sábado, 11 de abril de 2015

Genesis 6

Gênesis capítulo 6,1-12

Introdução

Ao lermos o livro de Gênesis aprendemos sobre a criação feita por Deus, aprendemos que tudo que existe foi obra de suas mãos aprendemos que a maior criação de Deus foi o homem é que esse veio ao mundo do pó da terra.Quando Deus criou o homem o fez perfeito mais devido ao pecado da falta de fé, da desobediência e da rebelião entrou a morte no mundo e o homem foi separado de Deus.Quando lemos os capítulos 3,4,5 vimos as gerações que passaram depois do pecado porém apenas a família de Sete até Noé andou com Deus.
E no capítulo que agora estudaremos vamos ver a destruição da raça humana e de todos os seres  vivos Deus vai dar o aviso que destruirá a terra antes do juízo Deus dá sempre um aviso e ele achou um homem diferente em que ele poderia contar seu nome Noé.
Noé significa descanso, em meio a tanto pecado a tanta ruína e destruição da moralidade, Deus tem sempre um Noé ou um descanso preparado para seu povo.


Capitulo 6,1-12

Verso 1 Os homens até então estavam cumprindo a palavra de Deus, que disse para crescerem e se multiplicarem porém o texto é bem enfático ao dizer que nasceram mulheres.O texto da esse destaque para mostrar que eram mulheres de outra Etnia diferente da que eles estavam acostumados muitos estudiosos entendem que eram uma mescla com os filhos de Sete com os filhos de Caim.

Verso 2   os filhos de Deus: esse termo é usado no AT somente para se referir a seres ange­licais, talvez de categoria superior. Foi somente porque a possibilidade de relações sexuais contradizia a concepção geral acerca de anjos que os antigos expositores rabínicos entenderam que o termo significava pessoas de elevada classe social, i.e., houve um desprezo das diferenças sociais, e logo no início os pais da Igreja, seguidos por muitos reformadores, associaram o termo aos descendentes de Sete (assim Leupold). A interpretação
judaica mais antiga os considerava seres an­gelicais; assim a LXX, o livro dos Jubileus, Enoque, Josefo (cf. 2Pe 2.4; Jd 6). v. 4 Nefilins: cf. Nm 13.33, em que são gigantes, mas aqui, provavelmente, “os caídos”. A dedução óbvia é que eram os descendentes da união mencionada acima, e o contexto sugere que eles eram os líderes das atividades pre­ judiciais que estão sendo descritas. Também sugere que havia uma realidade por trás das antigas histórias mitológicas de homens amorais de grande força. A menção de nefilins mais tarde não implica que eles tenham sobrevivido ao Dilúvio; antes, que o nome sobreviveu para denotar homens de grande estatura e força como em Nm 13.33 Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos.

Verso 3 As palavras do Senhor nov.3 são de difí­cil tradução e interpretação. O verbo dün (NVI, “contender com”) é traduzido por “agi­rá [para sempre no homem”] (ARA) e “con­tenderá” (ARC), e é parafraseado na BLH por “não deixarei que os seres humanos vi­vam para sempre”, ou na BJ por “meu Espí­rito não se responsabilizará indefinidamente pelo homem”. A importância de meu Espíri­to também não está clara. Parece que temos de escolher entre “o meu espírito não julga­ rá entre os homens para sempre” (Lutero, Leupold), i.e., tentar restringir o mal crescente (caso em que os 120 anos seriam o período para o arrependimento antes do Dilúvio); ou podemos seguir a NEB: “o meu espírito doa­ dor da vida não permanecerá nele [...] ele viverá cento e vinte anos”; assim também a possibilidade no rodapé da NVI; “não permanecerá nele”. A objeção de que muitos dos descendentes pós-diluvianos de Abraão vi­veram muito além disso não é válida, visto que Noé e sua família foram isentados do castigo pelo mal.

Verso 4 Temos aqui um relato adicional da corrupção do mundo antigo. Quando os filhos de Deus se casaram com as filhas dos homens, embora isso tenha trazido um grande desgosto para Deus, Ele não os aniquilou imediatamente, mas esperou para ver quais seriam as conseqüências desses casamentos, e para que lado os fi­ lhos penderiam mais tarde. E o resultado mostrou (como habitualmente acontece), que eles penderam para o pior lado.gigantes (nefilins). Nefilim não é a designação de um grupo étnico, mas a descrição de um tipo particular de indivíduo. Em Números 13.33 eles são identificados como descendentes de Enaque, como alguns dos habitantes da terra de Canaã. São descritos como gigantes em algumas versões, mas não há razão para considerá-los assim. É mais provável que o termo descreva guerreiros valentes, talvez o equivalente antigo a cavaleiro andante.







Verso 5 A sua maldade era grande, “e todo plano que sua mente maquinava era mal o tempo todo” (Speiser). As vezes é sugerido, especialmente por parte dos judeus, que o AT não conhece a doutrina do pecado original ou da depravação do ho­mem na sua essência. Os dois aspectos estão certamente indicados aqui. Tanto é assim que os rabinos fundamentaram nisso a sua doutri­na do yêserra\ o impulso mau que está em todo ser humano; mas eles o contrabalançaram ao postular um yêsertôb, um impulso bom nutrido principalmente pelo estudo da Torá. Mais tarde, quando foram confrontados com o ensino cristão, sua tendência foi abrandar todo o conceito. A afirmação da tristeza de Deus.

Verso 6,7 ressentimento de Deus pela iniqüidade do homem.
Ele não via isso como um espectador desinteressado, mas como alguém ferido e ofendido por ela. Ele a viu como um pai afetuoso vê a insensatez e a teimosia de uma criança rebelde e desobediente, que não apenas o irrita, mas o aflige, e faz com que deseje não ter tido filhos. As expressões usadas aqui são muito estranhas: arrependeu- se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, porque Ele tinha criado um ser de tão nobres capacidades e aptidões, e o havia colocado nesta terra que Ele construiu e proveu com o propósito de ser uma habitação conveniente e confortável para o homem. E isso pesou em seu coração. Estas são expressões que estão de acordo com o costume dos homens, e devem ser entendidas desta forma para não prejudicar a honra da imutabilidade ou da felicidade de Deus. 1. Esta linguagem não insinua qualquer emoção ou desconforto em Deus (nada pode criar qualquer perturbação para a Mente Eterna), mas ela expressa o seu justo e sagrado desgosto contra o pecado e os pecadores, contra o pecado como odioso à sua santidade e contra os pecado­ res como repulsivos à sua justiça. Ele se entristece pelos pecados de suas criaturas (Am 2.13), se cansa (Is 43.24), se sente quebrantado (Ez 6.9), desgostoso (SI 95.10), e aqui este desgosto alcança o coração. O Senhor se sente como os homens se sentem quando são prejudicados e maltratados por aqueles a quem foram muito generosos, e consequentemente se arrependem de sua bondade, e desejam nunca ter alimentado em seu coração aquela serpente que agora sibila em suas faces e os pica no coração. Deus odeia o pecado? Sim. E então será que nós também não deveríamos odiar o pecado? Nossos pecados entristeceram o seu Santo coração? Então o nosso coração não deveria se sentir desgostoso e aferroado? O, que esta reflexão possa nos humilhar e envergonhar, e que possamos olhar para aquele a quem tanto desgostamos, e chorar! Zacarias 12.10. 2. Isso não implica em qualquer mudança no pensamento de Deus. Pois Ele está decidido, e quem pode fazer com que Ele mude de idéia? Com Ele não existe inconstância, Mas isso representava uma mudança em sua atitude. Depois de fazer o homem reto, Deus descansou, e restaurou-se (Êx 31.17). Seu sentimento para com o homem demonstrava que ele estava satisfeito com a obra de suas próprias mãos. Mas, agora que o homem havia abandonado a religião, o Senhor não podia fazer outra coisa a não ser mostrar-se desgostoso. Deste modo, a mudança estava no homem, não em Deus. Deus se arrependeu de haver criadoohomem.Masnósnuncaovimossearrependendo de haver redimido o homem (embora esse trabalho tenha exigido um sacrifico muito maior), porque a graça especial e efetiva é dada para assegurar os grandes objetivos da redenção. Deste modo, aqueles dons e chamadas são sem arrependimento, Romanos 11.29.

Verso 8,10 Nós temos aqui Noé diferenciado do resto do mundo, e um sinal particular de honra foi colocado sobre ele. 1. Quando o Senhor Deus estava desgostoso com o resto do mundo, Ele foi generoso para com Noé. Pois Noé achou graça aos olhos do Senhor, v. 8. Isso vindica a justiça de Deus em seu descontentamento contra o mundo, e indica que ele havia examinado rigorosamente o caráter de cada pessoa de acordo com ela, antes de declarar o mundo como estando completamente corrompido. Pois, existindo um homem bom, o Senhor o descobriu, e sorriu para ele. Isso também amplia a sua graça para com Noé, porque este foi tornado o eleito da misericórdia de Deus enquanto, por outro lado, toda a raça humana havia se constituído
a geração do seu furor. Graças diferenciadas demandam obrigações particularmente severas. É provável que Noé não tenha encontrado graça aos olhos dos homens. Eles o odiaram e o perseguiram porque ele condenava o mundo tanto por sua vida quanto por sua pregação. Mas ele achou graça aos olhos do Senhor, e isso era tanto uma honra quanto um conforto suficiente. Deus testificou mais a respeito de Noé do que a respeito de todo o mundo, e isso o tornou maior e mais verdadeiramente honrado do que todos os gigantes que existiam naqueles dias, que se tornaram homens poderosos e renomados. Que a bênção de encontrar graça aos olhos do Senhor seja o ápice de nossas ambições. Trabalhemos para que, quer presentes, quer ausentes, possamos ser agradáveis a Ele, 2 Coríntios 5.9. Aqueles a quem Deus vê com bons olhos são altamen­ te favorecidos. 2. Enquanto o restante do mundo era cor­ rompido e mau, Noé manteve a sua integridade: Estas são as gerações de Noé (este é o relato que temos para dar a respeito dele). Noé era um homem justo, v. 9. Esta característica de Noé se insere aqui: (1) Como a razão da generosidade de Deus para com ele. Sua excepcional devoção o qualificou para receber sinais peculiares da bondade de Deus. Aqueles que encontram graça aos olhos do Senhor devem ser como Noé foi, e fazer como ele fez. Deus ama aqueles que o amam. Ou: (2) Como conseqüência da bondade de Deus para com ele. Foi a boa vontade de Deus para com Noé que produziu nele essa boa obra. Ele era um homem muito bom, mas não era melhor do que a graça de Deus o tornou, 1 Coríntios 1-5.10. Agora, observe o ca­ ráter deste servo do Senhor. [1] Ele era um homem justo, isto é, justificado diante de Deus pela fé na semente pro­ metida. Pois ele era um herdeiro da justiça que é segundo a fé, Hebreus 11.7. Ele foi santificado, e teve princípios e inclinações corretas implantados em si mesmo. E ele era íntegro em suas conversas, alguém que procurava conscientizar os seus semelhantes de que deveriam cumprir as obrigações que tinham para com Deus e para com os homens. Note que ninguém, a não ser um homem total­ mente honesto, pode encontrar graça diante de Deus. A conversa que será agradável a Deus deve ser regida pela simplicidade e sinceridade que são peculiares a Deus, e não pela sabedoria carnal, 2 Coríntios 1.12. Deus, às vezes, escolhe as coisas mais simples e até as coisas tolas do mundo, mas Ele nunca escolheu as coisas desonestas deste. [2] Noé era perfeito, não no sentido de não ter pecados, mas ele tinha uma perfeição em termos de sinceridade. E é bom para nós que, pela virtude do concerto da graça, com base no critério da justiça de Cristo, a sinceridade seja aceita como nosso aperfeiçoamento no Evangelho. [3] Noé andou com Deus, assim como Enoque tinha feito antes dele. Ele não era apenas honesto, mas também de­ voto. Ele andou, isto é, ele agiu de uma forma aceitável a Deus, como alguém que tem sempre em vista agradar ao Senhor. Noé viveu uma vida em comunhão com Deus. A sua preocupação constante era corresponder à vontade de Deus, agradá-lo, e conviver à altura deste relacionamento.



Versos 11,12
A iniqüidade daquela geração é aqui novamente mencionada como uma ênfase à devoção de Noé - ele era justo e perfeito, enquanto toda a terra estava corrompida. Ou ainda como uma justificativa adicional para a determinação de Deus de destruir o mundo, a qual Ele estava, agora, prestes a comunicar ao seu servo Noé. 1. Todos os tipos de pecados foram encontrados entre eles, pois foi dito (v. 11) que a terra estava: (1) Corrompida diante de Deus, isto é, corrompida em relação à adoração a Deus. Também é possível que eles tivessem outros deuses adiante dele, ou que o adorassem através de imagens. Também é possível que eles fossem corruptos e iníquos - para desgosto de Deus e em desrespeito a Ele - desafiando-o e desobedecendo-o com audácia diante de sua face. (2) A terra também esta­va repleta de violência e injustiça no tocante aos homens. Não existia nenhum governo legal. Nenhum homem estava seguro na posse daquilo sobre o que tinha o mais puro e incontestável direito. Não, nem mesmo a vida mais inocente. Não havia nada além de assassinatos, estupros e pilha­gens. Note que a iniqüidade, por ser a vergonha da natureza humana, também é a ruína da sociedade. Ela afasta a consciência e o temor a Deus, e os homens se tornam como bestas e demônios uns para com os outros. Eles passam a agir como os peixes do mar, onde o maior devora o menor.
O pecado enche a terra de violência, e assim transforma o mundo em uma selva, em um campo de batalha. 2. As provas e as evidências disso eram inegáveis. Pois Deus contemplou a terra, e foi Ele próprio uma testemunha ocular da corrupção que havia nela, pois tudo está diante dos seus olhos, v. 5. O Senhor é o Justo Juiz em todos os seus julgamentos, e procede sob a certeza infalível de sua própria onisciência, Salmos 33.13. 3. O que mais agravou a questão foi a propagação universal do contágio: Toda a carne ha­ via corrompido o seu caminho. Não eram algumas nações ou cidades específicas que eram tão ímpias, mas o mundo inteiro da humanidade era assim. Não havia ninguém que fizesse o bem, não, ninguém além de Noé. Note que quando a maldade se torna comum e universal, a destruição não está longe. Enquanto existirem pessoas que oram em uma nação, evitando que a maldade atinja um nível intolerável, os juízos podem ser evitados por um longo período. Mas quando todas as mãos estão trabalhando para derrubar as barreiras que impedem a entrada do pecado, e não existe nenhuma que tape a brecha, o que se pode esperar a não ser uma inundação de ira?

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