos; 4) Reino humano: os corpos e as
almas dos homens. Por isso quando a Babilônia perece o caos econômico é completo.
Aqui está a queda de todas as Babilônias. É a queda final do reino do anticristo. É o fim de todas as coisas.
3. O lamento dos homens de navegação - v. 17-19
• Mencionam-se quatro classes: os pilotos, os passageiros dispostos a negociar, os marinheiros e os que ganham a vida no mar, a saber, os exportadores, os importadores,os pescadores e os mergulhadores em busca de pérolas.
• O desespero dos ímpios que colocaram sua confiança na riqueza e nos prazeres do mundo - Posto que os homens ímpios colocam toda a sua esperança nas riquezas e prazeres desta vida, quando o mundo e as coisas que há no mundo passarem, eles
perecem juntamente com o mundo. A única coisa que vai lhes restar é um doloroso lamento (v. 18-19).
IV. A VOZ DA CELEBRAÇÃO - V. 20-24
1. Em contraste com o lamento dos ímpios, a igreja no céu está celebrando a vindicação da justiça divina - v. 20
• A Babilônia que se embriagou com o sangue dos santos e perseguiu a igreja agora está completamente desamparada. A justiça de Deus foi vindicada. O mundo passa. A Babilônia cai, mas a igreja de Cristo canta.
• Esta celebração não é o grito da vingança pessoal, mas o regozijo pelo justo julgamento de Deus.
2. A ruína total da Babilônia demonstrada - v. 21
• Assim como uma pedra arrojada no fundo do mar, Babilônia cairá para não mais se levantar. Depois da morte vem o juízo e depois do juízo vem a condenação eterna.
4. A Babilônia torna-se o lugar onde todas as coisas boas estarão ausentes - v. 22-23
a) Não tem música - Lá só se ouve voz de lamento, e não voz de harpistas.
b) Não tem arte criadora - Lá não tem artífice.
c) Não tem suprimento - os moinhos já não movem mais. No passado Babilônia era o mercado do mundo. Agora está como deserto.
d) Não tem luz - As trevas são um símbolo da efusão final da ira de Deus. Deus é luz.Condenação eterna é ir para as trevas eternas, trevas exteriores. Essas trevas espessas durarão eternamente.
e) Não tem relação de amor - Não tem casamento, nem poesia, nem sonhos.
5. Babilônia, o sistema destruído do mundo, é um símbolo da oposição a Deus e à sua igreja - v. 23b-24
• Babilônia é a sede da feitiçaria, o espírito que substitui Deus por magias e também o centro de perseguição à igreja, onde os profetas e santos foram mortos.
• O ponto principal que devemos observar é que este mundo arrogante e sedento de prazer, perecerá com todas suas riquezas e prazeres sedutores, com toda a sua cultura e filosofia anticristãs, com suas multidões que têm abandonado a Deus e vivido conforme os desejos da carne. Os ímpios sofrerão penalidade eterna. Assim Deus disse, assim Deus fará.




CONCLUSÃO
1. No capítulo 17 vimos que a Babilônia como a grande Meretriz, a religião prostituída e apóstata foi destruída.
2. No capítulo 18 vimos que a Babilônia como sistema político e econômico que se substitui Deus pelo dinheiro, poder e prazer entrou em colapso.
3. O mundo que tem zombado da igreja, que ridicularizado a igreja, que tem seduzido os homens e perseguido a igreja já está com sua derrotada decretada.
4. A grande pergunta é: Você é um cidadão da grande Babilônia, a cidade condenada ou cidadão da Nova Jerusalém, cidadão do céu?


Pergunta: "O que vamos fazer no Céu?"

Resposta: Em Lucas 23:43, Jesus declarou: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." A palavra que Jesus usou para "paraíso" é paradeisos, que significa "um parque, ou seja, (especificamente) um Éden (local de felicidade futura, paraíso)". Paradeisos é a palavra grega tirada das palavra hebraica pardes, que significa "um parque, floresta, pomar" (Concordância Strong). Jesus disse: "Hoje estarás comigo “en paradeisos’’, não "en nephele", que é a palavra grega para "nas nuvens." A questão é que Jesus escolheu e usou a palavra para "um parque." Não qualquer parque, mas "o paraíso de Deus" ou parque de Deus (Apocalipse 2:7), o qual para nós será um lugar de felicidade futura. Isso soa como um lugar chato? Ao pensar em um parque, você pensa em tédio?

Jesus disse: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto" (Mateus 4:10). É interessante notar que Jesus não disse "louvar e servir." Até mesmo o exame mais breve da palavra louvor na Bíblia rapidamente mostra que é uma coisa verbal e é, em grande parte, cantar. Adorar, no entanto, vem do coração e se manifesta em glorificação. Servir a Deus é adoração, e as Escrituras deixam claro que vamos servir a Deus no céu. "Os seus servos o servirão" (Apocalipse 22:3).

Somos incapazes de servir plenamente a Deus nesta vida por causa do pecado, mas no céu "nunca mais haverá qualquer maldição" (Apocalipse 22:3). Não mais estaremos sob a maldição do pecado, então tudo o que fizermos será adoração no céu. Nunca seremos motivados por outra coisa senão o nosso amor por Deus. Faremos tudo por causa desse amor ao Senhor, e não mais seremos contaminados por nossa natureza pecaminosa.

Então, o que vamos fazer no céu? Uma coisa que faremos é aprender. "Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?" (Romanos 11:34), “em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Colossenses 2:3). Deus é o "Alto, o Sublime, que habita a eternidade" (Isaías 57:15). Deus é maior do que a eternidade, e levará a eternidade para "compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo" (Efésios 3:18-19). Em outras palavras, nunca pararemos de aprender.

A Palavra de Deus diz que não estaremos no Seu paraíso sozinho. "...então, conhecerei como também sou conhecido" (1 Coríntios 13:12). Isto parece indicar que não só iremos reconhecer nossos amigos e familiares, mas vamos conhecê-los de "forma plena". Em outras palavras, não há necessidade para segredos nos céus. Não há nada para se envergonhar. Não há nada a esconder. Nós teremos a eternidade para interagir com "grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Apocalipse 7:9). Não é de admirar que o céu será um lugar de aprendizado infinito. Conhecer todos plenamente vai levar toda a eternidade!

Qualquer outra expectativa sobre o que faremos no parque eterno de Deus, o céu, será muito ultrapassada quando "dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mateus 25:34). Qualquer que seja a nossa atividade no céu, podemos ter certeza de que será mais maravilhosa que a nossa imaginação!