sábado, 8 de fevereiro de 2014

Apocalipse



Estudo sobre o livro de Apocalipse


Introdução


 1. O livro de Apocalipse é um livro sobre Jesus e sua igreja.
2. É um livro de revelação. O véu é retirado e nos é dado discernimento de
determinadas coisas. Essa revelação é feita por meio de sinais: candeeiros, selos,trombetas, taças. Usa também números: o número sete aparece 54 vezes.
3. Lemos nos capítulos 1:12,13,20 e 5:5 que tanto a igreja como a história estão sob total o controle de Jesus Cristo. A história não caminha para o caos nem está dando voltas cíclicas, mas caminha para um fim glorioso da vitória completa de Cristo e da igreja.
4. O propósito ao estudarmos o livro de Apocalipse não é para nos aproximarmos dele com curiosidade frívola, como se estivéssemos com um mapa profético nas mãos, para investigar fatos históricos para sabermos os tempos no relógio profético. Ao contrário, esse livro nos foi dado como propósitos morais e espirituais: CONSOLAR-NOS, "MOSTRAR, O ÂMAGO DA LUTA QUE ESTAMOS TRAVANDO CONTRA O MUNDO E O DIABO E A VITÓRIA RETUMBANTE DE CRISTO.
5. O estudo do Apocalipse deve nos incentivar à santidade; encorajamento no sofrimento; adorar àquele que está no trono (2 Ped 3:12).
6. Aqueles que se aproximam desse livro com uma obsessão escatológica, perdem a sua mensagem. O livro é prático e revela-nos: 1) A certeza de que Jesus tem o total controle da igreja; 2) Jesus tem o total controle da História; 3) A perseguição
do mundo e do diabo não podem destruir a igreja; 4) Os inimigos que perseguem a igreja serão vencidos; 5) Os inimigos de Cristo terão que enfrentar o juízo de Deus ao mesmo tempo que a igreja desfrutará da bem-aventurança eterna.

I. COMO ESTUDAR O LIVRO DE APOCALIPSE
1. Qual é o propósito deste livro?
Seu propósito principal é confortar a igreja militante em seu conflito contra as
forças do mal. O livro está cheio de consolações para os crentes afligidos. A eles é dito:
a) Que Deus vê suas lágrimas — 7:17; 21:4
b) Suas orações produzem verdadeiras revoluções no mundo - 8:3-4
c) Sua morte é preciosa aos olhos de Deus -14:13
d) Sua vitória é assegurada - 15:2
e) Seu sangue será vingado - 6:9; 8:3
f) Seu Cristo governa o mundo em seu favor - 5:7-8
g) Seu Cristo voltará em breve - 22:17

2. Qual é o tema deste livro?
a) O tema do livro de Apocalipse é a vitória de Cristo e de sua igreja sobre Satanás e seus seguidores (17:14). A intenção do livro é mostrar que as coisas não são como parecem ser. O diabo, o mundo, o anticristo, o falso profeta e todos os ímpios perecerão, mas a igreja triunfará. Cristo é sempre apresentado como Vencedor e conquistador (1:18; 5:9-14; 6:2; 11:15; 19:9-11; 14:1,14; 15:2-4; 19:16; 20:4; 22:3.
Jesus triunfa sobre a morte, o inferno, o dragão, a besta, o falso profeta, a babilônia e os ímpios.
b) A igreja que tem sido perseguida ao longo dos séculos, mesmo suportando martírio é vencedora (7:14; 22:14; 15:2).
c) Os juízos de Deus mandados para a terra são uma resposta de Deus às orações dos santos (8:3-5).
3. Para quem foi destinado este livro?
a) Este livro foi inicialmente endereçado aos crentes que estavam suportando o martírio na época do apóstolo João. Houve grandes perseguições nos primeiros séculos
contra a igreja: 1) Nero (64 d.C); 2) Domiciano (95 d.C); 3) Trajano (112 d.C); 4)Marco Aurélio (117 d.C); 5) Sétimo Severo (fim do segundo século); 6) Décio (250d.C); 7) Diocleciano (303 d.C).
b) Este livro foi destinado não apenas aos seus primeiros leitores, mas a todos os crentes durante esta inteira dispensação, que vai da primeira à segunda vinda de Cristo.
4. Quando foi escrito este livro?
a) Este livro foi escrito por João quase no final do governo de Domiciano, quando foi banido para a Ilha de Patmos.
II. COMO INTERPRETAR O LIVRO DE APOCALIPSE
• Há três escolas de interpretação do livro de Apocalipse:
1. A interpretação preterista -
• Tudo o que é profetizado no livro de Apocalipse já aconteceu. O livro narra apenas às perseguições sofridas pela igreja pelos judeus e imperadores romanos. O livro cumpriu seu propósito de fortalecer e encorajar a igreja do primeiro século.
• Essa corrente falha em ver o livro como um livro profético, pertinente para toda a história da igreja.
2. A interpretação futurista
• Tudo o que é profetizado no livro a partir do capítulo 4 tem a ver com os últimos dias
sem nenhuma aplicação na história da igreja. Também essa escola não faz justiça ao livro que foi uma mensagem atual, pertinente e poderosa para todos os crentes em
todas as épocas.
• Esse livro não tinha nenhum conforto para os crentes primitivos nem para nós.
• Transfere o Reino de Deus para o futuro milenar, enquanto sabemos que o Reino já
veio e estamos no Reino.
3. A interpretação histórica -
• O livro de Apocalipse é uma profecia da história do Reino de Deus desde o primeiro
advento até o segundo.
• O livro é rico em símbolos, imagens e números: ele está dividido em sete seções
paralelas progressivas: sete candeeiros, sete selos, sete trombetas e sete taças.
• Agostinho, os Reformadores, as confissões reformadas e a maioria dos grandes
teólogos seguiram essa linha.
III. COMO ENTENDER A DIVISÃO DO LIVRO DE APOCALIPSE
1. A corrente Pós-Milenista
• Crê que o mundo vai ser cristianizado e que teremos um grande e poderoso
reavivamento e o crescimento espantoso da igreja ao ponto da terra encher-se do
conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar (Hc 2:4).
• Essa corrente foi forte no século XVIII e XIX quando as missões estavam em franca
expansão. Homens como Jonathan Edwards, Charles Hodge e Loraine Boetner foram
defensores do Pós-Milenismo. Muitos missionários foram influenciados por esta
interpretação, bem como muitos hinos foram escritos inspirados por esta visão.
• Essa corrente deixa de perceber que antes da vinda de Cristo estaremos vivendo um
tempo de crise e não um tempo de despertamento espiritual intenso e universal.
2. A corrente Pré-Milenista
• Os Pré-Milenistas históricos ou moderados distinguem dos amilenistas em poucos
aspectos: Reino e ressurreição.
• Porém os Pré-Milenistas dispensacionalistas ou extremados têm vários ensinos
estranhos às Escrituras:
a) Distinção entre Igreja e Israel no tempo e na eternidade
b) O Reino de Deus adiado para o Milênio terreno
c) A crença num arrebatamento secreto, seguido de uma segunda vinda visível
d) A idéia de que a igreja não passará pela grande tribulação (a igreja será poupada da
ira de Deus (thymos e orge), mas não da tribulação (thlipsis). A tribulação não é a ira
de Deus contra os pecadores, mas, sim, a ira de Satanás, do anticristo e dos ímpios
contra os santos. (Gundry).
e) A idéia que teremos várias ressurreições
f) A idéia de que haverá chance de salvação depois da segunda vinda de Cristo.
3. A corrente Amilenista ou Espiritual -
• O livro de Apocalipse deve ser visto não como uma mensagem que registra os fatos
em ordem cronológica, mas temos no livro sete seções paralelas e progressivas.
• Cada seção descreve todo o período que compreende da primeira à segunda vinda.
Cada sessão descreve uma cena do fim.
• A cena do fim vai ficando cada vez mais clara e até chegar ao relato apoteótico da
última sessão.
• Essas sete seções estão divididas em dois grandes períodos (1-11) e (12-22). A
primeira descreve a perseguição do mundo e ímpios e a segunda a perseguição do
dragão e seus agentes.
3.1) Primeira Seção (1-3) - Os sete candeeiros
• Qual é a lição dessa seção? É que Cristo tem o controle da igreja em suas mãos.
• Encontramos aqui Jesus uma descrição do Cristo que morre, ressuscita e vai voltar
(1:5-7).
• A morte e ressurreição de Cristo é o começo da era cristã, e o juízo final é o término
da era cristã
3.2) Segunda Seção (4-7) - Os sete selos
• Qual é a mensagem dessa seção? É que ele tem o controle da história em suas mãos
(5:5). Contemplamos sua morte (5:6), mas essa seção encerra com uma cena da
segunda vinda de Cristo (6:6-12 e 7:9-17).
• Notemos a impressão produzida nos incrédulos pela segunda vinda (6:16-17) . Agora
a felicidade dos salvos (7:16-17).
• A segunda seção é uma reiteração da primeira seção. Sua revelação vai do princípio
ao fim dos tempos, ao juízo final. E nos é mostrado a diferença entre os remidos e os
perdidos.
3.3) Terceira Seção (8-11) - As sete trombetas
• Nesta visão vemos a igreja vingada, protegida e vitoriosa.
• Havendo começado com o Senhor como nosso sumo sacerdote no capítulo (8:3-5),
avançamos até o juízo final em (10:7; 11:15-19).
• Uma vez mais estamos tratando das mesmas coisas - O senhor e sua igreja e o que
lhes sucede no mundo, o juízo final, os redimidos e os perdidos.
• As trombetas são avisos antes do derramamento completo das taças da ira de Deus.
Antes de Deus punir finalmente, ele sempre avisa.
3.4) Quarta Seção (12-14) - A tríade do mal
• Novamente voltamos ao início, ao nascimento de Cristo (12:5). Depois vem a
perseguição do Dragão a Cristo e à igreja (12:13). Ele levanta a besta e o falso profeta.
Finalmente, vem a cena do juízo final (14:8).
• Em (14:14-20) há uma cena clara do juízo final.
3.5) Quinta Seção (15-16) -As sete taças • Descreve as sete taças da ira, representando a visitação final da ira de Deus sobre os
que permanecem impenitentes.
• Uma vez mais a cena começa no céu relatando o Cordeiro com seu povo. Mas no
capítulo 16 vemos uma espantosa descrição do juízo (16:15,20).
• Aqui a destruição é completa.
3.6) Sexta Seção (17-19) - A derrota dos agentes do Dragão
• Há um relato da destruição dos aliados do Dragão: A meretriz (18:2), a besta e o falso profeta, os seguidores da besta e em contrapartida a igreja é apresentada como
esposa de Cristo (19:20). A grande festa da núpcias ocorre; o juízo final chegou outra
vez e a uma grande distinção entre redimidos e perdidos ocorre novamente. No
capítulo 19 há uma descrição detalhada da gloriosa vinda de Cristo (19:11-21).
3.7) Sétima Seção (20-22)
• Essa seção mostra o Reinado de Cristo com as almas do santos no céu e não o
milênio na terra depois da segunda vinda. O capítulo 20 começa na primeira vinda e
não depois da segunda vinda. Então temos a descrição do juízo final (20:11-15). Após
isso, vemos os novos céus e a nova terra e a igreja reinando com Cristo para sempre.
CONCLUSÃO
• Apesar de essas seções serem paralelas, elas são também progressivas. A última
seção leva-nos mais além para o futuro que as outras. Apesar do juízo final já ter sido
anunciado em (1:7) e brevemente descrito em (6:12-17), não é apresentado
detalhadamente senão quando chegamos a (20:11-15). Apesar do gozo final dos
redimidos já ter sido insinuado em (7:15-17), não encontramos uma descrição
detalhada senão quando chegamos em (21:1-22:5).
• De que lado estamos nesta guerra milenar? Do lado de Cristo e da igreja ou do lado
do dragão e seus agentes?


Introdução

Caráter do livro

Este livro, assim como o restante do Novo Testamento, foi redigido originalmente em grego; começa com a mesma palavra do título: apokálypsis, que significa “revelação” (1.1). João, o autor, se serve dela para pôr em destaque o caráter profético do seu escrito (1.3; 10.11; 22.7,9,10).

O Apocalipse (= Ap) é uma mensagem dirigida, em primeiro lugar, a igrejas concretas, a comunidades cristãs contemporâneas do escritor. A elas ele anuncia que Cristo cumpriu, em todos os seus termos, o plano redentor preparado por Deus. Mas o valor dessa mensagem vai além da época do profeta; tem um alcance geral: Cristo, vencedor do mal e da morte, associa a sua própria vitória a todos os crentes, já aqui e agora, enquanto ainda estão sujeitos às realidades do mundo atual.

O Apocalipse testifica a respeito da ressurreição de Jesus Cristo, acontecimento fundamental da fé e do anúncio do evangelho (cf. 1Co 15.14-17) e sinal da presença do Reino de Deus. É um testemunho expresso em uma linguagem característica, rica em símbolos, imagens e visões, elementos com os quais o autor compõe uma espécie de drama cujo âmbito é o universo inteiro.

Essa linguagem corresponde ao gênero literário chamado “apocalíptico” (ver a Introdução a Daniel). Os profetas do Antigo Testamento, como Isaías (caps. 24—27), Joel (cap. 2), Ezequiel (caps. 1; 40—48) e, sobretudo, Daniel (caps. 7—12) e Zacarias (caps. 1—6), utilizaram esse gênero literário, o qual alcançou a sua maior divulgação nos meios judaicos a partir do séc. II a.C.

A literatura apocalíptica

A literatura apocalíptica judaica surge em circunstâncias especialmente angustiantes, como quando o povo se acha submetido ao poder político e militar de alguma nação estrangeira. Esta era a situação no séc. I d.C., quando a Palestina estava dominada pelo Império Romano. Naquele momento, as leituras apocalípticas alentavam as pessoas e renovavam as suas esperanças com descrições de um futuro próximo, em que a vitória gloriosa de Deus sobre todos os seus inimigos haveria de inaugurar para Israel uma era de paz e bem-estar sem fim.

Autor e data de redação

O Apocalipse de João aparece, pois, em uma época crítica. Nesse caso, crítica para os cristãos, os quais, com idêntica força moral dos judeus, se opunham ao paganismo de Roma e à religião estatal, expressa no culto ao imperador divinizado. Este era um culto que, com caráter oficial e obrigatório, se celebrava em altares e templos erigidos tanto na capital do Império como nas suas províncias mais distantes. Os cristãos, ao se recusarem a tomar parte naquelas cerimônias, foram considerados inimigos de Roma e foram perseguidos até a morte.

João, o autor do Apocalipse, também padeceu vítima da perseguição. Provavelmente, próximo do final do governo de Domiciano (81-96 d.C.), tenha sido desterrado para a “ilha chamada Patmos” (1.9), onde escreveu o seu livro entre os anos 93 e 95.

Teologia do Apocalipse

João identifica a si mesmo como profeta (10.11; 22.9) e denomina de “profecia” a sua mensagem (1.3; 22.7,10,18-19); mas, diferentemente dos profetas do Antigo Testamento, o que ele proclama é a esperança no Cristo ressuscitado, “aquele que é, que era e que há de vir” (1.8). Cristo, o Messias, é “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (19.16), é “o Verbo de Deus” (19.13), que vive para sempre (1.17-18). O seu regresso, já iminente (22.6-7), assinalará o princípio de um “novo céu e nova terra” (21.1), de uma nova criação, para a qual se orientam as expectativas do povo crente, porque nela Deus terá o seu trono (20.11; 22.1,3), e “a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor” (21.4).

Composição literária

A composição literária deste livro, o último da Bíblia, tem sido analisada de diversos pontos de vista, e são muitas as propostas que têm sido feitas para elaborar um esquema coerente dele.

A divisão do Apocalipse em duas seções principais é, provavelmente, a mais simples. A primeira seção (1.9—3.22), que se caracteriza pelas cartas dirigidas às sete igrejas da província romana da Ásia (1.4,11), contempla a realidade da igreja na perspectiva da sua vida e da sua atividade no mundo presente. A segunda seção (4.1—22.5) é formada por uma complicada série de visões, cujo argumento se desenvolve no céu. Sobre esse fundo se vão revelando as coisas que hão de acontecer no final dos tempos, quando Deus tiver manifestado o triunfo do seu Reino eterno. Um prólogo (1.1-8) e um epílogo (22.6-21) completam o texto.

Outra análise possível parte da observação de que, entre os símbolos do Apocalipse, há alguns que ocupam um lugar proeminente pela frequência da sua aparição, como, p. ex., o número sete, que representa a perfeição dos seres e das coisas. O sete é constante nos conjuntos de espíritos, candeeiros, igrejas, estrelas, selos, trombetas e pragas.


Outros Apocalipses


O recuperado Apocalipse de Pedro ou Revelação de Pedro é um exemplo de um texto simples e popular do cristianismo primitivo do século II dC. É mais um exemplo da chamada literatura apocalíptica com tons helenísticos. O texto existe em duas versões incompletas de um original grego perdido, uma em grego koiné1 e outra em etiópico2 que divergem bastante. O manuscrito grego era desconhecido até que foi descoberto durante escavações por Sylvain Grébaut na estação de 1886-1887 numa necrópole no deserto em Akhmim, no Alto Egito. O fragmento consiste em folhas de pergaminho de um versão grega cuidadosamente depositada no túmulo de um monge cristão no século VIII ou IX dC. O manuscrito está atualmente no Museu Egípcio, no Cairo. A versão etiópica foi descoberta em 1910. Antes disso, o texto era conhecido apenas pelas frequentes citações em textos cristãos mais antigos. Além disso,alguma fonte perdida comum seria necessária para explicar as similaridades com outros escritos apocalípticos, como o Apocalipse de Esdras, o Apocalipse de Paulo e a Paixão de Santa Perpétua.
O Apocalipse de Pedro está estruturado como um discurso do Cristo ressucitado aos seus fiéis, oferecendo uma visão primeiro do Céu e depois do Inferno a Pedro. Na forma de uma nekya4 ele prossegue com riqueza de detalhes sobre as punições do Inferno para cada tipo de crime, posteriormente descritos por Hieronymus Bosch, e os prazeres dados no Céu para cada virtude. No Céu, segundo a visão:
As pessoas tem uma pele branca como leite, cabelos encaracolados e são geralmente bonitas.
A terra está repleta de flores e especiarias.
As pessoas vestem roupas brilhantes, feitas de luz, como anjos.
Todos cantam suas orações em coro.
Cada uma das punições na visão corresponde às ações pecaminosas passadas, numa versão da noção judaica da lex talionis, ou Olho por olho, em que a punição deve ser adequada ao crime . Algumas das punições no Inferno são:
Blasfemos são pendurados pela língua
Mulheres que se enfeitam para o adultério são penduradas pelo cabelo sobre um brejo borbulhante. Os homens que tiveram relações adúlteras com elas são pendurados pelos pés, com a cabeça no brejo, perto delas.
Assassinos e os que concordam com ele são colocados num poço onde criaturas rastejantes para atormentá-los.
Homens que assumem o papel de mulheres de modo sexual, e lésbicas, são "tocados" morro acima por anjos e então jogados ao fundo novamente. Então eles são forçados a subir novamente, num ciclo sem fim, até o seu destino final.
Mulheres que tiveram abortos são atiradas num lago formado pelo sangue e vísceras de todas as outras punições, até a altura do pescoço. Elas também são atormentadas pelos espíritos de suas crianças não-nascidas, que atiram um "brilho de fogo" nos seus olhos.
Incidentalmente, estas crianças não-nascidas são "entregues aos cuidados de um anjo responsável", por quem elas são educadas e "crescem".
Aqueles que emprestam dinheiro e cobram "usura sobre usura" devem permanecer de pé num lago com sangue e podridão até os joelhos.
“O Apocalipse de Pedro mostra um incrível relacionamento em idéias com II Pedro. Ele também apresenta notáveis paralelos com o Oráculo Sibilino6 enquanto sua influência foi conjecturada, quase com certeza, nos Atos de Perpétua e nas visões narradas nos Atos de Tomé e na História de Barlaão e Josafá. Certamente foi uma das fontes do Apocalipse de Paulo. E, direta ou indiretamente, pode ser considerado como o pai de todas as visões medievais dos outros mundos."7
.Há também uma seção bastante controversa que explica que no fim, Deus salvará todas as almas pecadoras dos sofrimento do Inferno:
“Meu Pai dará a eles toda a vida, a glória e o reino eterno...É por causa deles que acreditaram em mim que eu vim. E é por causa deles que acreditaram em mim que, a seu pedido, eu terei pena do homem..."8
Assim, os pecadores serão finalmente salvos pelas orações dos que estão no Céu. Pedro então ordena seu filho Clemente a não falar sobre esta visão pois Deus havia pedido a Pedro para mantê-la secreta:
“[e Deus disse]...tu não deves contar o que ouvistes aos pecadores pois eles transgredirão mais, e pecarão.



Ilha de Patmos

A ilha de Patmos, hoje denominada Paloma ou Palmosa, é uma ilha do Mar Egeu, próxima à costa da Ásia Menor.
Conta apenas 40 Km² de superfície, sendo seu solo montanhoso, vulcânico, sem rios e pouco fértil.
Ao tempo do império romano, Patmos era a ilha do desterro dos criminosos, principalmente políticos.João foi para lá banido no ano 94 a.D., por ordem do imperador Domiciano, o tipo de exílio a que João foi submetido era Relegatio, ou seja, por um tempo determinado, podendo ser, inclusive, por toda a vida, contudo, sem perda de posses ou direitos, para que naquela ilha, afinal perecesse como um dos indesejáveis do império.Como Patmos era praticamente isolada do resto do mundo, tornara-se, para João, um homem de aproximadamente noventa e cinco anos, altamente sociável com costumes nobres, inteligência refinada e aspirações religiosas elevadas, numa prisão muito mais cruel, pois, o mesmo, não teria como testemunhar de Jesus na solitária Patmos.Na opinião de Domiciano, o amado ancião não resistiria por muito tempo os maus tratos do exílio, por fim, o tédio, finalmente, poria termo definitivo à sua vida.No entanto, tudo quanto o ímpio Domiciano, induzido pelo inimigo, planejara para calar a voz do fiel amigo de Cristo, fracassou, pois João, nessa ilha rochosa do Mar Egeu, recebeu as mais extraordinárias revelações de Cristo para Sua igreja, que são todas as pessoas!
E não foi somente isso que aconteceu! João, o discípulo amado, retornara a Éfeso, na Ásia Menor, após ter sido liberto do exílio, tornando-se, talvez, a maior testemunha de Jesus em todos os tempos.
Perceba como isto aconteceu. Ao invés de João morrer de tédio, o ímpio Domiciano foi assassinado a 18 de setembro de 96 aD., por Stephanus, fato que faz de Nerva imperador.
Como sucedia usualmente, os presos políticos e por razões religiosas ganharam a liberdade, dessa maneira, João retorna ao continente indo residir em Éfeso.





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