quinta-feira, 31 de maio de 2012

Julgar é Bíblico ou não?

Tema: Julgar é correto ou não?
Texto Base: 1 Coríntios Capitulo 6:1-8

Do verso 1 a 8= Julgar no grego significa distinguir, decidir, punir, vingar, também do grego Krinw=comparar, decidir, concluir e resolver. No nosso dicionário português o Aurélio significa decidir como juiz alguma pendencia, dar sentença, supor, imaginar, e formar opinião.
Em Mateus capitulo 7 do 1ª6 e Romanos 2:1 Condena sim julgar mais julgar superficialmente, condenando mesmo o ato de falar para não fazer tão ato sendo que o mesmo faz. Exemplo disso que fala de hipocrisia e hipocrisia nada mais é do que a pessoa ser fingida um ator fala mais não vive o que fala e quer julgar ai não pode.
Alguns textos aqui nos fala sobre julgar corretamente (LC 7:43, 12:57, JO 7:24, AT 4:19, AT 15:19 e AT 16:15 )sem contar RM 14 que Paulo ensina a não perder tempo em julgar coisa que não acrescenta nada a Fé.
Paulo ainda no texto base diz no verso 5 que, quem é sábio pode julgar ele diz não há no meio de vos alguém sábio?
Salmos 119:6 Davi pede isso pra Deus também mais tarde seu filho pede a Deus sabedoria porque também iria julgar. Temos sim que julgar veja o que disse Pedro em 1 Pedro 4:5, 14-19 vemos também Paulo julgando e condenando Pedro e Barnabé em Gálatas 2:11-14 diz em coríntios que julgaremos o mundo 1 CO 7:31 e os Anjos Judas 6-8.
Não podemos sim Julgar apenas pela  aparência nem pela carne, pois a carne cogita contra nosso Espirito nem podemos julgar o irmão quando o mesmo estiver em prova, pois nem sempre é pecado lembra-se do nosso irmão Jó que em nada pecou e foi julgado erroneamente pelos seus amigos.
§    João 7:24 onde Jesus diz: Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça. Note que Jesus não critica os Judeus porque estavam julgando mas porque estavam julgando apenas pelas aparências. Contra esta atitude, de julgar pelas aparências, Jesus ordena que julguem segundo a reta justiça.
§    Actos 4:19 -  Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. Note como Pedro insiste em que os lideres judaicos julguem!

2. O Termo grego anakrinw - anakrino era usado na cultura geral para descrever a investigação preliminar para juntar provas que servissem de base para a informação dos juízes. Partindo desta compreensão que envolve o ato de investigar ou examinar, no Novo Testamento esta palavra é usada das seguintes maneiras:

a. Como buscar ou informar-se como por exemplo em Actos 17:11 onde um grupo de cidadãos de uma cidade grega chamada Beréia são caracterizados como sendo “mais nobre” do que os crentes de Tessalônica exatamente porque haviam decidido julgar as informações que estavam recebendo do Apóstolo Paulo mediante uma comparação entre o que Paulo dizia e o que diziam as Escrituras do Antigo Testamento. O verso de Actos 17:11 diz textualmente o seguinte: Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.

Em 1ª Coríntios 9:3 este mesmo verbo é traduzido por “interpelar” e é um indicativo claro de que o apóstolo Paulo estava sendo questionado (literalmente estava sendo julgado) por certas pessoas que questionavam suas prerrogativas como apóstolo. A reação de Paulo contra estes críticos não é sugerir que eles estavam errados ao julgá-lo e sim dar-lhes uma resposta à altura das interpelações (críticas) que estava recebendo.

Nesta mesma linha, de questionar para obter informações, a expressão grega anakrinw - anakrino é usada em 1ª Coríntios 10:25/27 onde é traduzida por perguntardes.

b. Alcançar um resultado que seja proveniente de investigação, de pesquisa e de julgamento. É neste sentido que este verbo é traduzido tanto por discernir quanto por julgar em 1ª Coríntios 2:14/15 onde podemos ler: Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. É importante destacarmos aqui que Paulo deixa bem claro que aquele a quem ele caracteriza por homem espiritual julga todas as coisas.

Em 1ª Coríntios 4:3/4 Paulo usa novamente o verbo grego anakrinw - anakrino para indicar que o supremo juiz de todas as coisas é Deus. No contexto imediato Paulo está falando de fidelidade a Deus. Dentro deste contexto Paulo deseja ser encontrado fiel. Pouco lhe interessa ser julgado pelos Coríntios ou por outro tribunal humano. O que Paulo deseja é ser fiel à vontade revelada de Deus. De fato, ele não se julga nem a si mesmo, pois apesar de ter a consciência tranqüila Paulo sabia que o justo Juiz é somente Deus. Mas isto não quer dizer que Paulo não estava aberto a ser criticado nem que não criticava a outros. Um exemplo do primeiro caso é quando Paulo admite que errou ao chamar o Sumo Sacerdote de parede branqueada – ver Actos 23:1/5. Do segundo caso uma passagem que certamente pode ser citada neste contexto é a de Gálatas 2:11/14. Nesta passagem Paulo descreve a maneira rígida como repreendeu a Pedro, a Barnabé e outros irmãos porque, em suas próprias palavras, estes irmãos haviam se tornado repreensíveis...não procedendo corretamente segundo a verdade do evangelho. Esta última passagem possui alguns ingredientes muito interessantes.

1.             Em primeiro lugar nós encontramos o apóstolo Paulo julgando o comportamento de outros irmãos porque estavam agindo de forma hipócrita usando dois pesos e duas medidas. Paulo chama este comportamento de dissimulado.

2.             Tal dissimulação era, em segundo lugar, um comportamento inconsistente com a verdade do evangelho.

3.              Em terceiro lugar Paulo não evita usar nomes citando nominalmente a Pedro e a Barnabé.

Esta passagem contém todos os ingredientes que aqueles que querem transgredir contra a verdade do evangelho, mas que não querem ser criticados costumam usar para se defender. Imagine Pedro e Barnabé argumentando com Paulo e dizendo:

1)             Paulo, não nos julgue, lembre-se do que Jesus falou acerca de “não julgar”.

2)             Paulo, você não conhece nossos motivos, portanto não diga que estamos agindo de forma dissimulada. Será que você não percebe que está nos julgando?

3)             Em terceiro lugar Paulo, sua atitude certamente vai criar divisão entre os irmãos. Você deveria pensar mais na unidade, nas coisas boas que nos unem e deixar um pouco de lado este seu apego tão legalista e farisaico e porque não hipócrita de amor à verdade do evangelho acima de tudo!

4)             E, por favor, Paulo, não cite nomes, isto é muito feio!

Espero que o leitor perceba quão ridículos estes argumentos seriam! Todavia estes são, de forma mais consistente, os argumentos usados por aqueles que estão agindo de maneira errada e não querem, em nenhuma hipótese e sob nenhum pretexto, serem criticados ou julgados. São estes mesmos que ensinam, em proveito próprio, que é errado julgar. E o mais surpreendente é que existam pessoas que acreditem nesta mentira, de que é errado julgar, e que ainda tomam as dores do pretenso ofendido e saem em sua defesa.

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