quarta-feira, 23 de julho de 2014

O vinho e a Bíblia

Estudo sobre o vinho

Texto base:Lc 7.33,34: "Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio.Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores.

História do vinho

É provável que o Egito recebia suas videiras, pelo rio Nilo, de Canaã (Líbano, Israel, Jordânia e parte da Síria) ou da Assíria (Parte do Iraque e da Arábia Saudita) ou, ainda da região montanhosa da Núbia ou da costa norte da África.
Há inúmeras lendas sobre onde teria começado a produção de vinhos e a primeira delas está no Velho Testamento. O capítulo 9 do Gênesis diz que Noé, após ter desembarcado os animais, plantou um vinhedo do qual fez vinho, bebeu e se embriagou. Entre outros aspectos interessantes sobre a história de Noé, está o Monte Ararat, onde a Arca ancorou durante o dilúvio. Essa montanha de 5.166 metros de altura é o ápice dos Cáucasos e fica entre a Armênia e a Turquia. Entre as muitas expedições que subiram o monte a procura dos restos da Arca, apenas uma, em 1951, encontrou uma peça de madeira.
A questão mais complicada é onde morou Noé antes do dilúvio. Onde quer que ele tenha construído a Arca, ele tinha vinhedos e já sabia fazer o vinho. As videiras, logicamente faziam parte da carga da Arca. Uma especulação interessante é que Noé teria sido um dos muitos sobreviventes da submersão de Atlântida. Uma lenda basca celebra un herói chamado Ano que teria trazido a videira e outras plantas num barco. Curiosamente, o basco é uma das mais antigas línguas ocidentais e "ano”, em basco, também significa vinho. Na Galícia também existe uma figura legendária denominada Noya que os sumérios da Mesopotâmia diziam ser uma espécie de deus do mar denominado Oannes. Também interessante é que, na mitologia grega, Dionísio, deus do vinho, foi criado por sua tia Ino, uma deusa do mar, e a palavra grega para vinho é "oinos".
O épico babilônico Gilgamesh, o mais antigo trabalho literário conhecido (1.800 a.C.) também conta também uma história de Upnapishtim, a versão babilônica de Noé. Esse homem também construiu uma Arca, encheu-a de animais, atracou-a numa montanha, soltou sucessivamente três pássaros sobre as águas e finalmente sacrificou um animal em oferenda aos deuses. No entanto, Upnapishtim não fez vinho. O vinho aparece em outra parte dos escritos, na qual o herói Gilgamesh entra no reino do sol e lá encontra um vinhedo encantado de cujo vinho obteria, se lhe fosse permitido bebê-lo, a imortalidade que ele procurava.
O vinho está relacionado à mitologia grega. Um dos vários significados do Festival de Dionísio em Atenas era a comemoração do grande dilúvio com que Zeus (Júpiter) castigou o pecado da raça humana primitiva. Apenas um casal sobreviveu. Seus filhos eram: Orestheus, que teria plantado a primeira vinha; Amphictyon, de quem Dionísio era amigo e ensinou sobre vinho; e Helena, a primogênita, de cujo que nome veio o nome da raça grega.

A história do vinho tem grande importância histórica, pois o seu surgimento em tempos remotos tornou-o um produto que acompanhou grande parte da evolução econômica e sócio-cultural de várias civilizações ocidentais e orientais.


Vinhas na região do Minho, Portugal
A origem do vinho. O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, embasados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro vinho do mundo ("E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha." Gênesis, capítulo 9, versículo 20). Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilônicas, sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do povo sob perspectiva.

Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu antes da escrita. Os enólogos dizem que a bebida surgiu por acaso, talvez por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nômades se tornaram sedentários. Existem referências que indicam a Geórgia como o local onde provavelmente se produziu vinho pela primeira vez, sendo que foram encontradas neste local graínhas datadas entre 7000 a.c. e 5000 a.c.


Entre os egípcios
Os egípcios foram os primeiros a registrar em pinturas e documentos (datados de 1000 a 3000 a.C.) o processo da vinificação e o uso da bebida em celebrações. Os faraós ofereciam vinhos e queimavam vinhedos aos deuses; os sacerdotes usavam-nos em rituais; os nobres, em festas de todos os tipos; as outras classes eram financeiramente impossibilitadas de sua compra. O consumo de vinho aumentou com o passar do tempo e, junto com o azeite de oliva, foi um grande impulso para o comércio egípcio, tanto o interno quanto externo. Os primeiros enólogos foram egípcios.

A partir de 2500 a.C., os vinhos egípcios foram exportados para a Europa Mediterrânea, África Central e reinos asiáticos. Os responsáveis por essa propagação foram os fenícios, povo oriundo da Ásia Antiga e natos comerciantes marítimos. Em 2 mil a.C., chegaram à Grécia.

Na Grécia

Dionísio–Baco, deus do vinho (s. II, Prado, Madrid).
Cultivado ao longo da costa do Mediterrâneo, o vinho seria cultural e economicamente vital para o desenvolvimento grego.

No mundo mitológico, Dionísio, filho de Zeus e membro do primeiro escalão do Olimpo, era o deus das belas artes, do teatro e do vinho. A bebida tornou-se mais cultivada e cultuada do que jamais fora no Egito, sendo apreciada por todas as classes.

A partir de 1000 a.C., os gregos começam a plantar videiras em outras regiões européias. A bebida embriagou a Itália, Sicília, seguindo à península Ibérica. Os gregos fundaram Marselha e comercializaram o vinho com os nativos, sendo este o primeiro contato entre a bebida e a futura França.

Para o gosto contemporâneo, o vinho daquela época era bastante incomum. Homero o descreveu delicado e suave, mas apesar do romantismo e das tradições festivas que a bebida evocou na época, o vinho da Antiguidade "era ingerido com água do mar e reduzido a um xarope tão espesso e turvo que tinha que ser coado num pano e dissolvido em água quente", afirma o historiador inglês e enólogo Hugh Johnson, autor do livro A História do Vinho' (CMS Editora)'.

Em Roma
Fundada em 753 a.C., Roma era inicialmente uma vila de pastores e agricultores. A partir do século VI a.C., começou a se expandir e, já em 146 a.C., a península Itálica, o Mediterrâneo e a Grécia estavam anexados ao seu território.

Os vinhedos eram cultivados em áreas interioranas e regiões conquistadas. Os romanos levavam o vinho quase como uma “demarcação de território”, uma forma de impor seus costumes e sua cultura nas áreas que conquistavam. Dessa forma, o vinho terminou virando a bebida dos legionários, dos gladiadores, das tabernas enfurnadas de soldados. Junto com os romanos, os vinhedos chegaram à Grã-Bretanha, à Germânia e, por fim, à Gália ― que mais tarde viria se chamar França.

Diferentemente do que se leu nas histórias de Asterix, Roma não tardou em conquistar toda a região da Gália. Sob o comando do imperador Júlio César, enfrentaram os gauleses e, seguindo pelo vale do Rhône, chegaram até Bordeaux. A disseminação das videiras pelas outras províncias gaulesas foi imediata, e pode ser considerada um dos mais importantes fatos na história do vinho. Nos séculos seguintes, cidades como Borgonha e Tréveris surgiram como centros de exportação de vinhos, que inclusive eram superiores aos importados.

A predileção da época era pelo vinho doce. Os romanos colhiam as uvas o mais tardar possível, ou adotavam um antigo método, colhendo-as imaturas e deixando-as no Sol para secar e concentrar o açúcar.

Diferente dos gregos, que armazenavam a bebida em ânforas, o processo romano de envelhecimento era moderno. O vinho era guardado em barris de madeira, o que aprimorava o sabor do vinho (o mesmo ainda é feito no cultivo das videiras ao sul da Itália e de Portugal). Ao lado do Império, o vinho atingiu o apogeu nos séculos I e II.

Na mesma época, as hordas bárbaras que atacavam Roma aumentavam, e as guerras se tornaram incessantes, fazendo declinar o Império. Sua divisão em duas partes, a Ocidental (sede em Roma) e Oriental (sede em Constantinopla) piorou o controle da situação política e econômica, defasando vários setores. O vinho importado se tornou superior, diminuindo o lucro dos vinhedos romanos e tornando a vinicultura interna cara e fraca. As inúmeras baixas do exército e a constante perda de terras fizeram o Império Romano dar seus últimos passos. Em 476, após a queda do último imperador, o Império Romano Ocidental entrou em colapso. Mas o vinho já não fazia parte de Roma. Era maior, assumira vida própria.

Nos tempos atuais
Já com a Revolução Industrial, no século XVIII, o vinho perdeu muito em qualidade, porque passou a ser fabricado com técnicas bem menos rústicas, para possibilitar sua produção em massa e venda barata. Embora as antigas tradições tentassem ser preservadas em regiões interioranas francesas, italianas e alemãs, a produção vinícola sofreu modificações irremediáveis para adaptar-se ao mundo industrializado.

No século XX, a vitivinicultura evoluiu muito, acompanhando os avanços da tecnologia e da genética. O cruzamento genético das cepas das uvas, a formação de leveduras transgênicas e a produção mecanizada elevaram substancialmente a qualidade e o sabor do vinho, feito sob medida para agradar os mais diversos paladares.

Portugal

Um dos vinhos portugueses mais célebres e de grande exportação é o Vinho do Porto.
A introdução da produção vinícola em Portugal continua encoberta por questões ainda não resolvidas em termos de investigação. A primeira referência existente ao consumo de esta bebida fermentada no território em que hoje está localizado Portugal é de Estrabão, que em sua obra, Geographia, observa que os habitantes do Noroeste da Península Ibérica já consumiam vinho, embora de forma bárbara (Livro III).

A primeira referência à produção vinícola em Portugal é de 989, provindo do Livro de Datas do Convento de Fiães, sendo a zona do Douro a mais antiga região demarcada no mundo.

Os vinhos portugueses sempre caracterizaram-se por uma grande variedade de uvas regionais, o que dá um sabor especial ao produto de cada região.

Durante o governo de Salazar, foi incentivado o cultivo de uvas mais comerciais, sendo que, após a Revolução dos Cravos (1974) se voltou a incentivar o cultivo das variedades regionais.

Brasil
A história do vinho no Brasil inicia-se com o descobrimento, em 1500, pelo navegador português Pedro Álvares Cabral. Relatos[1] [2] indicam que as treze caravelas que partiram de Portugal carregavam pelo menos 65 mil litros de vinho, para consumo dos marinheiros.

As primeiras videiras foram introduzidas no Brasil por Martim Afonso de Sousa, em 1532, na capitania de São Vicente. As cultivares, que posteriormente se espalhariam por outras regiões do Brasil, eram da qualidade Vitis vinifera (ou seja, adequadas para a produção de vinho), oriundas de Portugal e da Espanha.

No mesmo ano, o fundador da cidade de Santos, Brás Cubas, foi o primeiro a tentar cultivar videiras de forma mais ordenada. No entanto, da mesma forma que a tentativa precedente, não obteve muito êxito. Em parte, o insucesso da produção de vinhos deu-se pelo protecionismo comercial exercido por Portugal, tendo a corte inclusive proibido o cultivo de uvas, em 1789.

No Rio Grande do Sul, as primeiras videiras foram introduzidas pelos padres jesuítas ainda em 1626, posto que necessitavam do vinho para os rituais da missa católica. A introdução de cultivares européias no Rio Grande se deu com a chegada dos imigrantes alemães, que obtiveram bons resultados.

As videiras americanas, especialmente das espécies Vitis labrusca e Vitis bourquina (variedades Isabel, Concord e outras) foram importadas em 1840 pelo comerciante Thomas Master, que as plantou na Ilha dos Marinheiros. Estas uvas serviam basicamente para o consumo in natura, na forma da fruta fresca ou passas, mas se adaptaram tão bem ao clima local que logo começaram a ser utilizadas para a produção de vinho.

A viniviticultura gaúcha teve um grande impulso a partir de 1875, com a chegada de imigrantes italianos, que aportaram com videiras trazidas principalmente da região do Vêneto - e uma forte cultura de produção e consumo de vinhos. Apesar do sucesso inicial, as videiras finas não se adaptaram ao clima úmido tropical e foram dizimadas por doenças fúngicas. Porém, com a adoção da variedade Isabel, então cultivada pelos colonos alemães no Vale do Rio dos Sinos e no Vale do Caí, deu-se continuidade à produção de vinhos que, embora de qualidade duvidosa, espalhou-se para outras regiões do país, tornando-se base do desenvolvimento da vitivinicultura no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

Mas foi somente a partir da década de 1990 que vinhos de maior qualidade passaram a ser produzidos, com crescente profissionalização e a adaptação de uvas finas (Vitis vinifera) ao clima peculiar da Serra Gaúcha. A região produz hoje vinhos de qualidade bastante satisfatória e crescente.

Outra região que está a crescer e a firmar-se como produtora de vinhos é o Vale do São Francisco, situado nos estados de Pernambuco e Bahia. Como em todas as regiões, a viticultura é fundamental desempenhando aqui um factor primordial pois devido às características climáticas, esta região é a única do mundo a produzir vinhos de qualidade oriundos de duas colheitas por ano.

Destaca-se no Brasil a produção de espumantes, que se beneficiam de um clima bastante favorável. Os espumantes brasileiros são hoje classificados como vinhos de boa qualidade, mas ainda carentes de distribuição mundial e reconhecimento.

O consumo vinho no Brasil ainda é muito pequeno e restrito apesar do forte impulso que o mercado recebeu nos últimos 30 anos. O hábito de beber vinho, sempre presente nas mesas mais abastadas e também dos imigrantes europeus, chegou ao brasileiro médio com o início da importação de vinhos europeus entre os anos 70 e 80 dos famosos rieslings de garrafa azul, de baixo custo e, diga-se, de péssima qualidade, mas que caiu no gosto popular. O tempo e a apuração do paladar fez com que o brasileiro passasse a exigir produtos melhores provocando a importação de novos rótulos e maiores cuidados com a produção nacional levando o vinho, de fato, a fazer parte da mesa brasileira.


O que a biblia diz sobre o vinho.


A palavra grega para "vinho", em Lc 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a dois tipos bem diferentes de suco de uva:

(1) suco não fermentado, e (2) vinho fermentado ou embriagante. Esta definição apóia-se nos dados abaixo.

(1) A palavra grega oinos era usada pelos autores seculares e religiosos, antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva, em referência ao suco fresco da uva (ver Aristóteles, Metereologica, 387.b.9-13).

(a) Anacreontes (c. de 500 a.C.) escreve: "Esprema a uva, deixe sair o vinho [oinos]" (Ode 5).

(b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama de oinos o suco dai produzido (Georgica, fragmento 86).

(c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando as uvas são espremidas produzem "jarros de vinho [oinos]" (citado por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3 - 4).

(d) Uma carta em grego escrita em papiro (P. Oxy.729; 137 d.C.), fala de "vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer" (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10).

(e) Ateneu (200 d.C.) fala de um "vinho [oinos] doce", que "não deixa pesada a cabeça" (Ateneu, Banquete, 1.54).
Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas "acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo"(1.54).

Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos escritores antigos, ver Robert P. Teachout: "0 Emprego da palavra 'Vinho' no Antigo Testamento". (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de Dallas,1979).

(2) Os eruditos judeus que traduziram o AT do hebraico para o grego c. de 200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir varias palavras hebraicas que significam vinho.
Noutras palavras, os escritores do NT entendiam que oinos pode referir-se ao suco de uva, com ou sem fermentação.

(3) Quanto a literatura grega secular e religiosa, um exame de trechos do NT também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou não fermentado.

Em Ef 5.18, o mandamento: "não vos embriagueis com vinho [oinos]" refere-se ao vinho alcoólico.

Por outro lado, em Ap 19.15 Cristo é descrito pisando o lagar.
0 texto grego diz: "Ele pisa o lagar do vinho [oinos]" ; o oinos que sai do lagar é suco de uva (ver Is 16.10 nota; Jr 48.32,33 nota).
Em Ap 6.6, oinos refere-se as uvas da videira como uma safra que não deve ser destruída.
Logo, para os crentes dos tempos do NT, "vinho" (oinos) era uma palavra genérica que podia ser usada para duas bebidas distintivamente diferentes, extraídas da uva: o vinho fermentado e o não fermentado.

(4) Finalmente, os escritores romanos antigos explicam com detalhes vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente as maneiras de evitar sua fermentação.

(a) Columela (Da Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não fermenta
quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira:
"Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando produzido, siga estas instruções:
Depois de aplicar a prensa as uvas, separe o mosto mais novo [i.e., suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície.
Tire a ânfora depois de quarenta dias. 0 suco permanecera doce durante um ano" (ver também Columela: Agricultura e Arvores; Catão: Da Agricultura).
0 escritor romano Plinio (século I d.C.) escreve: "Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se instala" (Plínio, Historia Natural, 14.11.83).
Este método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7; 11.11,12; SI 65.9-13).

(b) Outro método de impedir a fermentação das uvas é ferve-las e fazer um xarope
Historiadores antigos chamavam esse produto de "vinho" (oinos).
0 Conego Farrar (Smith 's Bible Dictionary, p. 747) declara que "os vinhos assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes".
Ainda, 0 Novo Dicionário da Bíblia (p. 1665), observa que "sempre havia meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro".

O USO DO VINHO NA CEIA DO SENHOR.


Jesus usou uma bebida fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a Ceia do Senhor (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1 Co 11.23-26)?
Os dados abaixo levam a conclusão de que Jesus e seus discípulos beberam no dito ato suco de uva não fermentado.

(1) Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra "vinho" (gr. oinos) no tocante a Ceia do Senhor.
Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão "fruto da vide" (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18).
0 vinho não fermentado é o único "fruto da vide" verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool.
A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz.
O vinho fermentado não é produzido pela videira.

(2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa.
A lei da Páscoa em Ex 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor (Ex 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador.
Seor, no mundo antigo, era freqüentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação.
Além disso, todo o hametz (i.e., qualquer coisa fermentada) era proibido (Ex 12.19; 13.7).
Deus dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado (cf. Mt 16.6,12; 1 Co S.7,8).
Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt 5.17).
Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado.

(3) Um intenso debate perpassa os séculos entre os rabinos e estudiosos judaicos sobre a proibição ou não dos derivados fermentados da videira durante a Páscoa.
Aqueles que sustentam urna interpretação mais rigorosa e literal das Escrituras hebraicas, especialmente Ex 13.7, declaram que nenhum vinho fermentado devia ser usado nessa ocasião.

(4) Certos documentos judaicos afirmam que o uso do vinho não fermentado na Páscoa era comum nos tempos do NT.
Por exemplo: "Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer da quinta-feira da última semana de vida aqui, Jesus entrou com seus discípulos em Jerusalém, para com eles comer a Páscoa na cidade santa; neste caso, o pão e o vinho do culto de Santa Ceia instituído naquela ocasião por Ele, como memorial, seria o pão asmo e o vinho não fermentado do culto Seder" (ver "Jesus". The Jewish Encyclopedia, edição de 1904. V.165).

(5) No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida embriagante (Lv 10.9 nota).
Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote de Deus do novo concerto, e chegou-se a Deus em favor do seu povo (Hb 3.1; 5.1-10).

(6) 0 valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual.
Logo, assim como o pão representava o corpo puro de Cristo e tinha que ser pão asmo (i.e., sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue incorruptível de Cristo, seria melhor representado por suco de uva não fermentado (cf. 1 Pe 1.18,19).
Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e sangue de Cristo não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27; 13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é corrompido nem fermentado.

(7) Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual, i.e., o agente fermentador "da maldade e da malícia", porque Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.6-E).
Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade.
i.e., algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor.
Bem como as exigências bíblicas para dela participarmos.

Jo 2.11: "Jesus principiou assim os seus sinais em Cana da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele. "




O VINHO: MISTURADO OU INTEGRAL?


Os dados históricos sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo bíblico mostram que o vinho era:

(a) freqüentemente não fermentado;

(b) em geral misturado com água.
0 capítulo anterior, aborda um dos processos usados para manter o suco da uva fresco em estado doce e sem fermentação.
Neste estudo vamos  mencionar dois outros processos de preparação da uva para posteriormente ser misturada com água.

(1) Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifa-las com azeite para mante-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882; ver também Columella, Sobre a Agricultura 12.44.1-8).
Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim conservadas.
Punha-se-lhes água e deixava-as de molho ou na fervura.
Polibio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver Polibio, Fragmentos, 6.4; cf. Plínio, História Natural, 14.11.81).

(2) Outro método era ferver suco de uva fresco até se tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura (ver Colurnella, Sobre a Agricultura, 12.19.1-6; 20.1-8; Plínio, Historia Natural, 14.11.80).
Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres.
Podia ser usada como geléia para passar no pão, ou dissolvida em água para voltar ao estado de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada, de Zondervan, V. 882-884).
É provável que a uva fosse muito cultivada para produção de açúcar.
0 suco extraído no lagar era engrossado pela fervura até tornar-se em liquido conhecido como "mel de uvas" (Enciclopédia Geral Internacional da Bíblia, V. 3050).
Referencias ao mel na Bíblia freqüentemente indicam o mel de uva (chamado debash pelos judeus), em vez do mel de abelha.

(3) A água, portanto, pode ser adicionada a uvas desidratadas, ao xarope de uvas e ao vinho fermentado.
Autores gregos e romanos citavam varias proporções de mistura adotadas.
Homero (Odisséia, IX 208ss.) menciona uma proporção de vinte partes de água para uma parte de vinho.
Plutarco (Symposiacas, III.ix) declara: "Chamamos vinho diluído, embora o maior componente seja a água".
Plínio (Historia Natural, XIV.6.54) menciona uma proporção de oito partes de água para uma de vinho.

(4) Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes sociais e religiosos não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não.
0 Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a.C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho (e.g., Shabbath 77; Pesahim 1086).
Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse.
Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado para poder ser consumido.

(5) Um texto interessante temos no livro de Apocalipse, quando um anjo, falando do "vinho da ira de Deus", declara que ele será "não misturado", i.e., totalmente puro (Ap 14.10).
Foi assim expresso porque os leitores da época entendiam que as bebidas derivadas de uvas eram misturadas com água (ver Jo 2.3 notas).
Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje.
Tratava-se de:

(a) suco de uva recém-espremido;

(b) suco de uva assim conservado;

(c) suco obtido de uva tipo passas;

(d) vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e

(e) vinho velho, fermentado ou não, diluído em água, numa proporção de até 20 para 1.

Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos.
A luz desses fatos, é ilícita a pratica corrente de ingestão de bebidas alcoólicas com base no uso do "vinho" pelos judeus dos tempos bíblicos.
Além disso, os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho (ver Rm 14.21 nota; 1 Ts 5.6 nota; 1 Tm 3.3 nota; Tt 2.2 nota).



JESUS MANIFESTA SEU PODER ATRAVÉS DO VINHO.


Em Jó 2, vemos que Jesus transformou água em "vinho" nas bodas de Caná.
Que tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou não, concentrado ou diluído.
A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral.
A posição desta Bíblia e Estudo é que Jesus fez vinho (oinos) suco de uva integral e sem fermentação.
Os dados que se seguem apresentam fortes razoes para rejeição da opinião de que Jesus fez vinho embriagante.

(1) 0 objetivo primordial desse milagre foi manifestar a sua gloria (2.11), de modo a despertar fé pessoal e a confiança em Jesus como o Filho de Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado (2.11; cf. Mt 1.21).
Sugerir que Cristo manifestou a sua divindade como o Filho Unigênito do Pai (1.14), mediante a criação milagrosa de inúmeros litros de vinho embriagante para uma festa de bebedeiras (2.10 nota; onde subentende-se que os convidados já tinham bebido muito), e que tal milagre era extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de desrespeito, e poucos se atreveriam a tanto.
Será, porém, um estemunho da honra de Deus, e da honra e glória de Cristo, crer que Ele criou sobrenaturalmente o mesmo suco de uva que Deus produz anualmente através da ordem natural criada (ver 2.3 nota).
Portanto, esse milagre destaca a soberania de Deus no mundo natural, tornando-se um símbolo de Cristo para transformar espiritualmente pecadores em filhos de Deus (3.1-15).
Devido a esse milagre, vemos a glória de Cristo "como a glória do Unigênito do Pai" (1.14; cf. 2.11).

(2) Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita obediência de Cristo a seu Pai celestial (cf. 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele desobedeceu ao mandamento moral do Pai: "Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho... e se escoa suavemente", i.e., quando é fermentado (Pv 23.31).
Cristo por certo sancionou os textos bíblicos que condenam o vinho embriagante como escarnecedor e alvoroçador (Pv 20.1), bem como as palavras de Hc 2.15: "Ai daquele que da de beber ao seu companheiro!... e o embebedas" (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4-7; Is 25.7; Rm 14.21).

(3) Note, ainda, o seguinte testemunho da medicina moderna.
(a) Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos citam evidencias comprovadas de que o consumo moderado de álcool danifica o sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e nascimentos de bebes com defeitos mentais e físicos incuráveis.
Autoridades mundialmente conhecidas em embriologia precoce afirmam que as mulheres que bebem até mesmo quantidades moderadas de álcool, próximo ao tempo da concepção (c. 48 horas), podem lesar os cromossomos de um óvulo em fase de liberação, e dai causar sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico do bebê.
(b)Seria teologicamente absurdo afirmar que Jesus haja servido bebidas alcoólicas, contribuindo para o seu uso.
Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em potencial que as bebidas inebriantes tem sobre os nascituros é questionar sua divindade, sabedoria e discernimento entre o bem e o mal.
Afirmar que Ele sabia dos danos em potencial e dos resultados deformadores do álcool, e que, mesmo assim, promoveu e fomentou seu uso, é lançar duvidas sobre a sua bondade, compaixão e seu amor.
A única conclusão racional, bíblica e teológica acertada é que o vinho que Cristo fez nas bodas, a fim de manifestar a sua glória, foi o suco puro e doce de uva, e não fermentado.


No Velho Testamento há duas palavras hebraicas geralmente empregadas para designar o vinho: YAYIN, que se refere ao suco fermentado de uvas e TIROSH, que se refere ao vinho doce, fresco, sem fermento, não alcoolizado. Por exemplo, no Salmo 104:15; Provérbios 20:1; Isaías 5:11 e Habacuque 2:5, se emprega a palavra YAYIN, vinho fermentado. Há um caso curioso em Isaías 25:6, sobre vinho clarificado, sem borras. Era um vinho que devia ser filtrado antes de ser usado.
A palavra TIROSH geralmente designa suco de uvas ou outras frutas, embora, algumas vezes e raramente, indica mosto, que é o suco em fase de fermentação. Assim em Gên. 27:37; Números 18:12, etc.

Outra bebida intoxicante mencionada no Velho Testamento é o SHEKAR, feito de grãos fermentados, mel ou tâmara. É geralmente traduzido por “bebida forte”.
No Novo Testamento há três palavras gregas que são traduzidas por “vinho”. A mais usada é OINOS; as duas outras palavras são empregadas apenas uma vez, fazendo alusão ao vinho fermentado (em Lucas 1:15 e Atos 2:13).

OINOS pode tanto se referir à bebida inebriante como ao suco de uvas ou xarope. Esse xarope era obtido pela fervura do suco até tornar-se como o mel, e então guardado em vasos para uso futuro. Numa região de clima quente, essa era a forma de conservar o derivado de uva para consumo posterior, sem que ocorresse a fermentação. Esse xarope diluído em água quente ou fria, era a bebida preferida nos tempos de Jesus.
Como a palavra grega não define se o vinho era fermentado ou não, com muito bom senso deve-se considerar o contexto em que a palavra se encontra. No caso do casamento em Caná da Galiléia, por exemplo, é inconcebível que Jesus, após o recebimento do Espírito Santo, haja em Seu primeiro milagre, produzido bebidas alcoólicas, pois elas são, segundo a Bíblia o maior oponente da vida do Espírito. Efésios 5:18 diz: “Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”.
Tampouco, em hipótese alguma, Cristo, o Senhor da vida, produziria vinho fermentado ou o usaria na Ceia, pois a fermentação representa uma corrupção da bebida natural, e isso arruinaria o símbolo da Comunhão.

As bebidas alcoólicas podem causar conseqüências graves. A Bíblia diz em Provérbios 23:29-30 Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas, para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.
A Bíblia oferece uma alternativa eficaz às bebidas alcoólicas. A Bíblia diz em Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.
Que dizem as Escrituras sobre o álcool, vinho e licor? A Bíblia diz em Provérbios 20:1 O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar não é sábio.
Por que as bebidas alcoólicas são perigosas? A Bíblia diz em Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.

Por que reis e governantes não deveriam beber bebidas alcoólicas? A Bíblia diz em Provérbios 31:4-5 Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte; para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito.
Com que outros pecados está a embriaguez classificada? A Bíblia diz em Gálatas 5:19-21 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a idolatria, a feitiçaria, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.

Quais são os resultados dos que se entregam a excessos de comida e bebida? A Bíblia diz em Provérbios 23:20-21 Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência cobrirá de trapos o homem.
Como afetam as bebidas alcoólicas àqueles que as tomam? A Bíblia diz em Provérbios 23:29-35 Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas, para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará. Os teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades. Serás como o que se deita no meio do mar, e como o que dorme no topo do mastro. E dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? Ainda tornarei a buscá-lo outra vez.

O puro suco de uva é uma benção para o homem. Já o suco de uva fermentado não podemos dizer que é uma bênção.

O USO DO VINHO COMO REMÉDIO

​Quando o organismo de uma pessoa começava a deteriorar-se e a sofrer dores, a vítima naturalmente procurava remédio. Desse modo as pessoas dos tempos antigos desenvolveram um extenso conhecimento de remédios naturais.
​Provavelmente os primeiros remédios chegaram aos israelitas por meio dos egípcios, especialmente dos sacerdotes. Os egípcios também embalsamavam seus mortos com especiarias e perfumes costume que os israelitas logo vieram a adotar.
​Nos tempos bíblicos, os remédios eram feitos de substâncias minerais e animais, de ervas, vinhos, frutas e outras partes das plantas. A Bíblia refere-se com freqüência ao emprego medicinal dessas substâncias.
​Por exemplo, o "bálsamo de Gileade" é mencionado como substância curativa (Jeremias 8:22). Pensa-se que o "bálsamo" era uma excreção aromática de uma árvore sempre verde ou uma forma de incenso. Sabia-se que o vinho misturado com mirra aliviava a dor entorpecendo os sentidos. Este remédio foi oferecido a Jesus enquanto ele pendia da cruz, porém ele se recusou a tomá-lo (Marcos 15:23) À Os israelitas ungiam os enfermos com loções suavizantes de óleo de
oliva e ervas. Na história do Bom Samaritano, óleo e vinho foram derramados nas feridas da vítima de assalto (Lucas 10:34). Os primitivos cristãos continuaram esta prática, ungindo os enfermos
enquanto oravam por eles (Tiago 5:14).
​Mateus 23:23 menciona certas especiarias como antiácidos. As | mandrágoras eram usadas para excitar o apetite sexual (Gênesis: 30:14). Outras plantas eram usadas como remédios ou estimulantes.


Conclusão

Concluímos que o vinho que Jesus bebeu e criou não tinha nenhum teor alcoólico, jamais o mestre iria criar algo que destruísse o homem ou traria males para sua vida.Porem não podemos negar a existência do vinho Alcoólico na biblia haja visto que o próprio Paulo orienta a Timóteo.Os diáconos sejam também sérios, não dobres em palavras, nem dados ao vinho, nem amigos de sórdidas ganâncias,1 Timóteo 3:8

Portanto a Bíblia não proíbe mais também não aprova tudo nos é lícito mais nem tudo nós convêm.











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