sábado, 28 de novembro de 2015

João Batista era Elias?

JOÃO BATISTA ERA ELIAS?
“NO RASO”:
Na conversa depois da Transfiguração, Jesus afirmou que "Elias já veio, e não o reconheceram". "Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista" (Mateus 17:12-13). De fato, Jesus já havia dito que João cumpriu a profecia da vinda de Elias (Mateus 11:14; veja Malaquias 4:5).                                                                                           A profecia de Malaquias é importante, porque mostra que Deus enviaria um mensageiro para preparar o caminho de Jesus. Mas, algumas pessoas dizem que João Batista era Elias reencarnado. Vamos ver a resposta da Bíblia a essa noção.                                                                                                                                                                                                     Devemos distinguir entre o sentido simbólico da profecia e a afirmação literal que o próprio João fez em outro lugar. João agiu do mesmo modo de Elias. Usava roupas de pêlos (Marcos 1:6; 2 Reis 1:8) e morava nos lugares desertos e afastados (Mateus 3:1; 1 Reis 17:2-6). Elias introduziu uma nova época de profecia, em que Deus julgou o povo rebelde e desobediente. João, também, introduziu uma época de nova revelação, em que o Filho de Deus veio para julgar o mundo. Mas, tudo isso não quer dizer que João era, literalmente, Elias. Quando os sacerdotes e levitas perguntaram para João: "És tu Elias? Ele disse: Não sou" (João 1:21). Ele afirmou que veio para cumprir algumas profecias do Velho Testamento, mas deixou bem claro que não era Elias.                                                                                                    A doutrina de reencarnação faz parte dos ensinamentos de diversas religiões, mas não se encontra nas Escrituras. A Bíblia afirma: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo...." (Hebreus 9:27). Depois da morte, vamos ser julgados por Jesus "segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2Coríntios 5:10). Observe que ele não falou "por meio dos corpos".                                                                                     Mais uma advertência: o problema maior da doutrina de reencarnação é a idéia de aperfeiçoamento através de várias vidas. Essa noção nega a doutrina bíblica de salvação pela graça de Deus (Efésios 2:8). Mesmo se fosse possível viver mil vezes, o homem não é capaz de se salvar sozinho. Dependemos da graça do Salvador.
Fonte: http://www.estudosdabiblia.net/bd512.htm
“NO PROFUNDO”:
Mt 17.10-11
<<interrogaram>> Paralelo em Marc. 9:9-13. A questão da volta de Elias era complicada: e de fato, para muitos até hoje permanece problemática.                                                                                                                                                         Alguns acreditam que o ministério de João Batista cumpriu todas as exigências proféticas (ver Mal. 4:5). Diversos intérpretes acreditam que Jesus indicou isso, e eliminou totalmente qualquer necessidade de esperar uma vinda futura de Elias. Mas a análise da própria profecia cria problemas insuperáveis se não incluirmos a idéia que Elias, ou outra personagem em seu espírito, não terá de cumprir ainda outro ministério, antes da segunda vinda de Cristo. O estudo da profecia ilustra o fato que esse ministério deverá ocorrer antes do - grande e terrível dia do Senhor -Dificilmente podemos afirmar que João Batista cumpriu essa exigência.                                                                                          Além do fato que João não cumpriu a questão do tempo da profecia, também é evidente que não foram ·restauradas· todas as coisas, conforme requer a profecia. Se o reino tivesse sido aceito (e foi genuinamente oferecido), então o ministério e a pessoa de João Batista teriam sido suficientes para cumprir essa profecia, e os acontecimentos subseqüentes teriam cumprido todos os detalhes da profecia. Mas o fato do reino não haver sido aceito indica que aparecerá ainda um outro precursor, quando se completarão todas as minúcias da profecia. Alguns crêem que Elias é uma das testemunhas de Apo. 11:3. A outra testemunha tem sido variegadamente aceita como Moisés. Enoque, etc. Não é indiscutível que as Escrituras ensinam assim, mas é opinião geral de alguns intérpretes que Elias ainda terá um ministério a ser cumprido no futuro. Outros intérpretes, entretanto, não acham —necessário —que ele mesmo cumpra tal ministério antes da segunda vinda de Cristo, mas que pode ser algum outro homem no espírito dele, como aconteceu a João Batista, que cumpriu seu ministério, nos dias de Jesus, como se fosse Elias.
ALGUNS intérpretes, como Alford, acham que essa profecia é de dupla aplicação, o que, aliás, é muito comum às profecias. A primeira aplicação seria à vida de João Batista, que foi profeta que veio no espírito de Elias, e a segunda aplicação se refere ao próprio Elias (ou outro personagem em seu espírito). Ambas as idéias, pois, podem ser incluídas nessa profecia. Jesus mostrou sua primeira aplicação e continuamos esperando outro cumprimento.                    É provável que o aparecimento de Moisés e Elias tenha renovado a esperança do estabelecimento do reino literal e político, e que os discípulos quisessem receber uma explicação sobre os ensinos dos escribas, que diziam quetal reino só ocorreria quando da vinda de Elias. Não é que os discípulosnão tivessem ficado impressionados com a transfiguração de Jesus, mas é que continuaram a pensar seriamente no reino e no livramento do domínio romano; e a visão provocou a necessidade de uma explicação acerca do ensino sobre Elias, que por muitas vezes tinham ouvido nas sinagogas. As principais passagens usadas nesse ensino dos escribas eram Mal. 3:1-4 e 4:5.                                         As passagens bíblicas que indicam uma outra restauração, que ainda ocorrerá no futuro, são Atos 3:21; Rom. 8:21; Efe1:22.23; 1 Cor. 15:28, e muitas outras. Os judeus esperavam que Elias viesse solucionar as divergências entre as diferentes escolas teológicas, a restauração da vara de Arão e da arca que continha o maná. Além disso, o povo esperava uma santificação da nação em geral; por conseguinte, em linhas gerais, podemos asseverar que eles esperavam uma “restitutio in integrum”.                                                                                                                                               As citações da literatura judaica que ilustram essa esperança, são as seguintes: “No segundo ano de Acazias, Elias estava escondido; ele não aparecerá de novo até a vinda do Messias; naquele tempo ele aparecerá e ficará escondido pela segunda vez: e não aparecerá senão quando surgirem Gogue e Magogue (Seder Olam Rabiapars. 45.46). Diversos outros autores afirmam a mesma coisa, como Maimonides«...são homens sábios os que dizem que antes da vinda do Messias, deverá chegar Elias» (HilchMelachim, c. 12, scc. 2). Trifo, o judeu, por muitas vezes mencionado no Talmude, nos diálogos de Justino, homem que Justino faz de porta-voz dos judeus, expressando os seus pensamentos, afirma: «...o Messias não reconhecerá a si mesmo, nem terá qualquer poder, até que Elias venha para ungi-lo e torná-lo conhecido por todo o povo» (Diálogo com Trifo. par. 226). Entre os judeus havia um provérbio, usado em relação a qualquer controvérsia, que dizia: «Queassim fique até que Elias venha», pensando-se que ele resolveria qualquer debate. (Ver MisnBava Metzia, c. 1. sec. 8, c outros).
Mt 17.12-13
·...Elias já veio». Alguns intérpretes acham que Jesus mostrou, aqui,uma forma de interpretação livre, ensinando que a vinda literal de Elias, ou de outro ministério futuro no espírito de Elias, não constava de suas doutrinas. Os escribas pregavam o aparecimento necessário de Elias, interpretando as Escrituras do V.T., mas, de conformidade com a idéia defendida por esses intérpretes, Jesus simplesmente não aceitava essa opinião dos escribas; pelo contrário, cria que o ministério de João Batista havia satisfeito a todas as exigências proféticas, quer para aquele tempo quer para o futuro. Outros intérpretes acreditam que Jesus se referiu a um único aspecto dessas profecias, a saber, aquelas que dizem respeito à sua primeira vinda, e que simplesmente não mencionou a necessidade de outro ministério futuro. 
...e não o reconheceram-- Aqui o verbo grego implica em conhecimentototal e exato, com forma intensiva, pelo que a tradução da AA e da IBreconheceram é melhor do que a da AC. que diz conheceram. O povo, de modo geral, tinha opinião elevada sobre João Batista, no que contrastava com as autoridades, que logo se tornaram inimigas suas. Mas é claro que até mesmo os mais favoráveis a João Batista não pensavam nele como o precursor do Messias, embora ele dissesse queera exatamente isso. As autoridades reconheceram o poder da mensagem de João, mas não aceitaram nem a sua pessoa nem a sua mensagem. O povo reconheceu-o como profeta, mas não como o profeta Elias, o precursor do Messias.
*...fizeram com ele...». No princípio, muitos apoiaram o ministério de João. Mas a sua mensagem era severa, exigindo arrependimento total e sincero, ao mesmo tempo que ele teve de lutar contra o sistema religioso estabelecido em Israel. Demonstrou o desejo de criar uma revolução religiosa, em sua pregação sem dúvida, também deixou entendida a revolução política. As autoridades, contudo, não quiseram arrepender-se; tinham receio da revolução religiosa ou política. E assim, aquilo que a principio causou certa admiração pela pessoa de João Batista,
transformou-se em medo. O medo—degenerou—em oposição. A oposição despertou o ódio. Pode-se dizer que, de modo geral, o povo não tinha o desenvolvimento espiritual necessário para aceitar a João e a sua mensagem. Sua presença se tornou um problema difícil de ser suportado. Qual o remédio? A eliminação da presença indesejável, eHerodes realizou esse serviço em favor das autoridades religiosas dos judeus. 
·Assim também o Filho do homem.......Talvez a angústia dos discípulos, ante a morte de João Batista, já tivesse se aplacado, e essas palavras de Jesus nãoo foram bem acolhidas, especialmente porque Jesus estava repetindo a predição sobre a sua própria morte, fazendo comparação com a morte de João, o que mostrava que assim como João Batista teve morte violenta às mãos das autoridades religiosas, assim também sucederia com Ele. É possível que a visão de Elias tivesse criado nova esperança sobre o reino político nos corações dos discípulos e Jesus quis avisá-los que essa esperança era vã; realmente, o que deviam esperar erasó tragédia e sofrimento.                                                  Então os discípulos entenderam... Que desapontamento devem ter sofrido os discípulos! O grande Elias, que pouco antes tinham visto na visão, não haveria de chegar para estabelecer o reino literal. Seu ministério já fora cumprido, mas em comparação com as altas aspirações judaicas, se cumprira de maneira tão mesquinha. Então o grande Elias já morrera! Fora o decapitado! O pregador decapitado representou o ministério de Elias!                                                    Além disso, o -------- Messias continuava vivo, mas não viveria por muito tempo. Estabelecimento do reino? Não! Mas outra morte, outra tragédia, mais sangue, mais violência. Provavelmente os discípulos ainda nãhaviam aceito essa possibilidade: ainda esperavam algum milagre que modificasse a situação, e somente essas falsas esperanças os sustentavam naquela hora.

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